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[L] [Kiwi][Francês, la langue de la traicion]

Kiwi

mi perna está jodida.
[Kiwi][Francês, la langue de la traicion]

"Je veux un crepe du pomme dans tu cú" fez Rodrigo momentos antes de minha primeira relação sexual ir para o brejo.
Era uma daquelas festas em que os seus amigos vão curtir na sua casa e você tem que se manter sóbrio e cuidar de tudo. Havia tantas pessoas que eu não conhecia! E havia a Gabriela; aquela garota que todos querem provar, justamente porque todos provam. E aquela noite parecia ser a minha; apesar de estar acompanhada de meu melhor amigo, Rodrigo, ela parecia estar muito mais interessada em mim e na minha sobriedade do que na barba a fazer e desorientação de meu amigo. Graças às substâncias ilícitas circulando à toda em seu sangue é que ele parecia não se tocar de como a sua companheira estava acompanhando a outro.
Como suposto responsável pela festa, eu não parava um segundo e Gabriela estava sempre ali, esbarrando em mim. Tentava me tirar para dançar, mas não sou disso. "Preciso pegar um balde! Estão vomitando no sofá...!", entre outras desculpas válidas.
Em dado momento, ouvi dizer que Rodrigo capotara ao cheirar farinha de trigo. Disseram que ele pensara ser açúcar. Orientei algumas pessoas não tão bêbadas a leva-lo para meu quarto.
Hora e meia depois, algumas pessoas a menos, a calma estava no ar, entre outras coisas. Resolvi ir ver como estava meu grande amigo e surpreendi-me ao perceber que quem estava na minha cama estava um tanto sóbria.
"Oi", diz Gabriela; a voz rouca e sedutora, como a de uma profissional.
- Cadê o Drigo?
- Ali, no chão.
- Por que ele ta no chão?
- Porque não quis deitar na cama...
- E você, como ta?
- Entediada. Vem aqui.
Sim, eu sabia o que fazia ao sentar ao lado de Gabriela na minha cama king-size. Sabia onde daria e sabia que Rodrigo faria o mesmo se estivesse no meu lugar; sentaria e curtiria a noite. Eu sabia de tudo isso. Ou pelo menos pensava saber.
- Que ... desastre, hein? Esta festa e tudo mais...
- Você acha? Bom, não ta muito animada, ainda, né?
- Não muito.
Que clichê. Minutos depois, estávamos malhando. Me perguntei se os jovens de hoje em dia fazem coisas desse tipo por causa dos filmes ou se os filmes mostram jovens fazendo coisas assim porque eles realmente fazem. Depois me perguntei por que diabos perguntas existenciais surgem na minha cabeça todas as poucas vezes que estou beijando uma garota.
Assim que parei de me questionar, percebi como uma coisa leva à outra quando estamos com uma Gabriela da vida. Não sei como mas seu sutiã cobria meu pé e estávamos tão juntos que se Rodrigo acordasse pensaria estar presenciando um ritual de egossexualismo relizado por um cara bem grande.
Estávamos 'quase lá' quando descobri que Rodrigo não precisava acordar para estragar minha primeira vez. Também foi dessa vez que descobri que além de sonâmbulo, falava francês.
Graças ao exótico gosto inconsciente do meu amigo, meu pequeno amiguinho não deu conta do recado e Gabriela voltou para casa insatisfeita.
Tudo isso graças a um crepe de maçã a ser comido no meu pescoço por um imbecil entorpecido.


FIM


(A crônica menos ruim que mais me agradou ter escrito neste ano em redação foi justamente a primeira a ser maximamente bem avaliada. Agora, dê uma lida. Se isso é um A, ...)
 
:D Parabéns, está muito bem escrito!! Tá bem coeso, tem um desenvolvimento muito bem feito. Na minha opinião, merece o A que ganhou...Achei a história um pouco fraca (não vejo bem o 'objetivo final' da crônica), mas talvez seja porque foi feita para a escola...
Só tem um errinho que eu achei, olha:
Disseram que ele pensar ser açúcar.

E achei que o 'malhando' contrastou um pouco com o tipo de texto em geral...
Minutos depois, estávamos malhando

Como conselho, continue escrevendo, você ecreve muito bem!!
 

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