Morfindel Werwulf Rúnarmo
Geofísico entende de terremoto
Como assim? Qual a ligação entre ser o pior aluno e ter que estudar mais?Fui obrigado a dar um LOL pra isso. Sério. O que tem o cós a ver com as calças?
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Como assim? Qual a ligação entre ser o pior aluno e ter que estudar mais?Fui obrigado a dar um LOL pra isso. Sério. O que tem o cós a ver com as calças?
Um Argumentum ad hominem (latim, argumento contra a pessoa) é uma falácia identificada quando alguém procura negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo. Um argumentum ad hominem é uma forte arma retórica, apesar de não possuir bases lógicas.
O SOCIALISMO AVESTRUZ DE LUCIANA GENRO E O PAPEL DAS ELEIÇÕES PARA AS ESQUERDAS
Wlamir Silva
Professor
Historiador
Em entrevista num programa de humor, questionada sobre milhões de mortos dos regimes comunistas, a candidata do PSOL Luciana Genro ensaiou uma réplica com as mortes do capitalismo, mas reagiu, de fato, dizendo que o seu socialismo não tem nada a ver com tudo aquilo e, por fim, mandando o apresentador “estudar”.
O grau de despolitização de nossa sociedade, bem apontado pelo candidato do PCB, Mauro Iasi, somado ao enorme impacto midiático das redes sociais, faz com que lances menores e frases de efeito ganhem enorme repercussão. Muitos comemoram Luciana Genro “sambando” sobre o apresentador, seja lá o que isso queira dizer.
Noves fora o fla-flu das redes sociais, que tem o condão de manter cada um na sua posição original, de parte a parte, resta o incômodo de lidar com a experiência socialista. Observe-se que o questionamento, feito de forma tosca, juntava Revolução Russa, União Soviética, China, Camboja, Cuba etc. A forma simplória em nada ajudou Luciana Genro a descartá-lo. Por quê?
As próximas eleições não vão trazer mudanças profundas, nem estancar mudanças profundas que, supostamente, estariam em curso. O que não quer dizer que mudanças pequenas não sejam importantes. De todo modo, tal decisão está longe das candidaturas minoritárias. Então, qual o papel destas candidaturas?
O apresentador Danilo Gentili deu o troco da grosseria vazia do “vá estudar” com um “você pedir voto não deixa de ser uma piada”... Se Luciana estivesse ali realmente em busca de uma vitória eleitoral seria um tolo erro de marketing: estigmatizar o humorista frente ao seu público. Mas sabemos que a questão não é essa. O que incomoda Luciana Genro?
O “vá estudar” é, sim, uma grosseria. Mas muito maior do que uma grosseria, e, sobretudo, do que uma grosseria pessoal. Com relação à experiência histórica do “socialismo real”, o professoral desdém de Luciana Genro pode ser estendido ao conjunto da sociedade, mesmo a setores escolarizados ou universitários. É o conjunto da sociedade que se estigmatiza.
É claro que o espaço de tempo era curto. Mas o recado da candidata foi o de juntar toda a experiência socialista indiscriminadamente – Lenin e Pol Pot, URSS e China... – e jogá-la, assim, na lata do lixo. Ademais a resposta de que as ideias “puras” de Marx nunca foram postas em prática é inaceitável, idealista, a-histórica e, claro, insustentável.
Se Luciana Genro fosse realmente presidenciável, o não enfrentamento mínimo de um processo cheio de contradições e dificuldades se justificaria pelo marketing eleitoral. Mas se Iasi, José Maria ou ela fossem candidatos com chances, seria outra eleição, outro patamar de politização. Não o sendo, a candidata replicou apenas a provocação tosca.
As experiências socialistas são uma questão de difícil “digestão” mesmo entre nossas minúsculas esquerdas. Quanto ao passado e o presente. O que une China, Cuba e Coréia do Norte? A China é socialista? A ilha Cuba é um modelo? A Coréia é uma caricatura? E se pretende que isso não seja uma questão? Resolver com um “não tenho nada com isso”?
O que significaram Lenin, Trotsky e Stalin, Mao Tsé-Tung? Isso para além das anacrônicas, simplórias e inúteis querelas domésticas “de esquerda”. E a experiência anterior da social-democracia alemã e do espartaquismo de Rosa Luxemburgo? O que tudo isso nos têm a dizer no mundo “globalizado”, na “sociedade informática”?
