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[Thoriën] [Pai, perdoa-os. Eles não sabem o que fazem]
Pai, perdoa-os. Eles não sabem o que fazem...
Tipo de texto: Crítica/análise
Autor: Thoriën Aniel §, o Ranger Malvado
E o Mundo se prosta diante de um novo ídolo. Ou melhor, de uma nova doutrina: a do Código Da Vinci (Livro: Código Da Vinci, Dan Brown, Editora Sextante).
Mas porque um simples livro exerce tanto fascínio na humanidade? O que faz tantos adolescentes (principalmente) idolatrarem tal livro, tal autor? É o que nós podemos nos perguntar.
Para começar essa crítica, resolvi falar sobre o que é o "Código Da Vinci": ele é um livro "policial", um bom livro pode-se dizer, cheio de mistérios, certo suspense e etc. Um livro no qual você tem que usar a cabeça, talvez como em um de Sherlock Holmes, ou mesmo Ágatha Christy. A história d'O Código Da Vinci tem como pano de fundo uma sociedade secreta chamada Priorado de Sião, da qual muitos estudiosos, como Da Vinci e Isaac Newton, fizeram parte, supostamente, claro. No meio do livro, alguns levantamentos sobre a vida de Jesus e seus discípulos é feito, e é aí que nossa crítica começa, mais propriamente.
Obs.: O livro é bom, eu admito, mas usar coisas sacras para se engradecer como escritor foi o cúmulo na minha opinião. Por isso, Dan Brown pode até ser um escritor de talento, mas, acima de tudo, ele é alguém xulo, por usar o sagrado da humanidade para se enriquecer, ou seja, um objetivo capitalista inútil.
*A primeira questão da crítica é o suposto romance entre Maria Madalena e Jesus Cristo.
"Porque isso é impossível? Afinal, amar é pecado?" - Me perguntou um dia uma amiga, enquanto discutíamos sobre o livro.
Não, amar não é pecado. Mas o que é amor? É "um frio na espinha, e uma vontade de beijar a pessoa amada eternamente, de abraçá-la eternamente..."? Isso, eu posso dizer sem medo de errar, é desejo carnal, uma das necessidades da humanidade. O amor hoje em dia se rendeu ao marketing, a ponto de ser possível descrevê-lo! Que tolice! Amor não pode ser descrito, e tal sua intensidade, o amor não pode ser sentido, só vivido. Se sentíssemos amor sendo mortais, morreríamos, pois, pelo que vejo, este é uma força tão grande que supera tudo. O amor deve ser vivido, deve-se alcançá-lo pautando nossa vida na amizade, no companheirismo, entre outros sentimentos do tipo.
Mas não estamos aqui para discutir o amor. Então, voltemos ao livro. No contexto dele, Jesus amou Madalena, teve filhos com ela, entre outras coisas. Mas se Jesus amasse realmente Madalena, ele estaria voltando seu amor (que ele pode sentir, porque, eu creio, ele é uma divindade) a uma única pessoa, se dedicando a essa única pessoa, e o desejo dele não era esse; o desejo Dele era retificar e amar a humanidade, e não só amar uma só mulher, constituir família e fugir para a França... (vide O Código).
Então, esse é um dos argumento que tenho para que o amor Jesus-Madalena seja considerado ultraje, já que ele prega, INTEIRAMENTE, um "amor" carnal, de possesão, e não o amor 'ideal', como foi definido em um parágrafo mais acima. Outro é que o pecado de Madalena (pois todos nós temos) não pode se misturar com a sublime luz do Divino, pois mancharia o ser divino se ele tivesse relações sexuais com ela, e nos levaria a crer, se existisse essa relação, que o Ser Divino também é um pecador, pois se relacionou com o pecado. Adoraríamos um pecador, então? (Automaticamente, ele sendo um pecador, se nivelaria aos homens. Adoraríamos, então, um 'homem'?).
- Terminando essa primeira discussão da crítica, dá-se então para entender que o que o Código prega é um amor carnal entre Jesus e Madalena, o qual está longe de ser, ao menos, 1% do amor puro pregado por Ele, não para com uma só pessoa, mas para com toda a humanidade, com todo o Mundo; amor esse que não envolve ter filhos com cada uma das bilhões de pessoas que habitam a Terra. Portanto, o amor entre Jesus e Madalena que o Código prega é um falso, que não pode ter existido. Os argumentos acima comprovam isso. Existiu, claro, o amor entre o Criador e a criação, e esse amo creio que Jesus tem para com nós até hoje. Para com toda a humanidade.
