Skylink
Squirrle!
[Skylink] [Um sonho, talvez]
Nas sombras de um bosque que parecia eternamente escuro e sem estrelas, ele andava sem um destino certo. Lamentava-se por sua antiga morada que foi obrigado a deixar por motivos obscuros. -Lá onde estava minha única flor- dizia a si mesmo enquanto fitava o céu escuro. Mas agora era tarde para tal pensamento chegar. Ele já havia deixado seu lar e agora vagava num mar de trevas sem sentido
Nada havia a fazer, em seu pensamento, além de caminhar em sonhos ou ilusões. Mesmo assim uma esperança se recusava a deixar seu coração, e ele continuava vivendo em busca de um dia diferente, onde ela pudesse brotar e crescer. Quando pensava estar próximo via a si mesmo transbordar sentimentos que lhe enchiam o coração e alimentavam a pequena semente guardada. Mas o descaso e as antigas trevas ainda o faziam adiar e temer o dia em sairia de sua pequena morada ou viajaria para além de seu escuro bosque.
Não se sabe como, nem quando, o dia chegou. Nem ele mesmo tinha certeza suficiente para precisar o dia ou o motivo que tornara algo diferente. Ele finalmente saiu de sua morada e contemplou admirado o sol que refulgia sobre vastas florestas. Viu lagos que refletiam seus raios em vários matizes que iluminavam a quase tudo e ficou ainda mais admirado ao olhar para as árvores, plantas e quase todos os seres que apreciavam o prazer de mais um lindo amanhecer. Descobriu nesse momento que havia ainda vida dentro de si, embora fragmentos de suas antigas trevas ainda toldassem-lhe um pouco a visão. Mas estes não mais o faziam desistir de viver novamente. Não agora, no momento em que estava livre da dor e das amarras, por um breve tempo.
Certo dia, enquanto caminhava por regiões desconhecidas de novas florestas que ele havia descoberto, ele conheceu os espelhos. Não simples espelhos, como hoje estamos acostumados a ver refletindo somente a nossa imagem ou criando distorções da mesma para nos fazer rir e divertir. Estes eram espelhos mágicos, que emitiam um brilho cinza pálido ao perceber a aproximação de alguém e tinham tanto a capacidade de refletir a própia pessoa quanto uma outra imagem, de alguém que estivesse usando um outro espelho. Mas nem tudo era perfeito. Estes espelhos não conseguiam mostrar claramente os sentimentos e intenções dos outros, e o que se via eram somente vultos de sentimentos e idéias.
Ora, até esse momento, ele tinha quase se esquecido da necessidade de amar. Guardava-a no fundo do coração, para talvez ressuscita-la quando chegasse a hora, se um dia finalmente avistasse seu amor. Mesmo sua flor, a quem ele agora ia visitar quando tinha oportunidade, era apenas uma grande amiga. Não conseguia imaginar a si mesmo amando ela.
Mas eis que então através do espelho, muito tempo depois, quando já conhecia dezenas de imagens através dele, ele viu sua própia imagem refletida no espelho. Ao observar melhor, viu que na verdade se tratava de uma linda donzela, que sentia e pensava quase da mesma maneira que ele. Mas nela havia algo amais. A chama do amor já havia despertado em seu coração, o que tornava suas palavras e ações cada vez mais belas enquanto o fogo do desejo a consumia. Isso o deixou profundamente abalado, pois a necessidade de amar agora palpitava fundo em seu coração.
Mesmo assim, a dúvida permanecia nele. Como se disse, os espelhos não revelam totalmente a imagem ou os sentimentos das pessoas que se refletem neles. Dificilmente uma grande parte da essência da pessoa é percebida através dele. Isso que o fazia ansiar intensivamente por um contato verdadeiro, sem máscaras ou ilusões. Toques, gestos e palavras. A necessidade pulsava por todo o seu corpo.
Enquanto era plantada a semente do desejo, era também plantada a da dúvida. Elas agora estavam entrelaçadas e dependiam apenas do tempo. Uma delas o instigava a ir em busca da verdade e do conhecimento. A outra o fazia temer as diversas faces que o futuro poderia apresentar. Mesmo assim, ele já tinha decidido. Por mais que a dúvida lhe corresse, ele iria em busca da verdade, mesmo sabendo que ela seria dolorosa de uma forma ou de outra. Ele agora via apenas o tempo lhe separar da jovem donzela, mas sentia medo mesmo assim. Medo por saber o que ela sentia e principalmente por desconhecer seu próprio sentimento na plenitude de que necessitava.
Então foi escrita sua sina. Enquanto não a encontrar, ele não saberá o que realmente sente. Ficara apenas a lembrança se ele se desviar do caminho ou seguir pelos acasos do mundo. Mas mesmo assim, ela ficara lá. Não o abandonara enquanto não for realizado o destino que escolheu para si mesmo. Mas a esperança que ele carrega, é que nada no mundo irá lhe desviar de seu objetivo de encontrar esta pessoa para encontrar a sua própia verdade. Mas mesmo ele é sábio o suficiente para saber que este pode ser apenas mais um de seus delírios ou sonhos, mas pensa que enquanto ele existe, deve dar lhe uma chance de se mostrar verdadeiro ou falso.
