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[L] Prosas poéticas e poemas curtos [ NON-TOLKIEN ]

Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Hai Kai pra fazer companhia para o do Alcarinollo


As flores desabrocham
Numa janela
Gosto de primavera.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Vamos soltar o bicho-grilo...

Poema da nota de 100 (quando não existia esta nota)

Três cavaleiros,
um branco,
um negro
e o do meio.
Cavalgam na planície
neutra,
respectivamente
seu cavalo preto,
seu cavalo branco e
seu cavalo do meio.

E como nada mais
há que fazer senão
dizê-lo:
Manchas de sangue
vermelho
salpicam suas túnicas ...
mosaico.


Origem

O índio de toga
em Tebas,
no ventre da anta.
Verde mata, velho mote
erva;
eva mítico-faceira,
cicuta-iracema,
pagé/feiticeira
inocenteuropa.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Poxa, valeu Lukaz e Vainkan. :D É realmente legal receber um feedback das coisas que escrevo, imagino que seja pra qualquer autor. Valeu mesmo!
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Por favor não falem quão ruim está, só falem que está ruim...
Não sei como tive corgem de botar isso:

Há muito tempo atrás
Um Império foi criado
Grandes poderes tinha
Grandes guerreiros também
E um governante
Que com todo o poder
Trazia tudo ao seu povo

Seu Império era vasto
Das montanhas ao mar se extendia
Grande povo tinha
Povo lutador e grandioso
E o governante
Que com todo o poder
Trazia tudo a seu povo

Grande Imperador ele foi
Pastor de todos os campos
Comandante de todos os guerreiros
É ele que vem
E abençoa todos que toca

E tudo ele fazia por seu povo
Mas o povo ainda reclamava

Ele fazia o que era melhor para o povo
Mas o povo ainda reclamava

Todos se tornaram inimigos
E o povo gritava:
"Queimem-no!
Deixem-no sofrer dentre as chamas!"
Esquecendo dos momentos
Que os trouxera glória
Que os trouxera vida

E o Imperador fugiu
Cavalgando em direção ao ermo
Onde ninguém o conhecia

Foi quando o povo percebeu
O que haviam perdido
O que haviam afugentado
O pastor de todos campos
O comandante de todos os guerreiros
Não estava mais lá
Não esuqntava mais os corações
Não lutava mais pelo povo

E o povo lamentou
E o povo lembrou
Que tinha esquecido
De agradeçer o Imperador
Por faze-los viver

Então?? É ruim, péssimo ou horrível??

É muito bom.
Reflete a solidão e incompreensão que a liderança encerra, e poucos conhecem.
Talvez alguem sugerisse uma melhora na sintaxe ou palavras, porém isso é apenas a roupagem do sentimento.
O tema que escolheu é tocante e verdadeiro, não importa com que palavras se apresente. Parabéns.
 
Re: Mais poesia

Para comemorar minha volta ao fórum (ninguém notou meu sumiço, mas tudo bem) :cry:

Foi escrita em inglês, pode conter erros. Criticas são bem vindas, pois é a primeira vez que divulgo alguma coisa que escrevi! :oops:

Aí vai:



Daughter of the Night

All living creatures sleeps
When immortal spirits awake
Along I carry the night breeze
Inside the woods the story is made

Reflections of the universe
Travelling beneath the stars
Lying between all dimensions
Eternal mirrors of time.

A crouching beast in the darkness
As I stand by this lake, so silently
Seeking my council, you come
Hidding in the shadows, so blindly.

"Mine are no mortal eyes,
For the blackness enhance my feelings
This ugly mask is no desguise
Your very soul´s before my seeing."

When I was young I cursed my vision
Showing me things forbidden to many
But now I know it is my prision
Surrender to this fate, so uncanny.

Sleepless Nights
Desperate Thoughts
My heart beast fast!
The shivers won´t go
Deaf, Montionless
I´m sinking!
Cold sweat and dried ou tears
My voice won´t come out
I´m blind with fear!!

Every night my spirit´s struggling for leaving
The Hords calling me for the Quest
Tought this I fight back, so wilingly
I know this desire won´t rest.


In my dreams, the pagan rituals
Dressed in black, the hooded men come:

-The sacrifice is about to begin
The spell´s already been cast
Surrounded by faceless spirits
My soul gives in at last.

The four elements are finaly united
Fire! Earth! Water! Air!
The master shows up when the disciple is ready
Wisdom! Magic! Power! Light!

This burden we´ll carry
We´re just like day and night
When your first rays are dawning
My cold light I will hide.

The impulse manifested
The strenght collapsed - The Sight!
I praised it for it allowed our meeting
I cried, ´caouse I also saw it was our last.

Que vergonhaaaa!!! espero que gostem! Tchau.

O português é belo em forma, mas só o inglês comunica tão bem uma imagem da forma como você fez. Está lindo, nos carrega ao momento do ritual pagão e do sacrifício em poucas linhas. Tem certeza que você não é um elemental, bruxa ou Elfo sob pele humana? "spirit s struggling for leaving" desvela-te, é um sentimento particular de seres muito especiais.
Abraços e prazer em conhecê-la.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Aqui vai minha favorita ( Eu sei... não é popular...)

