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[L] [Liteeliniel] [A Passagem de Gelo]

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[Liteeliniel] [A Passagem de Gelo]

A Passagem de Gelo


Os noldor, agora, tentavam traçar seu próprio destino. Deixando Aman para trás, junto com parte de seu povo e os Valar, e chegaram ao norte de Arda, liderados por Fëanor, Espírito de Fogo. Ao subir no topo de um morro, o gelo surgiu. Não sabiam sua extensão, porém, não ousariam atravessa-lo.
Era fim de tarde, e para resolver os passos seguintes, se reuniram Fingolfin e Fëanor, ambos com seus filhos. Fizeram uma roda e no centro da circunferência torta, começaram a discutir qual caminho tomar e como faze-lo, já que não havia embarcações suficientes para todo o povo que os acompanhara até então.
A noite caiu, a escuridão cobriu tudo e finalmente os noldor começaram a sentir falta de Amam, a terra sagrada, onde derramaram sangue de seus irmãos. O cansaço era visível em cada alma que estava acordada naquela reunião. Para encerrar, Fëanor se impôs e falou alto:
- A derrota é clara em seus rostos. Descansem agora antes que o sono cubra suas almas. Deixe que suas embarcações fujam para terras distantes e não voltem. Deixem que percorra todo o oceano que existe dentro da cabeça de vocês para amanhã sabermos qual caminho tomar, ou até antes disso. - deu uma risada sarcástica, separou-se da reunião e sentou-se encostando-se em uma alta árvore. - Que tenham uma boa noite!
Todos o olharam espantados, porém entenderam que deveriam descansar e ter sonhos profundos. Apenas Fingolfin desconfiou da palavra de Fëanor, por isso, mandou um de seus companheiros vigiar cada passo e cada movimento que o meio irmão fizesse.
Cada hora que se passava ficava mais frio e o vento se intensificava. Foi essa a propicia hora que Fëanor achou para roubar os barcos e fugir. Fëanor, aprontou os barcos naquela madrugada e ao perceber q estava sendo observado falou:
- Ó camundongo que me espia, que segue meus passos, uma coruja comum pode não ver seus movimentos, mas uma coruja abençoada por Eru, cuja coragem é interminável, não necessita de movimentos para saber que há um camundongo atrás da árvore. Se ele for rápido o bastante e revelar-se, talvez a coruja não o persiga, pelo contrário, poderá até poupar sua vida, não deixado que pereça no frio, se juntar-se agora a meu povo.

O elfo saiu de trás da árvore e entrou em um dos barcos. - Eu escolho ir convosco, Espírito de Fogo.
Fëanor conferiu se seus companheiros fiéis e seus filhos estavam a bordo e foi o último a embarcar. Na metade do caminho, segurou o elfo traidor pelo pescoço e degolou-o com uma pequena faca que trazia no bolso. - Não levo vestígios do passado que possam no futuro me trazer preocupações, traidor. - Jogou o corpo na água. Maedhros, seu primogênito, olhou-o com olhos de decepção, mas não deu muita atenção. Ao amanhacer, chegaram em terra firme, desembarcaram e Maedhros correu ao pai:
- E agora, quem mandaremos de volta para pegar os outros? Não sei quem se oferecerá para tal trabalho. E quem traremos primeiro? Fingolfin, seu meio irmão junto com seus filhos e Fingol, o Valente?
- Hahahahahahaha! O que deixei para trás é poeira, poeira de um fogo que se extinguiu e impregnou a todos nós. Se queremos crescer, teremos que fazer um futuro só nosso. Só com vencedores, corajosos e decididos. Não quero fantasmas dos Valar nos perseguindo. Queimem os barcos, queimem todos! De agora em diante, seremos um povo separado, um povo cuja ira superará os Valar! - Ergueu as mãos aos céus enquanto a fumaça passava por entre elas e subia cada vez mais alta. - Somos filhos de Iluvatar, O Um! - Maedhros se isolou, então e desconfiou das atitudes de seu pai.

