Oi pessoal. saiu hoje uma matéria sobre o SdA no jornal Diário do Nordeste, daqui de Fortaleza. Essa é a 3ª matéria que eles publicaram e eu queria mostrar para vcs. Aproveitem a leitura.
Fortaleza, Ceará - Domingo 13 de janeiro de 2002
O legado de Tolkien se perpetua
Desde o lançamento do primeiro volume, a narrativa da obra fascinou uma geração de leitores.
Desde o lançamento do primeiro volume, a narrativa da obra fascinou geração de leitores, promovendo uma comoção mundial como o mercado editorial nunca houvera presenciado - talvez apenas hoje, com as vendagens expressiva de “Harry Potter”. Mas a série protagonizada pelo bruxo-mirim, escrita pela escocesa J. K. Rowling, leva desvantagem na comparação com a saga de “elfos” e “hobbits” criada por Tolkien. Primeiro, no aspecto literário; segundo, porque os volumes de “O Senhor dos Anéis” atraem não apenas adolescentes - ao contrário, legiões de adultos se rendem à ficção.
Em cartaz nos cinemas de Fortaleza desde o primeiro dia do ano, “O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel” tem provocado filas intermináveis às bilheterias, com sessões lotadíssimas em todos o horários. A alegria de quem assegurou o seu ingresso apenas contrasta com a decepção de quem ficou de fora. Sem entradas, o jeito é retornar à fila e esperar o próximo horário.
No Cine Benfica, no shopping homônimo, o filme está sendo exibido em três sessões (confira o serviço no final da matéria), atingindo uma lotação de 100% em todos os horários. O sucesso tem sido tão intenso que, para atender a grande demanda de espectadores, a gerente e programadora das salas Socorro Araújo abriu uma inédita sessão matinal, às 10h, apenas de sexta a domingo.
“Não trabalhamos com vendas antecipadas de um dia para o outro, apenas para sessões no mesmo dia. Mas o público interessado pode se dirigir às bilheterias a partir das 12h”, explica Socorro. Numa comparação com o outro grande concorrente das férias, “Harry Potter e A Pedra Filosofal”, a gerente afirma que o retrospecto de “O Senhor dos Anéis” tem sido melhor. “A audiência é maior porque a história é mais fascinante, mais séria, e atrai também o público adulto”, revela Socorro.
Opinião semelhante é compartilhada por Ítalo Pontes Filho, um dos gerentes do multiplex North Shopping, que reúne seis salas do grupo Severiano Ribeiro. Na opinião do gerente, o fato do livro ser mais antigo e da história mais adulta contribui para o sucesso da produção. Nas duas salas do complexo onde “O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel” está sendo exibido, a lotação média tem sido de 98% - no fim de semana e na quarta-feira, quando a tarifa é promocional, este índice sobre para 100%.
Ao fã insatisfeito com a falta de ingressos, Pontes Filhos informa que os bilhetes podem ser adquiridos com alguns dias de antecedência. “Já temos vários ingressos vendidos para a próxima semana, por exemplo”, destaca. A estratégia tem se mostrado eficiente: muitos fãs da série, segundo o gerente, já estavam com o seu ingresso em mãos desde o dia 18 de dezembro - ou seja, faltando quase duas semanas para a estréia oficial do filme.
À saída das sessões, o público demonstra entusiasmo. As críticas são escassas, em geral relacionadas à omissão de uma ou outra cena presente no livro. Os leitores fiéis a Tolkien compõem uma atração a mais. Muitos comparecem com camisas da saga e alguns, pasmem, levam consigo volumes da trilogia. Para o estudante universitário André Cavalcante, 23 anos, a produção proporciona um espetáculo visual deslumbrante, sem se descuidar do conteúdo da obra. “Os efeitos são impressionantes e a história muito envolvente”, comenta.
Estudante de Letras, a universitária Luciana Limaverde traçou uma meta: pretendia finalizar a trilogia antes de conferir o resultado nas telas. “Desejava formular a minha concepção da obra, antes de conferir a visão do diretor no filme. Quando o assisti pela primeira vez, estava finalizando o primeiro título da saga e não consegui compreender alguns detalhes da produção. Mas, ao começar a ler o segundo volume, metade dos defeitos que eu havia percebido foram por água abaixo. Na verdade, o cineasta foi muito inteligente porque antecipou detalhes da próxima história”, acrescenta.
Na opinião de Luciana, o cineasta conseguiu um bom resultado em sua transposição da obra. “Ele fez algo muito difícil, que é resumir um livro tão rico em detalhes num filme de três horas. Uma tradução literal, fiel, seria impossível, porque a literatura e o cinema são linguagens diferentes”, explica.
O estudante Lucas Ribeiro, 22 anos, concorda. “O livro sempre levará a melhor nesta comparação, mas acho que o diretor saiu-se bem”, revela. Para ele, o grande mérito do escritor da saga é ter criado um mundo complexo, próprio, com descrições precisas. “A narrativa é de simples compreensão, mas não é banal. Tolkien criou uma fantasia formidável, fascinante, capaz de prender completamente o leitor”, conclui. A julgar pela opinião dos fãs, a “lenda”, pelo visto, deverá permanecer em evidência por muitas décadas.
