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Lobo Solitário (Kozure Ōkami, 1970)

Agora obrigatoriamente meu dinheiro vai se esgotar até o último centavo!

E comprando apenas dois mangás, e justamente dois de samurai: Vagabond e agora Lobo Solitário.
 
Hm ...
Eu tinha parada de comprar mangás há quase um ano .... mas ... como lançaram Lobo Solitário ... lá se vai $$ . O único mangá que eu andava comprando era o Vagabond mas dei uma parada e agora tô muito atrasado. E pelo tudo que eu tinha ouvido falar sobre o Lobo .. tive que comprar .. li e 8O 8O. Eu esperava algo bom ... mas é fantástico ... a história é boa o desenho também (embora eu prefira o do Vagabond ainda) fazia tempo que eu não desembolsava $$ em mangá e me sentia tão satisfeito :obiggraz:
 
Comprei e li e achei muito bom. Não ótimo porque tem alguns "problemas".

Os pontos bons:

1) custo x benefício: ótimo investimento. Proporcionou-me uma hora de entretenimento ininterrupto por R$ 12,90. Considerando-se que o X-Men de rotina custa 6,50 e me proporciona algo em torno de 15 minutos de entretenimento, vocês tem idéia de minha satisfação.

2) formato semelhante ao do tankohon, com ordem de leitura oriental: o edição da cedibra e nova sampa tinha o problema de deixar os quadrinhos as vezes na posicao oriental, mas a forma de folhear era ocidental. Isso gerava muita confusao.

Os pontos ruins:

1) tradução: normalmente não capenga, mas há certos pontos que não condizem com a versão da cedibra, e não parecem semelhantes com a versão niponica também.

2) tinta carregada: há paginas que é praticamente impossível de ver o que está acontecendo! E com o formato menor que as edições da cedibra, isso ficou ainda pior.

3) falta dos comentários de Frank Miller, e inserção de "estudo" dos editores daqui: O primeiro ponto nem preciso explicar.

O segundo ponto é louvável, mas sinto uma grande insegurança nas palavras de explicação, em conjunto com o item 1. Não que uma nota explicativa seja ruim, mas o trabalho da cedibra foi muito melhor em termos explicativos e deixava claro uma certa margem de erro, ao não dar a resposta definitiva, como acontece nesta versão. O que acontece é que o editor nos dá uma explicação que para um entendido parece balela de gente que não sabe o que está dizendo, mas para um leigo parece que é a verdade consumada.

O editor desta versão não tomou o cuidado do editor da cedibra como no caso da "Osue Piedosa": depois do editor explicar o comportamento de Daigoro, da Osue, de Ogami, e da família de samurais, a brecha para o leitor saber que se trata apenas de uma opinião sobre as lanças do carrinho de bebê. Ele deixou claro os pontos sobre os quais tem certeza, mas não deixa seus palpites jogados como se fossem também uma informação confiável. (ele coloca explicitamente que a segunda parte é opinião/palpite)

Não houvesse nenhuma explicação, o leitor ficaria com a tarefa de entender os pontos aliens. Que é uma das coisas fascinantes sobre as estórias de Kozure Okami, ao contrário de Vagabond ou o romance Musashi: o leitor não é tratado como um turista e débil mental, mas antes só são apresentados os fatos. Encontrar a explicação se torna parte do desafio.

Enquanto que no romance é impossível não ter a impressão de falar/descrever demais, já que palavras são necessárias, em quadrinhos não há necessidade da sindrome de Chris Claremont de explicar demais cada pétala de flor fora do lugar. Não que Vagabond peque neste sentido, a narrativa é totalmente linear e limpa: não há nenhum mistério, tudo é posto na nossa cara na ordem. Em Lobo solitário, os acontecimentos são apresentados, mas o autor não o faz linearmente se fosse um reality show onde o leitor ficaria o tempo todo bisbilhoteiro da vida de Ogami, nem colocar as coisas na ordem cronológica.
 
Cadê o volume 2 ???? Janeiro acabou e nada de chegar. Eles relançaram o primeiro nas bancas, o que ao menos é bom sinal.
 
É, tá demorando muito, como já havia demorado pra sair. A editora deve estar com algum problema pra publicar este mangá!
 
Só consegui comprar o volume 1 ontem, em uma livraria daqui (já que pelo visto ainda não chegou nas bancas dos locais fora do eixo Rio-SP). E não me arrependi, como tinha certeza de que não o faria. :obiggraz:

Mas vou comentar alguns pontos do post da Primula:

Primula disse:
Os pontos ruins:

1) tradução: normalmente não capenga, mas há certos pontos que não condizem com a versão da cedibra, e não parecem semelhantes com a versão niponica também.

