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[L] [Melkor, o inimigo da luz] [Fossa Cubital]

Melkor- o inimigo da luz

Senhor de todas as coisas
[Melkor, o inimigo da luz] [Fossa Cubital]

Acho que esse é o último tópico meu que foi deletado no Bug... Não tem muito o que falar dele, provavelmente eu tinha feito uma descrição, mas to com muita preguiça pra fazer outra. É simplesmente um texto reflexivo sobre aquelas pessoas a quem nós nunca damos muita atenção. Segue o texto.


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Ele sempre foi um alguém apagado. Ao leitor, proponho um exercício de reflexão para chegar ao ponto que quero expor. À parte detrás do cotovelo damos o nome de fossa cubital e, isso, apesar de ser um fato praticamente esquecido na nossa sociedade (posto que a língua serve para comunicação e qualquer coisa que se coloque entre a articulação e a compreensão é eliminada) é o que faz a razão de ser deste texto.

Esqueça que tudo precisa ter um sentido, abra sua mente. O que faz a fossa cubital única em nosso corpo? Não, não é o fato de ter um nome estranho. Simples, tente se referir à ela sem usar do nome científico. Agora tente se referir à ela sem usar alguma outra referência, sem inserir na frase outra parte de seu corpo para designar a sua localização. Eu diria que é impossível. A fossa cubital é simplesmente a parte detrás do cotovelo, o meio do braço que fica virado pra cima... A parte do corpo, depois do nariz, que coça mais. Sempre junto à outro nome...

Tudo que posso dizer é que a fossa cubital é a parte triste de nosso organismo. O coração, o cabelo, o joelho, a unha... Todos eles existem pelo que são e o que significam, todos têm um motivo para serem o que são, além de alguma utilidade. Bem, me diga para que serve sua fossa cubital. Afirmo, com toda convicção, que você não achou nenhum aspecto positivo plausível (segurar um copo não é utilidade!).


Voltando ao contexto original do texto, deixe-me apresentar o protagonista de nossa história: Rodrigo. Ele sempre foi um alguém apagado, simplesmente nunca existiu a não ser como cenário. Se você não se lembra de ninguém assim, pegue uma foto qualquer. Veja, lá no fundo deve ter alguém sorrindo, não necessariamente em local distante ou atrás de alguma coisa, pode ser o centro da foto, mas ninguém nunca olha pra essa pessoa quando vê a foto. Observe com atenção, olhe, tem alguém lá de quem você não conseguiria falar para outra pessoa sem usar algum tipo de referência. Nem você sabe quem é, o que sente ou pensa... É só o fundo da foto, alguém aparentemente normal, mas totalmente cubital. É assim que Rodrigo é. Cubital.

E que utilidade ele tem a não ser preencher os espaços vazios? Está lá na foto, às vezes para dar mais simetria, às vezes para deixar um clima mais alegre (porque fossas cubitais sempre sorriem, lembre-se disto), às vezes por um sentido maior incompreensível. Inegavelmente, preenche um espaço.

Ele não é Rodrigo, é o amigo do Marcos, é o namorado da Thais, o filho da Marta... Elimine todas pessoas do mundo e isole cada um de seus amigos mentalmente. Quantos deles existem sozinhos (não use nenhuma referência que diga respeito a você, neste contexto você também não existe)? Espero que tenham sido poucos os que você classificou, em meio á risos, como fossas cubitais, e realmente, se você tem duas no seu corpo diante de tantas outras partes nomeáveis, a proporção não deveria ser grande. São pessoas raras, por incrível mais que soe estranho.


A pergunta que todos amigos de Rodrigo se fizeram, quando chegaram à conclusão de que ele era totalmente cubital, foi a seguinte: Ele faria falta? Olhe de novo para seu corpo (esses exercícios de interação podem cansar, mas explicam melhor a situação) e examine sua fossa cubital. Retire-a e veja o resultado. Faltará mais que um buraco, seu antebraço simplesmente nunca mais se moverá e o cotovelo deixará de existir. Cheguei, portanto, hoje, à conclusão de que a fossa cubital é extremamente importante para todos nós, tal como as pessoas que são classificadas assim (tendo, mais uma vez, que ter um nome associado ao delas como referência). Estas pessoas preenchem espaços e fazem com que nós possamos existir, conviver com todos. É a única forma de descrevê-los por si mesmos, pelo que são, sem o uso pronomes possessivos.
 

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