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Eleições 2014 Luciana Genro no The Noite e no debate na CNBB

Não, entre ter escrito um livro sobre ser um mau aluno e precisar estudar mais?
E mais: "pior aluno" será que é no sentido de baixas notas (burrão), ou de zoeira sem limites?
 
Ter escrito não, ser. Sinopse do livro:

"Danilo Gentili foi o pior aluno da escola. Em seu histórico escolar acumulou 78 assinaturas no livro negro, 12 suspensões e 1 expulsão. Na infância ele já dava mostras de seu futuro: aos 4 anos fez sua primeira piada inconveniente e aos 7 começou a desenhar planos terríveis. Apesar de ter sido expulso algumas vezes da sala de aula da faculdade, conseguiu formar-se em Comunicação Social. Após a expulsão de vários empregos, ajudou a erguer o cenário da Comédia Stand-up no país e foi convidado para integrar o programa de humor CQC – Custe o que Custar. Em sua primeira matéria para o programa conseguiu ser expulso do zoológico e a primeira vez em que visitou Brasília foi expulso do Congresso.
Ou seja, se existe alguém neste mundo que sabe como é ser o pior aluno e, ainda assim, se dar muito bem, este sujeito é Danilo Gentili, que, além de tudo isso, acaba de lançar seu primeiro livro: Como se tornar o pior aluno da escola - Manual completo, ilustrado, revisado e não recomendado para estudantes, com textos e ilustrações de sua autoria (os anos de rabiscos pelos cantos dos cadernos tinham que render alguma coisa!).

“Ser o melhor aluno da escola é para os fracos! O estudante nota 0 exemplar aguenta bravamente a patrulha dos certinhos, tira de letra as punições e terá em sua sala de troféus as mais variadas advertências e suspensões, tornando-se uma lenda para as próximas gerações escolares. Você está preparado para se tornar o pior aluno que a escola já viu? Então seja bem-vindo a este curso intensivo.”"
 
Ai, jura que vamos ter que entrar nesse debate, Rafael? Pelamor...

Um Argumentum ad hominem (latim, argumento contra a pessoa) é uma falácia identificada quando alguém procura negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo. Um argumentum ad hominem é uma forte arma retórica, apesar de não possuir bases lógicas.

Danilo Gentili tem que estudar que ele no passado foi mau (edit: errei "mau" e "mal") aluno. O argumento é falacioso. Ele tem que estudar pq o socialismo é assim assim assado e não cozido e ensopado e blá-blá-blá.

Quantas pessoas foram maus alunos na escola para depois se tornarem estudiosos de forma independente. Não estou dizendo que esse seja o caso dele, mas só estou mostrando que ele ter sido mau aluno não implica que a resposta da Luciana Genro seja válida.
 
Última edição:
E, bom, a sinopse do livro já responde minha outra dúvida: o "pior aluno" é o aluno-problema, não o aluno burro. Só fala de advertências e punição por mau comportamento; não fala nada de notas baixas.
Mas isso tudo só seria relevante, claro, se o histórico escolar dele tivesse algum interesse para o debate.

E não é como se a escola preparasse alguém para debates, quanto mais os políticos. Então ainda que ele fosse o CDF mais cuzão do colégio, ele dificilmente estaria mais preparado para o debate, e continuariam a dizer para ele estudar mais.


Seja como for, eu acho, e vocês devem concordar, que "vai estudar" não é argumento para debate. Porque é óbvio que o debatedor não pode parar o tempo, correr para a biblioteca, se instruir, e depois continuar a conversa. É só um jeitinho covarde de se esquivar ao debate ao mesmo tempo em que se posa de sabichão.

Estudar mais, todos temos de estudar; hoje e sempre. Só um imbecil acharia que não precisa estudar mais.



E, por favor, o Grimnir e o Mercúcio estavam dando um rumo mais interessante para o tópico. >_< Não posso participar daquela discussão porque sou dummy em economia. Mas seria melhor que ela fosse retomada; e este parêntese, fechado.