Bom, eu não posso falar nada da versão japonesa já que não a li (e não poderia mesmo, com meu japonês supra-básico) e não me lembro mais da versão da Cedibra. Mas percebi que, pelo visto, eles não estão usando o sistema Hepburn para a grafia das palavras japonesas. Dá para notar isso em palavras que aparecem com a sílaba "ti", quando no Hepburn é escrita como "chi". Nada realmente contra isso, já que por aqui falamos o "ti" como "tchi" mesmo (e é a pronúncia do "chi" do Hepburn), mas causa no mínimo um estranhamento.
Em outras palavras eles mudam radicalmente, como em "daimyo", que ficou "daimiô" (:eek:). Nada contra o circunflexo também para indicar a vogal longa. Mas que no geral fica tudo meio bizarro, isso fica. :P

Outra coisa: o uso de romaji em duas ocasiões, uma no bilhete que Itto pega com Daigoro, onde se lê "Morte", e outra em uma lanterna de um restaurante, onde se lê "Saquê" e "Petiscos". Por que não usar a legenda nesses casos, como estava sendo feito em outras partes do mangá, deixando os kanji na imagem e escrevendo a tradução no pé do quadrinho? Tem que haver uma consistência aí.

2) tinta carregada: há paginas que é praticamente impossível de ver o que está acontecendo! E com o formato menor que as edições da cedibra, isso ficou ainda pior.

Realmente, ficaram muito escuras. Na versão da Dark Horse, ficaram ótimas. Essas páginas no original por acaso eram coloridas?

Parece que esse foi um dos motivos do atraso da segunda edição, como a editora do mangá disse; os responsáveis pela publicação no Japão não gostaram do resultado final da primeira edição, provavelmente também pela qualidade do papel.

De qualquer forma, a editora brasileira disse que iam fazer o possível para a qualidade do material melhorar da segunda edição em diante. Veremos.

3) falta dos comentários de Frank Miller, e inserção de "estudo" dos editores daqui: O primeiro ponto nem preciso explicar.

O segundo ponto é louvável, mas sinto uma grande insegurança nas palavras de explicação, em conjunto com o item 1. Não que uma nota explicativa seja ruim, mas o trabalho da cedibra foi muito melhor em termos explicativos e deixava claro uma certa margem de erro, ao não dar a resposta definitiva, como acontece nesta versão. O que acontece é que o editor nos dá uma explicação que para um entendido parece balela de gente que não sabe o que está dizendo, mas para um leigo parece que é a verdade consumada.

Concordo. Ficou de uma obviedade constrangedora e muito meia-boca. Enrolou, enrolou e acabou não dizendo nada de relevante. Os comentários do Miller ao menos eram interessantes e pertinentes.

Enfim, mesmo com esses pequenos poréns, a publicação me agradou bastante. Espero que a qualidade realmente melhore conforme prometido, de um modo que não faça com que o preço suba... pelo menos não muito.
 
Saiu o volume dois. :grinlove:

Gabriel disse:
Bom, eu não posso falar nada da versão japonesa já que não a li (e não poderia mesmo, com meu japonês supra-básico) e não me lembro mais da versão da Cedibra. Mas percebi que, pelo visto, eles não estão usando o sistema Hepburn para a grafia das palavras japonesas. Dá para notar isso em palavras que aparecem com a sílaba "ti", quando no Hepburn é escrita como "chi". Nada realmente contra isso, já que por aqui falamos o "ti" como "tchi" mesmo (e é a pronúncia do "chi" do Hepburn), mas causa no mínimo um estranhamento.
Em outras palavras eles mudam radicalmente, como em "daimyo", que ficou "daimiô" (:eek:). Nada contra o circunflexo também para indicar a vogal longa. Mas que no geral fica tudo meio bizarro, isso fica. :P

Outra coisa: o uso de romaji em duas ocasiões, uma no bilhete que Itto pega com Daigoro, onde se lê "Morte", e outra em uma lanterna de um restaurante, onde se lê "Saquê" e "Petiscos". Por que não usar a legenda nesses casos, como estava sendo feito em outras partes do mangá, deixando os kanji na imagem e escrevendo a tradução no pé do quadrinho? Tem que haver uma consistência aí.

