Líderes religiosos na política?

[Elessar Hyarmen]

Esse é o mundo da democracia, a arte está no equilibrio das forças dos interesses de cada segmento da sociedade.

Todos têm o direito de ter representantes no congresso desde que as diferenças sejam respeitadas e que não se tenha projetos de cunho ditatorial para a sociedade com relação aos interesses "particulares" de cada segmento. Se é que vcs me entendem.

O problema é que nossa sociedade está longe de alcançar essa maturidade.

 

[General Artigas]

Democracia no Brasil é o mesmo que federação, não existe.

Democracia não é só ver qual o candidato mais preparado e menos "sujo", negócio é cobrar, ficar em cima, botar contra a parede etc... Vivemos numa monarquia disfarçada de democracia. Os políticos ganham salários absurdos enquanto o povo só se fode. Daí os nobres políticos fazem um programa governamental pra dar casa, esmola (nunca vou esquecer de uma matéria do Jornal Nacional onde um vagabundo foi se recadastrar no Bolsa Família numa cidade onde os fazendeiros tinham que contratar pessoal de outros estados porque o povo não queria trabalhar, e o cara admitiu trabalhar porque não queria) e o diabo a quatro e o povo fica manso.

Mas voltando ao tópico.

Líderes religiosos, caso tenham a "brilhante" ideia de se lançarem candidatos deveriam deixar o cargo ocupado nas igrejas (o título de "líder religioso" é uma piada, porque 70% dos pastores no Brasil, se não me engano quanto a percentagem, mas é algo em torno disso, nunca leram a Bíblia do início ao fim, cadê a porra do preparo pra liderar o rebanho?).

Essa cambada fica se favorecendo dos fiéis imbecis (que é outra parte que nunca leu a Bíblia e prefere gastar com cerveja do que com livro) e ainda ficam fazendo projetos de merda propondo cura do homossexualismo e o diabo a quatro.

Mas quando é pra falar mal dos livros descrevendo cenas de estupro, livros onde se diz que falar errado é certo, esses vadios não falam nada.

Mas estamos no Brasil e já elegemos um palhaço como deputado federal (e do jeito que a coisa anda, teremos esse palhaço como prefeito da maior cidade do Brasil (ele disse que conseguiria derrotar o Serra e o Haddad e eu já não duvido)... Como eu vou dar risada em frente à TV tomando meu chimarrão do fiasco que serão os eventos esportivos dessa década aqui...

 

[Pearl]

Eu concordo que quem é político deve largar o altar. Mas a influencia continua ali entre os demais pastores servindo de cabo eleitoral.

Eu tava lendo que algo em torno de 30% do eleitorado é eleitor da bancada evangélica. Não sei a veracidade da fonte. Mas se for verdade eu começo a realmente ficar com medo dos rumos da política.

Me mandaram uma foto no facebook e acho que cabe aqui:

Bom pelo menos a nível federal até hoje nunca foi aprovado nada que infrigisse o estado laico. E assim espero.

 

[Felagund]

Sinceramente, o Brasil é um país laico apenas por questões "técnicas". Desde que a republica foi criada o Brasil é 100% Cristão e isso é visível em inúmeros casos, tanto na nossa moeda (onde "Deus seja louvado" vem escrito) até sala de tribunais onde ficam pendurados Crucifixos sobre as bancadas dos Juízes.

O que está mudando agora é o perfil desse cristão, quem antes era Católico e agora crescem os neo-pentecostais entre os mais pobres e o espiritismo (mesmo que esse se mantenha atrelado a uma fé cristã/católica) entre os mais ricos.

Mas voltando ao tema do tópico:
O congresso nacional é todo dividido em bancadas, seja ela a bancada evangélica, a bancada ruralista, a bancada conservadora, a bancada governista, a oposição de esquerda e et cetera.

Cada uma sempre puxa a sardinha pro seu lado, e muitas vezes trocam favores entre si, como o Código Florestal, proposto pela bancada do governo para receber apoio da bancada ruralista. Esse maniqueismo existe na hora do voto, porém pela "governabilidade" essas bancadas se misturam e passam por cima das suas convicções pelo bem da estratégia do partido.

Para mim os lideres religiosos no congresso pouco significam, afinal como ja foi dito, toda a sociedade brasileira é religiosa e isso é refletido nos representantes na câmara e senado.
Portanto independente de lideres religiosos ou nao, o estado continuara altamente religioso, pois é quase natural ao estado brasileiro assim ser, e se lideranças religiosas nao estivessem lá para levantar leis sobre cunho moral-religioso, outros políticos fariam.