Beijos. :hihihi:
 
Bem, sem querer desvirtuar de novo o tópico, mas quem partiu pro ad hominem primeiro foi o pior aluno da escola ao tentar associar as ideias da Luciana com o nazismo quando ele podia ter debatido as ideias dela. E ele diz na sinopse que tirava nota baixa sim, mas isso não acrescenta à discussão, só uma ressalva.
 
O professor Wlamir Silva (UFSJ) publicou um texto na página do PCB de São João del Rei sobre a entrevista no The Noite:

O SOCIALISMO AVESTRUZ DE LUCIANA GENRO E O PAPEL DAS ELEIÇÕES PARA AS ESQUERDAS

Wlamir Silva
Professor
Historiador

Em entrevista num programa de humor, questionada sobre milhões de mortos dos regimes comunistas, a candidata do PSOL Luciana Genro ensaiou uma réplica com as mortes do capitalismo, mas reagiu, de fato, dizendo que o seu socialismo não tem nada a ver com tudo aquilo e, por fim, mandando o apresentador “estudar”.

O grau de despolitização de nossa sociedade, bem apontado pelo candidato do PCB, Mauro Iasi, somado ao enorme impacto midiático das redes sociais, faz com que lances menores e frases de efeito ganhem enorme repercussão. Muitos comemoram Luciana Genro “sambando” sobre o apresentador, seja lá o que isso queira dizer.

Noves fora o fla-flu das redes sociais, que tem o condão de manter cada um na sua posição original, de parte a parte, resta o incômodo de lidar com a experiência socialista. Observe-se que o questionamento, feito de forma tosca, juntava Revolução Russa, União Soviética, China, Camboja, Cuba etc. A forma simplória em nada ajudou Luciana Genro a descartá-lo. Por quê?

As próximas eleições não vão trazer mudanças profundas, nem estancar mudanças profundas que, supostamente, estariam em curso. O que não quer dizer que mudanças pequenas não sejam importantes. De todo modo, tal decisão está longe das candidaturas minoritárias. Então, qual o papel destas candidaturas?

O apresentador Danilo Gentili deu o troco da grosseria vazia do “vá estudar” com um “você pedir voto não deixa de ser uma piada”... Se Luciana estivesse ali realmente em busca de uma vitória eleitoral seria um tolo erro de marketing: estigmatizar o humorista frente ao seu público. Mas sabemos que a questão não é essa. O que incomoda Luciana Genro?

O “vá estudar” é, sim, uma grosseria. Mas muito maior do que uma grosseria, e, sobretudo, do que uma grosseria pessoal. Com relação à experiência histórica do “socialismo real”, o professoral desdém de Luciana Genro pode ser estendido ao conjunto da sociedade, mesmo a setores escolarizados ou universitários. É o conjunto da sociedade que se estigmatiza.

É claro que o espaço de tempo era curto. Mas o recado da candidata foi o de juntar toda a experiência socialista indiscriminadamente – Lenin e Pol Pot, URSS e China... – e jogá-la, assim, na lata do lixo. Ademais a resposta de que as ideias “puras” de Marx nunca foram postas em prática é inaceitável, idealista, a-histórica e, claro, insustentável.

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Se Luciana Genro fosse realmente presidenciável, o não enfrentamento mínimo de um processo cheio de contradições e dificuldades se justificaria pelo marketing eleitoral. Mas se Iasi, José Maria ou ela fossem candidatos com chances, seria outra eleição, outro patamar de politização. Não o sendo, a candidata replicou apenas a provocação tosca.
As experiências socialistas são uma questão de difícil “digestão” mesmo entre nossas minúsculas esquerdas. Quanto ao passado e o presente. O que une China, Cuba e Coréia do Norte? A China é socialista? A ilha Cuba é um modelo? A Coréia é uma caricatura? E se pretende que isso não seja uma questão? Resolver com um “não tenho nada com isso”?

