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Lobão provoca ira de fãs ao criticar Restart, Fiuk e Luan Santana

E ainda demonstram não conhecer nada do país onde vivem:

09/03/2011 - 17h01

Baterista do Restart pede desculpas por comentário sobre Amazonas

Da Redação

O baterista do Restart, Thomas Alexander, usou sua página no Twitter para pedir desculpas ao povo do Amazonas depois que um vídeo foi divulgado com o músico dizendo que não sabia se existia civilização no estado amazonense.

Durante uma entrevista, Thomas foi questionado sobre onde gostaria de se apresentar com o Restart. "Eu queria muito tocar no Amazonas. Imagina você tocar no meio do mato. Não sei como é o público de lá, não sei nem se tem gente, civilização. Seria bem legal tocar pra lá, para a parte que a gente acha que não tem nada", ele disse.

Com a declaração de Thomas, usuários do Twitter criaram a tag #ManausOdeiaThomasRestart e colocaram entre os assuntos mais comentados no Brasil dentro do site. Em contrapartida, os fãs do Restart se manifestaram com #OMundoAmaThomas.

Em sua página no Twitter, Thomas se justificou. "Galera, eu disse que achava que não tinha ninguém lá! Não desvalorizei a galera de lá, não! Tenho muita vontade de conhecer Manaus, o Acre! Inclusive vou gostar muito de lá! Eu adoro lugar tranquilo! Ainda mais lá que só deve ter natureza! Cachoeiras e tudo mais!", ele escreveu.

Segundo Thomas, não houve julgamento de sua parte. "Não sei como é a galera de lá! Não julguei eles! Não conheço! Só achei que lá era uma cidade turística e que não tinha muita gente, só isso! Manaus, mesmo você me odiando, eu te amo!", continuou Thomas.

O baterista disse que os xingamentos deram mais forças para ele continuar. "Eu devo satisfação pra familiarestart de Manaus! Vocês sabem que eu não falei por mal! E quem colocou o vídeo editou pra sacanear! De qualquer forma, amores!, me desculpem!", ele encerrou, acrescentando que a Família Restart está com ele.

Fonte: site UOL Música.
Caramba, quanto mais ele nadou, mais fundo ele chegou na lama. Quanta ignorância! Tivesse dito que era só uma piada e teria ficado melhor!

Realmente dá muita vergonha essa onda de EMOs e coloridos que tomou conta do país.
Há algum tempo tínhamos "legionários" e "malucos beleza". Hoje temos a "família restart" (bandinha que já começa pelo nome, que nem sequer é brasileiro).

Alguém falou aí que estamos ficando quadrados. Talvez. Afinal, música ruim, bandas e cantores ruins, sempre existiram. Basta ver o início da década de 90, quando o pagode tomou conta do país. Ou meados de 80, quando o brega prevalecia nas rádios.

No entanto tínhamos em quem nos apoiar. Tínhamos Raul, Legião, Engenheiros, Paralamas. Até mesmo alguns sertanejos se valiam (e aqui eu sou suspeito, porque é um gosto bem pessoal), afinal, apesar de ser romântico-corno, tinha a emoção de virem da roça de verdade, de viver no campo, colher tomates ou sair de casa ainda criança pra ser explorado por pseudo-empresários.

Até mesmo quem subia no palco pra fazer graça e falar besteira, tinha lá seu quê de genialidade. Basta ver os mamonas, que misturam baião nordestino com heavy metal, como na "Jumento Selestino" por exemplo, que tem um arranjo fantástico, onde guitarra, bateria, triângulo e zabumba se undem de maneira incrível! E além do mais, eles não queriam fzer bonito pra ninguém. A intenção deles era escrachar mesmo!

Se voltarmos um pouco mais no tempo, teremos o embate entre os "engajados" e os "alienados", a MPB e o "Ieieiê". Jovem Guarda, covenhamos, eram os Restarts daquela época. O público ia ao delírio ao ver aquelas imitações mal feitas dos astros estrangeiros. No entanto existia a alternativa que vinha dos Festivais de Música, com Chico e Caetano.

Hoje ainda temos todos esses que citei. Até Roberto Carlos abandonou o ieieiê e se tornou o rei da música brasileira e não tiro dele esse mérito, afinal ele soube crescer. No entanto, todos esses já são velhos, já "escreveram e já fizeram a sua história", como já disse Julinho Marassi em sua música mais famosa. Ainda estão aí, mas pertencem a um outro tempo.

