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Legalização da Maconha

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A legalização do tráfico (comércio) da maconha traria benefícios aos usuários no que tange ter acesso ao produto, tanto na segurança quanto na qualidade. Sem sombra de dúvida. Mas o argumento que traria melhorias para a sociedade e que diminuiria os problemas relacionados ao tráfico ilícito de maneira geral é ridículo. A maconha é apenas mais um dos trocentos itens que sustentam o crime organizado, a perda de receita com esse item não iria nem arranhar o poder econômico (monstruoso) já estabelecido por eles, no máximo traria dor de cabeça ao pequeno traficante que vive apenas de vender esse produto.

O comércio mais lucrativo do mundo é o tráfico LÍCITO de armamentos e mesmo assim o tráfico ilícito de armas ocupa a segunda posição na lista. Dizer que o tráfico ilícito de drogas será enfraquecido pela simples legalização de um dos diversos produtos é MENTIRA.

Se vamos falar de hipocrisia, então que se assuma que o grande beneficiado da legalização da maconha é o usuário. O menino da favela já "recrutado" pelo tráfico, continuará traficando, maconha entre outros.

Outro exemplo que nos sugere isso é o do próprio cigarro. Como a taxação fiscal é enorme sobre o produto legalizado, é possível contrabandear cigarros produzidos fora do Brasil e vendê-los mais baratos que o equivalente legal, mesmo com todos os custos envolvidos no contrabando.

E aproveitando a observação do nosso amigo Tonho, com o fim da proibição os futuros usuários que procurariam a maconha justamente por ser proibida, simplesmente procurarão outra coisa proibida em vez dela e se tornarão usuários de uma nova substância. Daqui uns vinte anos ou trinta anos (se tanto) haverá um grande número de usuários dessa tal substância querendo sua legalização, que não estarão nem aí para o fato dela ser proibida, querendo simplesmente facilidade no acesso.
 
Esse exemplo do cigarro eu acho um pouco complicado para confirmar essa teoria justamente por um exemplo pessoal e por histórias da boca de conhecidos. Mesmo com a taxação do cigarro - apenas para exemplificar um box de Marlboro no RJ custa R$4,50 - um produto contrabandeado não compensa pela absoluta discrepância de qualidade. Um maço em chinês do mesmo cigarro é vendido por R$3,00 (as vezes o cara até tenta te empurrar pelo preço da tabela - em algum lugar por aquele que vende o pacote no varejo e não no atacado. Mas, claro, esse preço varia do local onde vc vai comprar, a quantidade e se tem algum outro ponto de venda de cigarro na madrugada aberto (muito relevante). Em síntese, não compensa comprar o produto pior se a facilidade para alcançá-lo é fácil, dadas algumas poucas exceções.

A cocaína é mais rentável que o petróleo. Apenas com o refino e as misturas de substância bizonhas, os lucros ultrapassam 3.000%. Mas ainda assim, o volume de maconha que se vende no morro é significativo. o Maior beneficiado seria o usuário? Sim, com certeza, mas certo que não apenas. A legalização não pode vir sozinha sem uma política social que procure exatamente envolver o menino já 'recrutado'. Uma não pode caminhar sem a outra.

Bom, coisas ilegais sempre existirão. Sempre haverá aquele que vai buscar alguma outra droga mais pesada, só que a taxa de pessoas que constantemente fumam maconha e ficam apenas nela é muito maior do que as pessoas que só cheiram ou sei lá mais o que. Mas, se o governo quiser legalizar tudo, por mim, ótimo, cada um na sua, desde que tratem como o álcool.

Acho que não se pede tanto pela liberdade do acesso, mas sim pela qualidade do produto. o acesso é escancarado. quem procura acha. e nem precisa procurar muito.
 
Chamo a atenção para o que representa a maconha para muitos jovens: porta de entrada para drogas mais pesadas.

Outro: a Holanda tem maconha ilegal também. Não foi a legalização que fez o tráfico diminuir.
 
Todo mundo que trabalha com dependentes químicos sabe disso, Tonho.
 
