renandurst
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[renandurst][Crônicas do Despertar: O andarilho]
Aki vai um ínfimo começo para um projeto que eu tenho em mente. O gênero é uma mistura de sci-fi/suspense/ação/mindfuck
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O beco está escuro, e não há ninguém. Uma porta de metal se abre com violência, e uma mulher sai de dentro do prédio, tropeçando e caindo contra o chão empoçado pela forte chuva. Ela se levanta rapidamente, como se não sentisse dor alguma e só lhe coubesse o intuito de correr. Corre muito pelo beco, o desespero manifesto em sua expressão, como se estivesse fugindo de algum perseguidor invisível. A mulher atinge uma rua, menos escura, mas ainda sim sem ninguém por perto, com o mesmo ar úmido de desolação. Ela pára, olha afobada para os lados, como se buscasse algum amparo nas reentrâncias de concreto que avista. Volta a correr, dirigindo-se com incerteza a uma vitrine com néons piscando. Chegando mais próximo, já nota que não há movimento algum, mas ainda sim persiste, batendo veemente no vidro com ambas as palmas das mãos. Ela chora, a aflição escorrendo por sua face, se misturando às gotas da chuva. Vira repentinamente a cabeça para trás e olha para a entrada do beco de onde viera. Há um perseguidor, ele não é invisível e está vindo.
Ela arregala os olhos em espanto e o seu coração dispara ainda mais, atingindo picos clinicamente perigosos, e repousa a mão direita sobre o peito ao experimentar esta sensação. A adrenalina é descarregada com ainda mais violência em todas os membros de seu corpo e um pavor gelado lhe percorre a espinha. Por um momento, a mulher fica paralisada num estado de hipnose, focando os olhos cintilantes daquela figura que vem em sua direção a passos calmos, num ritmo totalmente diferente do seu. Logo ela desperta do entorpecimento, voltando a ter noção do perigo que corre, e dispara novamente para longe de seu perseguidor. Seu fôlego já não é mais o mesmo de antes; ela cambaleia, sente dores no tórax e nas articulações das pernas. Está ofegante, desesperada, olhando seguidamente para trás e divisando em meio à tempestade aquele vulto ameaçador que parece cada vez mais próximo. Não demora muito para que a mulher perca toda a força nas pernas e desabe no asfalto, esparramando ondas de água suja para todos os lados, como se tivesse se jogado de barriga numa piscina. Molhada e fedendo a lixo, ela se debate na água represada como uma criança se divertindo numa banheira. Tamanho é o seu desespero, pois o que ela mais deseja é sumir dali, ou pelo menos voltar a correr para longe de seu acossador, o qual ela volta a observar hipnoticamente, vindo logo ali, pela rua, implacável. Desta vez ela não pode distinguir aquele olhar apavorante e agradeceria por isso, não estivesse ele se aproximando cada vez mais perto e ameaçador, com um vazio escuro e profundo nas cavidades das órbitas, tão sombrias quanto a sua aparência como um todo.
A mulher se ergue com a força dos braços apoiados para trás contra o asfalto sujo enquanto atenta cautelosamente em seu inimigo, como se tentasse utilizar a força do olhar para mantê-lo afastado, o que obviamente não surte efeito algum. Ele continua vindo e, apesar de manter sempre o mesmo ritmo, parece se dirigir à sua vítima mais rápido e mais decisivo do que outrora. Ela volta-se de costas para ele novamente e tenta uma última corrida desesperada, aproveitando o máximo possível seu último estoque de energia. De repente, surge uma luz no fim da rua que parece se aproximar aos poucos. O impulso de chegar até aquele sinal a provê de uma força extra, e por um instante ela consegue adquirir um ritmo de corrida considerável, em detrimento de uma privação ainda maior do equilíbrio há muito perdido. A mulher chega a pensar que aquela exaustão não provém só de sua fuga desesperada; parece haver algo lhe extraindo as forças; talvez seja ele, seu perseguidor, que, como um escorpião, aos poucos vai injetando sua peçonha na presa, entorpecendo-a, preparando-a com mais facilidade para o seu cobiçado banquete.
A mulher cai mais algumas vezes, e aos poucos a luz divide-se em duas aos seus olhos; um automóvel vem vindo, lentamente, é o que parece. Ela começa a gritar por socorro.
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Bem... infelizmente por inkuantu eh isso galera, eh que ainda tenho que desenvolver muuuita coisa na minha cabeça, essa é so minha idéia inicial. Conforme eu for escrevendo mais, eu vou pondo aki, valeu?
