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Lendo o Contos Inacabados - Parte 2

Assim... corrigindo um pouco meu post anterior. Vejo esse artigo sendo de grande utilidade para, por exemplo, alguém que comprou todos os livros e começou a ler, mas ainda não tem um conhecimento sólido, está na fase de exploração inicial do mundo criado pelo professor. Pra galera que acabou já lendo os Contos por consultas etc etc, acaba não tendo muita diferença, mas ainda é válido ler de novo seguindo essa ordem, não custa nada. Parabéns pelo artigo finalmente.
 
Quanto ao que disseram aí pra cima com relação a ser um livro de contos e isso faz com que eu possa ler na ordem que quiser. Pegue "Nós, Robôs", por exemplo, do Isaac Asimov. É um livro de contos independentes e que podem ser lidos embaralhados. vai perder totalmente a construção passo a passo da mitologia futurista do Asimov. O que é uma pena, pois cada um dos seus contos, apesar de independes, complementam-se.

Não consigo ver como algum texto pode ser, ao mesmo tempo composto por textos independentes, e ter uma "construção passo a passo".

Ou o texto é independente, ou não o é. E se for, então a leitura feita em ordens diferentes não deveria implicar em perda de compreensão da obra ou perda de apreciação da mesma.
 
Citando Penn Jillette: Bullshit! Nenhuma parte do CI depende de outra parte do CI para ser compreendida: elas precisam sim é que o leitor tenha lido antes o H, o SdA e o S!
Quando eu disse "obra", me referia a Obra de Tolkien como um todo. Disse que as historias presentes ali nos CI sao essenciais para a compreensao de toda a obra tolkieniana, ou seja, nao podem ser pulados aleatoriamente.

Você não está seriamente comparando a forma de organização (não estou falando de qualidade) de um livro de contos plenamente acabados publicado durante a vida de um autor com um livro de contos e ensaios inacabados de um autor morto, cujo executor do espólio publicou em sua forma crua, certo? Ou você está realmente fazendo algo tão absurdo?
Nao, nao foi uma comparacao. Eu estava falando de um assunto especifico: o fato de terem falado sobre ler aleatoriamente um livro de contos, o que pode ate ser possivel, mas eu nao recomendo.

Com H, eu entendo. Com SdA, eu entendo. Com S, eu entendo. Com CI, é um capricho desnecessário. O livro já é complicado na ordem mais fácil, por que dificultar ainda mais as coisas deixando o capítulo mais complicado bem no meio, se você não precisa?

É para isso que servem os Gandalfs e Aragorns (e Gollums) do mundo: para liderar os hobbits nas piores horas. Nós, que temos conhecimento, que conhecemos o caminho, não precisamos deixar que os hobbits se estrepem na estrada que conhecemos ser a mais perigosa só porque pensamos que eles precisam aprender a nunca mais pegar aquela estrada!


Eu digo isso com toda a modéstia possível na situação: Imagine o quanto essas pessoas estariam perdendo, numa primeira lida (pois não haveria uma segunda!), se eles não seguissem a minha receita? Porque nos encontros da Valinor em Porto Alegre eu encontrava gente que não passava da Galadriel. Nos AnimeXtreme, quando eu fazia o estande de Tolkien, o pessoal vinha falar comigo que o CI era difícil e eles pararam!

A gente não precisa transformar a leitura dum livro em um ritual de passagem. O CI não é, ou não deveria ser, um peneirão. Já tem fã de Tolkien de menos fazendo coisas que realmente importam para que nós neguemos uma rota mais rápida para chegar a uma leitura completa do CI.
E' isso que eu nao aceito e e' isso o que mais me incomoda. E talvez seja nisso que eu esteja errado. Pois nao aceito alguem dizer que pegou um livro de Tolkien para ler e desistiu.

Agora, com essa sua explicacao, eu ate aceito o fato de se usar um "manual" de leitura.

Entretanto ainda me e' inadimissivel alguem que se considere fa e diga gostar de Tolkien nao ler ou, pior, nao conseguir ler os CI de capa a capa.

Não consigo ver como algum texto pode ser, ao mesmo tempo composto por textos independentes, e ter uma "construção passo a passo".

Ou o texto é independente, ou não o é. E se for, então a leitura feita em ordens diferentes não deveria implicar em perda de compreensão da obra ou perda de apreciação da mesma.
E' muito facil. Pegue-se por exemplo SdA. E' um livro independente, fechado, com comeco, meio e fim.

Entrentanto, ainda assim, ele depende de outros para uma compreensao completa de todo o seu conteudo. E para entender a construcao passo a passo das historias ate se chegar a esse desfecho.




Perdoem-me a falta de acentuacao e cedilha. Estou em um Mac e nao tenho a minima ideia de como se usa esse teclado!
 
Oi Snaga,

Deixa eu usar uma comparação pra talvez vc entender melhor o nosso ponto: eu poderia muito bem dizer que, pra mim, quem não consegue ler as obras no inglês original não é fã de Tolkien. Mesmo porque todas as traduções disponíveis hoje não representam direito a beleza e o estilo dos originais. Mas você, que não sabe inglês, ia ficar puto comigo, não ia? E com razão.

Por um motivo simples: a gente precisa respeitar as limitações das pessoas, às vezes. Dá uma olhada no nosso país -- aliás, no mundo -- pra ver como as pessoas quase não têm contato com a cultura escrita. Já é um esforço hercúleo conseguir ler o SdA. Se a gente pode dar uma mãozinha pra pessoa enfrentar uma obra mais difícil e se habituar com ela, no caso do CI, por que não fazer isso? É elitismo e má-vontade, na minha opinião.

Abraço,
 
E' muito facil. Pegue-se por exemplo SdA. E' um livro independente, fechado, com comeco, meio e fim.

