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[L] [Liteeliniel][Renno]

liteeliniel

Usuário
[Liteeliniel][Renno]

Bom, pessoal, eu escrevi essa historia já algum tempo atras e não tem muito a ver com o Tolkien, mas, mais algo feito por mim, é meio bobo, mas um começo!!!!

Espero que vcs gostem! :!:
Júlia

Renno


Renno

O mundo estava entrando em acordo para que não houvesse mais guerras, porém era inevitável, deixando todos cientes de que talvez não desse certo. Estava formando-se nações, desse acordo participaram, desde ogros, duendes, gnomos e dragões à humanos e Tirrus.
Tirrus são uns animais pequenos, do tamanho de anões, vivem em pequenos vilarejos, no meio das florestas, normalmente, sem humanos por perto, sendo feitos por dez ou mais famílias. São vegetarianos, ou seja, comem apenas raízes, vegetais e frutas. Os alimentos vindos de animais não são ingeridos, apenas de insetos. Muitos já tentaram comer e sair do cardápio de sempre, mas ou morrem, pois suas células não aceitam ou acabam ficando com ânsia. Seus poderes, não sendo perigosos, usam apenas quando sentem o medo ou para se defender de outros que possam te atacar, é um veneno que contém em suas unhas das patas da frente, fazendo com que a criatura que está ameaçando desmaie. Se não tiver ninguém por perto, esse, pode morrer ou por infecção, ou pelo veneno injetado, que faz um rápido efeito. O único jeito de retirar o veneno é passando uma folha chamada Folha Verde, muito fácil de se encontrar. Os pelos são brancos, mas suas peles ao fundo, pretas. Podendo transformar-se de cor a qualquer hora, ocasião e lugar, camuflando-se. Seus narizes são rosa e arrebitados com pontas para cima e tem focinho. Suas orelhas, em forma de uma meia de lua, podem se mover de acordo com sua vontade. Seus olhos são pretos como a graxa mais preta que poderia um dia, existir. Tem braços compridos e apenas três dedos: dois à frente e um atrás, que os facilita a saltar. Pernas fortes e gordas também. Podem voar, se misturando com as nuvens, tanto brancas quanto cinzas. Antigamente, quando pessoas viam as chuvas, achavam que eram eles chorando ou tomando banho, quando alguém morria, achavam que eram eles quem buscavam a alma da pessoa. São muito difíceis de se ver.
Um homem chamado Jun de Mascade chegou a fazer amizade com essas criaturinhas. Morava perto de Grewcht, sua casa era perto da floresta e poucas vezes ia à cidade. Um dia, estava caminhando pela floresta e encontrou um Tirrus machucado. Tinha muito medo. Nunca tinha visto antes um animal tão diferente, mas resolveu cuidar dele. Ainda dormindo, levou o bicho para sua casa, onde tratou seus machucados. Aproveitou para tirar uma soneca também, mas queria vê-lo quando acordasse, então, ficou de plantão. Aconteceu. Ele havia despertado. Olhou para todos os lados, assustado. Viu o homem e pulou em cima dele, arranhando suas costas. Pulou pela janela e foi embora. Jun estava muito preocupado com seu ferimento e foi para a cidade se tratar. Porém, durante o caminho, desmaiou. Não estava nem perto de chegar lá. Quando acordara, estava com muitos Tirrus envolta. Suas costas estavam enfaixadas com cipós. Estava em um tipo de cama feita de pedra. Sentou-se e observou. Levantou e foi embora. Chegando em casa, olhou pela janela e viu o mesmo Tirrus que salvara. Jun ensinou-o a ler e escrever, e esse, por sua vez, passou para toda a tribo. Ficaram amigos
Jun protegeu e reinou entre eles, sendo a única chave que tinham para o mundo até hoje, chamado de "civilizado". Quando o reino principal dos Tirrus, foi atacado, por não se sabe quem, tudo estava em chamas. Jun, foi salvar um bebê, que até a hora, tinha menos de um ano. Saiu da casa, entregou o pequeno a sua mãe, que estava aos prantos, mas um espírito mal (só a sombra escura de um homem e um cavalo negro foi o que viram), derrubou uma tora em cima dele, que morreu minutos depois. Até hoje, eles passam uma vez a cada ano e rezam junto ao túmulo dele, acreditam que assim estará salvo dos maus espíritos. Ninguém sabe o local exato de onde se localiza.
Cada lugar tinha sua própria forma de governo e havia lugar no qual não se era permitido entrar tal raça. Como em Rythus, onde não era permitida a entrada de ogros. Porém nem todos aceitaram essa decisão mundial.
Kim e Hut Knipes, foram dois reis que governaram muito bem , sempre tentando colocar a paz, até "se mudarem". Tiveram oito filhos, mas apenas o mais velho assumiu o governo, seguindo os passos dos pais. Em reunião estavam o rei Tyrken Knipes,a rainha West, sua mulher, seus conselheiros e Gorngon, para acertar um documento. Sugeria que o Império de Gornton não tivesse forças sobre Renno, nem usar-la para fazer bases contra outros países. Porém, Gorngon não só não aceitou tal documento como também chamou seu exército, que deixou sobre chamas os principais pontos da cidade. Só os templos continuaram em pé. Gornton partiu, prometendo voltar .
Renno era uma cidade situada na grande ilha de Lapos, perto de Protas e Gring com 12 templos. Apenas 3 eram de humanos. Os outros 9 eram de dragões, dando o nome da cidade. Os dragões, animais sagrados, tanto do bem quanto do mal, viviam em harmonia com nos humanos, nessa cidade. Ficava esplendidamente bonita quando a neve caia dos céus. Deixando ruas e casas brancas.