O sol nasceu, Fingolfin foi o primeiro a dar falta de seu meio irmão e e o vigia, então, na costa ocidental ele gritou, pelo rancor e raiva. Queria vingança e prometeu a si mesmo que levaria os outros à Terra Média de qualquer forma. Embora tivesse força, não sabia como faze-lo. Mas Galadriel e Finrod, descendentes de Finarfin, ofereceram-lhe ajuda para guiar os outros.
Então, Fingolfin colocou sua grande capa real e partiu em direção ao gelo. Os noldor atravessariam Helcaraxë, O Gelo Atritante.
Nas 5 primeiras horas, os noldor se mostraram dispostos e agüentaram as tempestades de neve decorrentes. Porém, a partir daí, o caminho ficava mais difícil e espinhos de gelo saiam do chão, obrigando os elfos a escolherem bem seus caminhos e se manterem firmes e equilibrados. Porém, inevitavelmente, houve a primeira morte: Elenwë. Ela escorregara no vão entre um bloco de gelo e outro, de modo que sua perna direita foi quebrada e decepada fora do corpo enquanto seu peito caira em cima de dois espinhos. Um lhe furara a barriga e outro o coração. Turgon, seu marido, abraçou-a fortemente contra o peito. Mas o grupo não podia parar por conta disso. Ela estava mortalmente ferida e não havia tempo de retirá-la e não estavam em condições de carrega-la. Turgon reclamou:
- Como podem deixa-la ai para morrer, atirada desse jeito? Ela é um de nós, merece ser salva! Alguém me ajude! - Mas a sua volta, os elfos o ignoravam e continuavam a seguir Fingolfin, quem agora se encontrava a quase um quilômetro a frente. Eram como almas surdas e sem rumo, com mente congeladas, que seguiam em frente sem esperança. - Alguém! - Deu seu último grito. Elenwë, com o sangue lhe escorrendo pelos lábios, acalmou o marido e lhe disse: - Vá! Eles estão certos, não deves ficar aqui. Eu morrerei de qualquer forma, mas minha alma permanecerá contigo aonde for. E você se salvará e construirá um belo reino, para todos invejarem. - Suas ultimas palavras soaram menos que um sussurro, mas faleceu. Turgon chorou lágrimas que congelavam antes de tocarem o chão e quando caiam no gelo, o som emitido era maravilhoso, e essas tristes lágrimas compuseram a melodia de Elenwë.
Nas horas seguintes, um a um dos elfos, pereciam. Fingolfin, olhava para trás e via o número se reduzir a cada milha. O frio tomara seus pés e tornozelos. Ele não mais sentia sua mão se mover. Sentia apenas, o sangue ainda quente correndo em suas veias e sua pulsação. Cada passo era um esforço maior e o cansaço tomava seu corpo. Ele suava exageradamente e agora, o vento que uma vez fora frio, tranformara-se em gelo que caia em flocos dos céus.
Fingolfin caiu de bruços com o rosto enfiado no gelo, só era possível ver seus negros cabelos a esvoaçarem com a força da névoa. Sua queda foi lenta e ele afundou no gelo. Os outros estavam a alguns metros atrás, mas não tinham condições de correr para socorrê-lo, o frio e a neve os impossibilitava.
Fingolfin ficou na mesma posição durante minutos seguidos e pareciam horas. Esticou o braço esquerdo e agarrou um pouco de gelo do chão: - Não posso morrer agora, eu ainda hei de enfrentar perigos piores, tenho uma promessa para cumprir. Minha tarefa nesse mundo não termina aqui, ainda tenho deveres. - Apenas ele o escutou. Mas quando recolheu a mão para perto dele, arrastando-a, logo a frente, viu do rastro, surgir um ramo de uma planta desconhecida para ele até então. Era verde e tinha flores brancas. Não era de grande porte, era apenas pequena e jovem.
Ele não acreditou no que viu e chegou até rir e chorar e de alguma forma, sua força voltou e ele pode caminhar mais. Foi então que poucos metros a frente, surgiu terra sem gelo e Fingolfin chorou, como uma criança, um bebê que acaba de sair do ventre da mãe.
E assim, os noldor foram trazidos para a Terra Média.
 
Lite, está muito bom.... Tanto o texto quanto o banner que me trouxe até aqui... Meus parabéns.. :clap: :clap:
 
Lite, ótimo texto, parabéns :kiss:

Só uma sugestão: tente fazer sentenças mais curtas e com menos vírgulas. O texto flui melhor :wink:

(eu achei que seu avatar tinha neve por causa do natal, até ver o banner :eek: )
 
Heruost disse:
Lite, está muito bom.... Tanto o texto quanto o banner que me trouxe até aqui... Meus parabéns.. :clap: :clap:

Kibonnn q vc gostouuuuu!! Brigadinhaaaaa :oops: :obiggraz: :obiggraz: :kiss:
Hihihi


Ana Lovejoy disse:
Lite, ótimo texto, parabéns :kiss:

Só uma sugestão: tente fazer sentenças mais curtas e com menos vírgulas. O texto flui melhor :wink:

Brigadinha!!! :kiss:
Ah, então, as vírgulas são minha sina.. hehehe eu me empolgo mtu quandu tou escrevendu!! hehehe
Mas eh verdade.. frazes menores soam melhor mesmo.


(eu achei que seu avatar tinha neve por causa do natal, até ver o banner :eek: )

Pensei q vc dar essa duvuda mesmo. Na verdade, o avatar eh de natal, tanto que eu fiz ele antes hehehe
Depois q escrevi o texto e fiz o banner q vi q iria dar confusão hehe :oops: :oops:
 

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