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[L][ XP_hunter][O Destino de Beto]

  • Criador do tópico Criador do tópico XP_hunter
  • Data de Criação Data de Criação

XP_hunter

Lord of the Shadows
Magos

Aquele dia parecia agitado demais para minha cidade. O sol ainda estava no meio de sua caminhada habitual pelos céus e o pequeno shooping center já se encontrava repleto de pessoas de todos os cantos, ansiosas pela estréia do novo filme no cinema. Eu era uma dessas pessoas.

Gilles e eu aguardávamos impacientes, numa fila que parecia aumentar infinitamente a cada segundo de nervosismo. O suspense superava as expectativas para um bom filme, mas essa tensão já era de se esperar. Foi quando o vimos pela primeira vez, montado em seu pégaso negro - era Beto.

Vestia um sobretudo negro, com roupas escuras por baixo, mas algo junto a sua cintura também chamava atenção - uma katana. Seu olhar parecia implacável e sua presença era de extrema imponência, mas seus olhos âmbar visavam apenas uma pessoa - o líder dos Cowled Wizards.

- Então te consideras em posição de controlar o destino desse mundo - bradou o nobre guerreiro.

- A natureza dos homens é a maldade - respondeu o mago, de vestes vermelhas com adornos dourados, - e se tens esperança em um mundo de paz, sem violência, não deves confiar aos humanos uma arma tão poderosa como a magia. Apenas a restringimos para evitar um cataclismo global.

- Basta!! - gritou o cavaleiro. - Os homens devem arcar com as conseqüências de seus atos. Se te julgas apto a realizar as escolhas dos outros, limitando suas possibilidades, tirando-lhes a liberdade... suas vidas... não lhe permitirei seguir adiante. Tudo isso acabará agora.

Após essas palavras, Beto avançou em direção ao mago, num ritmo frenético demais para a expressão tranqüila que trazia em seu rosto. O duelo havia se iniciado.

Apesar de tudo que acontecia, ninguém parecia se importar com o cavaleiro misterioso ou o embate que acontecia. Aparentemente, ninguém havia sequer notado suas presenças, como se os indivíduos fossem absolutamente invisíveis a percepção humana. Inexplicavelmente, Gilles e eu os víamos com clareza.

Durante a investida, o cavaleiro ficou de pé sobre o pégaso, mostrando grande perícia e habilidade, e assumiu uma posição ofensiva. O mago tentava recitar alguma magia através de versos impronunciáveis, mas não teve tempo suficiente. Beto realizou um salto mortal num movimento de extrema agilidade, e com um ataque de velocidade incomparável finalizou seu oponente. Apenas um ataque foi visto, mas as dezenas de cortes no corpo do mago denunciavam o contrário.

A batalha estaria terminada se o guerreiro não se visse cercado pelos Cowled Wizards, todos já bem avançados na preparação de poderosas magias. Sem nenhum pensamento consciente, aproveitou a fuga do pégaso do campo de batalha para sair do centro do círculo em que estava localizado. Saltou da montaria em direção a um dos arcanos que o atacava, impulsionando-se em seu corpo para realizar um salto e atacar alguns das dezenas de magos ao seu redor.

Sem tocar, apenas pelo deslocamento de ar causado pela velocidade do golpe, cerca de três magos foram cortados ao meio. Nesse momento um vortex de chamas começou a se formar ao redor do guerreiro, enquanto suas formas eram confundidas com o fogo e a fuligem que a magia conjurada pelos Cowled Wizards liberava. Tudo estava perdido... era o fim para Beto - gilles e eu pensávamos, mas enquanto esses pensamentos passavam por nossa cabeça, o cavaleiro saiu do círculo de fogo, incólume.

A expressão do guerreiro continuava calma, como se não sentisse medo, fúria ou dor, mesmo enquanto investia implacavelmente contra um arcano, dilacerando-o com sua espada. Após o ataque, correu em direção a escada rolante, mas foi surpreendido por outro mago, trajado de longas vestes azul-acinzentadas, localizado no piso que Beto se dirigia. O encontro dos dois parecia inevitável, e o guerreiro não estava disposto a recuar. O mago, percebendo a ausência de tempo para conjurar uma magia, sacou sua espada, colocando nela toda sua fúria.

