Sméagol
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[Sméagol] [Amizade Virtual]
Estou sem tempo pra escrever, e por isso não posto nada (e também não leio!) aqui no CdE ultimamente, mas arrumei 10 minutinhos e fiz essa crônica. Deve estar cheia de erros, mas me perdoem, fiz correndo...
Amizade Virtual
Em um Domingo monótono, igual outro qualquer, ele resolve entrar em um chat para jogar algumas palavras fora, como já fizera diversas vezes. Começa a mandar as mesmas mensagens para todas “mulheres” da sala:
- E aí gatinha, td bem? Q tc?
Essa tática era perfeita, sempre uma respondia, não existia possibilidade de erro. Algumas vezes três ou até quatro respostas chegavam, e ele tinha que se desdobrar para manter um diálogo com todas.
Ela entrava no chat simplesmente para se divertir; não levava nada muito a sério, e nenhuma conversa ia pra frente. Achava ridícula a possibilidade de manter uma amizade virtual: “Onde já se viu? Pessoas que mal se conhecem dizendo que são amigas! É o fim do mundo mesmo!”. Logo que entra, recebe uma mensagem, convidando-a para uma conversa. “Gatinha! Quem disse que sou bonita?”. Resolve iniciar a conversa com o pobre “guru”.
- Claro! D ond tc? Qts anos?
“Deu certo!”. Realmente a tática era a melhor. Agora era só ele relaxar e usar a criatividade durante o papo.
Assim começou a conversa entre os dois. Incrivelmente ela estava gostando do papo, e ele não estava dizendo muitas mentiras, como de costume. O tempo ia passando, e agora um já sabia muitas coisas da vida do outro. “Ela não tem namorado, quem sabe não rola alguma coisa?” pensava ele. “Ele não tem namorada, deve ser feio, ou então gay...” raciocinava ela.
E logo se passaram mais de duas horas, e ela precisava ir. Trocaram e-mails, e prometeram um ao outro que conversariam mais vezes.
Durante a semana a troca de e-mails foi intensa. Algumas informações a mais, umas piadas por parte dele, textos reflexivos por parte dela. O ponto alto foi a troca de fotos: ele viu que ela era muito bonita, como havia lhe dito; e ela viu que ele não era tão feio assim. “Deve ser gay”, pensou.
E assim, todo final de semana se encontravam em uma sala de bate-papo. Ele percebeu que seu jejum de mulheres poderia estar acabando, e ela estava quase acreditando que nem todos homens eram iguais, pois ele era muito diferente dos outros.
Dois meses depois da primeira conversa, trocaram telefones, porém a primeira ligação só ocorreu cinco meses depois. Foi uma conversa rápida, sem muito conteúdo. Os meses se passavam, e um já conhecia perfeitamente o outro. Pouco antes de completar um ano de amizade, resolveram marcar um encontro e se conhecerem pessoalmente.
Ele estava nervoso, na verdade muito nervoso; suava muito, seus lábios estavam secos e suas mãos geladas. Ela estava receosa, e até certo ponto com medo: “E se ele for diferente do que eu imagino? Pior, se ele for um tarado que me enganou o tempo todo?”.
Se encontraram. A primeira impressão a ambos não foi das piores. Nos cinco primeiros minutos a conversa fluiu, mas logo faltava assunto. Ela pensava: “Nossa, tenho que ir embora”, e ele: “O que eu falo? Acho melhor inventar uma desculpa e sair de fininho”. Ela disse que tinha esquecido uma panela no fogo, e que precisava voltar correndo para casa. Ele disse que não tinha problema, pois precisava terminar urgentemente um trabalho da faculdade. Assim se despediram, e ficaram mais aliviados.
Ele chegou um pouco decepcionado em casa. Resolveu conectar-se a internet pra esfriar a cabeça. Ela, achando que o encontro tinha sido um fracasso, liga o computador para se distrair.
- Vc por aqui? E seu trab?
- Ah, descobri q era pro mês q vem. E a panela, aconteceu alguma coisa?
- Ñ, td bem ! =)
E assim, os dois amigos começaram mais uma conversa. Afinal, na internet assunto é que não falta.