(É claro que você, que está lendo essa crítica, não precisa concordar comigo. Sou um escritor, você o leitor, e tem total direito de discordar ou concordar comigo. Mas, se discordar, desafio-te a me mostrar um argumento que prove que Deus veio a Terra para se tornar pai, assumir parte do pecado por se relacionar com ele, para amar uma só mulher e fugir para a França, sem morrer na Cruz).
*A segunda questão é a submissão das mentes ao que o livro prega.
Eu não sei se você já reparou, mas os livros que falam sobre os céus, Deus, os Mandamentos e outros assuntos do tipo nunca fazem tanto sucesso quanto aqueles que levantam dúvidas e incoerências sobre as religiões, os céus, Deus e sobre os Mandamentos. O porque disso é bem simples: é muito mais fácil gostar de algo fantasioso, misterioso e incoerente do que algo que já foi provado centenas de vezes.
Um exemplo disso é: o que faz mais sucesso, O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien ou Vínculos, de Maria Goés? É retardado de se responder. É claro que é O Senhor dos Anéis, uma história fantasiosa. Vínculos, por outro lado, conta uma história cotidiana, de dia-a-dia, e ninguém nunca ouvi falar... eu mesmo só li e conheci porque senão não teria como fazer a prova de Literatura. O fantasioso e incoerente com o mundo em que vivemos, SdA, "ganha" daquele que narra aquilo que vivemos, e que realmente existe. (É claro que Tolkien trabalhou tanto em seu livro que ele se assemelha muito a uma sociedade real, mas o que não o deixa ser real é a presença de elfos, orcs, magia, coisas irreais... [mesmo eu acreditando nisso
]).
O Código Da Vinci é um livro ficcional, que levanta mistérios e dúvidas e intriga a mente humana, fazendo com que todos gostem de. Mas se você perguntar a um fã porque ele gosta do Código, com certeza vai dizer: "porque é bom", "porque o autor é fantástico", "porque a história é muito legal". Ele nunca dará conta do real motivo que sustenta sua admiração por Dan Brown e sua febre "Da Vinciana": sua mente, que por ser humana adora mistérios e dúvidas, se fascinou pelos mistérios e dúvidas que o livro apresenta. Resumindo: a pessoa vai passar a gostar do Código porque ele a faz pensar, duvidar, contestar, mesmo que o tema dessa contestação seja esdruxulo. É mais fácil enganar a mente humana fazendo-a refletir em algo inútil do que apresentá-la fatos concretos e fazê-la contestá-los, pois para o algo inútil, a pessoa vai tentar achar mil explicações, todas igualmente inúteis, "sem pé nem cabeça". Já para o algo concreto, que foi pensado por outra pessoa previamente, ela não dará a mínima, afinal, não foi ela quem pensou, o que a garante que aquilo "está certo"? (Isso é um erro. Nós devemos pensar em tudo, principalmente naquilo que não fomos nós que formulamos, pois nem sempre o que os outros fazem está errado, e se estiver, nós poderemos achar o erro e corrigi-lo. O que os outros fazem também tem valor, e não só o que nós fazemos está certo).
- Terminando essa segunda discussão da crítica, podemos constatar que algo ficcional, fantasioso ou irreal nos atrai mais que o fato verídico. (Darei outro exemplo: o que você quer ver no Jornal Nacional, um assalto ao senhor Zé da Silva ou o aparecimento de uma sociedade secreta de duendes e anões?). O porque disso, mesmo eu já tendo explicado, vale acrescentar aqui: a mente humana prefere algo irreal, fantasioso, a uma fato concreto, sólido, pois podemos modelar o algo irreal a nosso bel prazer, e o fato concreto já está ali "desde sempre", insolúvel. O máximo que podemos fazer é contestar o concreto, seja para melhorá-lo ou simplesmente para detoná-lo. Para fazer isso, Dan Brown uniu o irreal (Madalena e Jesus, etc.) ao concreto (igreja, doutrina, etc.), fazendo com que as fantasias que criou e que 'pesquisou' deturpem o que já é sólido.