Disse tudo isso porque, sempre que reclamo da geração perdida desse nosso tempo, alguém sempre vem me dizer: é sempre assim, tudo que é antigo é melhor.
Pois bem, eu mostrei que antigamente existiam coisas boas e ruins. Agora quero me provem o que há de bom hoje em dia que não seja resto ou reflexo do passado musical recente do país.

Temos Restart, Cine, Fiuk (que porra de nome é esse?), Luan Santana...
E qual é a alternativa?

O sertanejo ainda se salva com Victor & Léo. Mas e o rock? Quem se contrapõem a esses coloridos? NXZero? E a MPB? Maria Gadú?

A verdade é que precisamos de uma nova crise. Uma nova revolução. O mar calmo não desperta atração, é apenas uma lagoa gigante. São as ondas que o deixam belo! Foi a repressão que gerou os Grandes do passado. Será que precisamos de uma nova ditadura ou de um péssimo governo para despertar os gigantes do nosso tempo também?
 
Nem dá pra comparar 'maluco beleza' com nada após Legião. Isso é ofender a memória do Grande Mestre Raul Seixas.

Verdade seja dita, o Rock brasileiro foi pra UTI na virada dos anos 80 pros 90. O que vimos a partir de então foi uma onda de Acústicos MTV que até deu uma sobrevida pros Titãs, Capital Inicial, Barão Vermelho entre outros, mas depois disso nada de novo com relevância apareceu.
 
A última vez que eu fui em um show de pop-rock foi do Biquini, tava lotado de adolescente cantando todas as músicas. Não é falta de público, e nem a geração mais nova que só gosta de lixo.
 
Zeca Baleiro, Seu Jorge, Wanderly.

O Pop rock Brasileiro é qeu vive das bandas dos anos 80.

Mas eu acho que essa crise musical é mundial mesmo. A midia mais que nunca está vendendo lixo, e só lixo.

Como exemplos de lixo mundial, vemos aí Justin Bieber e Miley Cirus. O pessoal que hoje tem 12,13 anos tá ficando muito influenciavel. E isso é horrível pra formação das personalidades. Restart queria provar que você pode ser "descolado" sendo o colorido diferente, Justin Bieber quis provar que sevocê for bonitinho, tiver o cabelo bom e for afinadinho, você vai ser famosão e todas as menininhas ficarão aos seus pés e te venerarão.
 
Mas eu acho que essa crise musical é mundial mesmo. A midia mais que nunca está vendendo lixo, e só lixo.

A indústria fonográfica mundial está em crise mesmo, mas a música, não.

Diferente das décadas passadas, não dependemos mais dos meios de divulgação tradicionais (rádio, TV) para escutar música. Para mim, tanto faz se a mídia vende Restart ou Luan Santana, não me lembro sequer de ter ouvido uma canção deles. A net está aí, cada um pode procurar ouvir o que quiser, artistas de qualquer país do mundo ou gênero musical.


Mas e o rock? Quem se contrapõem a esses coloridos? NXZero? E a MPB? Maria Gadú?

Mesmo não tendo ouvido muita música brasileira nos últimos tempos, é exagero dizer que não há nada que se contraponha ao mainstream.

Poderia citar:
  • Roberta Sá (Que Belo Estranho Dia Pra Se Ter Alegria)
  • Rodrigo Maranhão (Passageiro)
  • Adriana Calcanhotto (Maré, Adriana Partimpim)
  • André Abujamra (O Infinito de Pé, Mafaro)
  • Nação Zumbi (Rádio S.AMB.A., Fome de Tudo)
  • Gui Boratto (Chromophobia)
  • Curumin (Japan Pop Show)
  • Pato Fu (Televisão de Cachorro, Ruído Rosa)
  • Cidadão Instigado (Uhuuu!)
  • Terminal Guadalupe (A Marcha dos Invisíveis)

Fora do Brasil, eis alguns excelentes álbuns dos últimos 5 anos:
  • Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga
  • Kanye West - My Beautiful Dark Twisted Fantasy
  • Animal Collective - Merriweather Post Pavilion
  • CunninLynguists - A Piece of Strange
  • Radiohead - In Rainbows
  • Twin Shadow - Forget
  • Andrew Bird - Armchair Apocrypha

Como exemplos de lixo mundial, vemos aí Justin Bieber e Miley Cirus. O pessoal que hoje tem 12,13 anos tá ficando muito influenciavel.

