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[L] [Vinci] [Autumn Leaf- O Faról e A Caveira]

A tua sorte é que eu já votei.. Pq depois desse post eu juro que nào votaria.. :roll:

By the way... A história está boa... No incio vc abusava daquele "Yes sir!" idiota mas depois vc parou de usa-lo, graças a deus.. O Samaro parecia um capacho quando respondia isso...
 
Samaro Acorda

Hlaf então olhou ao redor. O cadáver de Kron enfeiecia a sala. Mas não queria se preocupar com isso. Pelo menos, não agora.
O que sobrara do sangue de Samaro, deixara o corpo naquele momento. O lich viu a esfera azul brilhar, quando se aproximou do cadáver. A tentação de deixa-lo morto era grande.
Pensou numa coisa então. Se a coisa se confirmasse, uma parte de seus planos estaria desgraçada.
Andou um pouco. Tocou no sangue de Samaro. E... O mana não estava ali.O corpo... Não era ali que estava o mana.
Se Kron tivesse retirado o mana de Samaro, o mana que ele e sua ordem demoraram anos para conseguir, ah! Kron seria revivido e morto todo dia a partir daquele, então...
Hlaf então, viu com pena Samaro. Pegou a já decepada cabeça e encaixou-a no corpo. Então, lançou uma poderosíssima magia de ressureição. Antes que o feiticeiro pudesse vê-lo, o lich teletransportou Samaro.
Observou ao redor. Tudo normal, a não ser sangue em seu chão, em seu farol. Porém, com um feitiço, tudo se concertou.
A única coisa que Hlaf notou, é que no exato momento em que Samaro tornou-se vivo novamente, o mana voltou.
O lich apenas, caminhou e vestiu sua túnica, e sua capa. Jogou seu mosquete no chão.

- O próximo duelo será justo. – afirmou

***
Com alguns poucos caprichos do poderoso lich, a carta chegou exatamente ao lado de Samaro. Aquele ser optara por deixar o feiticeiro na Morada dos Aventureiros.
Depois de algum tempo, duas horas, Samaro acordou. Sentia uma dor terrível no tórax.
Olhou então o envelope. Totalmente negro, com uma bela caligrafia. No exterior do envelope, apenas uma palavra: Samaro.
Entendeu no instante em que leu, que a carta era dirigida a ele. Leu-a, com cuidado.
Depois disso, tudo começou a fazer mais sentido. Ele já sabia quem era o poderoso mago, e já sabia porque ele estava sendo perseguido. Impressionou-se com alguns trechos.
Levantou-se, mancando. Seguiu até o saguão, com certa dificuldade.

***
Do farol, podia-se ouvir a força do mar batendo nas rochas. O vento frio, mar agitado.
Um pequeno sorriso tomou a face do lich.
 
Achou que eu não estava lendo mais? :mrgreen:

Ta muito legal. Como Thrain disse a carta ficou um pouco engraçada sem ser esse o seu objetivo, mas conseguiu cumprir bem o mesmo.

Bom, o resto continua bom. E parece que o fim se aproxima não é?
 
A Navalha

Samaro chegou ao saguão. Estava morto, quase literalmente. Lá, apenas estavam Fearur, acariciando seu pequeno lobo, que tentava dormir.

- Olá. – disse Samaro, com esforço
- Olá! – exclamou Fearur – Pera... Você é o Samaro! Agente viu você morrer ontem!
- Eu...Eu me lembro, um pouco. Eu lembro de um grifo e um cachorro voador, só isso. – disse Samaro – Depois, conversei com alguém...
- Um assassino anão!! – disse Fearur – Não lembro o nome dele.

***
Ainda sorrindo, Hlaf olhou para frente. O mar estava lá, agitado.
O sol, nascendo, porém, não emitia calor algum. A luz também era fraca, porém, não estava preocupado em re-acender o feitiço do farol.
Pensava maquiavelicamente. Pensava numa real guerra... De repente, teve uma idéia ótima.
***
- Kron... – disse Samaro – Me lembrei.
- Esse mesmo. – disse Fearur – Você levou dois tiros no tórax!
- Eu morri, então... – disse Samaro – Alguém me...Ressucitou.

Ouviu-se então o contínuo bater de pés. Estranho. Nunca que havia algo assim em Haupinbourg. Pela ordem em que batiam, e a harmonia que seguiam, com certeza pertenciam a uma criatura sozinha.

- Espera um pouco. –disse Samaro, e parou para ouvir o que acontecia. – É uma criatura só.

Fearur ficou concentrado durante alguns segundos.

- Não, não é nenhuma criatura natural. – afirmou

O feiticeiro lembrou-se da carta. Segundo o lich, ele teria de ser forte para resistir tudo o que ele iria enviar.
Sorriu.

