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Livros para vestibular

Pescaldo disse:
Eu acho legal incentivar a cultura brasileira, mas eu acho uma puta falta de sacanagem nego nem se preocupar em mencionar monstros literários universais e nem cobrar umazinha obra literária estrangeira nos vestibulares.

Vou xingar muito no meu twitter.

[align=justify]Pescaldo, tenho que dizer que concordo muito contigo nessa. Acho um absurdo esse recorte que fazem, não só no Vestibular, mas nas próprias aulas de Literatura do Ensino Médio. O máximo que se ouve de Literatura Estrangeira nessas aulas (não todas, obviamente) é a obra-marco da escola ou do movimento literário, como se só essa tivesse alguma importância, mesmo que nem seja estudada. É por demais empobrecedor![/align]
 
Tauil disse:
- Dom Casmurro
- O cortiço
- O auto da barca do inferno
- A cidade e as serras
- Iracema
- Antologia poética do Vinicius
- Memórias de um sargento de milícias
- Vidas secas
- Capitães da areia

As aulas do Ensino Médio são consequência do programa dos vestibulares. Aposto o que você quiser que se a FUVEST publicasse uma lista com Thomas Mann, Cervantes e Shakespeare, o currículo do Ensino Médio mudaria naquele ano (pelo menos do terceiro ano).

Peguemos a lista desse ano postada pelo Tauil, eu acho que alguma coisa poderia ser cortada como Memórias de um Sargento de Milícias e A Cidade e as Serras. Se reparar bem, tirando essas duas obras ainda sobram duas do Realismo (Dom Casmurro e O Cortiço). Eu substituiria essa Antologia do Vinícius porque já temos outras duas obras Modernas (Vidas Secas e Capitães da Areia).

Com esses três espaços vagos, eu colocaria uma obra referente ao Classicismo, uma ao Simbolismo e uma da Antiguidade Clássica. Pra manter poesia na lista, colocaria uns Sonetos de Shakespeare, A Odisséia de Homero e, porquê não, poemas do Mallarmé (ou Cruz e Souza, que segundo o próprio Mallarmé é o melhor poeta Simbolista).

Não sou eu que faço as regras, entretanto.
 
Talvez por isso no meu tempo se chamasse "Literatura Brasileira" a matéria... Acho válido apresentar os alunos aos clássicos internacionais... Mas acho que com o currículo como está, devemos conhecer nossa cultura antes... Isto posto, eu tive clássicos da língua inglesa na aula de inglês e falaram muito dos clássicos mundiais na aula de história...
 
kika_FIL disse:
Talvez por isso no meu tempo se chamasse "Literatura Brasileira" a matéria... Acho válido apresentar os alunos aos clássicos internacionais... Mas acho que com o currículo como está, devemos conhecer nossa cultura antes... Isto posto, eu tive clássicos da língua inglesa na aula de inglês e falaram muito dos clássicos mundiais na aula de história...

Vale lembrar que também estamos longe de aula de Literatura, tá mais pra História da Literatura.

Eu não vejo problemas em mesclar tudo numa só matéria, já que o Brasil tem uma Literatura bem forte e não precisa se preocupar em perder terreno pros grandes de fora.
 
O que a gente aprende de Literatura Estrangeira, é portuguesa.

Eu tive aula de Camões e Pessoa. Fora disso, só se o professor montar um esquema por conta dele, porque nas apostilas desses cursinhos da vida não passa disso.

Pescaldo, perdoe-me, mas O cortiço não seria naturalista?
 
Pescaldo disse:
kika_FIL disse:
Talvez por isso no meu tempo se chamasse "Literatura Brasileira" a matéria... Acho válido apresentar os alunos aos clássicos internacionais... Mas acho que com o currículo como está, devemos conhecer nossa cultura antes... Isto posto, eu tive clássicos da língua inglesa na aula de inglês e falaram muito dos clássicos mundiais na aula de história...

Vale lembrar que também estamos longe de aula de Literatura, tá mais pra História da Literatura.

Eu não vejo problemas em mesclar tudo numa só matéria, já que o Brasil tem uma Literatura bem forte e não precisa se preocupar em perder terreno pros grandes de fora.

Bem colocado pelo Pescaldo, normalmente o que temos nas escolas é aula de História da Literatura (com linha do tempo e tudo o mais). Eu acho que o ensino de Literatura carece não só de uma revisão sobre isso, mas também de... hum... uma carga horária maior, se é que vocês me entendem. Nesse sentido seria possível dar aula de Literatura de uma forma mais geral, incluindo literatura estrangeira também. Só que é óbvio que esse é o menor dos interesses de quem estipula a carga horária mínima por disciplina, né. Literatura vai continuar lá com uma, duas horas semanais, isso se for separado de Língua Portuguesa (no meu caso, era tudo junto ¬¬' ).
 