CONTINUA.
Por favor, comentem.
Pai, perdoa-os. Eles não sabem o que fazem...
Tipo de texto: Crítica/análise
Autor: Thoriën Aniel §, o Ranger Malvado
E o Mundo se prosta diante de um novo ídolo. Ou melhor, de uma nova doutrina: a do Código Da Vinci (Livro: Código Da Vinci, Dan Brown, Editora Sextante).
Mas porque um simples livro exerce tanto fascínio na humanidade? O que faz tantos adolescentes (principalmente) idolatrarem tal livro, tal autor? É o que nós podemos nos perguntar.
Para começar essa crítica, resolvi falar sobre o que é o "Código Da Vinci": ele é um livro "policial", um bom livro pode-se dizer, cheio de mistérios, certo suspense e etc. Um livro no qual você tem que usar a cabeça, talvez como em um de Sherlock Holmes, ou mesmo Ágatha Christy. A história d'O Código Da Vinci tem como pano de fundo uma sociedade secreta chamada Priorado de Sião, da qual muitos estudiosos, como Da Vinci e Isaac Newton, fizeram parte, supostamente, claro. No meio do livro, alguns levantamentos sobre a vida de Jesus e seus discípulos é feito, e é aí que nossa crítica começa, mais propriamente.
Obs.: O livro é bom, eu admito, mas usar coisas sacras para se engradecer como escritor foi o cúmulo na minha opinião. Por isso, Dan Brown pode até ser um escritor de talento, mas, acima de tudo, ele é alguém xulo, por usar o sagrado da humanidade para se enriquecer, ou seja, um objetivo capitalista inútil.
*A primeira questão da crítica é o suposto romance entre Maria Madalena e Jesus Cristo.
"Porque isso é impossível? Afinal, amar é pecado?" - Me perguntou um dia uma amiga, enquanto discutíamos sobre o livro.
Não, amar não é pecado. Mas o que é amor? É "um frio na espinha, e uma vontade de beijar a pessoa amada eternamente, de abraçá-la eternamente..."? Isso, eu posso dizer sem medo de errar, é desejo carnal, uma das necessidades da humanidade. O amor hoje em dia se rendeu ao marketing, a ponto de ser possível descrevê-lo! Que tolice! Amor não pode ser descrito, e tal sua intensidade, o amor não pode ser sentido, só vivido. Se sentíssemos amor sendo mortais, morreríamos, pois, pelo que vejo, este é uma força tão grande que supera tudo. O amor deve ser vivido, deve-se alcançá-lo pautando nossa vida na amizade, no companheirismo, entre outros sentimentos do tipo.
Mas não estamos aqui para discutir o amor. Então, voltemos ao livro. No contexto dele, Jesus amou Madalena, teve filhos com ela, entre outras coisas. Mas se Jesus amasse realmente Madalena, ele estaria voltando seu amor (que ele pode sentir, porque, eu creio, ele é uma divindade) a uma única pessoa, se dedicando a essa única pessoa, e o desejo dele não era esse; o desejo Dele era retificar e amar a humanidade, e não só amar uma só mulher, constituir família e fugir para a França... (vide O Código).
Então, esse é um dos argumento que tenho para que o amor Jesus-Madalena seja considerado ultraje, já que ele prega, INTEIRAMENTE, um "amor" carnal, de possesão, e não o amor 'ideal', como foi definido em um parágrafo mais acima. Outro é que o pecado de Madalena (pois todos nós temos) não pode se misturar com a sublime luz do Divino, pois mancharia o ser divino se ele tivesse relações sexuais com ela, e nos levaria a crer, se existisse essa relação, que o Ser Divino também é um pecador, pois se relacionou com o pecado. Adoraríamos um pecador, então? (Automaticamente, ele sendo um pecador, se nivelaria aos homens. Adoraríamos, então, um 'homem'?).
- Terminando essa primeira discussão da crítica, dá-se então para entender que o que o Código prega é um amor carnal entre Jesus e Madalena, o qual está longe de ser, ao menos, 1% do amor puro pregado por Ele, não para com uma só pessoa, mas para com toda a humanidade, com todo o Mundo; amor esse que não envolve ter filhos com cada uma das bilhões de pessoas que habitam a Terra. Portanto, o amor entre Jesus e Madalena que o Código prega é um falso, que não pode ter existido. Os argumentos acima comprovam isso. Existiu, claro, o amor entre o Criador e a criação, e esse amo creio que Jesus tem para com nós até hoje. Para com toda a humanidade.
