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[L] [Spellcaster] [A parábola do protetor]

Dinaen

Bebendo com um
após muito tempo sem postar novas criaçoes minhas, decidi colocar mais um texto no site. se refere à uma parábola, q deve ser lida e compreendida. mas isso nao sou eu q o farei, pois apenas os que sentem isso podem entender. será q vc entenderia?


Autor: Spellcaster (Elddrini)
Gênero: "Parábola"
Título: a Parábola do Protetor
 
Última edição:
Re: A parábola do protetor

Para Todos que Protegem

Ele senta-se sobre seu grande trono em cima de uma colina. Afastado o suficiente de tudo e de todos. Olha as pessoas que amam e sentem, riem e brincam, no verde prado que se estende por debaixo da colina. Por um instante, sente inveja, uma leve vontade de poder fazer tudo o que eles fazem. Depois sente raiva por ser o que é: “tão guardião, que sempre se importa e quer ajudar quem não lhe diz respeito”.
Mas ele fecha os olhos e reflete “talvez alguém me perceberá aqui em cima”. Mas de nada adianta tal pensamento, pois quem está no verde prado não lhe vê. E nem mesmo têm vontade para isso.
“Do que adianta importar-se tanto com eles? Por que nasci sendo guardião protetor? Não poderia ser melhor nascer normalmente sem ter este fardo para cumprir?” Então vêm as respostas: “não”, “não” e “não”. Olha mais uma vez para baixo. Vê então uma pequena menininha correndo em direção do lago. Aquilo será sua morte, se seu pai, que bebe vinho mais distante dali, não perceber o que está acontecendo.
Ele levanta-se. Quer ir ajudar, mas aquilo não lhe diz respeito. Do que adiantaria então olhar para ela? Ergue o olhar, e passa a prestar atenção no sol. No dourado sol. Mas o sol apenas lhe é a representação de sua missão: olhar por todos. Novamente ele olha a menina. Ela já caiu no lago. Grita por socorro, mas ninguém lhe faz nada. Passam pessoas pelas bordas do lago, a vêem e nada fazem, indo novamente embora. Seu pai, nem mesmo lembra-se quem era.
Num astuto repente, ele corre em direção da garota. Ela se bate na água e ele a chama, avisando que está chegando. Mas, quando chega, sente-se incapaz de fazer algo, pois o pai da garota o segura, dizendo que ele não foi chamado para socorrê-la. O pai da garota então pula na água, e tenta salvá-la. Mas, por estar bêbado, morre junto à filha.
Ele sente-se então culpado. Culpado por não ter feito nada. E assim as pessoas acusam-no. Dizem que ele nada fez quando tinha a vida dos dois em suas mãos. Será que ninguém percebera a nobre intenção do rapaz? Ele fora impedido de se fazer herói e fazer-se cumprir a sua missão.
Com um sentimento de desprezo na garganta, começa novamente a subir a colina, até chegar em seu grande trono. Senta-se. Olha novamente para baixo. Vê as pessoas apontando para ele com desprezo. Ele sente-se amargura por isso. É como se todos enfiassem uma adaga em seu peito e ficassem mexendo nela, para despertar mais dor em seu peito.
Ele chora. E fecha os olhos. Sonha com algo banal, sua dada missão. Quando abre os olhos já despertos, vê que a noite chegou e passou. Já não há mais raiva nas pessoas que estão abaixo dele. Elas esqueceram que ele existe. Voltaram a brincar e dançar, como sempre fizeram, não dando à mínima para aqueles que moram d’outro lado da colina. Aqueles que sofrem.
Então ele percebe novamente que algo de ruim vai acontecer. Já prenunciara tudo antes de acontecer. Mas desta vez, ele não erraria de novo. Não deixaria o pobre garoto cair do muro que fora levanto no meio do prado, para que ele não pudesse pegar das frutas da árvore que para ele era proibida.
A ignorância que lhe fora passada fizera-o correr e pendurar-se no muro, fraco como era, estava preste a cair. O garoto não teria chance. O pai dele estava trabalhando na marcenaria, para poder comprar os frutos do outro lado do muro. Pois quando o garoto avistara a árvore de copa dourada desejou os frutos dela. E seu pai faz tudo o que ele pede.
Mas desta vez ele demorou e o garoto quis tudo o mais rápido possível, por isso iria pular o muro. E Ele, em cima da colina assistia a tudo. Sentia a obrigação de ter que ir ajudá-lo. Correra para segurar o muro que estava despencando. Salvara o garoto, mas as pessoas em sua volta culpavam-no pela queda do muro, e não lhe ajudaram a sustentá-lo. Então o muro caíra sobre ele, matando-o...
Naquele instante ele acordara. Previra o acidente que iria acontecer. Vira ao garoto tentar pular o muro. Este já começava a correr em direção do muro. Sabia que não poderia ir ajudá-lo, ou morreria. Mas de nada adiantaria ficar ali em cima.
Então correra para salvá-lo. Segurara o muro e o garoto saíra. Mas ninguém quisera ajudá-lo. E o muro despencou sobre sua cabeça. Ele morrera. Mas assim completara aquilo que lhe fora entregue...​

Lord Spellcaster,
Aquele que protege​
 
Última edição:
desculpe... é q eu estava sem tempo... mas acho q já arrumei...
 
Última edição:
ei oi!
faz tempo, tempo mesmo, e nem sei comod esenterrei esse tópico
mas tá lindo perfeito ^^
amei mesmo
parabens!
=)
continue escrevendo ^^
 
É uma bela história, que representa o dilema de proteger outras pessoas. Parabéns pelo texto e continue escrevendo!
 

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