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[L] [Melkor, o inimigo da luz] [Solilóquio do Eu]

Melkor- o inimigo da luz

Senhor de todas as coisas
[Melkor, o inimigo da luz] [Solilóquio do Eu]

Ah, respiro esse incenso e sinto um aroma tão calmo... E sei que o que eu pensar desse aroma será o padrão de referência para todos, me divirto com isso. Quanto mais parecido com o aroma que eu sinto, mais calmo ele é. Porque o que eu sinto é o que é.


De onde venho? Venho de mim. Nasci no meu umbigo e pulei para o mundo, de olhos abertos e narinas destampadas; não, não foi um pulo: Foi um mergulho. Nasci do meu umbigo e dele veio comigo o mundo.


Minha nacionalidade tem nome: é. Sou. Isso basta. Não sei o que sou, posto que eu existo além do que há, mas sei que sou feito de tudo. Pertenço a todas etnias porque simplesmente elas são o que sou de forma incompleta.


Não, não sou um ser que feito de sincretismo. Sincretismo é união de tudo, eu Sou tudo. Dentro de mim, sim, há sincretismo e o produto final é um eu. Onisciente? Bobagem, a mim pertencem todos verbos!


Cada um tem seu próprio tempo. Um tempo para nascer, um tempo para crescer, um tempo para morrer. Eu não. Eu tenho O Tempo. Tudo acontece como vejo, o tempo corre conforme eu o sinto. Eu não vou morrer. Não vou morrer porque quando meu tempo chegar ao seu suposto fim ele vai voltar pro começo. Vou nascer de novo, do meu umbigo. Porque não posso me ver morrer: mortos não vêem.


É bobeira, mas inquieta-me me dizerem que sou fonte secundária de luz. Ah, não sou mesmo! Sou fonte primária incandescente, sou o sol! Porém, eu sou também luminescente porque quero. Sou, na verdade, a mais bela miscigenação de luzes coloridas.


Só morre o que eu conheci e só nasceu o que eu conheço. Não há pôr-do-sol incrível que eu não tenha visto. Vi todos eles. Não tenho nome senão aquele pelo qual todos clamam. Sou calor, sou luar, sou estrela.


Eu escrevo. O que eu sinto não pode ser transmitido, sou ininteligível, então, escrevo sob a luz dos instantes porque só eles podem dizer o que é. Porque durante o instante é e no próximo instante foi. Escrevo assim porque Ela me ensinou; mas ela não está mais aqui. Estou sozinho.


Eu não conheço um monte de palavras. Ainda não sei ao certo o que significa inexorável. Não faz diferença, é palavra e palavra sempre é bom. Palavra ruim não existe, não é palavra. Não obstante, não existe também palavra bonita. Palavra é palavra, se fosse bonita era meu e se fosse meu não era palavra. Palavra é a única coisa que escorre dos meus dedos, já que não posso controlar. Mas eu gosto disso, gosto de às vezes brigar comigo mesmo com as palavras e depois joga-las fora. Elas não reclamam.


Eu escrevo. Escrevo, às vezes, sem rumo. Faço assim porque gosto de viver aventuras, gosto de me conhecer. Não sei o que vou escrever no instante seguinte. Não há ciência que preveja o instante. Não dá tempo. Pronto, passou o último instante e agora estou em outro. Agora em outro. E outro. Outro. Mais um. Pronto, chega. Estou parecendo Ela.


Porque falo sozinho? Porque ninguém me ouve! Ninguém existe para me ouvir, todos são parte de mim, vieram do meu umbigo, assim como eu. Sou obrigado a falar sozinho – e com as palavras, mas elas não respondem.


Se há uma estrela cujo nome me escape eu a ignoro. Existem, para mim, Aldebaran, Antares, Calipso e a Estrela d’Alva. Só. E ainda me dizem que Estrela d’Alva é planeta! Assim só restam três! Dizem que o céu é tão brilhante. Pra mim ele é escuro. E tem a lua também.


Estou apaixonado. E queria não estar. E por isso escrevo assim. Em frases cortadas. Para cortar meu coração. Não, isso soa piegas. Queria que o texto fosse pequeno, mas não consigo mais. Agora entendo como ela se sentia, isso é incrível! Sinto que vou contar todos meus segredos aqui, meus dedos voam. Psiu, cheguem perto. Vou contar: eu já morri.