Vida pacata e uma chance enorme


Em uma casa simples, teto de palha e paredes e chão de madeira, porém muito bem cuidada, morava Bruke. Esse, era um humano, que tinha dois irmãos.
Seu irmão mais velho: Doun viajara para longe, para explorar novos lugares com seu dragão Magnificous, um dragão do fogo. Era cor Rosè, porém suas unhas e chifres eram de um tom acinzentado. Era da raça Phill, poderosa, sendo muito difícil de se domar um. Bruke não o vira desde os nove anos e não pensava em encontra-lo outra vez. Se encontrasse, não o reconheceria. Não aguardava a sua volta, mas ficaria surpreso, se um dia, retornasse. O tinha como modelo, gostaria de ser livre e conhecer coisas e o mundo a fora, mas não era bem isso que seu pai desejava para seu futuro.
Sua irmã, ainda mais velha: Frean, vivia fora, morava com umas amigas. Saía mais, ou para estudar e trabalhar ou para passear com suas amigas e amigos. Não gostava de dragões, achava que eram as coisas mais asquerosas e repugnantes. Tinha um pégaso, cujo nome era Serty. Ela os estudava e examinava. Quando um bando deles passavam entre as nuvens, ela ia e os seguia, como um tubarão em um cardume de peixes, mas não para caça e sim para descobrir coisas novas. Um dia disse para Bruke: "Os pégasos e os lendários unicórnios são a chave para as novas descobertas do universo.". De um certo modo tinha razão. Como eles trabalhavam em grupo, ou seja, andavam em bandos, um ajudava o outro na hora de uma batalha mais difícil .
Antigamente os pégasos podiam voar aonde quisessem, mas um dia, um meteoro caiu do céu trazendo ovos, ovos enormes, que espalharam-se pelo mundo. Um tempo depois, deles nasceram os dragões. Por isso dizem que dragões são animais de outros mundo. Além dessas existem muitas teorias desde absurdas até com evidencias e convincentes. Nada foi confirmado até agora.
Bruke tinha apenas 15 anos e um dragão: Marf. Trabalhava como vendedor do que sobrava de sua colheita. "Nunca sairei dessa pequena vida, como meu irmão. Ficarei aqui até o final dela.",afirmava sobre si próprio. Porque seu desejo... havia um, que ia além de todos. "Decididamente gostaria de ser como eles, os magos." Mas sonhava alto demais. Já não existiam muitos e nenhum em Renno. Os que existiam, não iam além dos estádios.
Bruke, estudava em uma escola, muito boa de fato, comparada a sua casa e trabalho, sendo o único que ficava ajudando seu pai em casa. Esse, guardava dinheiro para o futuro de seus filhos, mas parecia que o futuro de seu filho mais jovem, não iria precisar de muito dinheiro. Só restava saber a reação dele quando soubesse. Por não saber e ter medo, essa idéia de mago só estava dentro de sua cabeça. Nunca contara para ninguém, com exceção de Marf. Queria que o destino decidisse. Parece que esse estava mais próximo do que se esperava. Daqui a um ano, deveria escolher o que gostaria de ser e se dedicar aos estudos. Mas seu forte não parecia ser nos estudos. Tirava notas razoáveis, se não mais baixas. Fez amizade com um garoto, moreno chamado Ilkco, que morava perto de sua casa e tinha um dragão, que se machucou em uma batalha com o do menino mais chato da escola. Seu único sonho era de ir bem nos estudos e ser um tradutor, ou um cargo alto no governo.
Bruke adorava jogos ao vivo de magia, desde pequeno, quando, falou com um peixe, por acaso. Havia tido uma briga muito grande e demorada com seu pai, precisava esfriar a cabeça, então, sentou-se em uma pedra, que ficava em frente ao mar. Fazia perguntas, como: "Por que eu nasci? Quem sou eu, no meio desse mundo?" e coisas do gênero. Um peixe apareceu. Era um peixe tão normal quanto os outros. Que respondeu:
- Você?! Você pode fazer uma mudança nesse grande mundo. É alguém, que pode vir a fazer a diferença entre o bem e o mal. Os descobrimentos sobre nós, vem apenas depois que você os descobre. Quem procura eles é tu, não eles à tu. Quando um pólo não segue o outro, é só virar o um, mexer, que logo se atraem. Como você: se você se desdobrar descobrirá a si próprio.
- Mas como poderei eu descobrir minhas virtudes?- perguntou Bruke
- Conheça a ti próprio.
- Como um peixe pode saber tantas coisas apenas vivendo no mar?
- O mar é o segredo e a chave de muitas perguntas.
- Então revele-me as respostas de tais perguntas.
- Só no tempo certo, serão reveladas.
Até hoje ele não sabe se foi uma alucinação ou foi real. Mas guardou bem as palavras ditas pelo animal, por mais que não as lembre ao certo, lembra do conteúdo.
Sempre que ocorriam jogos de magia no palácio Bruke ia vê-los. Sentava no braço das quadras e observava com muita atenção, mas nunca conseguira usar na prática, por mais que tivesse decorado. Uma vez quase virou um ajudante de um mago chamado Wds. Se Wds ganhasse o último jogo iria para o último campeonato, acompanhado de Bruke, com quem ficou amigo depois que salvou sua vida de um ogro, iriam para vários lugares diferentes disputar. Sabia que seria um bom seguidor. Mas, por fim, perdeu. Não estava preparado para um jogo tão trabalhoso contra um velho. Seu pai, Swin, trabalhava como comandante no palácio real e sua mãe, fora uma excelente conselheira, para a ex-rainha, mas morrera há muito tempo atrás por uma doença desconhecida. O que era ruim, mas ao mesmo tempo Bruke adquiria autonomia e aprendera a se virar, sem alguém que o ajudasse. As vezes, se sentia muito sozinho, mesmo tendo irmãos. Era aí que Marf entrava. Ele foi seu melhor amigo, e continua sendo. Sempre quando precisam de alguma coisa, um está perto do outro, ajudando-o.
Existiam diversas raças de dragões, com diferentes tipos de poderes. Porém todos eram baseados em elementos: fogo, água, raios, areia, gelo, pedra, fumaça entre outros. As cores também eram variadas: vermelho, verde, azul, amarelo, laranja, marrom, preto e muitas outras, inclusive multicoloridas.
Descobriram que ia haver uma Contyhus era uma contagem de população, só que, no caso, era de dragões. Seus donos deveriam leva-los até Polyhih, nome do principal templo, em homenagem a um grade dragão que tinha esse nome. Swin foi falar com seu filho para levar Marf até lá:
- Meu filho, fiquei sabendo que nessa semana ocorrerá uma nova contagem de dragões aqui na cidade. Leve Marf amanhã.
- Sim, senhor meu pai.
- Logo que você fizer nossa colheita e tirar o leite, poderá ir.
No dia seguinte, uma fila de gente com seus dragões ocupavam a rua central e a praça que ficava em frente ao templo. Bruke, por sorte, já havia chegado lá desde as duas luas. Só faltavam dois animais. Quando sua vez chegou, seu amigo Ilkco apareceu logo atrás e disse:
- Trouxe Marf para cá? Acabei de chegar com Rew. Sua asa já está muito melhor, ele já até consegue voar.
- Que bom! - respondeu Bruke
- Nome, por favor.- pediu a contadora.
- Marf. -Respondeu Bruke e comenta com Marf - Responda o que ela perguntar. Estarei ali com Ilkco.- disse apontando para uma escada- Quando terminar vá para lá com Rew.
- Marf, por favor, ponha sua pata na tinta preta e pressione-a sobre este papel. Bem aqui.
- Aqui?- perguntou Marf
- Sim- Respondeu ela- Muito obrigada. Próximo...
Enquanto isso, Bruke e Ilkco viram em um cartaz, que mostrava notícia e acontecimentos, que ia haver uma das competições anuais de Groukest.
Groukest é um jogo praticado em todo o mundo. Renno já ganhou 5 brasões dourados no mundial. Normalmente, em Renno, é praticado, durante as competições no Groukest Estádio Central, que é uma parte do oceano, onde fizeram um estádio só para os campeonatos. É treinado em escolas com a supervisão de um professor e juiz. É proibido em qualquer lugar sem ser em escolas e no próprio campeonato ou em campeonatos menores. O objetivo do jogo é manter-se em cima de seu dragão, que não pode usar seus poderes, e derrubar seu oponente, isso tudo no ar, voando. Ambos não podem passar de uma linha feita por balões com tamanho de um quarteirão. Se algum dos dois passarem, será desclassificado imediatamente.
Naquele ano o prêmio para cada ganhador de Renno seria uma boa quantia em ouro. Seria bom para Bruke ganhar, pois pagaria sua entrada na escola de magos e poderiam comprar mais algumas terras para, junto com seu pai, plantar mais coisas, entre outras.
- Bruke, e se nós....- Falou Ilkco
- Não, me desculpe Ilkco, mas isso está fora de questão. Mesmo porque você não
conseguiria competir com Rew. Por mais que ele já consiga voar,ele ainda não se recuperou do acidente em Submer. Sem contar que não teríamos o dinheiro para a inscrição, nem que trabalhássemos por um ano.- Respondeu Bruke
- E quem disse que eu estava falando dele? Eu estava pensando em Marf, ele não poderia participar? Tem mais de sete metros de altura, a velocidade dele é muito maior que a de Rew e é da raça dos Myssurius. Ele não precisa de mais nada. O que você acha?
- Quando você arrumar o dinheiro, podemos discutir isso, certo?!
- Mas...mas e se o seu pai pagasse para você, e depois, com o dinheiro do prêmio, você devolvesse.
- Ilko, seria jogar capital no lixo, se é que me entende. E você sabe muito bem que nós não estamos em condições de fazer isso...
- Mas então só pergunta! - suplicou o garoto.
- Está certo, vou perguntar para ele hoje à noite e qualquer coisa, eu te falo amanhã. - Assim que Bruke falou, Ilko abriu um enorme sorriso de felicidade - Mas não fique tão contente, - continuou o ele - porque eu não sei se meu pai vai gostar da idéia. Então amanhã nós nos encontramos aqui, nesse mesmo horário e eu te digo. Preciso ir indo. Meu pai deve estar me esperando para o almoço em casa.
- Tudo bem, nos encontramos aqui amanhã.
-
Quando Bruke chegou em casa, sentou em sua cadeira de madeira, debruçou a cabeça sobre mesa e começou a pensar. Seu quarto não era muito grande. Logo que você entrava, à esquerda havia uma cama com um criado mudo meio sujo com uma gaveta no meio. Em frente à porta havia uma mezinha com umas bugigangas em cima e um gaveteiro do lado. À direita, um armário. Bruke costumava chamar de "lugar de passar a noite", pois era só isso que fazia lá
Naquela tarde, a agitação no palácio era imensa . O rei e a rainha estavam muito preocupados com a revolta de Gornton. Convocaram uma reunião urgente. Dela participaram seus guarda-costas, chefes de guarda, generais, tenentes, inclusive Swin, e o chefe do exército de Renno. Todos propuseram suas idéias para proteger a cidade.
Surgiram diversas idéias. Desde eleições do povo até um contra-ataque ao Império de Gornton. Pensaram até em não proceder com o campeonato do groukest, mas acabaram chegando à conclusão, de que não ia adiantar nada e só chamaria a atenção das pessoas. A reunião foi longa e só teve seu término à noite. Haviam decidido que, por enquanto a únicas medidas tomadas foram restringir as visitas ao palácio e aumentar a segurança, pois "as paredes tem ouvidos".
Todos que estavam presentes na reunião suspeitavam de que houvesse algum espião no palácio. Nenhum deles iria comentar com ninguém sobre a reunião. Do contrário, haveria uma séria punição. Seria um segredo. Seria como se nunca tivesse sequer, acontecido.
Para Bruke, a tarde foi muito confortável, pois, passou a tarde inteira dormindo e só foi acordar bem cedo na hora de fazer a colheita e vender o excedente. Quando seu pai sentou-se à mesa para comer, achou que era a hora de perguntar se poderia ou não participar da competição:
- Pai, o senhor sabe que daqui a uma semana ocorrerá a competição de groukest e
eu estava pensando...
- "...seu eu poderia participar." Eu sei que você deve estar se sentindo um tanto preso aqui em casa, mas se isso está acontecendo é porque eu preciso de você na colheita.
- Mas, pai, eu nunca saí daqui, eu nunca fui saber o que há em terras distantes! Se for preciso, eu, eu vendo o dobro, para compensar os dias que não estarei aqui. Eu não sei como fazer isso, mas eu vou, eu prometo.
- Sim... - o pai abaixou a cabeça e depois de um tempo levantou-a e olhou para o garoto - Que vá, então, se... conseguir vender o dobro. Do contrário, você fica!
- Combinado!