(É claro que você, que está lendo essa crítica, não precisa concordar comigo. Sou um escritor, você o leitor, e tem total direito de discordar ou concordar comigo. Mas, se discordar, desafio-te a me mostrar um argumento que prove que Deus veio a Terra para se tornar pai, assumir parte do pecado por se relacionar com ele, para amar uma só mulher e fugir para a França, sem morrer na Cruz).
*A segunda questão é a submissão das mentes ao que o livro prega.
Eu não sei se você já reparou, mas os livros que falam sobre os céus, Deus, os Mandamentos e outros assuntos do tipo nunca fazem tanto sucesso quanto aqueles que levantam dúvidas e incoerências sobre as religiões, os céus, Deus e sobre os Mandamentos. O porque disso é bem simples: é muito mais fácil gostar de algo fantasioso, misterioso e incoerente do que algo que já foi provado centenas de vezes.
Um exemplo disso é: o que faz mais sucesso, O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien ou Vínculos, de Maria Goés? É retardado de se responder. É claro que é O Senhor dos Anéis, uma história fantasiosa. Vínculos, por outro lado, conta uma história cotidiana, de dia-a-dia, e ninguém nunca ouvi falar... eu mesmo só li e conheci porque senão não teria como fazer a prova de Literatura. O fantasioso e incoerente com o mundo em que vivemos, SdA, "ganha" daquele que narra aquilo que vivemos, e que realmente existe. (É claro que Tolkien trabalhou tanto em seu livro que ele se assemelha muito a uma sociedade real, mas o que não o deixa ser real é a presença de elfos, orcs, magia, coisas irreais... [mesmo eu acreditando nisso

O Código Da Vinci é um livro ficcional, que levanta mistérios e dúvidas e intriga a mente humana, fazendo com que todos gostem de. Mas se você perguntar a um fã porque ele gosta do Código, com certeza vai dizer: "porque é bom", "porque o autor é fantástico", "porque a história é muito legal". Ele nunca dará conta do real motivo que sustenta sua admiração por Dan Brown e sua febre "Da Vinciana": sua mente, que por ser humana adora mistérios e dúvidas, se fascinou pelos mistérios e dúvidas que o livro apresenta. Resumindo: a pessoa vai passar a gostar do Código porque ele a faz pensar, duvidar, contestar, mesmo que o tema dessa contestação seja esdruxulo. É mais fácil enganar a mente humana fazendo-a refletir em algo inútil do que apresentá-la fatos concretos e fazê-la contestá-los, pois para o algo inútil, a pessoa vai tentar achar mil explicações, todas igualmente inúteis, "sem pé nem cabeça". Já para o algo concreto, que foi pensado por outra pessoa previamente, ela não dará a mínima, afinal, não foi ela quem pensou, o que a garante que aquilo "está certo"? (Isso é um erro. Nós devemos pensar em tudo, principalmente naquilo que não fomos nós que formulamos, pois nem sempre o que os outros fazem está errado, e se estiver, nós poderemos achar o erro e corrigi-lo. O que os outros fazem também tem valor, e não só o que nós fazemos está certo).
- Terminando essa segunda discussão da crítica, podemos constatar que algo ficcional, fantasioso ou irreal nos atrai mais que o fato verídico. (Darei outro exemplo: o que você quer ver no Jornal Nacional, um assalto ao senhor Zé da Silva ou o aparecimento de uma sociedade secreta de duendes e anões?). O porque disso, mesmo eu já tendo explicado, vale acrescentar aqui: a mente humana prefere algo irreal, fantasioso, a uma fato concreto, sólido, pois podemos modelar o algo irreal a nosso bel prazer, e o fato concreto já está ali "desde sempre", insolúvel. O máximo que podemos fazer é contestar o concreto, seja para melhorá-lo ou simplesmente para detoná-lo. Para fazer isso, Dan Brown uniu o irreal (Madalena e Jesus, etc.) ao concreto (igreja, doutrina, etc.), fazendo com que as fantasias que criou e que 'pesquisou' deturpem o que já é sólido.
CONTINUA.
Por favor, comentem.