Isso mesmo. Eu já morri. Já morri pra mim mesmo, várias vezes. A sacada é cúmplice de meu crime, perguntem a ela; vários dias, depois de chorar por coisa boba, pulei lá em baixo em cima dos meus cachorros. Como estou escrevendo? Não aceito minha morte. Eu já disse: não morro. O dia em que eu morrer não há dia. É incrível, acabo de descobrir que sou imortal!


Outro dia me disseram que imortalidade é um fardo muito grande a se carregar, que vou ver todos meus amigos e parentes morrerem. É claro que sim! Vou também, não doravante, ver muitos outros nascerem. Minha vida vai ser refeita sem que eu tenha que mover um dedo. Novas pessoas, novos problemas. Um novo mundo. Não, imortalidade não é nenhum fardo, é a benção que todos recebem. Pelo menos eu recebi.


Imaginem só que eu não sabia que ia dizer isso quando comecei a escrever. Na verdade, eu ainda não tinha percebido. Até agora pouco tinha medo de morrer, mas não tenho mais. Voilá! Descobri o que os grandes filósofos do mundo ainda não tinham descoberto. Os pobrezinhos ainda devem vagar por aí, tentando entender porque ainda estão vivos. Ou talvez tudo dependa da crença de que somos Deuses. Da crença do umbigo. O mundo veio do nosso umbigo, lhes digo.


O que resta é saber onde está nosso umbigo. Pode estar logo acima de nossa cintura. Creio que há um rio que vem das regiões inabitáveis, segue até o umbigo, onde entra, e reaparece entre duas montanhas. Quem me entende sabe o que estou dizendo.


E é rio limpo, de fundo de pedras. Assim, transparente como em filme. É limpo porque sobe pro infinito e desce pro infinito. É reta que começa em um ponto sem ter fim.


Estou dançando. Não, não de verdade. Estou escrevendo, se estivesse dançando estaria dançando, não escrevendo. Danço ao ritmo de qualquer música que tenha sido escrita por Chiquinha Gonzaga. Porque quero, pois sou nacionalista pelos que não são. Não é escolha, é salvação própria pela salvação do meu mundo mais próximo. Mais próximo. Ênfase. O mundo todo é meu e só existe a partir do momento que quero.


Não tive problemas pra dar nome para este texto. Ele foi a primeira coisa que eu escrevi; e, mesmo assim, vão me perguntar porque não monólogo. Não há resposta tão simples: solilóquio é mais bonito, mais sonoro e menos usual. Assim como estóico. Estóico é inexorável, mal sei o que quer dizer, mas é tão lindo e tão significativo que tem que marcar presença.


Lembrei agora das bromélias. Elas também precisam marcar presença. Elas estão assim como eu. São minhas rivais na criação do mundo. As únicas que podem engolir o que eu crio, recriando ao seu bel prazer. Odeio bromélia, porém elas me fazem feliz. Descobri recentemente que existem bromélias carnívoras. Devem vir, como todas plantas carnívoras, do espaço.


Não é crença tola não! Planta come água e todo mundo sabe disto. Se comer carne não é planta, é animal! O que diriam de um animal que faz fotossíntese? Pensem a respeito, colegas! Vamos nos unir e mandar todas essas anomalias para marte! Junto com o homem que ousar ir pra lá. Pode ser eu, sempre quis visitar o espaço. Voltar ao espaço.


Faz tempo que contei meu último segredo, não foi? Vou contar outro: teoricamente, não sou eu quem escreve esse texto. É. Não à priore, pelo menos. A idéia era que fosse, porém, (in)felizmente, entrei aqui. Gostei tanto que acho que vou ficar pra sempre. Mentira. Vou embora daqui a pouco. É que estou com medo de ir embora, de dormir sozinho. O solilóquio se tornou discurso e não quero abandonar o público (público este que criei, como tudo no mundo).


Cone. Porque cone? Porque sim, me deu vontade de dizer isso. Mentira, de novo! Eu estava vendo o que já escrevi e acabei lendo essa palavra – erroneamente – em algum canto. E tenho certeza de que não escrevi cone. Talvez tenha escrito, mas... Não faz diferença.


Vou indo agora. Ok, não vou indo não. Enganei vocês. Se bem que acho que vou mesmo. Por mim eu escrevia um livro assim, sem história. É uma delícia, garanto. Não obstante, não vou faze-lo porque alguém já fez e já que é assim não tem graça. Algum dia vou achar graça e então vou escrever tudo que já vi, ouvi e senti. Não hoje. Não hoje.
 