Bruke tomou apenas uma xícara de leite e foi correndo até a pequena cabana de palha em que ficava Marf e os dois foram voando para a banca de inscrição. Bruke assinou alguns papéis e, no final, recebeu um folheto:
- Nesse folheto esta escrito tudo o que você precisa saber sobre o campeonato.- Diz a moça.
- Sim, mas eu precisarei saber quando deverei sair daqui e ir para o Groukest Estádio Central . Não é tão perto daqui.- Fala Bruke.
- Acho que uns dois dias se você for a pé passando pela Floresta Vermelha. Se for voando, muito menos . Está tudo escrito nesse folheto que eu lhe dei.
- Obrigado.
Bruke foi ver Ilkco, que já estava impaciente de tanto esperar:
- Por que você demorou tanto?- Pergunta Ilkco e Bruke responde.
- Porque se eu não fosse agora, iria perder a hora da inscrição e não iria conseguir participar do campeonato. Você vai também?
- Bom... sabe Bruke, lá em casa eu estou muito atarefado, mas prometo que tentarei ir.
- Tudo bem, já que é assim. Vou começar os treinos logo amanhã de manhã pois a tarde eu vou batalhar para vender tudo e mais um pouco.
Bruke treinou e deu duro os dias que lhe restavam. Quando chegou o ultimo dia em que ficaria em sua casa antes de partir passou a tarde inteira arrumando suas coisas para partir bem cedo no dia seguinte. Seria uma viagem e tanto. Resolveu que iriam pelo caminho mais curto: o da vasta Floresta Vermelha. Tinha esse nome pois na primavera suas árvores se enchiam de flores vermelhas. É um lugar maravilhoso.

A viagem com um encontro inesperado

Bruke foi até uma pedra, que quando tinha uma briga com seu pai, ia para lá com Marf, ver o sol se por e acabou dormindo lá. Pela manhã se não fosse seu pai, teria acordado muito mais tarde do que deveria, porém conseguiu partir antes do sol nascer.
Tiveram que ir andando para que Marf não cansasse e pudesse competir. Passaram o dia inteiro andando pela estrada de terra. Ao lado esquerdo, campos abertos, com uma grama alta, parecia que não cortavam há muito tempo. Sem nenhum ser vivo visível, conseguiam ver até as montanhas, onde terminava a grama. Deveriam existir cobras e tais bichos rasteiros.
Ao lado direito se via umas vacas e bois pastando. A grama baixa, mas com algumas arvores aqui e ali.
O sol ficou mais escaldante do que antes, estava acima de suas cabeças, deixando até suas almas derreterem. Chegaram no começo da floresta quando já estava escuro. O chão era límpido. Havia um barranco ao lado esquerdo e outro ao direito, demarcando a estrada e a mata. A cima dele, uma grama que pouco se expandia, até alcançar as árvores. Abaixo, a estrada, de uma terra escura. Caminharam um pouco mais. A água se esgotara a algum tempo atrás. O joelho de Bruke estava tremendo e cheio de machucados. Fechou os olhos, apertou o punho. Nada o segurava. Deu uns cinco passos e parou, ajoelhou-se no chão e afirmou com uma voz cansativa e firme:
- É aqui que vamos passar a noite.
Então, acamparam para dormir. Ventava muito. As folhas secas da copa das árvores balançavam tanto, emitindo um som agradável, e ao mesmo tempo ameaçador. Parecia que iam cair sob a cabeça dos dois. O vento parecia vozes. Vozes que sopravam, sumindo ao longo do caminho que percorria. Do mesmo gente, acabaram pegando no sono, não dormindo muito bem, mas fazia parte da viagem.
O dia seguinte não foi fácil. Muitas de suas coisas estavam espalhadas pela terra. A comida havia se acabado, animais comeram o que sobrou na sacola de coro que Bruke levara nas costas e algumas outras coisas se perderam. Juntando-as, Bruke achou um amuleto velho de madeira com um dragão deitado esculpido que tinha um olho com uma pedra azulada :
- Marf, amuleto deve ser de alguém que deixou cair. Se não for de ninguém, poderemos vende-lo e ganhar uma ou duas moedas de ouro. Não é muito, mas deve nos alimentar por alguns dias. - disse Bruke quando colocava-o em seu pescoço.
Marf olhou para o amuleto e contemplou-o, parecia que estava dominado, por um instante pareceu estar completamente hipnotizado, mas essa sensação sumiu tão rapidamente quanto chegou.
Caminharam mais e viram um Tirrus e um duende brigando. Chegaram mais perto, e eles tinham algo em suas mãos. No que viram Marf e Bruke, saíram correndo, um para cada lado. E o que estavam segurando se desfez, como poeira. Bruke correu atrás do duende . Correu, correu, correu... Tropeçou em uma pedra enquanto descia um morro e caiu rolando. Ralou os joelhos e as mãos. Estava coberto de areia e com a cara coberta de folhas pisadas. A sua frente, um riacho andava calmamente. À sua esquerda, uma velha árvore cobria-o do sol escaldante. O chão, coberto de folhas, que deveriam vir dessa árvore. Em baixo com uma grama verde escura. Uma trilha acompanhava o leito do rio, a floresta quase a cobria por completo. Pos-se de pé, caminhando a direita, e seguiu o caminho.
Cada minuto se passava e escurecia. Uma caverna passou ao seu lado, sua boca era maior achou melhor não entrar pois nada poderia enxergar. Então continuou seguindo em frente. Já era noite quando a estrada terminou, em um vilarejo de Duendes. Nunca, em sua vida, pensara em ver tal coisa. Porém era noite, mal se enxergava alguma coisa. Em um pasto aberto e com falhas na grama, aldeia era virada para a de frente para floresta, cercada pelo rio, desde mais afundo da floresta. Uma cachoeira caia em uma parte e continuava descendo por pouco, pois logo depois virava a direita e ai seguindo reto. As casas eram redondas como quiosques, paredes de bambu e um teto de palha as cobria. Só se via pequenos focos de luz, dentro das janelas, provocadas pelo fogo.
Bruke acampou ali mesmo, num cantinho escondido entre as árvores, um pequeno barranco entre a trilha e a folhagem. Seu esconderijo era bom, pois as plantas bem cortadas não deixavam ninguém que tivesse passando veria.
Pela manhã, acordou com uma música delicada em seus ouvidos. Estava completamente encolhido pelo frio, não se levantou. Arrastou-se, quase como se camuflando entre a folhagem e alguns (aproximadamente vinte) duendes percorriam em fila indiana cantando uma mesma música.
Ao contrário do que pensava, os Duendes não eram criaturas com chapéus pontudos, magrinhos e felizes. Eram criaturas que não tinham poder de florescer uma planta, deixando tudo bonito. Baixos, sim, aproximadamente um metro e meio. Trabalhavam para a sustentação do grupo, caçando, plantando, comendo e construindo. O maior ia na frente, liderando os outros. Tinha uma barba curta, e um curto cabelo encaracolado e castanho. Usava uma capa de um tecido feito por eles próprios. Uma calça, verde escura, e uma blusa larga preta. Os outros que o seguiam logo atrás, não eram muito diferentes. Mas a maioria nem barba tinha. A cor variava entre um e outro, tanto das vestimentas quanto dos cabelos, diferenciando-os. Cada um levava em sua mão esquerda, uma lança, e na direita, uma bolsa.
Bruke rapidamente guardou todas as coisas que usara para dormir em sua mochila e silenciosamente começou a seguir-los pela mata, uma curva após a outra. Não foi visto. Mas mesmo tendo dormido, parecia que levava o mundo em suas costas. Ficou para trás e perdeu-os de vista. Entrou na estrada. Por um instante, pensou, o que estou fazendo aqui? Olhou para trás e um nada o seguia. Para frente, a mesma solidão. Nem um som, nem um ruído. Deu dois pulos e já estava correndo estrada a frente, sem saber onde o ia levar. Onde provavelmente o grupo teria passado se não tivessem virado em alguma bifurcação não descoberta por ele.
Olhou novamente para trás, virando-se completamente. Não viu alma alguma. Quando virou de volta, um velho, com uma capa preta estava em pé. Levantou as mãos para o céu, como estivesse fazendo um poder. Bruke caiu de costas no chão. Entre suas duas mãos, surgiu uma bola de energia, com cores variadas e apontou para ele. Jogou-a, mas pegou apenas de raspão, pois um logo o salvou. De trás da folhagem e das árvores, os Duendes reapareceram. Montados em lobos fizeram um circulo e falaram:

