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Livre-Arbítrio x Destino

Gerbur Forja-Quente

Defensor do Povo de Durin
Uma viagenzinha. Apertem os cintos.

Tenho uma sensação muitas vezes, será que vocês já sentiram/perceberam isso?

É muito interessante como antes das coisas acontecerem temos a sensação máxima do Livre Arbítrio, mas depois que elas aconteceram você sente que sempre foi daquele jeito, que esse sempre foi seu destino. Já perceberam?

Exemplo: Agora eu posso escrever esse tópico ou não. Tenho a sensação máxima do Livre-arbítrio. Tenho 360 graus de possibilidades. Posso escolher fazer qualquer coisa: ir beber água, ir no banheiro, brincar com os cachorros, etc.

Porém, feita a escolha é tomada a ação, essa ação é pirografada no livro da vida e a escolha petrifica e se torna Destino. Congelado, petrificado, completamente engessado, nada mais pode mudá-lo. A ação livre vira história. Assim que é realizada. Você não pode mais mudar, em todos os universos paralelos você sempre tomou a mesma decisão, sempre concretizou as mesmas ações, nunca poderia ter feito diferente, todas as suas ações e realizações te levaram àquele momento, e você mais uma vez e para sempre escolheu a única ação que poderia, a ação que você sempre fez, em qualquer universo. Vira o seu Destino.

É por isso que o filósofo romano Sêneca disse que a morte não está no futuro, mas no passado, nas suas ações realizadas que Por serem concretizadas, nunca mais serão livres. Tempo que escorreu por entre seus dedos e que você nunca mais vai recuperar. “A morte está no passado “. É a fluidez do presente, do livre-arbítrio, virando a pedra estática da história e do Destino. É tinta seca no papel.

Exemplo: antes de eu ter filho, eu poderia ter ou não ter, poderia ser menina ou menino, poderia ter qualquer nome, poderia ter qualquer personalidade.

Mas uma vez nascida a criança, o sexo está definido e não muda mais. Uma vez nomeada, esse será para sempre seu nome. E ela sempre foi minha filha, em todas as possibilidades, em todos os universos. É tão louco isso, que não consigo nem imaginar minha vida sem ela. Ela sempre foi minha filha, seu nome sempre foi esse. Sua personalidade sempre foi essa. Nunca poderia ter sido diferente. Runa gravada esculpida na pedra. Destino.

Já sentiram isso?
 
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Isso não tem a ver com livre-arbitrio e destino exatamente, mas é uma questão filosófica antiga que foi reabilitada com o existencialismo. É a relação entre liberdade e necessidade, ou, sendo ontologicamente mais técnico, entre idealidade e atualidade.
 
Bem, diria que já passei por algo parecido.

Em toda escolha tanto a sensação de liberdade (incerteza) quanto a sensação da certeza (o caminho esculpido na prancha de ferro) são parte de um estado anterior, a sensação da consciência (o trono da alma, tanto quanto o céu seria apenas o trono ou marco simbólico que hospeda a grandeza de Deus).

No momento anterior a escolha há aquele estado fundamental quando a consciência observa (de acordo com seu nível baixo ou alto) as condições que serão firmemente estabelecidas na forma de destino (e que ajudam a formar a definição da etimologia da palavra destino).

No oriente (Índia) dizem que o estado anterior a escolha, a sensação de consciência, é um espaço meditativo, quando a mente não interfere nos pensamentos que surgem na superfície.

Grande parte do poder de visão da consciência (que nos faz sentir tanto a liberdade quanto a prisão) se encontra oculto de nós mesmos e algumas porções dele estão distribuídos também no sub-consciente bem como no super-consciente.

Apenas algumas das possíveis condições se mostram imediatamente e muitas vezes chamando a atenção apenas em parte já diante do Portão da escolha, no momento que precisamos escolher ou nem isso, já que o cérebro é limitado, a pessoa só perceberá certas condições depois de se colapsarem as linhas de tempo no resultado concreto, já precipitado.
 
Valar Morghulis.

Fora isso, tudo em aberto.


Porém, feita a escolha é tomada a ação, essa ação é pirografada no livro da vida e a escolha petrifica e se torna Destino.

Não está mais para "e se torna Passado"? Aí sim está petrificada.
Os membros lusitanos da Igreja dos Eleitos, acham que tudo já está petrificado desde o início dos tempos.
 
Valar Morghulis.

Fora isso, tudo em aberto.




Não está mais para "e se torna Passado"? Aí sim está petrificada.
Os membros lusitanos da Igreja dos Eleitos, acham que tudo já está petrificado desde o início dos tempos.
“Se torna passado “, com certeza!

Mas penso que vai além. Se torna Destino também. Porque gera aquela sensação que sempre foi assim, que nunca poderia ter sido diferente. Tudo o que aconteceu foi a única coisa que poderia ter acontecido. Isso Depois.

Agora Antes tudo é possível. Todas as possibilidades estão na mesa.

Doidera.
 

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