Nessa Valië
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Medo [Nessa]
Tenho medo.
Eu confesso, tenho medo.
Confesso que temo, temo tornar-me noite, e da noite não fazer parte.
Temo virar escuridão.
Temo espelhos embaçados e a rouquidão que vinha me calar a mente.
Temo esquecer-me, pois já nem sei se me lembro.
E que todos os meus pedaços se espalhem.
Temo me perder.
Permito-me agora, dizer a verdade. Nem que seja para eu entender.
Nem que seja por um segundo de angústia guardada, fingida, escondida e vigiada, cuspida alma a fora. Cuspida, agora.
Que todos os planos me escapem, mesmo que nenhum objetivo eu tenha traçado.
Tenho medo de ter de me procurar entre areias.
E do futuro sorrir, sarcástico.
Tenho medo de sonhos. Dos sonhos.
Tenho medo do amor.
De me importar.
E de não te importares.
E que o passado me engula num salto.
E que o abraço não seja apertado.
Confesso já disse, e volto a negar.
Volto a afirmar.
Não temo.
Tenho medo.
Eu confesso, tenho medo.
Confesso que temo, temo tornar-me noite, e da noite não fazer parte.
Temo virar escuridão.
Temo espelhos embaçados e a rouquidão que vinha me calar a mente.
Temo esquecer-me, pois já nem sei se me lembro.
E que todos os meus pedaços se espalhem.
Temo me perder.
Permito-me agora, dizer a verdade. Nem que seja para eu entender.
Nem que seja por um segundo de angústia guardada, fingida, escondida e vigiada, cuspida alma a fora. Cuspida, agora.
Que todos os planos me escapem, mesmo que nenhum objetivo eu tenha traçado.
Tenho medo de ter de me procurar entre areias.
E do futuro sorrir, sarcástico.
Tenho medo de sonhos. Dos sonhos.
Tenho medo do amor.
De me importar.
E de não te importares.
E que o passado me engula num salto.
E que o abraço não seja apertado.
Confesso já disse, e volto a negar.
Volto a afirmar.
Não temo.