Demônio, de onde viestes?
Já não é mais nossa preocupação
O companheirismo aqui cresce
Mas a crueldade não

Que não volte a maldição
O homem, ficou paralisado e saiu como um tornado, mais rápido que uma batida das asas de um beija-flor. Desmaiou.
Acordou aos poucos. Estava no chão, no centro da aldeia.
- Quem era ele?- perguntou Bruke.
- Um espírito mal.- respondeu um dos Duendes que estava a sua volta, parecia ser o chefe- São mandados pelo Mago mau que rondava por essas florestas a muito tempo atrás por aqui ele é conhecido como Julifer. Mas e você quem seria?
- Eu me perdi ontem e não sei como chegar a estrada principal novamente. Estou a procura do meu dragão, mas não o encontro em lugar algum!
- Não existem dragões aqui. Você pode compartilhar de nossa comida por hoje, mas ao amanhecer terá que partir. E procurar sua estrada terá a fora, sem ajuda de nenhum de nós.
- Pode dormir ao lado da minha casa essa noite!- Gritou do meio dos outros, um simpático gonomo.
- Obrigado por sua hospitalidade.

O dia passou rapidamente e ele aprendeu a fazer diferentes coisas e artes. A noite caiu, e ele se deitou ao lado da casa prometida. Um pequeno saiu de dentro. Era o mesmo que lhe o oferecera lugar para ficar. Sentou-se a seu lado, olhou para cima e disse:
- São lindas, não?!
- O que? - Perguntou o garoto curioso
- As estrelas! Em nossa religião, são muito sagradas. Cada uma tem uma historia.
- Como se chamas?
- Sou Berelog, o lendário. E tu, quem és?
- Me chamo Bruke. O que há nessa floresta de tão assustador?
- Bom, há muito tempo atrás, essa aldeia, onde hoje é Hyur, foi uma famosa cidade dos anões. Esses tinham suas pacatas vidas, mas o rei de sua tribo foi ficando louco, pois Julifer, o mago, comandava todos os seus sentimentos. Derrotou todos os povos visinhos, e ganhou grandes batalhas. Mas sua mente estava corroída de mais para poder controlar seus atos. Então, colocou fogo em toda sua cidade com todos dentro de suas casas. Apenas seu filho, que estava fora, não foi queimado. Percebendo seu erro, o grande rei matou o mago com suas próprias mãos e se matou depois disso. Ao voltar, o filho do rei nunca mais foi visto. Mas as almas más criadas pelo mal nunca fugiram e estão perambulando por ai e ficarão até que descubramos uma cura para tudo isso. Mas descanse, meu amigo, pois longa viajem terá amanhã.
- Sim, devo! Boa noite!
Ao amanhecer, acordou cedo, pegou um pedaço de bolo que Berelog o dera e partiu. Andou bastante. Ao avistar a principal estrada, correu em sua direção. Uma vulto surgiu novamente a sua frente e chamou seu nome. Ele parou. Fechou os olhos e perdeu completamente o controle da situação. Mas um grito amigo surge em seus ouvidos e quando olha, vê Marf. Ele o abraçou e perguntou:
- O que era aquilo?
- Boa pergunta. Talvez nunca saibamos.- respondeu o dragão desanimado.-
- Estava com medo de você, por quê?- retrucou o garoto.
- Chega de perguntas sem respostas. Não deve sair por um floresta desconhecida sozinho...
- Só é desconhecida, porque ninguém quis conhece-la melhor. Acredito que se ficarmos aqui por mais uma semana descobriremos mais coisa do que quem fez essa estrada.
- Pode ser. Não temos tempo. Vamos sair daqui e voltar para estrada, onde é seguro e não discutiremos por isso.

