Litzhel
Delirium
[Litzhel] Eu? Ana?
Aviso: Se você não leu os textos - Morte Egoísta e Estrada Errante, não terá sentido você ler esse aqui.
Eu? Ana?
Denovo com um cigarro na mão, eu exalo o cheiro da dor. Eu, sim, Ana. Não mais outra pessoa, você ou ele. Ana, eu, eu sou Ana. A Ana das minhas próprias estórias, que na verdade são mais histórias, porque não as invento, eu as adapto.
Eu posso ouvir os ecos na minha cabeça... Ecos de uma gota, que em um beco sujo, suicida-se do céu e cai sobre um poço escuro e gélido. Mais uma. São várias. É a chuva.
E os ecos não param...
Todos dizem que a Ana de meus escritos, apenas estão lá pra morrer. Não. Elas vivem. A essência delas é a vida, por mais que elas ainda procurem a estrada que dará a esta.
Ah sim... Não é "elas", é "eu". Ana... eu. Preciso me acustumar.. preciso admitir...
Os ecos ainda não pararam. Eles não querem parar. Eu tampo meus ouvidos, mas o som parece aumentar...
Ah! Minhas unhas hoje não estão descascadas... mas elas teimam em sujar este papel de cor vinho..
Começo a correr, correr. Correr pela minha vida, em pró a minha vida. Corre Ana, pare! Busque Ana, ache!
Ahhhhhhhh!!!!
Minha vida! Onde? Onde eu joguei ela fora? Vida. Eu quero-a de volta. Vida.. apenas uma.
Sorrir será tão difícil assm? Sempre?
Meus olhos estão borrados de preto. As lágrimas tem esse tom mórbido, maquiadas com a dor de meu coração.
Ah.. e o doce beijo daquela mulher! Me aquesse agora.
Lembranças? Mas aquele olhar... tão lindo, tão triste... não menos triste que o meu...
Loucura!! Estou louca! É tudo tão confuso...
Eu quero uma faca! Rápido!!
Não... eu ainda tenho que tentar, a minha vida não pode estar muito longe. Eu não posso parar de procurá-la.
Meus olhos se afogando em lágrimas fictícias, não tampam minha visão! Não! Eu quero ver!!!!!
Meu passo diminui. Eu ousso o arrastar dos meus cuturnos pelo chão aspero. Sinto o hálito quente que a noite cospe.
Eu posso ver. Eu não quero!
Ela agarrou meus pulsos. Elas corta-os com prazer, deslizando suas unhas longas por eles. Ela é a dama da noite. Vampiros dos becos imundos... Ela é uma deles.
Tão fria, ela bebe meu sangue.
Eu a beijo. Eu sinto sua língua na minha. Sinto seus dedos por meus seios. Eu desejo-a.
Sonhos. Apenas sonhos.
Minha loucura...
Deus? Que hipócrita acredita que deus existe? Talvez exista. Mas pra eles, não pra mim. Ele nunca me ajudou, não será agora que irá.
Mas se eu nego deus, é porque acredito que ele existe. Como posso negar que exista, algo que acho que não existe?
Tão confusa...
Minhas frases não tem mais um sentido poético.
Falar de mim é mais difícil do que falar de Ana. Por mais que eu e ela, sejamos uma. Um mesmo todo.Um todo, que não é nada.
Aviso: Se você não leu os textos - Morte Egoísta e Estrada Errante, não terá sentido você ler esse aqui.

Eu? Ana?
Denovo com um cigarro na mão, eu exalo o cheiro da dor. Eu, sim, Ana. Não mais outra pessoa, você ou ele. Ana, eu, eu sou Ana. A Ana das minhas próprias estórias, que na verdade são mais histórias, porque não as invento, eu as adapto.
Eu posso ouvir os ecos na minha cabeça... Ecos de uma gota, que em um beco sujo, suicida-se do céu e cai sobre um poço escuro e gélido. Mais uma. São várias. É a chuva.
E os ecos não param...
Todos dizem que a Ana de meus escritos, apenas estão lá pra morrer. Não. Elas vivem. A essência delas é a vida, por mais que elas ainda procurem a estrada que dará a esta.
Ah sim... Não é "elas", é "eu". Ana... eu. Preciso me acustumar.. preciso admitir...
Os ecos ainda não pararam. Eles não querem parar. Eu tampo meus ouvidos, mas o som parece aumentar...
Ah! Minhas unhas hoje não estão descascadas... mas elas teimam em sujar este papel de cor vinho..
Começo a correr, correr. Correr pela minha vida, em pró a minha vida. Corre Ana, pare! Busque Ana, ache!
Ahhhhhhhh!!!!
Minha vida! Onde? Onde eu joguei ela fora? Vida. Eu quero-a de volta. Vida.. apenas uma.
Sorrir será tão difícil assm? Sempre?
Meus olhos estão borrados de preto. As lágrimas tem esse tom mórbido, maquiadas com a dor de meu coração.
Ah.. e o doce beijo daquela mulher! Me aquesse agora.
Lembranças? Mas aquele olhar... tão lindo, tão triste... não menos triste que o meu...
Loucura!! Estou louca! É tudo tão confuso...
Eu quero uma faca! Rápido!!
Não... eu ainda tenho que tentar, a minha vida não pode estar muito longe. Eu não posso parar de procurá-la.
Meus olhos se afogando em lágrimas fictícias, não tampam minha visão! Não! Eu quero ver!!!!!
Meu passo diminui. Eu ousso o arrastar dos meus cuturnos pelo chão aspero. Sinto o hálito quente que a noite cospe.
Eu posso ver. Eu não quero!
Ela agarrou meus pulsos. Elas corta-os com prazer, deslizando suas unhas longas por eles. Ela é a dama da noite. Vampiros dos becos imundos... Ela é uma deles.
Tão fria, ela bebe meu sangue.
Eu a beijo. Eu sinto sua língua na minha. Sinto seus dedos por meus seios. Eu desejo-a.
Sonhos. Apenas sonhos.
Minha loucura...
Deus? Que hipócrita acredita que deus existe? Talvez exista. Mas pra eles, não pra mim. Ele nunca me ajudou, não será agora que irá.
Mas se eu nego deus, é porque acredito que ele existe. Como posso negar que exista, algo que acho que não existe?
Tão confusa...
Minhas frases não tem mais um sentido poético.
Falar de mim é mais difícil do que falar de Ana. Por mais que eu e ela, sejamos uma. Um mesmo todo.Um todo, que não é nada.