Fortaleza, Ceará - Domingo 13 de janeiro de 2002
O legado de Tolkien se perpetua
Desde o lançamento do primeiro volume, a narrativa da obra fascinou uma geração de leitores.
Desde o lançamento do primeiro volume, a narrativa da obra fascinou geração de leitores, promovendo uma comoção mundial como o mercado editorial nunca houvera presenciado - talvez apenas hoje, com as vendagens expressiva de “Harry Potter”. Mas a série protagonizada pelo bruxo-mirim, escrita pela escocesa J. K. Rowling, leva desvantagem na comparação com a saga de “elfos” e “hobbits” criada por Tolkien. Primeiro, no aspecto literário; segundo, porque os volumes de “O Senhor dos Anéis” atraem não apenas adolescentes - ao contrário, legiões de adultos se rendem à ficção.
Em cartaz nos cinemas de Fortaleza desde o primeiro dia do ano, “O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel” tem provocado filas intermináveis às bilheterias, com sessões lotadíssimas em todos o horários. A alegria de quem assegurou o seu ingresso apenas contrasta com a decepção de quem ficou de fora. Sem entradas, o jeito é retornar à fila e esperar o próximo horário.
No Cine Benfica, no shopping homônimo, o filme está sendo exibido em três sessões (confira o serviço no final da matéria), atingindo uma lotação de 100% em todos os horários. O sucesso tem sido tão intenso que, para atender a grande demanda de espectadores, a gerente e programadora das salas Socorro Araújo abriu uma inédita sessão matinal, às 10h, apenas de sexta a domingo.
“Não trabalhamos com vendas antecipadas de um dia para o outro, apenas para sessões no mesmo dia. Mas o público interessado pode se dirigir às bilheterias a partir das 12h”, explica Socorro. Numa comparação com o outro grande concorrente das férias, “Harry Potter e A Pedra Filosofal”, a gerente afirma que o retrospecto de “O Senhor dos Anéis” tem sido melhor. “A audiência é maior porque a história é mais fascinante, mais séria, e atrai também o público adulto”, revela Socorro.
Opinião semelhante é compartilhada por Ítalo Pontes Filho, um dos gerentes do multiplex North Shopping, que reúne seis salas do grupo Severiano Ribeiro. Na opinião do gerente, o fato do livro ser mais antigo e da história mais adulta contribui para o sucesso da produção. Nas duas salas do complexo onde “O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel” está sendo exibido, a lotação média tem sido de 98% - no fim de semana e na quarta-feira, quando a tarifa é promocional, este índice sobre para 100%.
Ao fã insatisfeito com a falta de ingressos, Pontes Filhos informa que os bilhetes podem ser adquiridos com alguns dias de antecedência. “Já temos vários ingressos vendidos para a próxima semana, por exemplo”, destaca. A estratégia tem se mostrado eficiente: muitos fãs da série, segundo o gerente, já estavam com o seu ingresso em mãos desde o dia 18 de dezembro - ou seja, faltando quase duas semanas para a estréia oficial do filme.
À saída das sessões, o público demonstra entusiasmo. As críticas são escassas, em geral relacionadas à omissão de uma ou outra cena presente no livro. Os leitores fiéis a Tolkien compõem uma atração a mais. Muitos comparecem com camisas da saga e alguns, pasmem, levam consigo volumes da trilogia. Para o estudante universitário André Cavalcante, 23 anos, a produção proporciona um espetáculo visual deslumbrante, sem se descuidar do conteúdo da obra. “Os efeitos são impressionantes e a história muito envolvente”, comenta.
Estudante de Letras, a universitária Luciana Limaverde traçou uma meta: pretendia finalizar a trilogia antes de conferir o resultado nas telas. “Desejava formular a minha concepção da obra, antes de conferir a visão do diretor no filme. Quando o assisti pela primeira vez, estava finalizando o primeiro título da saga e não consegui compreender alguns detalhes da produção. Mas, ao começar a ler o segundo volume, metade dos defeitos que eu havia percebido foram por água abaixo. Na verdade, o cineasta foi muito inteligente porque antecipou detalhes da próxima história”, acrescenta.
Na opinião de Luciana, o cineasta conseguiu um bom resultado em sua transposição da obra. “Ele fez algo muito difícil, que é resumir um livro tão rico em detalhes num filme de três horas. Uma tradução literal, fiel, seria impossível, porque a literatura e o cinema são linguagens diferentes”, explica.
O estudante Lucas Ribeiro, 22 anos, concorda. “O livro sempre levará a melhor nesta comparação, mas acho que o diretor saiu-se bem”, revela. Para ele, o grande mérito do escritor da saga é ter criado um mundo complexo, próprio, com descrições precisas. “A narrativa é de simples compreensão, mas não é banal. Tolkien criou uma fantasia formidável, fascinante, capaz de prender completamente o leitor”, conclui. A julgar pela opinião dos fãs, a “lenda”, pelo visto, deverá permanecer em evidência por muitas décadas.