[align=justify]Pois é, no meu colégio a divisão era mais ou menos assim: Língua Portuguesa, Produção de Texto e Literatura, ou seja, a Literatura (História da Literatura) tinha uma aula semanal, o que dava tempo para sabermos o título da obra-marco do movimento literário em âmbito mundial, o contexto histórico (bem superficialmente) e aí estudarmos alguma coisa de Literatura Brasileira, as principais características. As obras mesmo, a gente tinha uma avaliação sobre uma determinada obra, normalmente que caía no Vestibular. Achava minha professora muito competente e tudo, mas com somente uma aula por semana fica difícil mesmo. Como a Anica disse, a carga horária tem um peso grande na forma como as aulas são organizadas.[/align]
 
Eu sou a favor da unificação das "três" áreas. Literatura é Produção de Texto que se vale da Língua Portuguesa (ou Gramática, tanto faz). Unificando as três numa só matéria e mantendo a carga horária do jeito que está, acredito que o ensino mudaria drasticamente.

Seria possível determinadas coisas que hoje em dia não são permitidas, já vi professora de redação sendo repreendida por ter recomendado um livro. No entender da direção, isso é do escopo do professor de Literatura, não do de redação.

Acredito que poderia se pesar mais na Literatura assim também, aumentar a produção de textos consequentemente e fazer com que a maioria aprenda gramática por osmose. Como sempre foi, na verdade.

Pelo bem da verdade, História da Literatura pode ser dada em um semestre sem se esquecer de nada. E olha que eu tô chutando pra cima, viu?
 
para mim foi uma bênção quando separaram (depois da oitava série). eu tive a chance de estudar literatura brasileira, com duas aulas por semana (quase o mesmo tempo que lingua portuguesa -gramatica), e além da história (sim, com linha do tempo e tal) estudamos alguns dos autores como o machadão, o erico e tals... foi divertido e minha profa foi fantástica em incutir o gosto pelos livros em quem não tinha ainda...

Mas assim, eu estudava em regime semi-integral no Bom Jesus, então sei que o que eu tive não era regra;;;
 
Pescaldo disse:
Acredito que poderia se pesar mais na Literatura assim também, aumentar a produção de textos consequentemente e fazer com que a maioria aprenda gramática por osmose. Como sempre foi, na verdade.

[align=justify]Concordo Pescaldo, foi o que aconteceu comigo na verdade. Não gostava e não gosto de gramática, mas sempre me dava bem nas provas e notas justamente porque gostava bastante de ler. Se me pedissem para eu explicar a regra de acentuação ou de conjugação e desinência de não-sei-o-quê aí eu teria sérias dificuldades.[/align]
 
Eu não acho que seja bom unificar Gramática, Literatura e Redação em uma matéria só. As aulas acabariam sendo divididas mesmo. Acho que o ideal seria que os três professores trabalhassem paralelamente, com o mesmo exemplo. Por exemplo, um poema pode ser tanto trabalhado em uma aula de gramática quanto de literatura. E dá pra encaixar a produção de texto em cima dele, também.
 
Eu sempre tive aulas separadas de literatura e português. Nas de literatura tinha a coisa da História da Literatura, mas tinha também estudo de poemas, por exemplo, pelo que me lembro (embora fosse mais um estudo formal, do que do conteúdo; de coisas como aliteração, assonância e tipos de rima) e tinha literatura internacional (na verdade, partes de livros no livro didático), em geral, francesa e portuguesa (nunca americana ou oriental, por exemplo).

Eu sou a favor de juntar tudo, o estudo da língua deveria/poderia ser feito principalmente a partir da literatura, na escola; e vice-versa. Porque o maior exemplo de que "como está não funciona" é que a gente passa todos os anos de escola estudando gramática e não aprende; a gente passa todos os anos de escola estudando literatura e não lê; na verdade a maioria dos brasileiros diz detestar o português e a leitura. Só que é uma questão muito complicada. Há uma tendência atualmente nas Letras para seguir um modelo diferente, longe da gramática normativa, mas ao mesmo tempo, os estudantes-futuros professores, simplesmente não sabem como colocar isso em prática, embora queiram. Até porque, lá no fim tem a cobrança no modelo antigo do vestibular.

Para mim não deveria haver a cobrança por obras (não deveria nem haver vestibular, né, mas esse é outro assunto...) Como já disseram a Anica e o Pescaldo, as provas não cobram exatamente interpretação, análise; cobram mais História da Literatura e o saber encaixar as obras lá. E entretanto, não sei se o ENEM anda fazendo alguma diferença (suponho que não).