Aki vai um ínfimo começo para um projeto que eu tenho em mente. O gênero é uma mistura de sci-fi/suspense/ação/mindfuck

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O beco está escuro, e não há ninguém. Uma porta de metal se abre com violência, e uma mulher sai de dentro do prédio, tropeçando e caindo contra o chão empoçado pela forte chuva. Ela se levanta rapidamente, como se não sentisse dor alguma e só lhe coubesse o intuito de correr. Corre muito pelo beco, o desespero manifesto em sua expressão, como se estivesse fugindo de algum perseguidor invisível. A mulher atinge uma rua, menos escura, mas ainda sim sem ninguém por perto, com o mesmo ar úmido de desolação. Ela pára, olha afobada para os lados, como se buscasse algum amparo nas reentrâncias de concreto que avista. Volta a correr, dirigindo-se com incerteza a uma vitrine com néons piscando. Chegando mais próximo, já nota que não há movimento algum, mas ainda sim persiste, batendo veemente no vidro com ambas as palmas das mãos. Ela chora, a aflição escorrendo por sua face, se misturando às gotas da chuva. Vira repentinamente a cabeça para trás e olha para a entrada do beco de onde viera. Há um perseguidor, ele não é invisível e está vindo.
Ela arregala os olhos em espanto e o seu coração dispara ainda mais, atingindo picos clinicamente perigosos, e repousa a mão direita sobre o peito ao experimentar esta sensação. A adrenalina é descarregada com ainda mais violência em todas os membros de seu corpo e um pavor gelado lhe percorre a espinha. Por um momento, a mulher fica paralisada num estado de hipnose, focando os olhos cintilantes daquela figura que vem em sua direção a passos calmos, num ritmo totalmente diferente do seu. Logo ela desperta do entorpecimento, voltando a ter noção do perigo que corre, e dispara novamente para longe de seu perseguidor. Seu fôlego já não é mais o mesmo de antes; ela cambaleia, sente dores no tórax e nas articulações das pernas. Está ofegante, desesperada, olhando seguidamente para trás e divisando em meio à tempestade aquele vulto ameaçador que parece cada vez mais próximo. Não demora muito para que a mulher perca toda a força nas pernas e desabe no asfalto, esparramando ondas de água suja para todos os lados, como se tivesse se jogado de barriga numa piscina. Molhada e fedendo a lixo, ela se debate na água represada como uma criança se divertindo numa banheira. Tamanho é o seu desespero, pois o que ela mais deseja é sumir dali, ou pelo menos voltar a correr para longe de seu acossador, o qual ela volta a observar hipnoticamente, vindo logo ali, pela rua, implacável. Desta vez ela não pode distinguir aquele olhar apavorante e agradeceria por isso, não estivesse ele se aproximando cada vez mais perto e ameaçador, com um vazio escuro e profundo nas cavidades das órbitas, tão sombrias quanto a sua aparência como um todo.
A mulher se ergue com a força dos braços apoiados para trás contra o asfalto sujo enquanto atenta cautelosamente em seu inimigo, como se tentasse utilizar a força do olhar para mantê-lo afastado, o que obviamente não surte efeito algum. Ele continua vindo e, apesar de manter sempre o mesmo ritmo, parece se dirigir à sua vítima mais rápido e mais decisivo do que outrora. Ela volta-se de costas para ele novamente e tenta uma última corrida desesperada, aproveitando o máximo possível seu último estoque de energia. De repente, surge uma luz no fim da rua que parece se aproximar aos poucos. O impulso de chegar até aquele sinal a provê de uma força extra, e por um instante ela consegue adquirir um ritmo de corrida considerável, em detrimento de uma privação ainda maior do equilíbrio há muito perdido. A mulher chega a pensar que aquela exaustão não provém só de sua fuga desesperada; parece haver algo lhe extraindo as forças; talvez seja ele, seu perseguidor, que, como um escorpião, aos poucos vai injetando sua peçonha na presa, entorpecendo-a, preparando-a com mais facilidade para o seu cobiçado banquete.
A mulher cai mais algumas vezes, e aos poucos a luz divide-se em duas aos seus olhos; um automóvel vem vindo, lentamente, é o que parece. Ela começa a gritar por socorro.
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Bem... infelizmente por inkuantu eh isso galera, eh que ainda tenho que desenvolver muuuita coisa na minha cabeça, essa é so minha idéia inicial. Conforme eu for escrevendo mais, eu vou pondo aki, valeu?