Entrentanto, ainda assim, ele depende de outros para uma compreensao completa de todo o seu conteudo. E para entender a construcao passo a passo das historias ate se chegar a esse desfecho.

Você acabou de demonstrar, no seu segundo trecho, que SDA não é uma obra intrínsecamente independente, e que portanto requer outras leituras para sua TOTAL compreensão e apreciação.
Tratei de um caso onde, em Uma UNICA Obra tentassem reunir fragmentos realmente independentes entre si, e o editor dizesse que aquela ordem era canônica e que ninguém poderia seguir outra, senão aquela, sob prejuizo de compreensão ou apreciação. E nesse caso, ao fim da leitura de todos os contos, mas baseando-se em algum critério que lhe seja mais útil, sua compreensão será tão plena quanto possível.

Eu li o silma antes do SDA, mas não imagino que fez o caminho contrário tenha tido prejuízo de entendimento, após ter lido as duas obras.
 
Talvez eu não esteja escolhendo bem as palavras, aistano, mas é exatamente aquilo que eu falei: um conto/livro pode ser fechado e único e ainda assim depender de outro para um maior entendimento de seu conteúdo.

SdA se basta por si só. Entretanto, se quero entender detalhes, devo buscar outras fontes alheias a ele. Ele independe do Silma ao mesmo tempo que se originou deste.
 
exato. A leitura de outras obras complementarão o SDA. Mas se você ler primeiro o Hobbit e depois o Silma, ou ou inverso, não será o que determinará o entendimento global. Se as outras obras forem lidas com a mesma dedicação e o mesmo gosto, o resultado será o mesmo.

Exemplo: Eu li nessa Ordem: Silma(1x), SDA(3x), Silma(1x), CI(1x), Hobbit(2x). Mas conheço quem tenha lido primeiro o SDA e depois o Silma com mais ou menos proveito. Não foi a ordem que afetou o resultado, mas como cada um absorveu as informações, e isso leva muitos outros fatores em consideração.
 
Me corrijam se eu estiver enganado, mas os CI não são textos extraídos do HoMe? Concordo que o livro completa algumas lacunas do Silma, como a sociedade númenoreana e seus costumes e da cidade de Gondolin.

O que complica mesmo são as histórias sobre Galadriel e Celeborn. Não há um consenso com relação aos dois e acho que foi uma idéia infeliz do Christopher em publicar textos que o próprio Tolkien não terminou. Se os volumes do The Historys of Middle-earth tivesse sido traduzido, talvez não fosse necessário a publicação dos Contos.
 
exato. A leitura de outras obras complementarão o SDA. Mas se você ler primeiro o Hobbit e depois o Silma, ou ou inverso, não será o que determinará o entendimento global. Se as outras obras forem lidas com a mesma dedicação e o mesmo gosto, o resultado será o mesmo.

Exemplo: Eu li nessa Ordem: Silma(1x), SDA(3x), Silma(1x), CI(1x), Hobbit(2x). Mas conheço quem tenha lido primeiro o SDA e depois o Silma com mais ou menos proveito. Não foi a ordem que afetou o resultado, mas como cada um absorveu as informações, e isso leva muitos outros fatores em consideração.
Essa não dá pra negar. A ordem da leitura, nesse caso, realmente não atrapalha o entendimento. Nosso cérebro consegue processar e desembaralhar a informação.

Me corrijam se eu estiver enganado, mas os CI não são textos extraídos do HoMe? Concordo que o livro completa algumas lacunas do Silma, como a sociedade númenoreana e seus costumes e da cidade de Gondolin.

O que complica mesmo são as histórias sobre Galadriel e Celeborn. Não há um consenso com relação aos dois e acho que foi uma idéia infeliz do Christopher em publicar textos que o próprio Tolkien não terminou. Se os volumes do The Historys of Middle-earth tivesse sido traduzido, talvez não fosse necessário a publicação dos Contos.
Não, Elring, os CI e os HoME não têm nada a ver um com o outro. Ambos existem paralelamente.
 
History Channel : Na minha humilde opinião, um canal quase-sempre muito do sem-vergonha. Quando entrei na era TV a cabo, há 12meses, maldita decepção quando constatei que metade da programação se degladia em "caminhoneiros atravessando gelo", "lenhadores" e outros afins. E que, mesmo os temas mais interessantes, são tratados com a profundidade de uma piscina infantil. Alguém que não seja rato de tv, e que não notasse os logotipos, não saberia diferenciar Nat Geo, Discovery e History Channel (apesar dos dois primeiros serem mais interessantes e produtivos).

Mas há um lado bom, o Site do History Channel. Esse vale a pena ser lido visto e ouvido.

Pra quem quer assistir a programação aleatoriamente vai se deparar com isso mesmo. É a mesma coisa que ir no Animal Planet e ficar reclamando que só passa "Animal Planet most Extreme".
 
Imagino que, mesmo quem não assistir esporadicamente, e dedicar durante uns mêses, algumas horas diárias ao canal (como fiz), entenderá do que se trata. Ao invés de ser regra, programas realmente épicos são exceção, e a programação se comporta de modo muito parecido ao mecanismo de tv aberta, buscando assuntos que realmente dão audiência, ufos, perigos na selva, perigos no gelo, combates e etc(que são de fato, ótimos temas, só não me cobre por aquilo que posso ver de graça).

Mesmo temas de grande relevância histórica, e interesse popular, como recriação de civilizações, análise da veracidade de temas bíblicos, mitos etc são tratados de uma forma que deixam frustrados aqueles que esperariam documentários medianamente embasados, como os do nat geo o são, quando tratam de temas da engenharia, por exemplo.
 
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