Esse exemplo do cigarro eu acho um pouco complicado para confirmar essa teoria
Bom, a própria Souza Cruz tem reclamado abertamente. E a falsificação é apenas parte da coisa toda. Vou citar alguns pontos:

Souza Cruz disse:
Esta prática (comercio ilegal) prejudica a indústria legal por conta da competição desleal.
No Brasil, estima-se que o mercado ilegal responda por cerca de 27% do volume consumido (...) cerca de R$ 2 bilhões.

A ilegalidade pode ser dividida em três vertentes:

  • Contrabando ou descaminho: produtos (originais e falsificados) que entram ilegalmente no país oriundos, principalmente, do Paraguai;
  • Falsificação: venda de produtos falsificados, ou seja, produtos que imitam a marca e a embalagem do produto original, com o intuito de confundir o consumidor, se fazendo passar por um produto legítimo; e
  • Sonegação: produto fabricado e comercializado sem o devido pagamento dos tributos incidentes.

O texto completo está aqui: Souza Cruz - Concorrência Desleal

A legalização não pode vir sozinha sem uma política social que procure exatamente envolver o menino já 'recrutado'. Uma não pode caminhar sem a outra.
Entendi o seu ponto, concordo que o movimento de legalização da maconha ganharia mais simpatizantes se no conjunto de mudanças fossem incluídas políticas sociais. Mas não acho que elas dependam da legalização da maconha para serem implementadas, tanto que muitas já são feitas. O problema já existe independente da legalidade disso ou daquilo. Aí começaremos a discutir distribuição da renda, violência doméstica, acesso escasso à educação, cultura, lazer, saúde...
 
Última edição:
Todo mundo que trabalha com dependentes químicos sabe disso, Tonho.

Em que sentindo é que eu pergunto: Vc acha que a maconha estimula as mesmas sinapses que as outras drogas e por isso o vício é o mesmo ou simlesmente a maioria das pessoas que consome drogas mais pesadas diz que começou na maconha?

Se for a primeira, esta errada, se for a segunda, idem, pq todas essas começaram no cigarro ou no álcool. Quem cheira, mas cheira constantemente e muito, não fuma maconha.

A maconha só pode ser considerada porta de entrada se vc levar em consideração que a pessoa que sobe o morro pra comprar 'do preto' pode comprar 'do branco' com a mesma facilidade. Aí que esta, quem usa crack ou pó não liga pra maconha, mas pode ter fumado já durante um tempo até descobrir o pó, mas antes e ainda, enche a bunda de álcool. E a esmagadora maioria da galera que fuma maconha não cheira, isso é fato.

Por falar em trabalhar com dependente químico, qual a porcentagem de pessoas em tratamento por dependência de maconha?
 
Última edição:
Não sei, trabalho com criancinhas lindas na Pediatria, não com dependentes químicos, porém minha orientadora na monitoria de psicofarmacologia poderá te dar todas essas informações. Ela é psiquiatra voltada ao tratamento de dependentes há 27 anos e faz pesquisa em psicobiologia há um tempo um pouco maior que esse...
 
zorba disse:
ai que inveja... digo, do cigarro...:roll:

Sim, muita! :yep:

Queria ficar tubular, ser enrolada com várias substâncias tóxicas que dão aparente prazer (e um futuro bastante ruim), custar R$2,50 e ser fumada por aqueles que acham que são super-heróis.

Meu sonho de vida! Mais que me formar, casar ou ter um filho. :yep:


er... quis dizer que tenho inveja de quem não fuma cigarro, e não do CIGARRO em si... :roll:
 
Sou da opinião que fuma maconha quem quer. Cada um sabe o que faz.

Mas acho que a legalização em acontecendo tem que ser de forma racional e bem discutida com a sociedade.

E paralelamente a isso na minha opinião o governo precisa se posicionar mais firme em relação ao que pensa sobre o álcool. Nota-se cada vez mais um cerco de campanhas educativas em cima do cigarro, mas não se faz nada em relação ao álcool que provoca tantos acidentes nas estradas e destruindo lares.

Não estou aqui defendendo um vicio do que outro, pois ambos são ruins, mas senão fica aquela sensação de 2 pesos e 2 medidas, já que não vemos mais comerciais de cigarro na TV, mas de bebida tá tudo beleza.
 
Sou da opinião que fuma maconha quem quer. Cada um sabe o que faz.

Nops, quem fuma maconha tem que arcar com as consequências do seu ato, não somente em relação a sua saúde... mas em relação ao amparo que está dando ao tráfico e a violência.
 