Depois de andarem um pouco adiante avistaram uma pequena casinha. Quando chegaram mais perto viram que na parede estava esculpido um dragão exatamente igual ao amuleto que Bruke achou. Sem pensar duas vezes, bateu na porta. Sua fome o chamava e sem repetir, esperou alguém recebe-lo. Como ninguém abriu, pediu para Marf aguardar e tomar conta das coisas fora,e entrou no antigo lugar à procura de alimento. "Uma casinha velha." Foi como descreveu o lugar.
Abriu a porta . Seus lentos passos tocavam estavelmente e silenciosamente o chão. Este era feito com uma madeira que estava tão passada que a cada pisada um ruído acontecia. Não tinha como entrar e andar despercebido. Olhava tudo com muita cautela, cada objeto que lá estava.
Tudo era feito de madeira escura e antiga. Parecia que alguém não trocava os móveis a séculos. Porém tudo estava limpo e bem cuidado. O que mais chamou a atenção de Bruke, lá dentro, foi uma estatueta feita de cobre . No centro, um grande dragão segurando um cetro com uma bola na ponta em uma mão e uma pedra em outra. Estava cercado por ondas marinhas que saiam do solo, porém pareciam não ir a lugar algum.
Deu mais uns passos à frente e viu uma janela que daria para o que nós mais chamamos de "quintal". Porém dava para uma outra sala. Bruke andou até ela e observou.
A sala tinha, à esquerda lá no fundo, uma árvore bem grande, uma pequena cachoeira ao lado, com um laguinho embaixo, e um pouco de grama verde. O solo do resto do lugar haviam ladrilhos vermelhos, pretos e um amarelo quase branco. As paredes eram feitas de uma madeira clara. O teto era em forma de pirâmide e coberto por um vidro fosco, que, durante o dia, sob o sol, fazia com que iluminasse a sala por completo. Os olhos de Bruke brilharam como estrelas. À noite, a escuridão dominava. Não se via nada, só se usasse algum tipo de luz. Porém, quando o céu estava sem sombra de nuvem e havia lua cheia, ficava mais maravilhosa do que nunca.
Algo caiu no chão, uma bolinha. Bruke recuou rapidamente. Abaixou para pegar o objeto e colocou-o sobre a mesa.. Um vaso de vidro chamou sua atenção. Suas bordas eram vermelhas e seu fundo era azul. Achou estranho pois nunca vira antes um tão diferente e futurístico. Uma escada ao fundo. Foi subi-la, mas pensou: "E se o dono da casa estiver dormindo lá em cima. O melhor é ficar aqui embaixo, pegar algumas coisas comestíveis e sair.".
Foi quando percebeu que algo, atrás do vaso, bem no fundo, escuro se movia. Fixou mais o olhar e viu que era alguém sentado em um sofá. O medo subiu-lhe dos pés até a garganta. Nada desviava seu olhar. Perguntou:
- Quem está aí?
Uma vós súbita responde:
- Quem deseja saber?
- Desculpe incomodá-lo, senhor, mas achei um amuleto hoje pela manhã. Deve ser seu, pois seu símbolo é o mesmo dragão que estava em frente de sua casa.
O era um homem velho, que se levantou, aproximou-se de Bruke. Seu rosto pouco aparecia pois sua barba e cabelos grisalhos eram muito compridos, com marcas e cicatrizes, deixando bem claro que por perigos ele passou. Mas mesmo por traz de todos essa marcas se via que era alguém velho. Suas vestimentas eram apenas uma túnica com um capuz marrom. Aproximou-se de Bruke. O velho examinou o amuleto e disse:
- Obrigado por ter vindo devolve-lo, meu jovem. Você está pálido. Comeu algo esta manhã?
- Infelizmente não tive tempo.- respondeu Bruke ainda nervoso.
- Vi que estava prestando atenção naquela antiga escultura. Ela representa um antigo dragão do mar que obtinha ambos os instrumentos e falando as palavras certas tinha forças sobre o mar. Onde acabou morrendo, não se sabe se ele morreu ou se deteriorou na água, é o espírito da água. Não se sabe até, se é verdade ou só lenda. Quem tiver os objetos terá um poder é irreconhecível, ninguém preverá o poder obtido por essa pessoa . Porém, isso é só uma representação, nunca ninguém viu acontecer. Bom, não tenho muita coisa para lhe oferecer, tenho apenas um suco e uns ovos.
- Não estou com fome, muito obrigado, senhor.
- Não. Você não só está com fome como também está com medo. Diga-me, meu jovem, porque te dou medo?
- Não o conheço, senhor.- respondeu Bruke, engolindo saliva.
- Oh, sim. A frase "Nunca confie em estranhos." Combina com agora. Mas acho que sua situação é mais drástica do que seu medo. Está com fome, sem onde carregar suas coisas, vai se cansar muito em sua viagem e irá perder a competição para qual está indo.- afirmou o velho.
Bruke deu um passo para trás, virou-se e saiu correndo para fora. Olhou para a esquerda e viu seu dragão descansando à sua esquerda, ao lado da porta viu um rastro de coisas que haviam caído de sua sacola rasgada. Voltou para dentro correndo e perguntou:
- Como você sabe disso? Você estava me espionando?
- Seus ovos estão prontos.- respondeu calmamente o velho- Coma, depois lhe explicarei tudo.
- Não posso comer!- respondeu Bruke- Não tenho tempo! Sairei agora para chegar ao estádio o mais cedo possível!
- Meu jovem, coma os ovos e beba o suco, depois você vai. Afinal, nem atrasado você está.
Como a fome era maior que a pressa, Bruke acabou ficando. Saboreou a comida até a ultima parte. Quando acabou levantou-se, já para ir embora, e perguntou:
- O senhor é um mago ou um bruxo?
- Sou o que você pensa que sou.- respondeu o velho- Para você, posso ser um bruxo, ou posso ser uma pessoa tenta pesquisar e entender, mais que outras. Posso ser um mago ou alguém que entende sobre as energias de cada ser vivo.
- Qual é o seu nome?- pergunta Bruke
- Tormen é meu nome. Posso te ensinar algumas das coisas que você costumam chamar de "Magia". Se você quiser.
- Sim- respondeu Bruke com entusiasmo
Seus dias foram tão espetaculares que ele até se esqueceu de devolver o amuleto. Bruke aprendeu algumas magias fáceis e outras difíceis. Por exemplo: aprendeu a fazer a água subir, passear pela sala como uma cobra, apenas apontando sua mão a ela. Transformar folhas em flores, fogo em água e vermes e pássaros. Ficava fascinado com a facilidade e a prática com que Tormen mexia as coisas conforme sua vontade e lia pensamentos das pessoas.
Porém os dias se passavam e ele não percebia o tempo que perdia naquela velha casa. Quando viu percebeu que deveria ir.
- Senhor Tormen, preciso ir. Mas posso lhe fazer apenas uma pergunta?
- Diga.
- Por que o senhor vive nessa casa velha e isolada de todos?
- É uma longa história, meu jovem. Há muito tempo atrás, eu costumava fazer parte de um grupo de magos, quando você nem pensava em nascer. Defendíamos Renno de todos os espíritos malignos. Cada vez mais gente se interessava pela magia, nessa época, não era moda, porém ficou como uma. Mas um dos que faziam parte de nosso grupo tinha idéias diferentes. Orth queria que nós governássemos a cidade, achava que nós tínhamos o poder. Porém essa não era a vontade dos dragões sagrados. Ele tentou desafiar os dragões sozinho, que baniram-no da cidade. Ele, rebelou-se fazendo seu próprio grupo de seguidores, e desafiou o poder dos dragões que o aprisionaram em uma pedra inquebrável por qualquer arma humana, mas seu dragão pode quebrá-la com a maior facilidade. Se algum dia for quebrada o mal reinará e apenas os grandes magos poderão acabar com eles e os grandes dragões.
- A magia foi proibida de ser usada em qualquer ocasião, pois poderia ter causado a extinção dos dragões. Mais tarde, foi podendo ser praticada... como hoje.
- E os dragões ? O que aconteceu com eles?- Perguntou Bruke
- Esses, hoje em dia são lembrados com templos e coisas assim. Mas o que aconteceu com ele... existem muitas explicações. Uns dizem que eles são a encarnação nos outros dragões, outros dizem que viraram objetos. Outros dizem que estão no céu, olhando para nós lá de cima.
Assim, Bruke saiu pela porta da frente.
- Espere!- gritou Tormen- Eu só gostaria de te dizer algumas coisas. Guarde com você esse amuleto e esse saquinho. Dentro dele há um pó, que muitas vezes pode salva-lo de certa situações. Mas enquanto ainda não estiver dominando a arte da magia não o use sem necessidade. Quero que fique com esses livros. Estude todos os dias, mesmo que seja uma magia por dia. Nunca os perca. Eu tenho um meio mais fácil de você chegar ao estádio. É uma máquina que eu denominei de "Dirigível" pois você pode dirigi-lo. É uma máquina movida a fogo e gás. Voa muito alto e tem a velocidade de seu dragão.
Bruke, que guardou o saquinho em seu bolso, e Marf subiram no Dirigível. Tormen ensinou-o como dirigi-lo.
Bruke se despediu de Tormen. Marf e ele partiram. No começo, acharam meio estranho e ficaram enjoados. Afinal, quem diria que eles iriam voar em uma máquina. Mas depois de algum tempo, se acostumaram.
- Nunca vou esquece-lo, Marf. Ele nos ajudou muito. Devemos voltar mais tarde.- comenta Bruke durante a viagem.
- Está certo. Nunca deveria ou deve. Agora temos a chance de ganhar.- Diz Marf
- Só não entendi porque ele me deu o amuleto. Mas eu gostei desse pozinho.
- Muitas perguntas não tem respostas, até a hora certa para serem reveladas.
- Suas palavras são sábias, Marf, são muito sábias.
Seu dirigível era marrom, com uma cor meio verde musgo. Sua parte inferior era de madeira, como um barco, um barco enorme. Um grande triângulo marcava sua frente.