Eu ainda filosofo sobre a arte de criticar ou destacar partes do texto que estejem boas ou acima do que eu esperava enquanto lia. Sendo assim, não há muito o que dizer, além de que gostei.

Acredito que toda a critíca se baseia nessa questão, então, nada mais sensato do que expressar diretamente o que senti com o texto.

Agora, o gostar implica nos pqs. E isso eu acredito ser capaz de exemplificar. Gostei por estar sem erros de gramática que comprometam a leitura, embora eu não tenha analisado quase nada isso. Gostei por expressar o seu ponto de vista e de certa forma, ser uma reflexão de sua própia alma, embora isso já seja uma conjectura minha

Agora, quanto ao que não gostei... Não gostei das palavras complicadas como solilóquio e estóico... Para dar beleza ao texto... Talvez... Mas não sei, é mais uma opinião pessoal mesm, como seria qualquer outra. Eu simplesmente não gosto. ^^

Acabei chegando a uma frase do chaves, geralmente proferida para o seu madruga. Eu consegui fazer uma critíca! Ou acho que sim... :lol:
 
Você é muito complexo, Sky! Eu nunca entendo seus comentários. Se você gostou, valeu. Se não gostou, fica pra próxima. =)

Quanto a "estóico" e "solilóquio", eu deixei claro nesse parágrafo porque usei:

Não há resposta tão simples: solilóquio é mais bonito, mais sonoro e menos usual. Assim como estóico. Estóico é inexorável, mal sei o que quer dizer, mas é tão lindo e tão significativo que tem que marcar presença

Não tem nenhum fim estético. Eu só amo essas palavras e acho que ficaram melhor. Tanto que eu nem coloquei estóico no contexto, não é mesmo? Só citei a palavra em si, ela não adjetivou nada =)
 
Eu tive a impressão q vc começo a escrever simplesmente por escrever e acabo saindo isso. :think: To certo ou viajei?

Agora, num sei se eu gostei não.... Fico meio enrrolado, mto "compacto", sem dizer mta coisa.

Cone. Porque cone? Porque sim, me deu vontade de dizer isso. Mentira, de novo! Eu estava vendo o que já escrevi e acabei lendo essa palavra – erroneamente – em algum canto. E tenho certeza de que não escrevi cone. Talvez tenha escrito, mas... Não faz diferença.


Vou indo agora. Ok, não vou indo não. Enganei vocês. Se bem que acho que vou mesmo. Por mim eu escrevia um livro assim, sem história. É uma delícia, garanto. Não obstante, não vou faze-lo porque alguém já fez e já que é assim não tem graça. Algum dia vou achar graça e então vou escrever tudo que já vi, ouvi e senti. Não hoje. Não hoje.

Essa parte fico ruim mesmo. Sei la, um texto sobre nada pode ser legal d escrever, ms eu num achei mto legal d ler....
 
Thrain... disse:
Eu tive a impressão q vc começo a escrever simplesmente por escrever e acabo saindo isso. :think: To certo ou viajei?


Viajou.


Essa parte fico ruim mesmo. Sei la, um texto sobre nada pode ser legal d escrever, ms eu num achei mto legal d ler....

É a sua opinião. Mas não diz que ficou ruim. Você achou ruim. Parece menos agressivo. =)

Mas obrigado por ler.
 
Melkor disse:
Thrain... disse:
Essa parte fico ruim mesmo. Sei la, um texto sobre nada pode ser legal d escrever, ms eu num achei mto legal d ler....[/i]

É a sua opinião. Mas não diz que ficou ruim. Você achou ruim. Parece menos agressivo. =)

Mas obrigado por ler.


Desculpa se fui agressivo. Eu esqueço desse detalhe as veses :wall:.
Ms num liga não, pq minha opinião num conta tanto assim :lol: .
 
Melkor, meu caro

Eu não gostei, nem desgostei, muito pelo contrário.

Fui claro? :mrgreen:


Como diria luciano huck:
Loucura, loucura, loucura! :lol:


meus parabéns.
 
Melkor disse:
Não foi claro não! hahahahah

Mas obrigado! =)

(estou achando que o Sky tem dado aulas de como comentar textos... u.u)

Nah... iria sair muito caro :P

E acho que ele quis dizer que adorou. :obiggraz:
 

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