O que significaram Lenin, Trotsky e Stalin, Mao Tsé-Tung? Isso para além das anacrônicas, simplórias e inúteis querelas domésticas “de esquerda”. E a experiência anterior da social-democracia alemã e do espartaquismo de Rosa Luxemburgo? O que tudo isso nos têm a dizer no mundo “globalizado”, na “sociedade informática”?

Por que “caiu’ o bloco soviético? Por falta de planificação econômica ou excesso dela? Por não atender às demandas de consumo? E não havia como equilibrar planejamento e consumo? E o regime político porque se mostrou tão frágil? Ele era representativo? Como e por que ecoou tão forte naquelas sociedades uma visão de mundo burguesa? Como e por que emergiu da burocracia estatal uma concentrada burguesia?

A China e sua expansão industrial acelerada, que produz bilionários e conglomerados, é socialismo? As reformas cubanas de abertura ao mercado e diminuição do Estado são socialistas? O regime militarizado e pessoal da Coréia é socialista? O que estes modelos econômicos e políticos nos têm a dizer?

Avestruz.jpg
É claro que, como bem observou Luciana Genro, não se trata de importar modelos, mas muito menos de agir como avestruzes. Até porque quando as avestruzes tentam esconder suas pequenas cabecinhas deixam à mostra o corpanzil emplumado... Para as esquerdas que têm como horizonte o socialismo esta não é uma opção.

Cabe aos que desejam construir o socialismo – como perspectiva de organização da sociedade e não como mero patrimônio ético – enfrentar estas questões. E, mais, entender que elas dizem respeito ao conjunto da sociedade, ao conjunto da classe trabalhadora, que, acreditem, mal a conhecem, que dirá a estudaram.

E tudo isso se dá num quadro político de longo prazo, no qual não há atalhos ou místicas de aligeiramento. A pressa aí é apenas retardar o trabalho longo e árduo necessário. Assim, ao invés de frases de efeito, melhor aproveitar as eleições para avançar a tarefa histórica dos que não podem e não querem livrar-se dela, a história, e suas complicações.

PS. De fato, os avestruzes nunca enterraram a cabeça na terra, mas também ninguém conseguiu descartar a história... rsrs.

FONTE
 
Alias, ad hominem mesmo é desqualificar a opinião do Danilo pq "ele está bem de vida".

Mas enfim, acho que quem quer vencer a eleição acaba tendo que evitar discursos muito ideológicos.
 
Última edição:
Por pior que pareça, todo mundo sabe que o PSOL/PSTU e outros partidos da suposta bandeira comunista são verdadeiras buchas de canhão da "esquerda brasileira" contra a "direita" brasileira.

"esquerda" e "direita" pq ambos vão fuder a população, cedo ou tarde. Mas ouvir as idéias da Luciana Genro é o mais próximo de um comício ideológico daquelas diretórios acadêmicos de alunos "comunistas" (com iPhone, carro zero, etc). Eu simplesmente não tenho mais saco.

alias, fui só eu que vi o Danilo comparando as ideias do socialismo/comunismo com o desenrolar do nazismo, meio que mostrando o que é pensamento extremista?

Vou votar no Aécio Neves porque não suporto a Dilma e a sua incapacidade de discurso e porque não quero nem pensar as loucuras que a Marina Silva vai aprontar. Essa, por incrível que pareça, é o pior refugo que a militância do PT pode ter criado. Não deu liga no PV, está sugando o PSB e não é coerente no discurso, nas idéias e nas convicções.
 
Luciana Genro e PSTU têm um discurso caricato da esquerda marxista (o PCO acho que também, mas felizmente o partido é tão inexpressivo que não chego a ouvi-lo). Dá até pra fazer um bingo: capital financeiro, opressor, burguesia, companheiro... bingo!
 
Luciana Genro e PSTU têm um discurso caricato da esquerda marxista (o PCO acho que também, mas felizmente o partido é tão inexpressivo que não chego a ouvi-lo). Dá até pra fazer um bingo: capital financeiro, opressor, burguesia, companheiro... bingo!
pior que da para fazer o bingo mesmo.
tipo a marina mudando de opinião.
 
