{Scarlet Rose}
Uiiiiiiiiiii!
[Scarlet Rose][Ações silenciosas no mundo...]
Não vou me explicar... leiam e pensem sobre tudo o q existe.
Ações silenciosas no mundo... relatos silenciosos.
Eles surgem a primeira vista, como sendo uma construção casual. Puramente casual. Mas eles são bem mais do que casual. Na verdade estão mais próximos de uma construção do tipo “complexo” do que simplesmente do tipo “aleatório”. Há na verdade, a tentativa de construção de um campo, de uma área de proliferação de sentidos. De sentidos múltiplos, para sempre dispersivos. As dispersões... as combinações in-possíveis, os desvios inauditos contidos nas coisas...
Levar de um lugar ao outro e depositar uma coisa em um lugar. O lugar onde esta coisa ficará já não é mais o lugar – é a coisa... Metamorfose de espaço em matéria? O lugar deixa de ser puro? As coisas não são puras. O lugar para existir depende do gesto que o aponte, da linha que o delimite, de uma coisa que o preencha?
A coisa por sua vez, necessita do lugar que a receba, que a torne necessária, que a identifique entre tantas outras coisas? Há um espaço a ser preenchido? Há um vasto espaço.
Coisas são ocupações de espaços e gestos locam – deslocam – relocam coisas no espaço. Neste lugar, esta coisa, neste gesto?
Lugar persegue coisa e gesto; coisa persegue gesto e lugar; gesto persegue lugar e coisa... Uns e outros, por vezes, completam-se e anulam-se?
Há um registro de transposição de informações: um entreposto – lugar sem pergunta e respostas, ocupado pelo incerto, por manuseios, por superações.
E a coisa, esta, no lugar que não se preencheu?
É impossível que reste um lugar... outra coisa-lugar.
Tudo então passa a ser horizontal. Isonômico. Isonomia seu natural silêncio.
O corpo parece já ser construído de determinadas idéias. A transposição desse corpo não é interpretativa ou comunicativa. É o próprio exercício do organismo, que em seu deambular cria excreções: obras de arte, textualizações... Existiria interpretação para excreções? Ou seria resíduos de atritos com o mundo?
É exatamente a eliminação das distâncias, de convívio com o promíscuo... pensamento e carne. Pensamento como sinônimo de carícia. Os espaços também morrem. Morrem de tanto se estenderem e desdobrarem-se em outros espaços. Nascem a todo tempo e morrem a todo tempo. O universo está aqui e muito longe daqui, simultaneamente. Não há onde chegar!
O erro... todo sistema tende a reproduzir-se integralmente... mas há o “acontentamento”. O “salto quântico”. Ambos surgem como o erro. O desvio de informação dentro do sistema. Elemento que impede que ele se mantenha íntegro. As ações disformes se desviam do processo natural de auto-duplicação do sistema. Funcionam como erros do sistema. Sistema este qe procura ser aquilo que sempre foi. Trata-se de um paradoxo, pois o “erro”do sistema é natural e necessário para o próprio sistema, que precisa do desvio para renovar-se e manter-se.
Toda ação disforme tende a ser uma ação silenciosa, pois ela inclui-se no sistema de significações de forma indireta, dissonante, de forma desacordada. Não está inteiramente dentro; tampouco inteiramente fora. É portanto complexa.
As ações disformes, tendem a ser o rebotalho dos grandes discursos. Apontam, portanto, para os micro-discursos, para os pequenos agentes. Mas há algo de problemático e arriscado nos micro discursos. Eles tendem a ser aquilo que os oprimiram um dia. Eles anseiam por comunicação e, conseqüentemente, por poder.
E o desejo de poder não reconhece a co-habitação da diferença. As ações disformes não são sequer um micro discurso, pois sua natureza é desviante. Elas não reivindicam um lugar. Fenecem sem ganhar estabilidade.
Ainda falando em ações. Ações disformes são encantadoras... Os indivíduos podem tornar disformes suas ações com o passar do tempo e como interação com determinados contextos. Quando se é disforme, não há distanciamento. Não se pensa sobre a forma. Exerce-se o disforme. E ele, posto em movimento, pronto para pôr coisas no mundo e dialogar com ele. Há aqueles que passam a vida inteira tentando ser disformes... Seria o resto? Por quê o resto? Ao invés de resto ele pode ser tudo. Mas não há como narrar o tudo...!
