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Longe da elite, Pernambuco vive 'seca'de ídolos

Longe da elite, Pernambuco vive 'seca'de ídolos

Com Náutico, Santa Cruz e Sport na Série B, estado está carente de craques. Rivaldo e Juninho foram os últimos.

Levi Guimarães Luiz, da MBPress, especial para o Pelé.Net

SÃO PAULO - Há quatro anos, uma das principais estrelas do futebol pernambucano é o atacante Kuki, do Náutico. Artilheiro nato, o jogador, atualmente com 33 anos, construiu toda a sua carreira em clubes do Norte e Nordeste. Fato que, provavelmente, evitou que ele tenha alcançado o reconhecimento de um ídolo nacional.

Coincidentemente, o ano de 2001, quando Kuki chegou ao Náutico, foi o último em que times de Pernambuco disputaram a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Com as piores campanhas entre os 28 clubes da elite do futebol brasileiro naquele ano, Sport e Santa Cruz acabaram rebaixados à Série B em 2002 e desde então não conseguem voltar à Primeirona.

Enquanto Santa Cruz e Sport vão para a quarta temporada consecutiva longe da Primeira Divisão, a situação do Náutico é ainda pior. Desde 1994, quando foi lanterna do Brasileirão - conquistado pelo Palmeiras - o time alvirrubro não joga a Série A.

Em 2004, dois dos três maiores times pernambucanos voltaram a ficar próximos da Primeira Divisão. Classificados em segundo e oitavo lugar respectivamente, Náutico e Santa Cruz passaram à segunda fase da Segundona. Ambos, no entanto, acabaram eliminados antes do quadrangular final, quando o Brasiliense conquistou o título e o Fortaleza assegurou a outra vaga na Série A.

Tradicional celeiro de craques do futebol brasileiro, Pernambuco vem se afastando cada vez mais do cenário nacional de atletas de ponta. E a ausência de times do estado na elite parece ser um dos principais motivos para a falta de jogadores que, atuando na região, consigam se consagrar nacionalmente.

Os dois maiores exemplos de jogadores oriundos do estado e que conquistaram grande espaço no futebol mundial são Rivaldo e Juninho Pernambucano. O primeiro consagrou-se em 2002 como um dos principais responsáveis pelo pentacampeonato brasileiro na Copa da Coréia e do Japão. E o segundo é presença certa nas convocações de Carlos Alberto Parreira há mais de um ano.

Contudo, o estrelato de Rivaldo e Juninho é mais um fator que mostra a fragilidade de Pernambuco. Revelados, respectivamente, pelo Santa Cruz e pelo Sport, eles só começaram a brilhar quando foram transferidos para clubes do eixo Rio-São Paulo.

Rivaldo marcou época no Mogi Mirim no começo dos anos 90, quando o time do interior paulista ficou conhecido como "Carrossel Caipira". Depois, no Corinthians, ganhou muito destaque na mídia e em 96 brilhou como maestro do Palmeiras campeão paulista com mais de 100 gols.

Já Juninho tornou-se conhecido no Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. Jogando ao lado de Edmundo, levou o time ao título brasileiro de 1997 e, em 98, participou da conquista da Libertadores. Em 2001, foi contratado pelo Lyon, da França, onde continua até hoje e é o principal ídolo da torcida.

Últimos canarinhos
Apesar do sucesso de jogadores nascidos no estado com a camisa da Seleção Brasileira, há tempos um jogador não é convocado atuando por uma equipe pernambucana. Mais especificamente, o tabu dura desde 27 de junho de 2001, quando o volante Leomar, do Sport, foi convocado pelo então técnico canarinho Émerson Leão, que no ano anterior havia dirigido o próprio Rubro-Negro.

Leomar foi um dos jogadores convocados por Leão para a campanha desastrosa na Copa das Confederações daquele ano, que culminou com sua saída do comando da seleção. A convocação de outro jogador do Sport para a seleção já havia provocado polêmica três anos antes.

Vanderlei Luxemburgo chamou o meia Jackson, uma revelação do Sport, para um amistoso contra a Iugoslávia, em São Luís, no Maranhão, e surgiu o boato de que a convocação do jogador, natural do estado, foi apenas uma maneira de agradar a torcida.

No entanto, a contribuição do Sport para a equipe nacional, mesmo restrita a esses dois jogadores na última década, supera com facilidade as de Santa Cruz e Náutico.

Questionado sobre a falta de ídolos nacionais nos clubes pernambucanos atualmente, o atual presidente do Náutico, Ricardo Valois, demorou a lembrar do último jogador que, atuando com a camisa do clube, foi convocado.

"Nós mandamos pra seleção o Marinho, lateral-esquerdo. Ele apareceu aqui no Náutico e após dois meses, depois de defender a seleção, já foi transferido pro Botafogo. Isso foi em 82. Sempre foi muito difícil manter aqui as grandes revelações", disse o dirigente.

Pelo Santa Cruz, o jejum de jogadores convocados é ainda maior. Em maio, completará 27 anos a última atuação de um jogador do clube pela seleção. Trata-se do atacante Nunes, que disputou em 1978 um amistoso do Brasil justamente contra uma seleção formada apenas por jogadores pernambucanos, que terminou empatada por 0 a 0.



Mau desempenho da base prejudica clubes

Equipes de Pernambuco sofrem com campanhas pífias dos juniores e vivem escassez de bons atletas.

MBPress

SÃO PAULO - O mau desempenho na Copa São Paulo de Juniores, principal competição de categorias de base no Brasil, pode ajudar a explicar a escassez de novos jogadores nos times de Pernambuco. Desde 2003, nenhuma equipe do estado consegue sequer a classificação à segunda fase da competição.

Em 2005 e 2004, os times pernambucanos além de não passaram da primeira fase terminaram na lanterna dos respectivos grupos. Há dois anos, o Santa Cruz alcançou o primeiro lugar em seu grupo, mas não passou das oitavas-de-final, quando empatou com o Avaí, de Santa Catarina, por 1 a 1 e acabou eliminado nos pênaltis por 3 a 1.

Para Ricardo Valois, presidente do Náutico, a falta de investimentos na formação de jogadores é outro motivo fundamental para a falta de ídolos. Segundo o dirigente, os clubes pernambucanos nunca deram grande importância a esse tipo de ação. Agora, o Timbu tenta tirar o atraso.

"Atualmente temos 12 atletas formados na categoria de base trabalhando com o elenco profissional. Também já vendemos dois jogadores formados no clube, o Aílton e o Jorge Henrique", disse.

Segundo Valois, o Timbu passou vinte anos sem investir nas categorias de base e voltou a fazer isso no início do século XXI. Segundo o dirigente, a construção de um Centro de Treinamento para essas categorias já começa a dar resultado.

"Temos três jogadores revelados pelo clube nos quais estamos apostando alto, coisa que não acontecia havia muito tempo. São os meias Diego e Tiago Laranjeiras e o atacante Betinho, todos de 18 anos. Para dar mais segurança ao clube, fechamos contratos com os três pelos próximos cinco anos", garantiu Valois.
 
Não é só em Pernambuco, mas praticamente em todo o Nordeste está assim.
Quem perde é o futebol brasileiro, porque lá foi um dos melhores celeiros bons jogadores.
 
Ecthelion disse:
Sim, existe uma migração do nordeste pro interior paulista/goiano/paranaense...
Isso é um grande problema para eles, os clubes de lá não conseguem segurar seus jogadores quando aparece uma boa proposta. Se continuar assim vai ser difícil ter algum time do nordeste na primeira divisão denovo.
 

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