Eu estava me referindo à forma de traduzirem as falas mesmo :mrgreen:

Itto Ogami parece menos sisudo em algumas situações, parece um bobo alegre no episódio onde ele se revolta contra a ordem do Shogun, fica melodramático demais com a escolha de Daigoro ("pobrezinho"? no máximo a lágrima em seu olho já é demonstração emocional suficiente para o personagem, pelo que me lembro)

Mas sua observação é interessante. Se essa tatica funcionou muito bem para a tradução de onomatopéias, realmente ficou uma horror nas lanternas e cartas.

Realmente, ficaram muito escuras. Na versão da Dark Horse, ficaram ótimas. Essas páginas no original por acaso eram coloridas?

Não nunca foram... colorização é algo muito recente para a estória do mangá... mesmo hoje encarece demais o produto (normalmente se colorem apenas algumas páginas) e Kozure Okami apesar de tudo ainda é literatura barata e descartável.

Parece que esse foi um dos motivos do atraso da segunda edição, como a editora do mangá disse; os responsáveis pela publicação no Japão não gostaram do resultado final da primeira edição, provavelmente também pela qualidade do papel.

De qualquer forma, a editora brasileira disse que iam fazer o possível para a qualidade do material melhorar da segunda edição em diante. Veremos.

Somos dois. Assim que tiver $$$ eu verifico :grinlove:

Concordo. Ficou de uma obviedade constrangedora e muito meia-boca. Enrolou, enrolou e acabou não dizendo nada de relevante. Os comentários do Miller ao menos eram interessantes e pertinentes.

Não só Miller... o editor da cedibra também comentava às vezes e quase num nivel tão bom quanto o Miller. Da Nova Sampa eu não me lembro de ter comentários, mas pelo menos se era para falar bobeira ficou quieto.

Enfim, mesmo com esses pequenos poréns, a publicação me agradou bastante. Espero que a qualidade realmente melhore conforme prometido, de um modo que não faça com que o preço suba... pelo menos não muito.

O preço não precisa subir com o aumento de qualidade. Como disse, as páginas estava muito escuras, e para melhorar é só diminuir uns 10% a carga de toner. Neste caso, a tendência é ficar mais barato.

Minha preocupação é que Lobo Solitário comparado com outros mangás tem um custo benefício MUITO BOM. Temos mais ou menos duas horas de entretenimento por 13 reais, enquanto que por exemplo Vagabond tem um entretenimento de 30 minutos por 5 reais (meus parâmetros de leitura, apreciando a arte e o roteiro... lendo rápido dividam o tempo por 2)

Ou seja, temos algo em torno de R$6,50/hora para Lobo Solitario, enquanto que para Vagabond temos algo em torno de R$10,00/hora.

Meu prognóstico é que ou subam o valor de Lobo, ou diminuam o valor dos mangás mais chuletas. O problema é que aumentar o valor de Lobo vai ficar inviável para muitos comprarem...
 
Comprei o volume 2 hoje (eu não encontrei o 1) e PUTAQUEPARIU que mangá é esse? Apesar de estar boiando um pouco na história, já deu pra perceber que a trama é bem profunda e de certo modo pesada. A cena em que o Ogami (SPOILER) mata o santo é uma das melhores que já vi em um mangá.

E realmente o custo benefício é um dos pontos altos, já que eu demoro no máximo 20 minutos pra ler um mangá, e passei mais de uma hora lendo Lobo Solitário. O problema é que ele veio num momento que eu queria guardar uma grana :roll:
 
Há algum tempo eu ouvi falar de um projeto para continuação de Lobo Solitário. Kazuo Koike queria ressuscitar a coisa, mas já sem Goseki Kojima (falecido em 2000).

O que vi não me agradou nada...

Mas para compensar, algo me deixou muito ansiosa.

http://www.imdb.com/title/tt0367983/

O que acham?

(claro que isto não me impede de rastrear a série de TV e o filme de 2002)
 
Em uma palavra: ugh!

Péssima idéia. Não que eu duvide da competência de certos diretores ocidentais, mas se o tema é japonês, tem que ser feito por um japonês. Por mais que se estude determinada cultura, a pessoa nunca terá uma percepção completa de como um nativo vê a própria cultura e, conseqüentemente, muito se perderá e/ou acabará diluído pela incapacidade de se captar certas nuances. O que dirá a cultura japonesa, onde "nuance" é uma das palavras-chave aplicadas a ela.

O filme já falhou antes de começar justamente porque não será uma visão japonesa do mangá. Será simplesmente "um ronin qualquer em busca de vingança à la Hollywood". E pra completar a infelicidade: falado em inglês. Uau, que clima que vão conseguir passar assim, hein? :?
 
bump!

