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Louge: música para uma festa sideral

pkerbel

B-A-N-A-N-A-S
Farto de artistas torturados que te submergem em seu universo das mil e uma angústias? Farto de transcendências reais ou impostas? Farto de receitas sobre como arrumar o mundo? Farto de que não te deixem tirar suas próprias conclusões sobre quais são os filmes ruins? Quando chega o momento de tais farturas (que chega, vá se chega), não faltam refúgios musicais. Cálidos e intemporais territórios onde primam a etiqueta, os bons modos, a ironia branca, o hedonismo apátrida e as melhores referências cinematográficas. Desfruta-o e deixa que te chamem kitsch, retro, marciano ou freak... Eles só o perdem.

Lançados a vendas estratosféricas graças à publicidade e o mais do que eficaz "Je ne veux pas travailler" de faz já uns quantos anos, Pink Martini lançam em 2004 um trabalho ainda mais sedutor do que sua estréia. Desde Portland (Oregon), a poucos quilômetros do fervedouro do que surgiu Kurt Cobain, essa popular banda se mostra, desde a primeira a última faixa de "Hang on Little Tomato", consagrada a engrandecer a galeria de delicatesse do mundo lounge.

Pink Martini escolhem para si uma coleção desses postais de época de encanto irresistível e se as engenham para virar o sépia ao maravilhoso technicolor. E desfrutar deste disco é como ser convidado a uma festa na que os anfitriões resultam ser Audrey Hepburn e Cary Grant, como aventurar-te na vibração de um cabaré cubando dos cinquenta, como embarcar num cruzeiro que faz escala em alguma remota ilha japonesa onde o maestro Hiroshi Wada toca para vc. Sim, é como poder compartilhar baile antigo com Silvana Mangano, como estar espionando Tom Jobim e João Gilberto no momento em que inventam a bossa nova...

Quase não importa que ao final te despertam delicadamente com uma soco na bochecha e te devolvam à realidade de todos os dias e que recordes que te aguarda a obrigação de ver por onde respira o penúltimo cantor atormentado, e que amanhã passam a vc outro intolerável recibo que deixa sua conta bancária em manifesta precariedade. Já não importa nada, porque esta gente te fez passar um momento no céu e repetiram pra vc que sempre pode contar com eles. Para descontrairou, simplesmente, para ser feliz. Deus, isso sim que é musica-terapia e não esses new-age pré-fabricados!

E música de elevador é o caralho! :mrgreen:
 
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