Eu sempre tive aulas separadas de literatura e português. Nas de literatura tinha a coisa da História da Literatura, mas tinha também estudo de poemas, por exemplo, pelo que me lembro (embora fosse mais um estudo formal, do que do conteúdo; de coisas como aliteração, assonância e tipos de rima) e tinha literatura internacional (na verdade, partes de livros no livro didático), em geral, francesa e portuguesa (nunca americana ou oriental, por exemplo).
Eu sou a favor de juntar tudo, o estudo da língua deveria/poderia ser feito principalmente a partir da literatura, na escola; e vice-versa. Porque o maior exemplo de que "como está não funciona" é que a gente passa todos os anos de escola estudando gramática e não aprende; a gente passa todos os anos de escola estudando literatura e não lê; na verdade a maioria dos brasileiros diz detestar o português e a leitura. Só que é uma questão muito complicada. Há uma tendência atualmente nas Letras para seguir um modelo diferente, longe da gramática normativa, mas ao mesmo tempo, os estudantes-futuros professores, simplesmente não sabem como colocar isso em prática, embora queiram. Até porque, lá no fim tem a cobrança no modelo antigo do vestibular.
Para mim não deveria haver a cobrança por obras (não deveria nem haver vestibular, né, mas esse é outro assunto...) Como já disseram a Anica e o Pescaldo, as provas não cobram exatamente interpretação, análise; cobram mais História da Literatura e o saber encaixar as obras lá. E entretanto, não sei se o ENEM anda fazendo alguma diferença (suponho que não).
Sobre o assunto do tópico: não me lembro das obras dos últimos vestibulares que fiz. Na verdade não lembro de ter lido nenhum livro para vestibular nenhum. Alguns eu já tinha lido antes e não quis reler, mas em geral não fez diferença para mim. (também nunca fiz Fuvest e não sei como é).