As espadas se chocaram. A força de ambos era tremenda, e após o ataque eles ficaram um de costas para o outro, como se não precisassem se encarar novamente. O cavaleiro pôs a mão sobre o ombro esquerdo, onde um pequeno ferimento se revelava, mas logo um filete de sangue começou a escorrer do pescoço de seu adversário. Beto apenas colocou sua espada na bainha e viu todos os outros magos fugirem com a batalha perdida - seu líder jazia morto e a cabeça do mais forte deles estava no chão.

Os magos prometeram vingança, mas não tinham forças para enfrentar esse novo guerreiro que se revelava - Beto.
 
Re: O Destino de Beto

Dragões

Ninguém conseguia disfarçar a agitação com a estréia daquele filme, segunda parte de um trilogia de renome, a qual tinha conseguido excelentes resultados desde seu lançamento. Já havia transcorrido-se quase um ano desde que vimos aquele guerreiro implacável enfrentando os magos que controlavam o uso da magia em nosso mundo, no início da trilogia do filme, e queríamos encontrá-lo novamente, conhecê-lo, mas a presença da cidade em massa dentro do shopping center não nos ajudava muito.

Estávamos dentro de uma loja de doces quando sentimos o primeiro sinal da presença de Beto. Um forte estrondo nos chamou a atenção para as escadas rolantes, onde, de um buraco no teto, descia o próprio Bahamut, rei dos dragões, com toda sua imponência e supremacia. O medo percorreu nossas espinhas enquanto ele nos encarava, mas logo alguém se manifestou:

- Quem é esse que ousa me interromper num dia de suma importância como hoje...??

Era Beto, mas enquanto essas palavras passavam por entre seus lábios, o Rei de Todos os Dragões o abocanhou, num movimento de total deslealdade.

O guerreiro lendário estava preso entre os dentes da fera, impotente, tentando alcançar sua espada, mas estava imobilizado. Como da outra vez, ninguém parecia notar o combate ou a presença de Beto, nem do dragão, apenas eu e Gilles, motivo o qual descobriría-mos no futuro.

Embora considerásse-mos o duelo perdido para o cavaleiro, ele não pensava desta forma. Com suas mãos, o herói começou a forçar o maxilar do dragão, buscando uma brecha para alcançar sua katana. Sentindo a liberdade de volta, rolou num movimento de incrível agilidade para fora da boca do monstro, agarrando-se em seu pescoço, e através de uma manobra acrobática, conseguindo erguer-se por sobre a cabeça da criatura, cravou-lhe a espada na face.

Como um reflexo da dor, Bahamut balançava a cabeça de um lado ao outro, visando derrubar o guerreiro, mas este conseguia se manter seguro em sua arma, a qual estava enfincada na face da besta. O dragão não conseguiu derrubar Beto, mas colocou-o na frente de sua boca, pronto para receber uma baforada de fogo. O guerreiro sentia o calor das chamas se formando na boca do monstro, o cheiro de enxofre e algum barulho que não se podia precisar, e pressentindo o perigo, largou-se de sua arma.

A rajada de chamas foi disparada em sua direção, e o único pensamento do cavaleiro foi a fuga. Corria através do shopping center para algum lugar seguro, esquivando-se com extrema perícia das mesas e cadeiras da praça de alimentação. Escondeu-se atrás de uma pilastra, e na fração de segundo antes dela ser derrubada, armou uma estratégia. O herói avançou implacavelmente em direção ao dragão, esperando-o utilizar outro sopro flamejante. Quando isso ocorreu, ele deixou seu plano horizontal do chão e começou a correr pela parede, saltando sobre a criatura, num movimento rápido demais para Bahamut evitar.

Beto agora escalava o pescoço da criatura, visando a cabeça, onde sua katana estava cravada, mas seu inimigo era inteligente demais para deixar isso acontecer. Bahamut lançou-se contra uma parede, visando esmagar seu oponente contra a mesma, mas foi em vão. O guerreiro implacável saltara do pescoço para o dorso da besta um instante antes do impacto, impulsionando-se para saltar em sua cabeça e puxar sua espada com brutalidade, dilacerando a face do dragão.

- Minha Masamune já derrotou seres mais poderosos que você - bradou o guerreiro. - porque um ser nobre como você tentaria me enfrentar??

- Meros mortais como tu, humano, não têm capacidade para entender a motivação de um ser supremo - respondeu Bahamut, - mas estejas certo que meus motivos são bem mais fortes que os que usas para lutar.

Era hora do verdadeiro combate se iniciar. Sangue, ódio, um novo inimigo??
Continua...
 

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