Nas sombras de um bosque que parecia eternamente escuro e sem estrelas, ele andava sem um destino certo. Lamentava-se por sua antiga morada que foi obrigado a deixar por motivos obscuros. -Lá onde estava minha única flor- dizia a si mesmo enquanto fitava o céu escuro. Mas agora era tarde para tal pensamento chegar. Ele já havia deixado seu lar e agora vagava num mar de trevas sem sentido
Nada havia a fazer, em seu pensamento, além de caminhar em sonhos ou ilusões. Mesmo assim uma esperança se recusava a deixar seu coração, e ele continuava vivendo em busca de um dia diferente, onde ela pudesse brotar e crescer. Quando pensava estar próximo via a si mesmo transbordar sentimentos que lhe enchiam o coração e alimentavam a pequena semente guardada. Mas o descaso e as antigas trevas ainda o faziam adiar e temer o dia em sairia de sua pequena morada ou viajaria para além de seu escuro bosque.
Não se sabe como, nem quando, o dia chegou. Nem ele mesmo tinha certeza suficiente para precisar o dia ou o motivo que tornara algo diferente. Ele finalmente saiu de sua morada e contemplou admirado o sol que refulgia sobre vastas florestas. Viu lagos que refletiam seus raios em vários matizes que iluminavam a quase tudo e ficou ainda mais admirado ao olhar para as árvores, plantas e quase todos os seres que apreciavam o prazer de mais um lindo amanhecer. Descobriu nesse momento que havia ainda vida dentro de si, embora fragmentos de suas antigas trevas ainda toldassem-lhe um pouco a visão. Mas estes não mais o faziam desistir de viver novamente. Não agora, no momento em que estava livre da dor e das amarras, por um breve tempo.
Certo dia, enquanto caminhava por regiões desconhecidas de novas florestas que ele havia descoberto, ele conheceu os espelhos. Não simples espelhos, como hoje estamos acostumados a ver refletindo somente a nossa imagem ou criando distorções da mesma para nos fazer rir e divertir. Estes eram espelhos mágicos, que emitiam um brilho cinza pálido ao perceber a aproximação de alguém e tinham tanto a capacidade de refletir a própia pessoa quanto uma outra imagem, de alguém que estivesse usando um outro espelho. Mas nem tudo era perfeito. Estes espelhos não conseguiam mostrar claramente os sentimentos e intenções dos outros, e o que se via eram somente vultos de sentimentos e idéias.
Ora, até esse momento, ele tinha quase se esquecido da necessidade de amar. Guardava-a no fundo do coração, para talvez ressuscita-la quando chegasse a hora, se um dia finalmente avistasse seu amor. Mesmo sua flor, a quem ele agora ia visitar quando tinha oportunidade, era apenas uma grande amiga. Não conseguia imaginar a si mesmo amando ela.
Mas eis que então através do espelho, muito tempo depois, quando já conhecia dezenas de imagens através dele, ele viu sua própia imagem refletida no espelho. Ao observar melhor, viu que na verdade se tratava de uma linda donzela, que sentia e pensava quase da mesma maneira que ele. Mas nela havia algo amais. A chama do amor já havia despertado em seu coração, o que tornava suas palavras e ações cada vez mais belas enquanto o fogo do desejo a consumia. Isso o deixou profundamente abalado, pois a necessidade de amar agora palpitava fundo em seu coração.
Mesmo assim, a dúvida permanecia nele. Como se disse, os espelhos não revelam totalmente a imagem ou os sentimentos das pessoas que se refletem neles. Dificilmente uma grande parte da essência da pessoa é percebida através dele. Isso que o fazia ansiar intensivamente por um contato verdadeiro, sem máscaras ou ilusões. Toques, gestos e palavras. A necessidade pulsava por todo o seu corpo.
Enquanto era plantada a semente do desejo, era também plantada a da dúvida. Elas agora estavam entrelaçadas e dependiam apenas do tempo. Uma delas o instigava a ir em busca da verdade e do conhecimento. A outra o fazia temer as diversas faces que o futuro poderia apresentar. Mesmo assim, ele já tinha decidido. Por mais que a dúvida lhe corresse, ele iria em busca da verdade, mesmo sabendo que ela seria dolorosa de uma forma ou de outra. Ele agora via apenas o tempo lhe separar da jovem donzela, mas sentia medo mesmo assim. Medo por saber o que ela sentia e principalmente por desconhecer seu próprio sentimento na plenitude de que necessitava.
Então foi escrita sua sina. Enquanto não a encontrar, ele não saberá o que realmente sente. Ficara apenas a lembrança se ele se desviar do caminho ou seguir pelos acasos do mundo. Mas mesmo assim, ela ficara lá. Não o abandonara enquanto não for realizado o destino que escolheu para si mesmo. Mas a esperança que ele carrega, é que nada no mundo irá lhe desviar de seu objetivo de encontrar esta pessoa para encontrar a sua própia verdade. Mas mesmo ele é sábio o suficiente para saber que este pode ser apenas mais um de seus delírios ou sonhos, mas pensa que enquanto ele existe, deve dar lhe uma chance de se mostrar verdadeiro ou falso.