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[L] [Litzhel] [Uma Estranha em Minha Casa]

Litzhel

Delirium
[Litzhel] [Uma Estranha em Minha Casa]

Se tiver algum erro de ortografia ou concordância, me avisem, por favor ;)


Uma Estranha em Minha casa

Ela entrou pela porta da sala. Eu estava quieto, olhando para o meu reflexo no copo de café. É engraçado como a qualquer movimento que sua mão faça, o copo irá se mexer, no mesmo instante o café, e assim a sua imagem refletida se desfigura. Eu creio que há uma comparação para isso. A qualquer momento em sua vida, pode entrar pessoas pela sua porta e modificar o rumo da mesma. Será que um grão de arroz ingerido por minha fome, mudará em algo a minha vida? Qualquer passo que eu dê, por mais insignificante que pareça, causará algo no fim? Ou até mesmo no meio.
Bom, eu não sei. Naquela noite eu decidi dar oi para visitante em minha casa. Ah, como ela era linda - olhos verdes, cabelos negros encaracolados caindo sobre o ombro. Este que por sua vez estava a mostra, em um lindo vestido azul. Não sei o porque, mas ela lembrou-me a herbolária que certa vez conheci. No fim das contas ela não me envenenou com qualquer planta nem me rogou feitiços, simples e docemente me desejou (ou assim pareceu) uma - Boa noite.

Que fazes a tão tarde hora, em minha casa? Vieste sorrateira entre as ruas deste pequeno bairro? - perguntei

Estranhamente ela não me respondeu, mas olhou-me com graciosidade e pôs-se a sorrir. Perguntei-me naquele instante, onde encontraria um sorriso tão envolvente quando àquele que eu prestigiava.
Coloquei meu copo com café, em cima da escrivaninha, e me coloquei de pé. Ofereci à ela uma taça de vinho tinto, e me desculpei por tamanha indelicadeza ao ver que ela estava com os cabelos molhados da chuva que caia à fora de minha casa. Mas ela, gentilmente disse que seria breve, e que eu não deveria me preocupar com a água em seu corpo, mas aceitou meu vinho.

Desci até a adega, para buscar o então aceito vinho. E descendo as escadas me pus a pensar. O que seria aquela mulher em minha casa, o que estava querendo comigo. Estaria ela abandonada? Não. Ela não tinha o aspecto de alguém que fora expulsa de seu próprio recinto. Quando voltei à sala com o vinho, e duas taças na mão. Não a encontrei mais em frente a porta, mas sim a olhar seu reflexo no café. Quando sentiu minha presença, virou-se e sorriu.

Hoje eu estou aqui, sentado no quintal de minha casa, nem notei que estava chovendo até então. Estranhamente depois de beber meu vinho naquela noite, a mulher se despediu de mim, e agradeceu pela boa recepção. Até hoje me ponho a pensar o que ela estava procurando em minha casa, se é que estava procurando algo. Mas após aquele dia, eu nunca mais vi meu reflexo no café, muito menos senti ele a descer pela minha garganta. Sem contar que após aquele dia, pessoas estranhas entraram em minha casa, e nem se quer me deram boa noite e puseram-se a dormir em minha cama, e usar as minhas coisas também! E por mais que eu me pusesse a gritar e a dirigir-lhes insultos que jamais tinha pronunciado em minha vida, elas não me davam atenção.

A mulher havia me avisado para não dar importância se coisas estranhas acontecessem. E acrescentou também que eu não devia chorar, nem me corroer. Porque este era o seu serviço. Ah, mas que mulher... pena achar-se tanto a ponto de crer que eu derramaria lágrimas por sua partida.
Mas de uma coisa ela tinha razão. As coisas estranhas apartir daquela noite a três anos, não pararam de acontecer até então.
 
Muito bom, Litzy! Sobre os erros, eu não encontrei nenhum senão este: "Não sei o porque, mas ela lembrou-me a herbolária que certa vez conheci"

Acho que o "o porque" devia ser escrito "o porquê"... Não tenho certeza, mas se me lembro bem é assim... ^^

Eu fiquei intrigado com essa mulher... Parabéns! Ah, outra coisa, provavelmente por distração você não colocou maiúscula no último paragrafo em "Ah, mas que mulher... pena achar-se..." Depois de reticências entra maiúscula... =]


Parabéns mais uma vez!
 

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