Aos que vão nascer

1.
Realmente, eu vivo num tempo sombrio.
A inocente palavra é um despropósito. Uma fronte sem ruga
denota insensibilidade. Quem está rindo
é só porque não recebeu ainda
a notícia terrível.
Que tempo é este em que
uma conversa sobre árvores chega a ser falta,
pois implica em silenciar sobre tantos crimes?
Esse que vai cruzando a rua, calmamente,
então já não está ao alcance dos amigos
necessitados?
É verdade: ainda ganho o meu sustento.
Porém, acreditai-me: é puro acaso. Nada
do que faço me dá direito a isso, de comer a fartar-me.
Por acaso me poupam. (Se minha sorte acaba,
estou perdido.)
Dizem-me: — Vai comendo e vai bebendo! Alegra-te
com o que tens!
Mas como hei de comer e beber, se
O que eu como é tirado a quem tem fome, e
meu copo de água falta a quem tem sede?
contudo eu como e bebo.
Eu gostaria bem de ser um sábio.
Nos velhos livros consta o que é sabedoria:
manter-se longe das lidas do mundo e o tempo breve
deixar correr sem medo.
Também saber passar sem violência,
pagar o mal com o bem,
os próprios desejos não realizar e sim esquecer,
conta-se como sabedoria.
Não posso nada disso:
realmente, eu vivo num tempo sombrio!
2.
As cidades cheguei em tempo de desordem,
com a fome imperando.
Junto aos homens cheguei em tempo
de tumulto
e me rebelei com eles.
Assim passou-se o tempo
que sobre a terra me foi concedido.
Minha comida mastiguei entre refregas.
Para dormir deitei-me entre assassinos.
O amor eu exercia sem cuidado
e olhava sem paciência a natureza.
Assim passou-se o tempo
que sobre a terra me foi concedido.
As ruas do meu tempo iam dar no atoleiro.
A fala denunciava-me ao carrasco.
Bem pouco podia eu, mas os mandões
sem mim sentiam-se mais garantidos, eu esperava.
Assim passou-se o tempo
que sobre a terra me foi concedido.
Minguadas eram as forças. E a meta
ficava a grande distância;
claramente visível, conquanto para mim
difícil de alcançar.
Assim passou-se o tempo
que sobre a terra me foi concedido.

3.
Vós, que vireis na crista da maré
em que nos afogamos,
pensai,
quando falardes em nossas fraquezas,
também no tempo sombrio
a que escapastes.
Vínhamos nós então mudando de país mais do que de sapatos,
em meio às lutas de classes, desesperados,
enquanto apenas injustiça havia e revolta nenhuma.
E entretanto sabíamos:
também o ódio à baixeza
endurece as feições,
também a raiva contra a injustiça
torna mais rouca a voz. Ah, e nós,
que pretendíamos preparar o terreno para a amizade,
nem bons amigos nós mesmos pudemos ser.
Mas vós, quando chegar a ocasião
de ser o homem um parceiro para o homem,
pensai em nós
com simpatia

Bertolt Brecht (1898-1956)

Brecht está na minha lista pessoal dos melhores, apesar de ser um gosto compartilhado com poucos.

Abraços.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Uns poemas meus, dos que mais me orgulho:


SONETO QUALQUER

Há quem me diga que o amor é morte
que a dor do mundo jaz por sobre o canto
de um poeta louco que perdeu o encanto,
cujas rimas perdem-se à propria sorte.

Mas sempre há espaço pro perdão da vida,
pra nova chance que ele há de encontrar.
Mas não há cura pro que eu chamo amar,
nem razão secreta da alma sofrida.

Pois essa dor que sempre me lancina
vem desse amor que não parece amar,
que não responde e ainda me alucina.

Enquanto o tempo não fizer passar
tal dor que sinto, vou seguindo a sina,
guardando só a chance de te olhar.


HAIKAI À ESPREITA

Folha em queda livre:
A pupila tão curiosa
Me observa andar!


CALE-SE

Cale-se.
Ouça.
Ouça ao redor.
Tudo ao redor.
Tudo soa.
Crepita.
Silva.
Estala.
Tudo vive.
Tudo.
Mas tudo á sombra.
Tudo, ás escuras.
Secreto,
sob a pressa.
Sob o verso
da vida.
Inércia
No verso da pele.
Na testa.
Escondido
sob tudo
que é certo.
Com sentido,
mas vazio.
Desespero
de engolir
sem degustar
o tudo.
Dormir
sem sonho,
sem sono,
sem nada.
 
Última edição:
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Inalcançável, por sinal

ecos. na minha mente, ecos.
ecos de gente
lutando por um espaço livre
onde raios de sol e ventos de éther
são soprados por deuses,
que não são homens,
mas mesmo assim sofrem;
sofrem conosco
enquanto colhem planetas,
pois entendem que o cosmos
não é eterno para todas as coisas.
para todos a eternidade é só infinita;
para outros ela é só um fim,
um fim que nunca termina
e por isso não existe,
e por isso, antes de ser perpétua,
se torna impossível.

e sua impossibilidade
a torna inalcançável,
e sendo inalcançável
se faz, dentre tudo,
a única certeza
que desejamos ter.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!