Estou sem tempo pra escrever, e por isso não posto nada (e também não leio!) aqui no CdE ultimamente, mas arrumei 10 minutinhos e fiz essa crônica. Deve estar cheia de erros, mas me perdoem, fiz correndo...
Amizade Virtual
Em um Domingo monótono, igual outro qualquer, ele resolve entrar em um chat para jogar algumas palavras fora, como já fizera diversas vezes. Começa a mandar as mesmas mensagens para todas “mulheres” da sala:
- E aí gatinha, td bem? Q tc?
Essa tática era perfeita, sempre uma respondia, não existia possibilidade de erro. Algumas vezes três ou até quatro respostas chegavam, e ele tinha que se desdobrar para manter um diálogo com todas.
Ela entrava no chat simplesmente para se divertir; não levava nada muito a sério, e nenhuma conversa ia pra frente. Achava ridícula a possibilidade de manter uma amizade virtual: “Onde já se viu? Pessoas que mal se conhecem dizendo que são amigas! É o fim do mundo mesmo!”. Logo que entra, recebe uma mensagem, convidando-a para uma conversa. “Gatinha! Quem disse que sou bonita?”. Resolve iniciar a conversa com o pobre “guru”.
- Claro! D ond tc? Qts anos?
“Deu certo!”. Realmente a tática era a melhor. Agora era só ele relaxar e usar a criatividade durante o papo.
Assim começou a conversa entre os dois. Incrivelmente ela estava gostando do papo, e ele não estava dizendo muitas mentiras, como de costume. O tempo ia passando, e agora um já sabia muitas coisas da vida do outro. “Ela não tem namorado, quem sabe não rola alguma coisa?” pensava ele. “Ele não tem namorada, deve ser feio, ou então gay...” raciocinava ela.
E logo se passaram mais de duas horas, e ela precisava ir. Trocaram e-mails, e prometeram um ao outro que conversariam mais vezes.
Durante a semana a troca de e-mails foi intensa. Algumas informações a mais, umas piadas por parte dele, textos reflexivos por parte dela. O ponto alto foi a troca de fotos: ele viu que ela era muito bonita, como havia lhe dito; e ela viu que ele não era tão feio assim. “Deve ser gay”, pensou.
E assim, todo final de semana se encontravam em uma sala de bate-papo. Ele percebeu que seu jejum de mulheres poderia estar acabando, e ela estava quase acreditando que nem todos homens eram iguais, pois ele era muito diferente dos outros.
Dois meses depois da primeira conversa, trocaram telefones, porém a primeira ligação só ocorreu cinco meses depois. Foi uma conversa rápida, sem muito conteúdo. Os meses se passavam, e um já conhecia perfeitamente o outro. Pouco antes de completar um ano de amizade, resolveram marcar um encontro e se conhecerem pessoalmente.
Ele estava nervoso, na verdade muito nervoso; suava muito, seus lábios estavam secos e suas mãos geladas. Ela estava receosa, e até certo ponto com medo: “E se ele for diferente do que eu imagino? Pior, se ele for um tarado que me enganou o tempo todo?”.
Se encontraram. A primeira impressão a ambos não foi das piores. Nos cinco primeiros minutos a conversa fluiu, mas logo faltava assunto. Ela pensava: “Nossa, tenho que ir embora”, e ele: “O que eu falo? Acho melhor inventar uma desculpa e sair de fininho”. Ela disse que tinha esquecido uma panela no fogo, e que precisava voltar correndo para casa. Ele disse que não tinha problema, pois precisava terminar urgentemente um trabalho da faculdade. Assim se despediram, e ficaram mais aliviados.
Ele chegou um pouco decepcionado em casa. Resolveu conectar-se a internet pra esfriar a cabeça. Ela, achando que o encontro tinha sido um fracasso, liga o computador para se distrair.
- Vc por aqui? E seu trab?
- Ah, descobri q era pro mês q vem. E a panela, aconteceu alguma coisa?
- Ñ, td bem ! =)
E assim, os dois amigos começaram mais uma conversa. Afinal, na internet assunto é que não falta.