Goba
luszt
[Letisgu][Relatos]
Dia 1
Acordei e me sentei na cama, chorei, por não ter mais o que fazer. FUi até a cozinha e comi pão mofado com manteiga derretida que estava fora da geladeira.
Fui para a cama, chorei, agora pela vida que tenho.
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Dia 2
Estou a esperando a um mês, mas ela nunca aparece. Não dormi de ontem para hoje. Na porta estão jornais velhos, nunca os pego, porém hoje quis ver o Sol. Como eu fúria a minha saída o céu se nublou e eu chinguei Deus e chinguei minha mãe. E amaldiçoie-a! Quero que ela chegue logo.
Choro.
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Dia 3
Adormeci enquanto escrevia. Estou imundo, a casa está imunda, a rua está imunda, a cidade está imunda. Tudo está imundo, a vida está imunda. Qual ela vem lavá-la?
Hoje sentei no quintal. Imundo quintal o qual joguei litros e litros de água para nada resolver. Imundisse. Me sentei e roguei pragas, não me gosto.
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Dia 4
Contas e mais contas. Não as pago já fazem 2 meses. Estou sem energia apenas. Vivo de água e telefone fiados. Seguro do carro que roubaram, conta do cartão de crédito, propaganda, propaganda. Uma carta, minha irmã. Ela escreve de Moscow, manda fotos. Ela está feliz com seu marido e seus dois filhos. Que morra congelada aquela desgraçada. Não vivo de alegrias pois a vida não é uma alegria. Se ela está feliz é por quê irá se decepcionar.
Ela não deu nem sinal, apenas parece se afastar. Se ela não o fizer, farei eu mesmo!
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Dia 5
Hoje andei, saí para rua. Dentre todos os falsos e pomposos eu era o único que via a vida como ela é. Os outros vivem em suas realidades coloridas. Imundisse! Quase fui preso, porém apenas dei risadas quando cheguei na delegacia. Eles me expulsaram de lá. Ridículos...
Perambulei pelo centro da cidade, comprei comida. Vi que lá é centro de falsidades, de fingidores de vida. Me afoguei em melancolia ao ver o mundo iludido. Chorei.
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Dia 6
Passei a noite aterrorizado com o mundo e chorei. Sinto vontade de correr dessa vida imunda, fugir dessa sujeira. Sinto que ela se esvai e não tenho coragem de terminar o serviço por mim mesmo.
Derrubei uma das paredes da casa com a própria cadeira onde vejo TV. A casa está infestada de fungos, a parede já estava podre. Ouvi música, Bob Marley. Chorei ao perceber o quão sábio ele era, e quanto ele enganava. Odiei. Por céus, foi a primeira vez em meses que eu odiei, e nunca mais quero sentir isso. Dormi por um breve período. Agora escrevo, mas estou a cair no sono.
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Dia 7
Há tempos já que eu não dormia. Desconforto me atinge, estou com um tremendo torcicolo. Quero fugir.
Durante o sono a vi e vi como seria. Premonição? Eu espero que sim, mas nunca vi o lugar onde aconteceu. Sonho maldito, esperança enganosa. Onde ela está? Gostaria que ela parasse de levar os tolos e gostaria que ela viesse até mim, estou me cansando da espera.
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Dia 8
Acordei e chorei por não ter o que fazer novamente. O dia todo.
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Dia 9
Estou caindo na mais profunda depressão. Tenho apenas chorado, não como nem bebo nada. A sinto de levando, mas não como eu queria.
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Dia 10
Ela está ao meu lado, acariciando meu rosto. Hoje vou, mas vou sofrer para isso. Ela gosta da diversão ou apenas se cansou tanto de mim que quer me ver gritar? De fato não uso minha voz para dar gritos a meses, até anos. Não gritarei.
Frio e medo me atingem, quero que ela vá e ela ri de minha cara. Sua mão toca meu coração, estou indo para onde não queria. Sempre pensei ser diferente.
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Dia 11
Vomitei e chorei. Estou definhando, e ela ri, ri sem parar. Maldita seja! Que punição mais irá me impor? Quero que me leve agora que chegou! Draga maldita!
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Dia 12
Nada mais vejo, nada mais ouço nem sinto. Penso estar morto mas consegui escrever no diário. Ao menos penso que escrevo no diário.
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Dia 13
Estou indo, vomitei, chorei e finalmente gritei. Ela gargalhou horas e horas após meu grito.