A chegada e valiosas descobertas

Ambos dormiram no próprio veículo. No dia seguinte. Bruke acordou cedo para ver o estádio de cima. Porém quando passou a introdução e apresentação de cada dupla de participantes já estava começando. Bruke não teve outra escolha a não ser entrar com o dirigível no meio do estádio. Não perdeu tempo e fez.
Em sua frente, duas astes enormes, como se fossem alcançar o céu e as cornetas que soavam durante a abertura, davam a ele uma esperança, nunca obtida antes. Mas como um garoto, sem que tivesse anos de experiência poderia ganhar tal competição? Isso era tanto um risco quanto um descobrimento que deveria correr.
Muitas pessoas gostaram e aplaudiram. Outras ficaram com inveja e não gostaram. Tinha gente de todos os gostos. Bruke olhou para todos os lados e viu diferente pessoas com diferente tipos de gostos e roupas. Estava lotado. Os juizes poderiam até tirar pontos, mas foi uma bela entrada! Fora que ninguém nunca vira um desses antes.
Cada jogador tinha direito a um chalé. Um ficava ao lado do outro, como um condomínio fechado. Por dentro não eram muito grandes. Tinha duas camas em frente a essas estava o banheiro, e ao lado tinha a cozinha com uma mesa. Fora da casa, havia um celeiro para os dragão.
Aquela noite foi muito difícil para eles pegarem no sono, porque a adrenalina era total, mas acabaram conseguindo. Nos três primeiros dias, Bruke ganhou os quatro jogos em que participou. Ilkco, foi visitá-lo e ficou lá por algum tempo. Porém, na tarde daquele mesmo dia, Bruke e Marf acabaram perdendo para um outro competidor chamado Maziu. Foi uma difícil batalha.
Maziu, deveria ter uns 23 anos, competia com o mais chamado Dragão Vermelho, por sua cor. Na verdade sua raça é Rocturius, muito conhecida pelos de sua raça, que são muito fortes. Acredita-se que é a raça mais forte que existe. Usou um ataque por baixo, por pouco Bruke não cai. Se não fosse Marf, que pegou-o rapidamente caindo, teria caído no mar.
Depois que Bruke perdeu, Ilkco tentou acalmá-lo:
- Aquele era um Dragão Vermelho, do fogo. O Marf é um Myssurius, da água, não teria chance .
- Está enganado, Ilkco, isso não foi culpa do Marf, mas sim um erro nosso. Precisamos analisar e descobrir o ponto fraco deles. Foi você mesmo que disse que por ele ser um Myssurius, teria grandes chances de vencer.
- Sim, eu só não sabia que iam trazer um de fogo.
- Pois é… Não vai ser só por causa de um desafio maior que eu vou desistir. Vamos para casa. Precisamos comer e tomar um bom banho.
E foram embora do torneio aquele dia. Passou-se um mês que a competição acontecia e Bruke vencia cada vez mais. Porém, perdeu, por pouco, no último dia para Maziu. A noite caiu, a lua não apareceram, o céu estava coberto com nuvens. Bruke Foi o último a deitar-se, não conseguia pegar no sono, só pensava na sua batalha perdida.Quando todos já estavam dormindo, saiu de casa e foi até um bar beber alguma coisa para esfriar a cabeça. Pediu um Frill e sentou no balcão. Maziu entra e senta ao seu lado e comenta:
- Foi uma bela competição. Você é um grande lutador.
- Foi sim.- afirmou Bruke.
- Você vai participar da Guerra dos Magos?- Pergunta Maziu e Bruke responde:
- Não fiquei sabendo. Vai ter? - pergunta espantado.
- Está vendo aquelas duas mulheres?- diz Maziu apontado para elas- Vendem o convite de participação, vai custar quase o que você ganhou ficando em segundo lugar só que o prêmio vai ser cinco vezes o meu. Aliás, você já sabia que ia perder, não?! Lógico que sim. Seu dragão não é páreo para o meu.
- Não, está errado. Ele pode vencer o seu. Água apaga fogo.
- Vai sonhando, meu amigo.- responde Maziu enquanto Bruke levanta-se e sai do bar.
Bruke em um gole rápido, bebeu apenas um copo , e foi em direção às moças. Inscreveu-se ainda inconformado com a derrota, queria vence-lo de qualquer maneira. Ia saindo, porém, quando saia do bar encontrou dois bêbados ao lado da porta. Não falavam nada com nada, mas um deles comentou alguma coisa assim: "…mas os reis nem desconfiam…". Quando Bruke ouviu essa parte da frase, correu para o que havia falado e perguntou:
- Do que os reis nem desconfiam?
- Nem desconfiam que o comandante de Gorngon vai matar os reis.
- Como? Ninguém consegue mais entrar na cidade!
- Ele não precisa entrar. Pois já está lá dentro.
- Daqui a quanto tempo? - Gritou Bruke agitado.
- Daqui a uns quatro, cinco dias.
Bruke saiu correndo para casa. Quando chegou, acordou Ilkco e Marf. Contou a eles o que ouvira. E então voltaram de Dirigível para a vila. Bruke aproveitou e ensinou Ilkco a dirigir.Um dia depois de aterrissaram no quintal da casa de Bruke e foram correndo para o palácio, porém não conseguiram entrar.
Como o pai de Bruke trabalhava lá, ele inventou uma história e acabou entrando. Entrou correndo por entre a sala real e descobriu que os reis estavam em seu alojamento. Bateu na porta gritando: "Suas majestades abram a porta! É urgente!". Assustados, Ambos abriram a porta e perguntaram:
- O que foi? O que aconteceu?
- Tem alguém aqui no palácio que planeja mata-los.
- Garoto, qual é seu nome?- Perguntou o rei. Bruke responde:
- Bruke, Bruke Valen. Sou filho do cozinheiro que trabalha aqui, senhor.
- Mas meu filho, como você sabe de tudo isso?- perguntou a rainha.
- Escutei de uma pessoa, que provavelmente também trabalhava para Gorngon.
- Isso é horrível!- exclamou a rainha- temos espiões aqui no reino!
- Acho melhor os senhores saírem da cidade.- Argumentou Bruke e o rei responde:
- Sim, isso será a primeira coisa que iremos fazer. Porém, não poderemos ir hoje.
- Se os senhores me permitem, gostaria que eu e meu dragão, fizéssemos uma guarda, só hoje. Claro que com os guardas dos senhores.
- É muito perigoso. Não. Pode ir agora.- respondeu o rei.
Bruke ficou muito nervoso após a resposta do rei e decidiu que mesmo sem a autorização do rei iria montar a guarda. Quando saiu do palácio, avisou Ilkco e Marf. Tudo aconteceu como já sabia, porém, veio apenas o comandante, sem mais nenhum guarda, montado em um dragão de ossos, um dragão maligno.
No que o avistou, Marf já o atacou. Foi uma disputa muito difícil. Bruke, quando percebeu que dava, pulou em cima do comandante e ambos caíram no chão. Não se machucaram pois não estavam alto a ponto de algum acidente mais grave do que pequenos arranhões. Marf estava com muita dificuldade em acabar com o outro dragão. Mas a luta acabou quando o exército do reino apareceu e o comandante do mal chutou Bruke para longe, deu um assovio, e fugiu com o seu dragão.
Bruke olhou para o chão e viu um cetro. Parecia que já tinha visto em algum outro lugar. Muitas figuras e lugares passaram em sua mente e lembrou da escultura que havia visto na casa de Tormen.

Óretonn a viagem do terror

Marf pegou-o e usaram o pó mágico que fez com que eles desaparecessem, porém reaparecessem na casa de Bruke.
Achando tudo aquilo muito estranho e sem entender, comentou com seu dragão procurando obter respostas na qual levassem à alguma conclusão:
- Ele era de osso, não havia nenhum órgão interno, nem tecidos como a pele. Como pode ser ?
- Essa raça é muito diferente e só existe em um lugar: Óretonn. Era uma cidade que foi dominada por essa raça. O lugar era o mais obscuro de todos. Não tem árvores, animais, o chão está cheio de erosões e mesmo o sol, não existe nesse lugar.
- Devemos ir para lá. Isso tem a ver com Gorngon. Se não por qual outro motivo viriam, para cá? Você sabe onde é, não?
- Claro, é o cemitério dos dragões. É cheio de montanhas com picos altos e agudos, não tem como errar. É bem perto daqui. Mas para isso, não podemos ir de dirigível, ou podem achar que estamos fazendo algo contra eles e nos atacarem ou coisa pior. Porém, penso eu, que toda essa história está muito confusa. Não tem só a ver com Gorngon, exista algo além disso. Algo pior.
- Algo pior que ele? Não acredito...Nada é pior que ele.
- Não tenha tanta certeza. Como uma homem... feiticeiro, na verdade, poderia capturar um dragão desses? Não, nem o mago mais experiente poderia. Não deveríamos ir para lá.
- Somos a única esperança de nossa cidade. Se não lutarmos por ela, quem iria? Os reis? Acredito que não. Uma das coisas que me perturbam mais, não é saber o que eles fazem, mas sim, o que eles não fazem. Não era você quem estava cheio de coragem? O que aconteceu? Há algo lá que eu desconheço?
- Esse seu lado, eu entendo. Isso não tira que esse lugar põe nossa vidas em risco. E se quer saber, há algo lá, sim!- Diz Marf, como se estivesse lembrando de algo.- Existem perigos e mais perigos. Isso não é um jogo, é como decidir entre a vida e a morte.
- Quais tipos de perigos? O que te incomoda tanto?- Pergunta Bruke.
- Não sei ao certo. São um povo do escuro, não dá para imaginar as maldades que poderão aprontar para nós. E a voz, que zomba em meu ouvido todas as noites. Ela me chama, me mantém acordado.
- Tenho a impressão de que ela venha de lá. Temo por nossa segurança, sua e minha. Devemos ser muito cautelosos
A viagem durou pouco tempo. Atravessaram duas ilhas: Awbol, onde pararam em uma pousada, que tinha uma comida ótima, partiram, e prometeram à cozinheira que iriam voltar algum dia. A outra ilha por onde passaram foi Nuny, sem parar. Chegando lá, Bruke viu que era o lugar mais desabitado que havia ido. E comenta:
- Onde estão as folhas das árvores?
- Não existe.- Responde Marf convicto.- O rei deles é um dragão dourado, que tem duas vezes o meu tamanho.
- Como podem deixar ser dominados por um rei? São sagrados, não precisam de rei. Essas estátuas são macabras...
- Os humanos são sagrados para nós e o tem. Tomara que ele não tenha te escutado, é muito poderoso. Nunca confie nele.
A neblina cobria a estrada por onde andavam. Bruke subiu em Marf e subiram em uma montanha para ter melhor visão do que acontecia lá embaixo.Quatro dragões dominaram o rei, que estava hipnotizado, e mandava ordem de combate. Se continuassem estrada a frente, deparariam com um comandante. Foram vistos .
O dragão dourado insistiu aos outros quatro que ele mesmo viesse pegar os "intrusos". Exitaram e foram capturados. Bruke pegou o pó, que estava em seu bolso e o usaram novamente indo parar na casa de Bruke. Pegaram o Dirigível, pois Marf estava muito cansado, e foram a casa de Tormen.
Bruke contou que tinha se inscrevido e mostrou o cetro . Bem que ele gostou.da história da competição , mas examinou o objeto com a maior cautela e confirmou a Bruke que era o cetro que o dragão da escultura segurava, mas avisou-o que deveria ter cuidado pois tem muita gente de olho nesse. permaneceram lá.

