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Livro mostra busca de Isaac Newton por 'código da Bíblia' sobre o fim do mundo

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Pai da física moderna realizou estudo detalhado do livro do profeta Daniel e do Apocalipse. Cientista relacionava profecias com história política e religiosa da Europa até sua época.

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Nossa! Eu ne imaginava... devorei a reportagem e já sei qual vai ser minha próxima leitura. Eu sempre achei Newton interessante, mas nunca tinha sentido tanta curiosidade sobre ele.
 
Newton, apesar de talvez muito discordarem de mim, conseguiu relacionar aspectos fundamentais da religião e da ciência. Noto que nós, cientistas, ignoramos muito do que há de importante na religião em nome de coisas quantificáveis e observáveis. Cientistas como Newton e Johannes Kepler transcenderam essa barreira e conquistaram posições gloriosas no mundo da ciência. Ser cientista é muito mais difícil do que parece: temos que ter a imparcialidade de um bloco de gelo e, ao mesmo tempo, termos a movimentação das águas do mar - sempre constantes e sempre persistentes.
Newton foi ambos na ciência e na religião e não importa o que digam sobre a "falsidade" de suas descobertas: ele foi fiel a si mesmo e aos seus objetivos e, quanto a isso, ninguém pode lançar objeção.
 
Existe um lado do Newton que é pouco comentado

Maior de todos os cientistas, Newton não foi um grande ser humano

O pesquisador chegou a descreditar e buscar destruir a reputação científica de colegas

Anos atrás foi moda publicar livros com listas das “100 pessoas mais importantes” ou “mais influentes” de todos os tempos. Ultimamente não tenho visto, mas basta uma busca rápida na internet para ver que a mania não passou. Em geral, os primeiros lugares são ocupados pelos fundadores das grandes religiões: Moisés, Cristo, Buda e Maomé. Em seguida vem um cientista: Isaac Newton.

Nascido em 1642 e falecido em 1726, pelo calendário juliano então vigente, de Newton foi dito que “fez avançar todas as áreas da matemática que existiam”. Sua maior obra, “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, publicada em 1687, lançou as bases de uma nova concepção do mundo, científica e racional. Um mundo cujo dia a dia não precisa ser gerido pela divindade, pois está perfeitamente determinado por leis matemáticas.

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O físico inglês Isaac Newton - University of Cambridge/Divulgação

Não que Newton partilhasse dessa visão. Religioso, acreditava que o universo necessita intervenção divina regular para permanecer estável. Teria ficado chocado se ouvisse um de seus maiores seguidores, o francês Pierre-Simon Laplace (1749-1827), responder “Não precisei dessa hipótese” quando Napoleão Bonaparte questionou por que seu “Tratado de Mecânica Celeste” não mencionava Deus.

Newton foi uma figura paradoxal em mais do que um aspecto: o maior cientista de todos os tempos esteve longe de ser um grande ser humano.
Descobriu o cálculo matemático, extraordinária ferramenta a serviço da ciência. Mas demorou três décadas para publicar, deixando que o alemão Gottfried Leibnitz (1646-1716) se antecipasse.

O motivo da demora é controverso. Newton teria buscado evitar polêmicas, segundo os defensores. Estava escondendo o jogo, para colher sozinho os frutos do novo método, afirmam os detratores.

Seja como for, a disputa sobre a prioridade da descoberta explodiu e envenenou as vidas dos dois. Quando a Real Sociedade Britânica decidiu estudar a questão, Newton, que a presidia, manobrou para a conclusão lhe ser favorável. Ele mesmo escreveu o relatório final, declarando que Leibnitz era uma fraude.

Foi igualmente impiedoso com o cientista inglês Robert Hooke (1635-1703), que ousara afirmar ter descoberto a lei da gravitação antes. Em carta a Hooke, Newton escreveu sua citação mais famosa: “Se vi tão longe foi porque me ergui nos ombros de gigantes”. Embora pareça modesta, a frase também pode ser entendida como sarcasmo: Hooke era baixinho e corcunda.

Após a morte do adversário, Newton promoveu a destruição sistemática de sua reputação científica, chegando a remover a única pintura de Hooke existente na Real Sociedade.

Marcelo Viana
Diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, ganhador do Prêmio Louis D., do Institut de France.
 

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