Sobre o assunto do tópico: não me lembro das obras dos últimos vestibulares que fiz. Na verdade não lembro de ter lido nenhum livro para vestibular nenhum. Alguns eu já tinha lido antes e não quis reler, mas em geral não fez diferença para mim. (também nunca fiz Fuvest e não sei como é).
 
Não confundam Aula de Literatura com o estudo de autores. Aula de Literatura examina textos, não autores. Faz tempo que eu não vejo uma aula de literatura de verdade (no Ensino Médio) justamente por esse equívoco.

Tauil disse:
Eu não acho que seja bom unificar Gramática, Literatura e Redação em uma matéria só. As aulas acabariam sendo divididas mesmo. Acho que o ideal seria que os três professores trabalhassem paralelamente, com o mesmo exemplo. Por exemplo, um poema pode ser tanto trabalhado em uma aula de gramática quanto de literatura. E dá pra encaixar a produção de texto em cima dele, também.

Não seria melhor um mesmo professor fazer isso com um mesmo texto para que não se corra o risco de dois professores fazerem leituras diferentes do mesmo texto? Claro que o conflito de leituras é interessante pro estudo comparativo literário, porém ele é arriscado quando lidamos com adolescentes de 14 a 17 anos. Conflitar as leituras deles com as de um professor é o objetivo, contudo, quando professores conflitam entre si, é confusão pra cabeça da molecada.

Não se pode esquecer do didatismo. No final das contas, é uma escola.

Eu vejo que separação dá uma idéia de distanciamento, não mostra objetivamente que é necessário ter uma bagagem cultural forte (Literatura) e um domínio da língua (Gramática) para se escrever bem (Produção de Texto). A molecada não coloca as três matérias no mesmo balaio, daí a dificuldade de muitos deles quando entram em Letras e em outros cursos.
 
Pescaldo disse:
Não se pode esquecer do didatismo. No final das contas, é uma escola.

[align=justify]
É justamente nesse ponto que é preciso pensar no que tange as aulas mesmo, a questão da carga horária é outra questão. É preciso saber dosar o nível de abstração mais profunda e o ser didático com relação a algo, é preciso encaminhar, devagar, com base no que os alunos já sabem e aí ir, juntamente com os alunos, moldando e discutindo os conteúdos. OK, falando parece fácil, mas esse é um dos grandes desafios, não só de Literatura, Língua Portuguesa ou Produção de Texto, mas de qualquer disciplina. Juntar tudo, na minha opinião, é uma ótima idéia, pois se ficaria com somente um professor, que em tese, pelo maior convívio com a turma, saberia como melhor abordar o conteúdo e tudo o mais, mas fazer isso de maneira didática é bem complicado, demanda realmente um acompanhamento estreito e constante.[/align]
 
Eu tb tive História da Literatura, depois com o cursinho eu estudava os livros mesmo. Eu gostei da forma que davam no cursinho, contando a história da literatura através dos livros indicados pela Universidade. Então, sabendo as características de determinada escola eu lia o livro desse tempo, e ligando os aspectos da escola que o prof. ensinou na sala de aula, aprendia mais por saber o que estava lendo e de qual época era o livro.
Agora tem umas coisas assim, de 2 livros como Inocência e Iracema serem do romamtismo, no entanto, o primeiro livro não é tão romântico enquanto o segundo. Porque, Inocência tinha casco de cavalo nos pés e a Iracema tinha os pezinhos bem macios XD

E estudo literatura pelo meia que é ótimo :joy:
 
Bom, hoje mesmo fiquei sabendo dos livros que serão cobrados no meu vestibular seriado deste ano. Ei-los:

A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo
I-Juca Pirama - Gonçalves Dias
O Guarani - José de Alencar
Helena - Machado de Assis


Eu gostei da lista. Clássicos, né? Principalmente A Moreninha, que é um dos livros que mais aprecio!
Como já li A Moreninha, peguei Helena hoje mesmo para começar. Alguém tem alguma dica? Alguma sugestão de como "estudar" esses livros e fazer uma boa prova? hehehe
Percebi que eles investiram bastante no Romantismo. Acho que fico feliz com isso, já que é uma época bem diversificada. Achei que iriam colocar Noite na Tarverna, mas... ^^
 
Nossa, alguém que gosta d'A Moreninha. Vou enviar um prêmio, favor mandar uma MP com nome e endereço, por favor.
 
Ai gente, que horror kkkk
"A Moreninha" é tão romântico e tem umas partes ótimas de inusitadas.
Se tiver mais alguém que goste, manifeste-se por favor! É porque até agora não achei ninguém que goste como eu XD

PS: Pescaldo, eu aceito o prêmio, viu?
 

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