- Fearur.
- Sim.
- Você tem algo que me cure rápido?
- Apenas um chá de ervas, na algibieira.
- Poderia me emprestar? Devolvo depois algum dos meus objetos mágicos.
- Sim...

Fearur então correu e trouxe rapidamente um chá de tonalidade levemente púrpura.
Samaro, bebeu o chá.

- Obrigado... – disse o feiticeiro, confiante

Samaro saiu então do saguão, e encontrou o jardim. Viu a Colina Gramada mais para oeste. A fonte, no centro. Lembrou-se de que no segundo dia em que estava na Morada dos Aventureiros, uma folha cortou-lhe o rosto, como navalha.
Parou, sentindo o vento fazer voar os cabelos. Estava sem o costumeiro chapéu. Isto lhe tirava um pouco o aspecto de mago.
Ouviu os passos, que pareciam mais próximos. Começou um pequeno feitiço, então.
Levantou uma mão e começou a fazer gestos, movimentando os dedos. Estava emocionado e preocupado ao mesmo tempo. Respirava rápido.
Porém, quase nada, comparado ao grande choque quando encarou pela primeira vez o monstro que o lich colocara em seu caminho.
Um ser que parecia um gato. Muito maior, com certeza. Ao invés do rosto felino, uma enorme face dracônica.
Samaro havia preparado, com o feitiço, sete cargas de ataque. Sete lâminas do vento.
Por instinto, por assim dizer, lançou uma lâmina contra a face do bichano assim que o encarou.
Voltou a racionalidade. O gato dracônico se recuperara muito rapidamente do ferimento. Vendo a situação, Samaro lançou as outras seis, uma após a outra.
O bichano rolou. O feiticeiro, andou até ele. A sua face se contorcia em dor.

- Fearur, chame Hans! – gritou ele, esperando que o colega druida ouvisse.

Samaro compreendeu que o ser ainda não tinha morrido. Porém, não havia notado que não estava nem perto de morto.
Um segundo depois e o bichano já estava em cima de Samaro. O toque das patas era gélido, mortal.
 
A Garra

Samaro teve seu peito rasgado por aquelas garras. Na verdade, não rasgado, mas quase.

- Clów Torië! – gritou Samaro

De repente, o gato foi empurrado. Apenas o silêncio. A única coisa que contrastava com isso era o leve sopro do vento.
As patas batem, leves, na grama.
Rapidamente, Samaro prepara mais sete cargas de navalhas. Está cansado, e a respiração acelerada para compensar a falta de energia em seu próprio corpo.
Verificava suas mãos, movendo os dedos. Suas mãos tinham de funcionar agora. O bichano simplesmente urrava, com sua face dracônica. Os dentes eram longos. Samaro, que já fora forçado a sentir a força das garras, não queria saber como era a força dos dentes.
Como auto-resposta ao urro, Samaro lança uma navalha. Como acertara, aproveitou para lançar as outras seis.
Estava preocupado: Fearur podia não ter ouvido o seu grito. E agora, a dor lhe dominava completamente.
Teria de fazer como fizera com o Dracolich? Uma ventania. Mas não tinha tempo... O monstro se regenerava muito rapidamente. MUITO mesmo.
Curo Maxiris? Seria arriscado. Se sua conjuração desse errado, as conseqüências seriam assombrosas. E tinha grandes chances de errar.
Seus olhos começaram a adquirir um tom mais escuro, porém não deixava de ser extremamente harmônico.
Ele estende a mão. O gato prepara-se para o bote. Ambos vêem a vida, e junto com ela, um fantasma.
Quem seria o fantasma? Samaro tinha certeza de que não seria ele. Estava mais triunfante. Agora o silêncio se transformava em música. O sangue, em vitória.
A música vinha do fantasma. Ele pulava, com uma flauta em mãos. Isso não era delírio, ambos tinham certeza.
Com brusco gesto, o mesmo tipo de chama azul que saía de seus dedos quando os estalava, saiu de sua mão. Mas ia adquirindo volume.
O monstro pula como felino abatendo sua presa. O feiticeiro encara-o. Os olhos faíscam. Ele lança então chamas no bichano. Chamas de tonalidade azulada, que queimavam bem mais rápido que o normal.
Samaro sente-se cair.
O fantasma ri. Samaro realmente tinha caído. O fantasma não era delírio, ao contrário de sua vida, que vira passar inteira diante de seus olhos.
O fantasma não seria ele? Perguntou-se, ao cair com a face voltada para o chão inconsciente. Seu maior desejo, realizado a poucos segundos atrás era simples: não morrer.
O enorme bichano agonizava lentamente. Não tinha forças para agir. Só lhe restava a morte. Samaro também... Colocara muita força em magias, e sentia sua alma sair, com o dobro de rapidez das outras ocasiões.
 

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