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Líbia poupa tesouros arqueológicos e espera por turistas

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Os arqueólogos líbios começam a inspecionar os tesouros arqueológicos do país --alguns deles bem perto de locais marcados por combates entre os rebeldes e as tropas do coronel Muammar Gaddafi, agora foragido.

"É a primeira vez que pude retornar a este sítio arqueológico desde o fim dos conflitos. As tropas de Gaddafi estavam bem ali e não sei bem o que aconteceu",
comentou Fadel Ali Mohammed, 62, que acaba de ser nomeado ministro das Antiguidades do novo governo líbio. Ele falou diretamente de Sabratha, um desses locais mais famosos, a oeste de Trípoli.

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Vista do Mausoléu Púnico, em Sabratha, enquanto arqueólogos líbios inspecionam sítios históricos do país

Gasta-se menos de 90 minutos para seguir da capital a esta localidade, e este professor de arqueologia e de filolofia grega não escondia a preocupação.

Na medida em que o carro se aproximava de Sabratha, no entanto, os primeiros sinais não eram desencorajantes.

Um conjunto residencial na entrada do sítio, incluído no patrimônio mundial pela Unesco, foi alvo de tiros de artilharia. Depois, pouco a pouco, começam a aparecer colunas coríntias e, em seguida, a cúpula do famoso teatro antigo, construído entre o segundo e o terceiro séculos d.C.; perto, colunatas destacam-se bem junto ao litoral, numa paisagem que tem como fundo um mar muito azul.

Uma equipe de segurança permaneceu no local durante os combates e as primeiras informações não são más. Apenas os combates com armas leves chegaram perto das ruínas.

Fadel Ali Mohammed, que passou um ano nos cárceres de Gaddafi há cerca de 40 anos, fugindo, depois, para a Grécia, percorreu a parte ocidental do teatro descobrindo três impactos de bala que poderão ser facilmente reparados.

As primeiras informações dizem respeito a outros sítios famosos como Leptis Magna e Cyrene, também positivas. Com três dos cinco sítios inscritos no Patrimônio da Humanidade preservados dos combates, as novas autoridades líbias esperam poder usá-las como atração para o desenvolvimento do turismo, como acontece nos vizinhos Egito e na Tunísia.

DIFICULDADE TURÍSTICA


"Era muito difícil para os turistas vir durante o regime de Kadhafi",
recordou-se Hadi Mafuz, um funcionário da agência de turismo de Sabratha.
"Se Gaddafi tivesse um problema com um país europeu, ele congelava os vistos para todos os cidadãos de lá. Se um de seus filhos hospedava-se num hotel, todas as outras reservas eram canceladas",
contou ele.

Se estes sítios foram poupados, o fato deve-se, principalmente, à dedicação de seus guardiães. Por exemplo, Ibrahim Hamad Saleh El-Zintani, 46, ficou dia e noite durante 13 dias, por ocasião do Ramadã, o mês de jejum muçulmano, no "Castelo Vermelho" de Trípoli para defendê-lo das pilhagens. Ergueu barricadas feitas de andaimes e rochas contra as portas, construídas pelos romanos e usadas, depois, pelos Cavaleiros de Malta.

"Tivemos muitos problemas com pessoas que tentavam entrar no museu para roubar peças, mas conseguimos impedi-las",
afirmou ele.

"Jovens da cidade me ajudaram. Trouxeram água para mim, além de tâmaras e sopa quente",
contou este pai de seis filhos. Um vizinho levou dinheiro para sua família para que ela pudesse participar das comemorações do Ramadã.

Antes mesmo da queda do regime de Gaddafi, as mais belas peças do museu foram escondidas atrás de uma falsa parede, numa das alas da construção, na esperança de enganar eventuais saqueadores.

Fonte
 
É ótimo saber que "tesouros" como estes não se destruíram por completo. Tava acompanhando essa série de rebeliões desde o começo, e fiquei sabendo delas aqui mesmo pelo Fórum Valinor.
 
Fica a imensa torcida pra que a Libia tenha futuramente um governo mais justo eleito pelo povo e em tempos de paz seja uma rota turística interessante, pois o norte da África um dia já fez parte do Império Romano e com certeza lá há muitas construções interessantes.
 
Como pessoa e estudante de História é um alívio ver que estes monumentos terão alguma proteção.

É triste ver o que aconteceu com os sítios arqueológicos do Iraque, berço da civilização. Foram saqueados e destruídos pela guerra. Perdeu-se muito da bela arte mesopotâmica.
 
Como pessoa e estudante de História é um alívio ver que estes monumentos terão alguma proteção.

É triste ver o que aconteceu com os sítios arqueológicos do Iraque, berço da civilização. Foram saqueados e destruídos pela guerra. Perdeu-se muito da bela arte mesopotâmica.

Nem me fale. Isso pra história é tão lamentável quanto a destruição da biblioteca de Alexandria.
 

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