São seis só a.m.
e nem o sol me apareceu,
mambembe. Trago uma, duas,
sua vez.

- Não! Chega já, quero estradar.

Vá só, máidier, que me faltam
ratos a assar. Sabe deles,
pipoca.
M.

Adiê. Já foi minha vez
de bateria. Meu tamborim
ao molho sugo, sujo da balburdia,
repensa meus contra-atos,
foco no seu mal-retrato:
são seis só a.m.
e nem é dia.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Não sei se meu texto se encaixa aqui...mas lá vai (minha primeira contribuição :oops: )

Amor, produto em promoção

Era dia dos namorados e andando pelas ruas, me deparei com vitrines apinhadas de cartazes que pregavam: "para provar que se ama, deve-se comprar um DVD última geração ou o novo relógio que chegou dos 'States', ou quem sabe ainda o cd daquela banda que está fazendo o maior sucesso."
"Seja Prática" é o que mais ouço. Mas será que ser prática é confinar o amor à promoções, a descontos ou até mesmo a juros?
O amor está tão banalizado que, para muitos, pode ser comprado em 12 vezes sem juros, cheque pré-datado, desconto de 50% à vista. Essas estratégias tornam o amor mais um produto em liquidação.
Liquidação, eis a palavra que define esse amor que foi estocado pela sociedade a qual agora sente grande necessidade de acabar com ele. Por quê, é o que me pergunto. Será que acabarão por inventar um novo amor? Entristece-me pensar nisso, pois se aquele, já não proporcionava pleno sentido à nossa vida, e este amor, será que acabará com ela?
Precisamos do Amor, não aquele que se vende, que se compra, que se exige, mas sim aquele que se doa, que se oferece. Enfim, o sentimento que se completa pelo simples fato de existir.
Não se engane, esse amor em liquidação não é Amor. Porque deveríamos comprar algo de que não precisamos se nascemos com um pouco de amor dentro de cada um de nós, e a única tarefa que temos é fazê-lo crescer?
Não precisamos, portanto, para isso comprá-lo. O Amor cresce com a convivência, com as provas de amor mais simples e mais belas que existem. Portanto, não saia comprando provas de amor. A maior prova de amor que se pode dar a uma pessoa é amando-a de verdade.​
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Emburratização

A mídia quer nos emburratizar
desde pequenos estamos a olhar
as coisas que na TV estão a passar
cuja finalidade é o pensamento domar

Oh! Tão cínicos, clínicos, líricos
e geniais
eles, os mestres, os pastores
E nós, o público, os cordeiros
[felizes e contentes até o dia do abate]
Mas o abate está tão distante!
Creio que nunca há de chegar!
[Não tarda a chegar, ledo engano meu velho]

Cabe a nós, o doce público
Beber da amarga fonte da razão
abandonar a alienação
Talvez alguns definhem
outros se percam

Mas é certo
o cordeiro abaterá seu pastor
e nada lhe faltará.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Milênio

Encurtamento de estômago:
vozes
do fim do mundo. Século
milênio, mudo
o verme cego
se agita. Grita
qual voz que tem
só vulto; sombra na noite,
insulto
à inteligência global do mercado.

Homem, coisa-ser, danado
o verme que cava o furo
na busca, desesperado,
do abismo final:
Futuro.

04/02/99
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Lâmina


Leio no brilho do teu olho
Meu corpo - dado como morto
Re-nascido.

Escrevo na folha do teu corpo
Meu nome - antes sem voz nem paz -
Re-citado.

Calado e inteiro ao teu lado
Te ofereço a face
Te estendo a mão
E estou ao alcance da tua alma.

Calma, eu posso te ver mim
E me ver em ti;
Corpo e alma,
Reflexos, ecos, pedaços completos:
Amor.



- Silvio Bedani -
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Vou postar aqui um dos poemas que fiz.

Hoje

Hoje a chuva caiu mais forte
O coração não bateu como de costume
O sol não raiou, a lua não brilhou
As flores não exalaram seu perfume...

Hoje tudo parecia não ter cor
Do doce não se sentiu seu sabor
Da lágrima não se sentiu sua dor
Os minutos com a hora se passou...

Hoje a tristeza sorriu pela primeira vez
A alegria chorou pela primeira vez
E com o vento tudo se desfez
Como a areia da praia levada pela água
Como uma canção nunca antes cantada...

Hoje, somente hoje, tudo se acabou
Nada mais existe, eu não mais existo
Pra você que existiu pra mim
Uma lenda se criou, um mito se inventou
Uma breve história de amor.

 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Amnésico pela tua presença
Da qual ja nao posso esquecer.
Em companhia do presente sem passado...
Nao quero elouquecer..

Na minha defesa alego que a tua presença
Manifesta em mim a mais livre das doenças.
Donde a noite se oculta...
Onde tudo sao sensaçoes.

Quero, desejo, sonho, ansio...
Muitas coisas em pensamento
Mas com certeza apenas a tua resposta
Será o alivio á minha demencia.

*yams*
 

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