Não vou me explicar... leiam e pensem sobre tudo o q existe.
Ações silenciosas no mundo... relatos silenciosos.
Eles surgem a primeira vista, como sendo uma construção casual. Puramente casual. Mas eles são bem mais do que casual. Na verdade estão mais próximos de uma construção do tipo “complexo” do que simplesmente do tipo “aleatório”. Há na verdade, a tentativa de construção de um campo, de uma área de proliferação de sentidos. De sentidos múltiplos, para sempre dispersivos. As dispersões... as combinações in-possíveis, os desvios inauditos contidos nas coisas...
Levar de um lugar ao outro e depositar uma coisa em um lugar. O lugar onde esta coisa ficará já não é mais o lugar – é a coisa... Metamorfose de espaço em matéria? O lugar deixa de ser puro? As coisas não são puras. O lugar para existir depende do gesto que o aponte, da linha que o delimite, de uma coisa que o preencha?
A coisa por sua vez, necessita do lugar que a receba, que a torne necessária, que a identifique entre tantas outras coisas? Há um espaço a ser preenchido? Há um vasto espaço.
Coisas são ocupações de espaços e gestos locam – deslocam – relocam coisas no espaço. Neste lugar, esta coisa, neste gesto?
Lugar persegue coisa e gesto; coisa persegue gesto e lugar; gesto persegue lugar e coisa... Uns e outros, por vezes, completam-se e anulam-se?
Há um registro de transposição de informações: um entreposto – lugar sem pergunta e respostas, ocupado pelo incerto, por manuseios, por superações.
E a coisa, esta, no lugar que não se preencheu?
É impossível que reste um lugar... outra coisa-lugar.
Tudo então passa a ser horizontal. Isonômico. Isonomia seu natural silêncio.
O corpo parece já ser construído de determinadas idéias. A transposição desse corpo não é interpretativa ou comunicativa. É o próprio exercício do organismo, que em seu deambular cria excreções: obras de arte, textualizações... Existiria interpretação para excreções? Ou seria resíduos de atritos com o mundo?
É exatamente a eliminação das distâncias, de convívio com o promíscuo... pensamento e carne. Pensamento como sinônimo de carícia. Os espaços também morrem. Morrem de tanto se estenderem e desdobrarem-se em outros espaços. Nascem a todo tempo e morrem a todo tempo. O universo está aqui e muito longe daqui, simultaneamente. Não há onde chegar!
O erro... todo sistema tende a reproduzir-se integralmente... mas há o “acontentamento”. O “salto quântico”. Ambos surgem como o erro. O desvio de informação dentro do sistema. Elemento que impede que ele se mantenha íntegro. As ações disformes se desviam do processo natural de auto-duplicação do sistema. Funcionam como erros do sistema. Sistema este qe procura ser aquilo que sempre foi. Trata-se de um paradoxo, pois o “erro”do sistema é natural e necessário para o próprio sistema, que precisa do desvio para renovar-se e manter-se.
Toda ação disforme tende a ser uma ação silenciosa, pois ela inclui-se no sistema de significações de forma indireta, dissonante, de forma desacordada. Não está inteiramente dentro; tampouco inteiramente fora. É portanto complexa.
As ações disformes, tendem a ser o rebotalho dos grandes discursos. Apontam, portanto, para os micro-discursos, para os pequenos agentes. Mas há algo de problemático e arriscado nos micro discursos. Eles tendem a ser aquilo que os oprimiram um dia. Eles anseiam por comunicação e, conseqüentemente, por poder.
E o desejo de poder não reconhece a co-habitação da diferença. As ações disformes não são sequer um micro discurso, pois sua natureza é desviante. Elas não reivindicam um lugar. Fenecem sem ganhar estabilidade.
Ainda falando em ações. Ações disformes são encantadoras... Os indivíduos podem tornar disformes suas ações com o passar do tempo e como interação com determinados contextos. Quando se é disforme, não há distanciamento. Não se pensa sobre a forma. Exerce-se o disforme. E ele, posto em movimento, pronto para pôr coisas no mundo e dialogar com ele. Há aqueles que passam a vida inteira tentando ser disformes... Seria o resto? Por quê o resto? Ao invés de resto ele pode ser tudo. Mas não há como narrar o tudo...!