OK, li o segundo volume... se a intenção é agradar os puristas novatos, pode até ser bom... mas os que já conhecem a obra de vinte anos para cá como eu podem achar muito irritante.

Primeiro é que tem MUITAS palavras que simplesmente eles não traduziram, deixando isso para o glossário. Isso quando a palavra está no glossário... O que leva à um desgastante roteiro de ir ver o final do volume a todo momento para ver se há uma tradução para a palavra.

A opção de colocar um asteristico e uma nota de rodapé ao invés de ser usada para explicar algo, é usada como forma de ler o kanji. Ponto positivo é que mantiveram os kanjis... mas aí volta o problema que acabei de mencionar: lê o kanji para logo em seguida ter de ir consultar o glossário... para quem não entende muito japonês essa rotina se torna um saco depois de um tempo.

O irritante também foi a explicações por cima... como na hora de dizer a hierarquia dos presos.

Outra coisa que foi totalmente sem sentido foi chamar o sacerdote de santo. Chamar uma pessoa de santo tem um significado ocidental, onde raros mortais podem ser santificados (além de ter de passar por burocracias de Vaticano. Em alguma crenças cristãs, não existem "santos" e isso é heresia).

Um Buda é algo comum. Dizemos Buda, porque significa iluminado. Há Budas encarnados mesmo hoje em dia. Não é algo que somente Sidharta pode alcançar: a tendência é que todos nos tornemos Budas. OK, não usam a palavra Buda, (usam uma palavra mais comprida) mas deixar a tradução como "santo" tornou a iluminação algo impossível de ser alcançada.

A consequência é que uma palavra carrega um peso de impossiblidade maior que a outra. E de certa forma, se estivermos com certos preconceitos ocidentais, também de que um Buda "vale menos" que um santo, exatamente porque é mais "comum".
 
rs... tinha pensado nisso mesmo quando li ontem o 2... o manga eh muito bom...


span

achei a historia em q o Daigoro bate no menino e fica preso meio ruin.... ele chorar foi ate aceitavel... mas ficar chamando a menina de Nesan nao foi nem um pouco legal...

ahh sim e concordo com vc o lance de explicaçao em lugares improprios e falta de traduçao em algumas partes... afinal eu ja estou meio acostumado com esses termos .. mas nem todos ...

bjs Dwarf
 
Muad'Dib disse:
rs... tinha pensado nisso mesmo quando li ontem o 2... o manga eh muito bom...


span

achei a historia em q o Daigoro bate no menino e fica preso meio ruin.... ele chorar foi ate aceitavel... mas ficar chamando a menina de Nesan nao foi nem um pouco legal...

ahh sim e concordo com vc o lance de explicaçao em lugares improprios e falta de traduçao em algumas partes... afinal eu ja estou meio acostumado com esses termos .. mas nem todos ...

bjs Dwarf

Essa estória tem uma explicação muito legal dada pelo editor americano (e que como os textos do Miller não dão nem as caras na versão da Panini :disgusti:)

Quando eu chegar em casa, eu digito o texto ipsis literis, e você verá que a estória é uma daquelas que o autor não explica nada, deixa tudo para o background cultural do leitor (japonês :grinlove:) entender. E ele (leitor japonês) entende já que não é debilóide e o autor não fica dando uma de Chris Claremont.

O legal de Lobo Solitário, é que como Akira, Watchmen e V de Vingança, não é apenas ler e achar legal e no ano que vem já tá na lata de lixo... também é legal comparar impressões e interpretações com outros leitores.

Posfácio da versão Cedibra disse:
Posfácio

Para aqueles que, como eu, ficaram um tanto confusos com as últimas palavras desta edição, um esclarecimento adicional pode ser útil.

Primeiramente, a jovem criada não era filha de Itto Ogami. Então por que Daigoro a chamou de "mana"? No Japão, é muito comum uma pessoa referir-se à outra como se ela fosse membro de sua família. A palavra japonesa para "tio" é usada genericamente para designar qualquer homem mais velho. Se você fosse japonês, visse uma senhora cheia de pacotes e quisesse lhe oferecer uma mãozinh, na certa diria: "Ei, tia, quer uma ajuda?" Da mesma forma, "mana" pode servir para designar qualquer moça jovem. Daigoro não sabia o nome da menina, por isso chamou-a de mana.