Bem, com 12/13 anos eu ouvia Menudo, entre outras coisas bregas, mas sobrevivi e cresci, então acho que há esperança para esse pessoal. :dente:
 
Zeca Baleiro, Seu Jorge, Wanderly.
Eu pensei no Zeca quando estava postando. Mas apesar dele ter gravado o primeiro CD em 1997, como compositor o cara já trabalhava entre os famosos desde o final da década de 80, ou seja, se encaixa nos antigos que eu citava no decorrer do post.

Mas quem é Wanderly?

A indústria fonográfica mundial está em crise mesmo, mas a música, não.

Diferente das décadas passadas, não dependemos mais dos meios de divulgação tradicionais (rádio, TV) para escutar música. Para mim, tanto faz se a mídia vende Restart ou Luan Santana, não me lembro sequer de ter ouvido uma canção deles. A net está aí, cada um pode procurar ouvir o que quiser, artistas de qualquer país do mundo ou gênero musical.
O problema é que internet faz um ou outro famoso em meios alternativos. Vide aquela menina que não canta nada, mas que ficou famosa no Brasil inteiro por compôr em inglês aos 15 anos e bla bla bla. Apareceu em vários programas de TV só depois que ficou famosa na net. Mas eu a acho horrível.

Mas não é isso que se está discutindo aqui. O que se discute é o modo de pensar e agir desta nova geração. Gente boa esparramada pela net até tem. Mas de que serve se só meia dúzia de gato pingado corre atrás? De que adianta colocar uma banda com ótimas canções no YouTube se o bonito é ser família restart?
 
Última edição:
Ah, ela! Eu não sabia desse histórico dela não.
Pelo o que sei, ela postou umas músicas na net que caíram no gosto do público. E quando ela fez 15 anos, o pai dela deu de presente a gravação de um disco. Mas não sei se essa é a verdadeira ordem dos fatos.

Só sei que ela é horrível! Quem disse que aquilo cata? Ela geme mais que a Arwen nos filmes!
 
Mas não é isso que se está discutindo aqui. O que se discute é o modo de pensar e agir desta nova geração. Gente boa esparramada pela net até tem. Mas de que serve se só meia dúzia de gato pingado corre atrás? De que adianta colocar uma banda com ótimas canções no YouTube se o bonito é ser família restart?

É, pra quem acha que o Bisnaguinha não fala nada sério, ele falou bem o que acontece atualmente: e o pior é que não se aplica somente ao gosto musical, mas a todas as formas de arte.

Poderíamos discorrer horas sobre isso. Uma citação do Snaga me chamou atenção: os últimos impulsos criativos do ser humano para a arte têm se arrastado desde o início da década de 90 até aqui, e isso se dá justamente pela completa falta de estímulo. O protesto é a vida da criatividade. A geração de hoje não têm mais o que dizer, o que protestar, e pelo que lutar. Sim, pois as letras mais apaixonadas e carregadas de sentimentos são as escritas como alguma forma de protesto.

Uma geraçãozinha confortável, fútil, mimada, teleguiada pela mídia, sem opinião própria, que já têm todas as facilidades nas mãos, e o Google para formar suas opiniões por eles. Um conformismo ridículo, uma total alienação ao que está fora dos seus mundinhos, ferozmente defendidos por pais alheios e absortos no capitalismo.

E isso não tem nada a ver com nível socioeconômico: sou pobre, mas meu pai desde cedo nos ensinou a gostar desde o Bolero de Ravel a Pink Floyd e Raul Seixas, e a entender a ressonância que cada nota provoca em nossa mente. Isso tem a ver com educação e cultura - ou falta de. Aí entra a porcaria semidigerida pela mídia, empurrada em suas goelinhas de forma fácil de ser engolida... E eles engolem, obedientes.

Realmente, faltam ondas em nossa pacífica lagoa, pois nós mesmos parecemos conformados em nossos comentários, pensando vagamente que essa geração precisa de um sacode, em vários sentidos.

E quem sabe se aqui não está o germe de mais um movimento de protesto ao conformismo?
 
"Only sick music makes money today."

A frase, que parece ser bem propícia para a nossa realidade, é de Nietzsche, e tem mais de 1 século.

Esse papo não é novidade, não é exclusividade das gerações recentes. Esse conflito de gostos entre gerações é natural, a diferença é que hoje em dia ele torna-se ainda mais evidente pela velocidade crescente das informações.
 

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