Northern Lad
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[Laurelin Vox][O Futuro]
A matéria é indestrutível. Mesmo que longas eras se passem e catástrofes incomensuráveis ocorram, mesmo que o fogo caia do céu e arrase a civilização atual, mesmo que a terra trema, mesmo que seja engolida pelo mar, mesmo que tudo o que vemos hoje se torne cinzas, o solo sob o qual pisamos é eterno. E se murchar, e se tudo o que é verde pereça e o planeta se tornar uma bola de fumaça e carvão, tudo continuará aqui. O que restou de nossos corpos, nossas construções, nossa glória, nosso orgulho. Nossa ruína estará aqui. Um monumento, que não pode ser apagado. Que pode ser separado, e enviado para todos os pontos do universo infinito que nos cerca, como uma mensagem, um sinal, para os que ficam além do além; para os que moram além da noite, das estrelas, do sol. Quem há de ver nossa ruína? Nossa ruína, de todos nós, pois havemos de nos matar. E não será catóstrofe, nem chuva de fogo, nem maremoto, nem terremoto, nem meteoro que nos eliminará. Seremos nós mesmos. Não haverá vencedor humano. A Terra perecerá e junto com ela iremos nós. Haverá alguém para ver o que restou? Haverá um ser de outra galáxia entre galáxias incontáveis para ver o que ficou, o que restou, e entenderá por fim? Entederá o que aconteceu, e contenplará tudo o que foi, e o que poderia ter sido, se o maldito orgulho não nos tivesse acompanhado por todos esses tempos? Ou será que sobrará alguém de nossa própria raça, um, único, que escapou da guerra, que escapou da peste, da mácula, da escuridão, do ódio; que percorreu desertos de sombras inumeráveis à procura de luz. Não, o sol não se apagou, tampouco foi a causa do fim de tudo. O Sol não se apagou. Mas mergulhou nas trevas. Envergonhado, angustiado, se isolou e se arrancou do lugar no qual estivera por tanto tempo. E sem o sol, a Lua também fica no escuro, dançando no escuro em torno de uma bola escura. E se sobrou alguém, também será tragado; o último a ser tragado. Quem sabe há de encontrar alguém? Alguém, daqueles que ficam do outro lado. Humanos, como nós? Quem pode saber? Não será tão cedo. Ainda temos de viver por longos tempos e ver a Terra murchar aos poucos. Se uma salvação inesperada pode vir, ninguém pode dizer. Se os anjos forem mandados por Deus para que sejamos salvos, ninguém pode saber. Para isso foi criada a esperança. Esperança... Eu espero, como todos esperam, que tudo não seja vão, que possamos ter outra chance, ou outra vida, ou um recomeço maravilhoso. Mas o futuro é incerto, e incerta é nossas vidas; ao passo que a morte é certa, e o fim é certo. Tudo o que começa acaba, mas que acabe com esplendor! Que tudo possa terminar bem, e que descansemos em paz sob túmulos floridos, sobre os quais crescerá uma nova humanidade. Um renascimento luminoso poderia ocorrer. E enquanto isso, esperamos... E tentamos fazer algo...
A matéria é indestrutível. Mesmo que longas eras se passem e catástrofes incomensuráveis ocorram, mesmo que o fogo caia do céu e arrase a civilização atual, mesmo que a terra trema, mesmo que seja engolida pelo mar, mesmo que tudo o que vemos hoje se torne cinzas, o solo sob o qual pisamos é eterno. E se murchar, e se tudo o que é verde pereça e o planeta se tornar uma bola de fumaça e carvão, tudo continuará aqui. O que restou de nossos corpos, nossas construções, nossa glória, nosso orgulho. Nossa ruína estará aqui. Um monumento, que não pode ser apagado. Que pode ser separado, e enviado para todos os pontos do universo infinito que nos cerca, como uma mensagem, um sinal, para os que ficam além do além; para os que moram além da noite, das estrelas, do sol. Quem há de ver nossa ruína? Nossa ruína, de todos nós, pois havemos de nos matar. E não será catóstrofe, nem chuva de fogo, nem maremoto, nem terremoto, nem meteoro que nos eliminará. Seremos nós mesmos. Não haverá vencedor humano. A Terra perecerá e junto com ela iremos nós. Haverá alguém para ver o que restou? Haverá um ser de outra galáxia entre galáxias incontáveis para ver o que ficou, o que restou, e entenderá por fim? Entederá o que aconteceu, e contenplará tudo o que foi, e o que poderia ter sido, se o maldito orgulho não nos tivesse acompanhado por todos esses tempos? Ou será que sobrará alguém de nossa própria raça, um, único, que escapou da guerra, que escapou da peste, da mácula, da escuridão, do ódio; que percorreu desertos de sombras inumeráveis à procura de luz. Não, o sol não se apagou, tampouco foi a causa do fim de tudo. O Sol não se apagou. Mas mergulhou nas trevas. Envergonhado, angustiado, se isolou e se arrancou do lugar no qual estivera por tanto tempo. E sem o sol, a Lua também fica no escuro, dançando no escuro em torno de uma bola escura. E se sobrou alguém, também será tragado; o último a ser tragado. Quem sabe há de encontrar alguém? Alguém, daqueles que ficam do outro lado. Humanos, como nós? Quem pode saber? Não será tão cedo. Ainda temos de viver por longos tempos e ver a Terra murchar aos poucos. Se uma salvação inesperada pode vir, ninguém pode dizer. Se os anjos forem mandados por Deus para que sejamos salvos, ninguém pode saber. Para isso foi criada a esperança. Esperança... Eu espero, como todos esperam, que tudo não seja vão, que possamos ter outra chance, ou outra vida, ou um recomeço maravilhoso. Mas o futuro é incerto, e incerta é nossas vidas; ao passo que a morte é certa, e o fim é certo. Tudo o que começa acaba, mas que acabe com esplendor! Que tudo possa terminar bem, e que descansemos em paz sob túmulos floridos, sobre os quais crescerá uma nova humanidade. Um renascimento luminoso poderia ocorrer. E enquanto isso, esperamos... E tentamos fazer algo...
mas também todas as histórias daqui são gigantescas achei que essa ia ser grande também. 