O novo instrumento

Pela manhã, saíram para dar uma volta. Depois de andar uns três quilômetros floresta adentro Tormen mostrou duas árvores. Entre essas havia um "O" (circulo). O mago falou palavras sagradas, das quais Bruke desconhecia e dentro das árvores uma pedra brilhante cor verde surgiu. Depois uns ares transparentes e ao mesmo tempo coloridos cobriram-na e reluziam na floresta. Bruke interessou-se sobre o objeto. Tentou pegá-lo com a mão, porém sua mão não atravessava, como um escudo, protegendo-a, jogou-o para longe. Então perguntou:
- Como faremos para tira-la de lá?
- Você é o mago agora. Tem o cetro. Não lhe direi mais nada. Pense em algo.- respondeu Tormen.
Bruke pensou por um tempo. Não tinha nenhuma arma ou outro tipo de objeto que pudesse usar para retira-la. Então, como nada tinha a perder jogou três elementos: terra, fogo e água. O único que atravessou foi a água. Porém teria que ser jogada fortemente o bastante para retirar a pedra. Bruke chamou Marf. Conseguiram retirar a pedra, mas como um imã ela voltou a seu local inicial. Então, pegou o cetro, encostou na área e a pedra se mexeu, mas nada que a fizesse sair dali. Sentou-se em um rochedo e pensou.
Teve uma idéia: ficou atrás da árvore com o objeto, mas não tão perto. Repetiram. Não tiveram êxito. Aconteceu o mesmo que antes. Pediu para que a água fosse soprada mais forte. E assim foi feito. Porém a pedra chegava mais e mais perto dele. Usou-se a mágica. Bruke agarrou a pedra com mais força que um dragão vermelho, mas sem usar as mãos, e sim magia que saiam por seus dedos, para a surpresa de Tormem. Segurou-a e não parou mais. Ficou tanto tempo, que o ar se desfez, junto com ele, a força sugadora. Caiu de joelhos no chão, estava exausto. Marf levou-os em suas costas até a casa, onde dormiram até a manhã seguinte.
Assim, que bruke levantou, Tormen fez questão de confessar-lhe uma coisa:
- Bruke, você tem uma incrível energia dentro de você. Nunca vi alguém com tanta força e usando um dos poderes mais fáceis de se aprender. Fique aqui por alguns tempos e posso te ensinar uma diferença entre o preto e o branco como você nunca viu antes.
- Ficarei o tempo que puder.
Agora, Bruke treinava na sala mais bonita da casa. Aprendeu mais do que imaginava que existia. Virou um mestre. Depois de um tempo teve que voltaram para onde estavam alojados, perto do estádio. Preferiram ficar lá pois a Guerra de Magos iria começar dali a pouco tempo e seria no mesmo estádio. Não podendo ser no palácio por medidas de proteção. Mas o que Gorngon queria com aquele cetro no palácio se ainda faltava um instrumento?
Chegando em casa, Bruke, deitou na cama e pensou a noite toda sobre isso, até que uma hora chegou a uma conclusão. Gorngon queria o outro objeto que o dragão segurava, e que esse estava no palácio, pois ele não sabia das árvores.
Guerra dos Magos é jogo competido por aprendizes de magos de 10 à 40 anos. Mas esses só podem usar suas habilidades dentro de campo. Se forem vistos usando fora, serão banidos da cidade. Nesse jogo o dragão pode usar seus poderes também, o que deixa o jogo muito mais perigoso, mas normalmente, os magos tem sua proteção. Para vencer o campeonato, você precisa ter a maior contagem de pontos. Mas se for só um jogo, você precisa fazer com que ou ele caia no chão ou ajoelhe-se. Seu lugar oficial de competição é No palácio, mas como não pode ser usado, será no campo do Groukest.

A carta e a volta

Os dias se passavam, tudo corria normalmente até quando uma homem baixinho, gordinho, com umas roupas esquisitas, veio e lhe entregou uma carta. com o selo real. Bruke abriu e leu:
"Pequeno competidor, obrigado por ter salvo minha vida e da minha esposa, apesar de ter desobedecido. Por mim, ninguém saberá e espero que por você também não. Meus guardas me contaram que achou algo no chão. O que é ? Eu e minha esposa estamos partindo hoje, pois corremos muito perigo aqui. Infelizmente estamos sem exército. A maioria dos guerreiro morreram em uma guerra em Miltulk.
Espero que nos vejamos em breve. "
Depois de ler, ficou aliviado. E respondeu a carta:
"Obrigado pela carta, sua Majestade. O que eu achei no chão era um cetro, talvez, um mágico, ainda estou trabalhando nele. Existe uma lenda sobre e se e pretendo descobrir. É possível que volte nos três dias que tiramos de férias."
Mais um mês se passou e estavam entrando no mês da final. Bruke e Marf voltaram, de Dirigível, para passar com seu pai, nos únicos três dias que tinha de férias dos jogos. Mas antes que entrasse em casa, Ilkco chegou a falou que algo terrível havia acontecido:
- Bruke, Gorngon seqüestrou o rei e a rainha! Tudo aqui está sobre seu comando!
- Como, Ilkco?- perguntou Bruke.
- Ele entrou no palácio, algum dos guardas o deixou!
- Mas eles não haviam saído da Renno?
- Quando? Isso nunca aconteceu.- respondeu Ilkco.
- Ilkco, fique aqui e avise meu pai que voltarei mais tarde!
- Como? Seu pai foi seqüestrado também!
- Só fique aqui!- Gritou Bruke.
Bruke e Marf subiram no Dirigível e foram à casa de Tormen. Porém durante a viagem, foram atingidos por uma fogo de um dos dragões dos guardas, só que não perceberam. Quando chegaram, tudo estava revirado. O vaso estava em pedacinhos no chão e a estatueta havia sumido. Ele sumiu.
- Bruke!- Exclamou Marf do lado de fora.
Quando Bruke saiu o Dirigível estava em chamas.
- Marf, estão atrás de nós.
- Você ainda tem o cetro, o amuleto e a pedra?
- É isso! Em uma mão o dragão segurava o cetro, na outra uma pedra. Era essa pedra! Por isso estão atrás de nós! Seguiram nossos passos até aqui. E a carta não foi escrita pelo rei e sim Gorngon.
- Bruke, estamos em território perigoso. Precisamos voltar a competição que eu tenho uma idéia!
E assim voltaram para o alojamento. Tudo estava uma baderna. Haviam revirado a casa em busca de provavelmente ouro. Como não tinham, os ladrões acabaram de mãos vazias, porém estava tudo desarrumado e muita mobília estava quebrada. Os dois tiveram que arrumar tudo e logo quando terminaram. Enquanto Bruke chamava todos os competidores para combater Gorngon. Sabia que nenhum deles ia querer, sem um prêmio, então a primeira coisa em que pensou foi em mostrar aos outros como eram bons. Marf avisava os dragões de tudo o que acontecia. Então todos partiram à noite para a guerra.