Frio, fome e cansaço. Adeus.
Dia 1
Acordei e me sentei na cama, chorei, por não ter mais o que fazer. FUi até a cozinha e comi pão mofado com manteiga derretida que estava fora da geladeira.
Fui para a cama, chorei, agora pela vida que tenho.
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Dia 2
Estou a esperando a um mês, mas ela nunca aparece. Não dormi de ontem para hoje. Na porta estão jornais velhos, nunca os pego, porém hoje quis ver o Sol. Como eu fúria a minha saída o céu se nublou e eu chinguei Deus e chinguei minha mãe. E amaldiçoie-a! Quero que ela chegue logo.
Choro.
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Dia 3
Adormeci enquanto escrevia. Estou imundo, a casa está imunda, a rua está imunda, a cidade está imunda. Tudo está imundo, a vida está imunda. Qual ela vem lavá-la?
Hoje sentei no quintal. Imundo quintal o qual joguei litros e litros de água para nada resolver. Imundisse. Me sentei e roguei pragas, não me gosto.
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Dia 4
Contas e mais contas. Não as pago já fazem 2 meses. Estou sem energia apenas. Vivo de água e telefone fiados. Seguro do carro que roubaram, conta do cartão de crédito, propaganda, propaganda. Uma carta, minha irmã. Ela escreve de Moscow, manda fotos. Ela está feliz com seu marido e seus dois filhos. Que morra congelada aquela desgraçada. Não vivo de alegrias pois a vida não é uma alegria. Se ela está feliz é por quê irá se decepcionar.
Ela não deu nem sinal, apenas parece se afastar. Se ela não o fizer, farei eu mesmo!
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Dia 5
Hoje andei, saí para rua. Dentre todos os falsos e pomposos eu era o único que via a vida como ela é. Os outros vivem em suas realidades coloridas. Imundisse! Quase fui preso, porém apenas dei risadas quando cheguei na delegacia. Eles me expulsaram de lá. Ridículos...
Perambulei pelo centro da cidade, comprei comida. Vi que lá é centro de falsidades, de fingidores de vida. Me afoguei em melancolia ao ver o mundo iludido. Chorei.
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Dia 6
Passei a noite aterrorizado com o mundo e chorei. Sinto vontade de correr dessa vida imunda, fugir dessa sujeira. Sinto que ela se esvai e não tenho coragem de terminar o serviço por mim mesmo.
Derrubei uma das paredes da casa com a própria cadeira onde vejo TV. A casa está infestada de fungos, a parede já estava podre. Ouvi música, Bob Marley. Chorei ao perceber o quão sábio ele era, e quanto ele enganava. Odiei. Por céus, foi a primeira vez em meses que eu odiei, e nunca mais quero sentir isso. Dormi por um breve período. Agora escrevo, mas estou a cair no sono.
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Dia 7
Há tempos já que eu não dormia. Desconforto me atinge, estou com um tremendo torcicolo. Quero fugir.
Durante o sono a vi e vi como seria. Premonição? Eu espero que sim, mas nunca vi o lugar onde aconteceu. Sonho maldito, esperança enganosa. Onde ela está? Gostaria que ela parasse de levar os tolos e gostaria que ela viesse até mim, estou me cansando da espera.
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Dia 8
Acordei e chorei por não ter o que fazer novamente. O dia todo.
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Dia 9
Estou caindo na mais profunda depressão. Tenho apenas chorado, não como nem bebo nada. A sinto de levando, mas não como eu queria.
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Dia 10
Ela está ao meu lado, acariciando meu rosto. Hoje vou, mas vou sofrer para isso. Ela gosta da diversão ou apenas se cansou tanto de mim que quer me ver gritar? De fato não uso minha voz para dar gritos a meses, até anos. Não gritarei.
Frio e medo me atingem, quero que ela vá e ela ri de minha cara. Sua mão toca meu coração, estou indo para onde não queria. Sempre pensei ser diferente.
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Dia 11
Vomitei e chorei. Estou definhando, e ela ri, ri sem parar. Maldita seja! Que punição mais irá me impor? Quero que me leve agora que chegou! Draga maldita!
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Dia 12
Nada mais vejo, nada mais ouço nem sinto. Penso estar morto mas consegui escrever no diário. Ao menos penso que escrevo no diário.
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Dia 13
Estou indo, vomitei, chorei e finalmente gritei. Ela gargalhou horas e horas após meu grito.
Frio, fome e cansaço. Adeus.