Apesar de concordar com vocês, vou fazer outra crítica para não ser injusto. Nessa eleição eu não consigo ver fatos concretos para fundamentar opiniões divergentes. Um exemplo simples: Autonomia da Banco Central. Ninguém tem obrigação nenhuma de ter opinião sobre esse assunto, mas também não acho que os candidatos devam prestar o desserviço de vomitar clichês sem apresentar fatos. Dilma e Luciana falam que estaríamos entregando o banco de sangue ao vampiro. Certo, então apresentem fatos. Citem exemplos de países que adotaram a independência do Banco Central e se ferraram com taxas de juros galopantes. Podem dizer, é claro, que os candidatos não tem tempo para aprofundar o debate e tal. Discordo, mas tudo bem, há toda a imprensa para contribuir para o debate, certo? Mais ou menos. Acho que li uns três artigos da Carta Capital sobre a independência do Banco Central e não encontrei argumentos práticos em nenhum caso. E olha que há casos práticos para avaliar, como os EUA, Europa, Chile, Japão e Nova Zelândia.

O que acho insuportável no discurso da Luciana Genro é que ele é justamente só discurso. É só "capital financeiro" que se escuta. Claro, o fora que ela deu no Aécio foi muito bem dado. Só que ela virou uma ótima candidata por causa disso? No fucking way. O coice que ela deu no Danilo foi engraçado de ver? Foi, mas não contribuiu nem um pouco para o esclarecimento do debate. Essa esquerda daí, a representação política dela, melhor dizendo, é muito fraca e caricata.
 
Por pior que pareça, todo mundo sabe que o PSOL/PSTU e outros partidos da suposta bandeira comunista são verdadeiras buchas de canhão da "esquerda brasileira" contra a "direita" brasileira.

"esquerda" e "direita" pq ambos vão fuder a população, cedo ou tarde. Mas ouvir as idéias da Luciana Genro é o mais próximo de um comício ideológico daquelas diretórios acadêmicos de alunos "comunistas" (com iPhone, carro zero, etc). Eu simplesmente não tenho mais saco.

alias, fui só eu que vi o Danilo comparando as ideias do socialismo/comunismo com o desenrolar do nazismo, meio que mostrando o que é pensamento extremista?

Vou votar no Aécio Neves porque não suporto a Dilma e a sua incapacidade de discurso e porque não quero nem pensar as loucuras que a Marina Silva vai aprontar. Essa, por incrível que pareça, é o pior refugo que a militância do PT pode ter criado. Não deu liga no PV, está sugando o PSB e não é coerente no discurso, nas idéias e nas convicções.

Olha, na boa, to vendo a entrevista do Aécio no Bom Dia Brasil e que bela bosta.
 
Mas ouvir as idéias da Luciana Genro é o mais próximo de um comício ideológico daquelas diretórios acadêmicos de alunos "comunistas" (com iPhone, carro zero, etc). Eu simplesmente não tenho mais saco.
Aqueles que acusam os políticos de explorarem a máquina pública mas passam 300 anos ocupando uma vaga na universidade por causa de política estudantil? Conheço bem o tipo.
 
Última edição:
Quem não conheceu um aborto de político nalgum DCE ou Diretório Acadêmico da vida?
 
Acho que li uns três artigos da Carta Capital sobre a independência do Banco Central e não encontrei argumentos práticos em nenhum caso.
bias?

Claro, o fora que ela deu no Aécio foi muito bem dado.
novamente, irrelevante ao debate. levantou a bola e achou que cortou, mas ninguém escuta a luciana.

Olha, na boa, to vendo a entrevista do Aécio no Bom Dia Brasil e que bela bosta.
comparada com a da presidente dilma, foi muito boa. não que alguma das duas tenha sido boa, mas a dilma falando e tendo de ser corrigida a cada 2 minutos foi d+ para meu coração.
 

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