Nops, quem fuma maconha tem que arcar com as consequências do seu ato, não somente em relação a sua saúde... mas em relação ao amparo que está dando ao tráfico e a violência.
E também com relação à influência que causa sobre outras pessoas para que elas também usem a droga.

Por mais que se diga que cada pessoa é responsável por seus próprios atos, existe muita gente que, por inocência ou falta de informação, acaba por seguir os passos de outra pessoa.
 
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Por isso que cabe ao governo e toda a sociedade colaborar muito com o lado educativo explicando as consequências que um vício legalizado trás.

Aliás se formos olhar ao nosso redor está cheio de outras coisas que provocam ou podem provocar vício (inalantes, solventes, etc) mas por não darem lucro a nenhum traficante passam pouco ou totalmente desapercebidas.

Quanto ao lado medicinal ou saudável não podemos fazer vistas grossas e ignorar. Dou como exemplo a Bolívia país que já visitei e lá eles valorizam o lado bom da folha de coca produzindo chás, sabonetes, pasta de dente e até refrigerantes. São derivados legalizados que nada tem haver com a cocaína.
 
Sou da opinião que fuma maconha quem quer. Cada um sabe o que faz.

Mas acho que a legalização em acontecendo tem que ser de forma racional e bem discutida com a sociedade.

E paralelamente a isso na minha opinião o governo precisa se posicionar mais firme em relação ao que pensa sobre o álcool. Nota-se cada vez mais um cerco de campanhas educativas em cima do cigarro, mas não se faz nada em relação ao álcool que provoca tantos acidentes nas estradas e destruindo lares.

Não estou aqui defendendo um vicio do que outro, pois ambos são ruins, mas senão fica aquela sensação de 2 pesos e 2 medidas, já que não vemos mais comerciais de cigarro na TV, mas de bebida tá tudo beleza.

Concordo, sem propaganda de álcool, pelo menos.
 
Nops, quem fuma maconha tem que arcar com as consequências do seu ato, não somente em relação a sua saúde... mas em relação ao amparo que está dando ao tráfico e a violência.

O amparo é dado ao tráfico e a violência justamente porque o tráfico é o único meio de obte-la. Se fosse legalizada, o amparo seria dado à Receita, ao invés disso. :mrgreen:

E também com relação à influência que causa sobre outras pessoas para que elas também usem a droga.

Por mais que se diga que cada pessoa é responsável por seus próprios atos, existe muita gente que, por inocência ou falta de informação, acaba por seguir os passos de outra pessoa.

Se for assim dá pra aproveitar e proibir a liberdade de expressão também. Tem muita gente que por inocência e falta de informação, acaba acreditando em qualquer besteira que é dita por aí, por exemplo.

Essa história de influência alheia é apenas uma desculpa para tirar o fardo de quem não quer carregar ele. A não ser que o dito cujo aponte uma arma para sua cabeça e mande você fumar o maldito baseado, você ainda é responsável pela escolha de usar ou não qualquer droga (lícita ou ilícita) que seja.

Eu convivi do nascimento aos 12 anos com um pai fumante, e depois dos 17 aos 21 morei com 4 fumantes dentro de casa, em uma república. Por mais que nenhum deles tenha feito mais do me oferecer um cigarro de brincadeira, em termos de pressão, dois deles sempre me falavam: "um dia você vai virar fumante ainda", e foi o que de fato aconteceu, mas por simples vontade própria minha. Eu resolvi que queria fumar e ponto. Ninguém mais é responsável por essa decisão que eu tomei. Falar que é culpa das más influências é apenas desculpa barata pra quem quer evitar tomar responsabilidade pelas próprias escolhas.
 
E também com relação à influência que causa sobre outras pessoas para que elas também usem a droga.

Por mais que se diga que cada pessoa é responsável por seus próprios atos, existe muita gente que, por inocência ou falta de informação, acaba por seguir os passos de outra pessoa.

isso é verdade... mas daí a 'culpar' quem fuma maconha pelo seu amigo que viu e começou a fumar tbm acho exagero... infelizmente ainda existe muita 'maria vai com as outras', mas isso não torna 'culpado' 'as outras' no caso da 'maria'...:sacou:
 

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