Livro de Papel: Papel impresso

[Palazo]

Ouvimos muito hoje em dia que o livro no seu formato atual está com os dias contados. As previsões catastróficas ganharam força com o surgimento dos tablets e e-readers (em especial o kindle) e que estes substituiriam as obras no seu formato impresso em detrimento do formato digital.

Motivos para comprovar tal tese não faltam: Os livros digitais são mais baratos que os tradicionais; com os tablets é mais fácil e prático a organização da biblioteca; segundo a Amazon ((Site de comércio eletrônico, criadora do kindle e com um acervo de mais de 950 mil títulos)) a venda de e-books já supera a venda dos livros tradicionais. Todos esses fatos vão de encontro, teoricamente, com o fim do livro impresso.

Porém previsões similares surgiram quando os computadores pessoais foram popularizados. Na época os rumores diziam que o uso do papel impresso iria diminuir drasticamente, e o que de fato aconteceu foi exatamente o contrário: o volume de papel impresso não pára de crescer ano a ano. A mesma comparação, ainda que prematura, pode ser feita do livro impresso com relação aos e-books.

Independente do formato, o fato é que sempre existiu a necessidade de expressão do ser humano. A escrita foi a forma mais abrangente encontrada desde os primórdios para perpetuar os pensamentos e a história do homem, e que nos últimos séculos assumiu como melhor formato e mais popularmente conhecido o livro impresso.

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[Mavericco]

Muito bom artigo, camarada Palazo. Particularmente, sou da opinião que o livro impresso vai acabar, principalmente quando a coisa for popularizada (e quando as empresas ou se integrarem no novo ramo ou se transformarem). Não curto muito papel bíblia; mas também não vou muito com a cara do couchê. Acho ele meio artificial demais, ao passo que aquele é frágil demais... Minha coisa é com papel offset de gramatura alta e, de preferência, envelhecido e com aquele cheiro de "traças existiram aqui".

 

[Palazo]

Mavaaaaa, eu tbm tinha essa impressão de que o livro impresso tem dias contados mas alguns indícios colocaram algumas dúvidas na minha cabeça. Como o aumento da venda de livros impressos, a falta de padronização dos e-books, custos de impressão e papel não chegam a 20% do valor do livro entre outros fatores. Suspeito que o papel tem vida longa ainda meu amigo...

Quanto aos tipos de papel, o Offsett é meu xodó, ainda mais envelhecido e com cheiro de velho.

 

[Anica]

o papel pólen entra onde nisso? é meu favorito, muito agradável para ler. :sim:

 

[Palazo]

É um tipo de papel Offset, mais apropriado para a leitura. Pelo visto esse assunto merece continuação...

 

[-Jorge-]

[align=justify]Sobre o desenvolvimento do papel pólen, há um post no blog da Companhia das Letras em que o Luiz Schwarcz fala do desenvolvimento dele para a editora. É o meu preferido também, mas parece que fica amarelado e manchado fácil se não for conservado com cuidado (se você pegar os primeiros livros da Companhia vai ver).

O meu outro preferido é o jornal mesmo. O cheiro e a textura são melhores até que o offset, até mesmo quando o livro está velho. Os livros de bolso estrangeiros só são publicados nele (pensando bem, quase tudo que vejo da Penguin é papel jornal...). Não sei porque os nacionais tipo L&PM e Best Bolso não são.[/align]

 

[-Jorge-]

Duplo post, mas é que ontem, por acaso, descobri que a Suzano criou um site sobre o papel pólen. Lá tem essa informação aqui:

O papel offwhite Pólen® foi criado há mais de vinte anos. Por ser pioneiro e contar com a qualidade Suzano, é sinônimo de tradição e liderança em papel para livros.

Elaborado com fibras de eucalipto e desenvolvido para as necessidades do mercado editorial, possui uma tonalidade diferenciada que reflete menos luz e proporciona uma leitura muito mais agradável.
Papel Pólen Soft®

Garante Leveza aos materiais. Indicado para livros, revistas, relatórios e outros materiais de corpo menor.

Disponível nas gramaturas: 70g/m² e 80g/m²
Papel Pólen Bold®

Indicado para livros mais encorpados e lombadas maiores, oferece a apresentação perfeita para despertar as melhores impressões sensoriais de uma publicação que valoriza o leitor.

Disponível nas gramaturas: 70g/m² e 90g/m²

E tem também uma lista (incompleta?) de livros e editoras que estão usando o papel.

(bizarro tudo isso, mas...)