Lórien
Última General de Nanto
[Lórien][Gols e casas de brinquedo]
Acordamos. A noite anterior ainda não tinha de todo terminado. Ainda mais uma vez tivemos fôlego. Levantei louca por um banho. Demorava, ele me beijava, abraçava, conversávamos os três e eu pensava no meu banho.
Até conseguir levantar e chegar ao banheiro. Tirando a roupa, fui sentindo aquele cheiro. Depois de tirar a última peça e jogá-la no chão, percebi que o cheiro estava em mim.
Não era um cheiro ruim - era um cheiro diferente, algo que eu nunca tinha sentido antes.
Abri a torneira, deixando a água correr enquanto separava o shampoo, o condicionador, o sabonete, o perfume. Comecei a me lavar, achando que o sabonete deixaria o seu cheiro em mim. Cheguei a lavar as mãos duas vezes. O cheiro se misturava com o cheiro do sabonete, tornando-se menos atual, mas não saía.
Comecei a ver que gostava dele. Que não queria que ele se perdesse. Hesitei em passar o perfume. Mas passei, afinal, podia ser só impressão minha.
Depois fui entendendo o cheiro. Era de mistura, mas não de suor, de saliva. Nem de corpos. Era de mistura de almas.
Estou satisfeita agora. Aquele, ou melhor, este cheiro nasceu em mim e nele, estou certa. Eu o sinto como sendo dele; ele deve sentir como sendo meu. No fim, é nosso. E único. Não precisa de mais terminações.
Acordamos. A noite anterior ainda não tinha de todo terminado. Ainda mais uma vez tivemos fôlego. Levantei louca por um banho. Demorava, ele me beijava, abraçava, conversávamos os três e eu pensava no meu banho.
Até conseguir levantar e chegar ao banheiro. Tirando a roupa, fui sentindo aquele cheiro. Depois de tirar a última peça e jogá-la no chão, percebi que o cheiro estava em mim.
Não era um cheiro ruim - era um cheiro diferente, algo que eu nunca tinha sentido antes.
Abri a torneira, deixando a água correr enquanto separava o shampoo, o condicionador, o sabonete, o perfume. Comecei a me lavar, achando que o sabonete deixaria o seu cheiro em mim. Cheguei a lavar as mãos duas vezes. O cheiro se misturava com o cheiro do sabonete, tornando-se menos atual, mas não saía.
Comecei a ver que gostava dele. Que não queria que ele se perdesse. Hesitei em passar o perfume. Mas passei, afinal, podia ser só impressão minha.
Depois fui entendendo o cheiro. Era de mistura, mas não de suor, de saliva. Nem de corpos. Era de mistura de almas.
Estou satisfeita agora. Aquele, ou melhor, este cheiro nasceu em mim e nele, estou certa. Eu o sinto como sendo dele; ele deve sentir como sendo meu. No fim, é nosso. E único. Não precisa de mais terminações.