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[L] [Maedhros][Voltando para casa]

Maedhros

Whadahell?
[Maedhros][Voltando para casa]

A estrada à frente de Corister descia serpenteando o vale em meio a pinheiros, até alcançar um pequeno vilarejo escondido lá embaixo. Já podia-se notar a temperatura caindo, pois o sol já se escondia atrás dos Picos Vermelhos e proporcionava uma belíssima vista. O mago recém-formado parou sobre o caminho de terra batida e contemplou a paisagem, mesmo não podendo ver perfeitamente no crepúsculo. Atordoado pelos últimos raios de sol do dia, o mago baixou o capuz e levou a mão ao cantil de couro. Após beber um gole da água de riacho, Corister sorriu levemente e pensou: “Sim, estou em casa.”
Instintivamente acendeu uma tocha e continuou sua caminhada. Seus pés doíam e ele precisava de uma cama e uma refeição. Se pegou sonhando com os assados de sua mãe, enquanto caminhava e fitava as montanhas ao longe. Então deixou as lembranças fluírem por sua mente, sem hesitar. Em instantes, viu-se como uma criança, um garoto de poucos verões, descendo aquela mesma estrada sob um céu sem nuvens.
Nascera naquele mesmo vilarejo, Skelgaunt, cercado pelo aroma dos trigais e pela sombra das amoreiras. A população sempre o acolhera bem, e Corister Hull trabalhava duro na taverna local para ajudar a sustentar a mãe costureira. Mal via e conhecia o pai: este viajava pelos quatro cantos da ilha trabalhando como mercador e aparecia uma vez por ano, se tanto.
A mãe, desejosa de ver seu filho bem-sucedido e fora daquela vila simplória, resolveu enviá-lo à prodigiosa Magnel, capital dos magos. Corister nunca vira magia, a não ser na ocasião em que viajante entreterá os clientes da taverna com alguns truques rápidos. Nas Ilhas de Syndhar sabia-se que a magia era um privilégio para os poucos que passassem em testes obscuros da Academia Mística ou possuíssem muito ouro, por isso a costureira Victoria Hull via no Alto Conselho uma maneira de conseguir dignidade.
Numa noite clara, Corister partiu. Tomou parte numa caravana de mercadores e alcançou a chamada Cidade Vermelha três longos dias depois. Os mestres do Alto Conselho que regia a cidade pareceram se interessar pelo vigor e coragem do jovem, então com apenas onze anos, e o admitiram como aprendiz. Os dez árduos anos de estudo que se seguiram resultaram em seu amplo conhecimento místico.
Até que certo dia despediu-se de seus mestres, e retornou à Skelgaunt do mesmo modo como fizera dez anos antes. Seguiu de volta ao sul e avistou seu lar encoberto pela eterna sombra dos Picos Vermelhos. Junto com os ventos de inverno, chegava ao lugar um Corister mudado. Mais maduro e confiante sobre si mesmo. Mas ainda faiscava dentro dele um resquício de sua infância, e ele sorria ao sentir a grama alta roçando a barra de suas túnicas, um sentimento esquecido há tempos...
O mago foi acordado de seus pensamentos por uma gota de chuva, que atingira-lhe uma pálpebra. Sentiu-se afortunado por estar muito perto da entrada do lugar. Seu coração palpitava apressado ao aproximar-se do portão de madeira maciça. Bateu palmas e esperou.


Esse é um trecho de um conto que eu estou escrevendo. Comentários e críticas são muito bem vindas. :)
 

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