Por que “caiu’ o bloco soviético? Por falta de planificação econômica ou excesso dela? Por não atender às demandas de consumo? E não havia como equilibrar planejamento e consumo? E o regime político porque se mostrou tão frágil? Ele era representativo? Como e por que ecoou tão forte naquelas sociedades uma visão de mundo burguesa? Como e por que emergiu da burocracia estatal uma concentrada burguesia?
A China e sua expansão industrial acelerada, que produz bilionários e conglomerados, é socialismo? As reformas cubanas de abertura ao mercado e diminuição do Estado são socialistas? O regime militarizado e pessoal da Coréia é socialista? O que estes modelos econômicos e políticos nos têm a dizer?
É claro que, como bem observou Luciana Genro, não se trata de importar modelos, mas muito menos de agir como avestruzes. Até porque quando as avestruzes tentam esconder suas pequenas cabecinhas deixam à mostra o corpanzil emplumado... Para as esquerdas que têm como horizonte o socialismo esta não é uma opção.
Cabe aos que desejam construir o socialismo – como perspectiva de organização da sociedade e não como mero patrimônio ético – enfrentar estas questões. E, mais, entender que elas dizem respeito ao conjunto da sociedade, ao conjunto da classe trabalhadora, que, acreditem, mal a conhecem, que dirá a estudaram.
E tudo isso se dá num quadro político de longo prazo, no qual não há atalhos ou místicas de aligeiramento. A pressa aí é apenas retardar o trabalho longo e árduo necessário. Assim, ao invés de frases de efeito, melhor aproveitar as eleições para avançar a tarefa histórica dos que não podem e não querem livrar-se dela, a história, e suas complicações.
PS. De fato, os avestruzes nunca enterraram a cabeça na terra, mas também ninguém conseguiu descartar a história... rsrs.
pior que da para fazer o bingo mesmo.Luciana Genro e PSTU têm um discurso caricato da esquerda marxista (o PCO acho que também, mas felizmente o partido é tão inexpressivo que não chego a ouvi-lo). Dá até pra fazer um bingo: capital financeiro, opressor, burguesia, companheiro... bingo!
O professor Wlamir Silva (UFSJ) publicou um texto na página do PCB de São João del Rei sobre a entrevista no The Noite:
FONTE
Por pior que pareça, todo mundo sabe que o PSOL/PSTU e outros partidos da suposta bandeira comunista são verdadeiras buchas de canhão da "esquerda brasileira" contra a "direita" brasileira.
"esquerda" e "direita" pq ambos vão fuder a população, cedo ou tarde. Mas ouvir as idéias da Luciana Genro é o mais próximo de um comício ideológico daquelas diretórios acadêmicos de alunos "comunistas" (com iPhone, carro zero, etc). Eu simplesmente não tenho mais saco.
alias, fui só eu que vi o Danilo comparando as ideias do socialismo/comunismo com o desenrolar do nazismo, meio que mostrando o que é pensamento extremista?
Vou votar no Aécio Neves porque não suporto a Dilma e a sua incapacidade de discurso e porque não quero nem pensar as loucuras que a Marina Silva vai aprontar. Essa, por incrível que pareça, é o pior refugo que a militância do PT pode ter criado. Não deu liga no PV, está sugando o PSB e não é coerente no discurso, nas idéias e nas convicções.
Aqueles que acusam os políticos de explorarem a máquina pública mas passam 300 anos ocupando uma vaga na universidade por causa de política estudantil? Conheço bem o tipo.Mas ouvir as idéias da Luciana Genro é o mais próximo de um comício ideológico daquelas diretórios acadêmicos de alunos "comunistas" (com iPhone, carro zero, etc). Eu simplesmente não tenho mais saco.
bias?Acho que li uns três artigos da Carta Capital sobre a independência do Banco Central e não encontrei argumentos práticos em nenhum caso.
novamente, irrelevante ao debate. levantou a bola e achou que cortou, mas ninguém escuta a luciana.Claro, o fora que ela deu no Aécio foi muito bem dado.
comparada com a da presidente dilma, foi muito boa. não que alguma das duas tenha sido boa, mas a dilma falando e tendo de ser corrigida a cada 2 minutos foi d+ para meu coração.Olha, na boa, to vendo a entrevista do Aécio no Bom Dia Brasil e que bela bosta.