"Está bem espertinho", você deve estar pensando, "então por que todo mundo achou ue ela era irmã de Daigoro e conseqüentemente filha de Ogami?" Bem, isso já é um pouco mais complicado. Tente pensar como um proprietário de terras, num país marcado pela intriga política, onde a maneira mais simples de eliminar os rivais era contratar um assassino para dar cabo deles, Naturalmente, imaginando que seus rivais tivessem planos semelhantes para o seu futuro, você estaria propenso a ver ameaças onde elas nem existissem. Em outras palavras, você seria paranóico. Assim era o mundo do Shogunato Tokugawa.

Logo que souberam da presença do assassino Itto Ogami na província, as pessoas naturalmente imaginaram que ele estivesse lá para matar algum importante senhor na hierarquia local. Acreditaram que o Lobo Solitário usou seu filho para adentrar a propriedade e pensaram que a nova criada fosse a filha do samurai, uma vez que mostrou compaixão por Daigoro. Eles estavam errados nas três suposições. Foi um equívoco simples, mas fatal.

"Muito bem, isso foi fácil. Agora quero ver explicar o mistério da página 52. 'De repente, lanças ocultas saltam do carrinho de Daigoro'... ah, qual é! Quem vai acreditar numa coisa dessas?"

O carrinho de bebê é parte integrante da revista Lobo Solitário. Na verdade, a série é frequentemente chamada de "O Assassino do Carrinho de Bebê". Em um dos vários filmes baseados nela, Espadas Relampejantes da Morte, o carrinho possui, não só lanças escondidas, mas também uma metralhadora primitiva. Uma das próximas edições deve trazer um diagrama do carrinho. Por enquanto, devemos entendê-lo como o equivalente japonês do Austin Martin de James Bond no filme Goldfinger.

Por que não explicam isso em algum ponto da série? Para falar a verdade, eu não tenho essa resposta. Poderia dizer, "porque os quadrinhos japoneses são diferentes dos americanos", mas não vou fazer isso. Ao contrário, direi apenas que a série se estende por cerca de 9000 páginas, e eu não li todas elas, uma vez que a maioria ainda não foi traduzida do japonês. Talvez a explicação definitiva sobre o carrinho seja revelada futuramente. Sei que essa não é a melhor resposta do mundo, mas, publicando cerca de 64 páginas por mês, eu tenho uns, doze anos para pensar em outra.

Rick Oliver
Editor da First Comics.

Sobre as lanças, a resposta poderia ser "porque Kazuo Koike e Goseki Kojima não tem síndrome de Claremont de ficar tagarelando e explicando tudo", ou seja, não acham que o leitor de Lobo Solitário precisa ter tudo mastigadinho para entender e apreciar a obra. A resposta de Rick Oliver dá essa pista dizendo que são mais de 9000 páginas e que deve haver algo lá (no passado de Ogami?) que fez surgir o carrinho.

A frase "De repente lanças saltam" não existe na versão nipônica e nem na atual da Panini. Então creio que de certa forma os tradutores da época ainda estavam contaminados pela mania explicativa dos Comics. Afinal era o ano de 1987 e a mania explicativa ainda não era vista com olhar negativo tanto quanto agora.
 
Sobre Volume Três e Minhas Constantes Implicações.

Este volume me foi infeliz... já havia lido todas as estórias na versão da Cedibra, então, mesmo com uma melhora sensível (não tradução de kanjis, e uso do asteristico para colocar tradução ao pé da página, melhoria dos tons escuros), foi a que menos deu pra me divertir.

A tradução melhorou... mas ainda tem o problema ENORME de fazer Itto Ogami falar como se fosse um campones ou homem rude, ao invés de nobre injustamente acusado blablabla... muito do lirismo se perde em vários diálogos. Em outros, por algum milagre, o lirismo não sucumbiu.

O problema a meu ver é que continua a joça da tradução mecânica, misturada com a idéia tosca de que se a linguagem for muito "complexa" o leitor não vai entender. O problema é que Lobo Solitário não pode se rebaixar em linguagem para alcançar o leitor "pobre", porque aí quem sofre é a própria obra e o significado dela. Nem os letrados entendem, e muito menos o leitor mais simples!

A cedibra/First também errava feio nas traduções. Mas dessas edições as coisas não ficavam tão destoantes... acho até que adaptaram bem usando a intuição. Algumas frases apesar de não serem iguais ao original, passaram uma idéia muito melhor na adaptação feita pela First/Cedibra.

O que não vejo nesta edição.
 
nao li ainda essa terceira..... a explicaçao do Rick Oliver foi muito boa.... e concordo com vc q sobre as lanças (q eu sei q no quadrinho aparecem os nomes certos e nao "LANÇAS") nao tem nenhuma necessidade de alguma explicaçao mais.... bem estou esperando para ver o volume 3....


bjs Dwarf
 

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