A guerra

Gorngon não estava preparado para um contra-ataque, especialmente de jovens, mas já esperava pela volta de Bruke. Só foi avisado no final da tarde. Teve que arrumar o exército muito rápido. Seus cavaleiros usavam uma armadura negra de ferro muito pesado, mas eficiente contra outros ataques. Seus dragões eram os ossos, todos.
Antes de chegar à cidade, Bruke gritou:
- Distraiam os guerreiros que eu e Marf vamos entrar, matar Gorngon e tirar todos de lá!
Quando ambos os lados estavam frente-a-frente, o time jovem avançou Mas Bruke e Marf esperaram e fizeram um vôo rasante bem baixo. Maziu seguiu Bruke e disse:
- E você acha que eu ia deixar você ficar com todos os prêmios?
- É muito perigoso vir aqui!- Gritou Bruke- Deve ficar com os outros.
- Sabe, a diferença entre eu e você é que o meu dragão é muito mais forte, precisarão mais de mim do que de você!
- Guarde a raiva para depois.- disse Marf virando para seu cavaleiro.
Quando os dois iam entrar no palácio, um outro surgiu e ia atacar Bruke, só que Marf Abaixou ainda mais e esse atacou Maziu. Bruke entrou.
Marf pousou na parte da cozinha e Bruke desceu. Iam silenciosamente e calmamente até a sala principal, que era onde estava Gorngon . Da sala de jantar já dava para escutar sua voz . Quando estava entre a quina da cozinha e da sala Bruke comentou:
- Sabe Marf, agora é que nós temos que, não só confiarmos em nos mesmos para conseguirmos vencer, mas como precisamos confiar cada um no outro e em mais ninguém. Somos um só. Você ficará comigo e eu com você até o final. Você confia em mim?
Bruke, você é como meu irmão.- respondeu Marf- Me salvou do medo, da insegurança toda a minha vida. Se eu corria perigo você me avisava, me ajudava. Te obedecerei em tudo que você disser, mesmo que custe a minha vida. Iremos ganhar o poder está conosco!
Quando chagaram à sala principal, foram descobertos pelo próprio.
Estavam reunidos, a rainha, o rei, seu pai, Tormen e mais alguns trabalhadores e o senado, amarrados de costas para a parede. Suas mãos estavam trancadas acima de suas cabeças. Seus pés estavam na parede, também presos. Gorngon fala com Bruke:
- Obrigado, Bruke, por se juntar a nossa festinha. Espero que o meu bastão e a pedra estejam com você. Guardas, podem levar seu dragão para o calabouço.
- Sim, mas não serão seus!
- Um dos meus guardas me contou que vinha. Ele poderia ter me dito antes, assim eu precisaria ter que gastar todo esse tempo te procurando, não é?! Mas não se preocupe, ele não vive mais.
- Acho que ele não devia ter me contado, por isso você o matou. Precisa saber e escolher melhor em quem confiar. - retruca Bruke
- Ah, sim. Vejo que terei que jogar com você. Se quiser vê-los e seu dragão vivos novamente , é simples, só entregar meus dois objetos.
Nesse momento, Ilkco entra com Rew, mas não dura muito. Os guardas os pegam e os prendem com os outros.
Fora do palácio a guerra estava muito difícil, o time de Bruke perdia.
Dentro do palácio, Bruke mostra a Gorngon os objetos e diz:
- Serão seus, se liberta-los.
- Viu, sabia que chegaríamos a um acordo.
Gorngon os pega e não liberta os humanos. Pede para os guardas trazerem Marf e Rew. E diz:
- Torturem-no!
- Não!- Gritou Bruke.
Seu grito ecoou por toda a sala. Seu coração, agora batia mais forte do que nunca. O amuleto que estava em seu pescoço ficou todo azul. Dele saiu uma luz que chegava ao coração de Marf, e em questão de segundos voltou para amuleto que ficou azul e brilhava. Marf nunca teve tanta força, arrebentou as correntes. Atacou os guardas que o seguravam, mantendo-os no chão, inconscientes. Pulou em cima de Gorngon, recuperou o bastão e a pedra e jogou-os para Bruke. Mas isso não durou muito, surgiu um dragão negro e atacou Marf.
Enquanto isso, Tormen disse:
- Ajoelhe-se no chão. Coloque o cetro na horizontal em sua frente e a pedra no meio. Repita o que vou te dizer: Na terra do mar, Polyhih, seu exército vai levantar. No sol ou no luar seu exército me obedecerá. Nuh Ghrost Bruke.
- " Na terra do mar, Polyhih, seu exército vai levantar. No sol ou no luar seu exército me obedecerá. Nuh Ghrost Bruke."- repetiu Bruke.
Nessa mesma hora, o mar fez em volta da ilha ondas, ondas enormes. Aos poucos, delas formavam dragões transparentes, de água, tão fortes quanto o mais forte deles. Bruke correu para a porta e viu tudo.
- Agora, esses dragões estão sobre seu comando.- falou Tormen
- Ataquem o exército de Gorngon! - Gritou Bruke quando apontava para um
- Não!- gritou Gorngon e fez um poder contra Tormen que caiu no chão.
Marf estava em uma difícil batalha, mas o outro dragão fugiu. Nesse mesmo tempo entrou um dos dragões, mordeu Gorngon e levou para fora do palácio. Os guerreiros do mal fugiram, mas os dragões da água ficaram . Quando o último foi embora, retomaram suas posições no mar e desapareceram como água.
Bruke correu para ver o que havia acontecido com Tormen:
- Tormen você está bem ?
- Estou morrendo, mas nada posso fazer.
- Não, está errado. Você faz magia, deve existir alguma coisa que se possa fazer.
- Não, não existe. Existem mais magos procure-os e tente formar um novo conjunto de magos. E prometa-me que vai devolver essas coisas ao mar, é lá onde elas pertencem. Deve devolve-las. Estude magia, vai ser muito bom para você. Escutem bem: nunca deixe ninguém desfazer seus sonhos, pois podem ser realizados.
Logo que Tormen morreu, Bruke subiu em Marf e foram ao mar fundo onde jogaram o cetro e a pedra.. Por incrível que pareça, afundaram.

O Retorno

Mais tarde, o rei e a rainha resolveram entregar em público uma medalha à Bruke, mas ele não estava lá, tinha saído, pois ainda faltava uma coisa: as quatro cabeças de Óretonn. Voaram para lá. Só havia o dragão dourado, que parecia estar enlouquecendo. Jogava fogo para todos os lados. Marf deixou Bruke na mesma montanha em ficaram da primeira vez em que foram, e desceu para parar o rei. Congelou-o, porém não entendia o que havia de errado até ver uma pedra negra presa no peito dele. Arrancou-a e desfez o poder. Nesse mesmo instante, perguntou:
- Para onde foi o dragão de quatro cabeças?
- O que aconteceu?- perguntou o rei ainda cambaleado.
- Eu o salvei, senhor.- respondeu Marf
- Não, eu estava em coma. É um dragão azul, deve ir! Não temos esse tipo de dragões aqui no reino.
- Muitos de seus dragões foram mortos, senhor.
- Vá embora agora, ou acabar com você é o que irei fazer! Vá!- Gritou o rei ameaçando Marf.
Marf voou até a montanha, pegou Bruke que nada havia entendido e queria ficar. Não poderia deixar isso passar assim. Foram embora dali, pois Marf não o perguntou, mas sim afirmou. Contou toda a história para ele, que comentou:
- Quer dizer que não é só entre nós humano que temos preconceitos.
- Pode acreditar que não. Mas isso não é apenas racismo, é também proteção.- respondeu Fly
- Proteção de que?
- De seu filhote. Além de que ainda estava acordando de como podemos chamar de um sonho ruim.
- Mas filhote?
- Ainda é pequeno. Não sei você viu, mas na montanha em que você ficou, dentro da caverna em que apontou, uma fêmea cuidava de seu filhote. Ele a estava protegendo. O que quer dizer que já sabia o que iria acontecer. Precisaremos voltar lá para saber o que aconteceu.
- Sim. Mas, no momento, temos que voltar ao jogos e depois de procurar os outros magos veremos essa história
O jogos daquele ano começaram tarde. Foram batalhas difíceis. Porém Bruke não perdeu nenhuma e não esperava a hora de competir com Maziu novamente. Esse dia chegava cada vez mais perto. Quando aconteceu, dessa vez, derrotou-o. Fez ele e seu dragão ficar de joelhos, em volta da quadra, uma grande multidão contemplou o grande momento da vitória. Tormen sempre ficará em seu coração. Mas naquele ano, Bruke ganhou mais do que a competição, ganhou a confiança de seu melhor amigo Marf.

Depois daquele ano, Bruke acabou ganhando. Mas muitas pessoas dizem que vêem um dragão negro voar à noite.
Mais tarde, ele foi atrás dos outros magos do grupo de Tormen, sabia que a magia deveria existir nesse mundo. E eles tomaram posse de Renno e governaram acima do rei, com justiça e prosperidade. E o que aconteceu com Bruke? Seu pai, Marf e ele foram morar no castelo e como posso dizer... Viveram Felizes para Sempre!
 
UAU!!! BEm legal... Realmente gostei! Um dos melhores textos já postados nesse clube! Parabéns!
 
É meio compridinho, eu leio depois com mais calma, mas já que o Knolex disse que é ótimo, então realmente deve ser... (falô puxa-saco... :) )
 

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