• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

[L] [Ka Bral o Negro][A Filha do Sol e o Elfo das Trevas]

Impressão ou você deu uma ênfase maior para o Narrador dessa vez? :o?:

Tem que ver bem como vai distribuir isso ao longo do texto, senão a narrativa fica desequilibrada, né?

Mas fora isso, continua ótimo! Vê se não para isso no meio e escreve até o fim pra gente :grinlove:
 
Ufa! Terminei de ler.... está muito bom Ka Bral...
Como eu já comentei com você rapidamente, por um momento o personagem Tell'Arin me despertou a lembrança do Gollum... a descrição corporal dele é muito boa. Acho muito bom quando leio uma descrição de personagem e consigo construí-lo na minha mente...detalhe por detalhe... e o fato dele me lembrar o Gollum é pelo trejeito dele, o ódio que corre nele - odiar a tudo e a todos. Mas por mais que lembre o nosso querido caviloso, ele é unicamente Tell'Arin. Ah sim... gostei muito dele :wink:

Hum...dragões foram citados :grinlove: ...você agora sabe o quanto sou apaixonada por dragões :grinlove:

Os trechos com o Narrador ainda me causam uma ligeira estranheza...mas é algo que não consigo te explicar: como isso acontece :tsc:

Por favor continue escrevendo! Não pare!! :wink:
 
Ahrdarah disse:
a descrição corporal dele é muito boa. Acho muito bom quando leio uma descrição de personagem e consigo construí-lo na minha mente...detalhe por detalhe...
Vc que é desenhista, e qualquer outra pessoa que desenhe, sintam-se livres para desenhar os personagens aqui descritos; na verdade, devo confessar que desejo muito ver uma ilustração do personagem Tell'Arin :mrpurple:

Ahrdarah disse:
Hum...dragões foram citados :grinlove: ...você agora sabe o quanto sou apaixonada por dragões :grinlove:
Eu tb adoro dragões :mrpurple:

Citados...? Digamos que não apenas citados... oh, cale essa boca, Cabral! 8O

Ahrdarah disse:
Os trechos com o Narrador ainda me causam uma ligeira estranheza...mas é algo que não consigo te explicar: como isso acontece :tsc:
Todos estão dizendo isso; pelo visto, tenho muito o que melhorar nesse aspecto. De qualquer forma, haverá um maior equilíbrio.

Bom, vamos a mais um trecho do capítulo 3 :D
 
Kaio
Por acaso você é surda, garota? Eu já disse que você não pode brincar com a gente! ninguém pediu para que nos acompanhasse. Você assusta todo mundo (menos eu, é claro); vá embora!

Kinemara
Impressionante; eu acabo de livrar vocês todos de uma grande enrascada e é assim que me agradecem?

Kaio
É por isso! É porque você é estranha! Uma pessoa normal não solta fogo pela mão!

Kinemara
Sobre isso, eu não sei o que dizer; não sei como fiz aquilo.

Kaio
Meu pai disse que o seu é da mesma raça daquele povo esquisito do deserto, que possuem olhos brilhantes dessa cor esquisita aí sua. É diferente dos nossos! Ouvi dizer que aqueles caras possuem sangue de dragão nas veias! Que horror!

Kinemara
É mesmo? Então vai ver que eu sou uma pequena menina dragão, destruidora e terrível, e vou devorar todos vocês!

Kaio
Você não me assusta! É apenas uma pirralha. Uma pirralha esquisita!

Kinemara
Exceto pela cor de meus olhos, sou igual a vocês.

Kaio
Nada disso! Você é diferente de nós e ponto final!

Kinemara
Não sabe falar outra coisa? Ou se esgotaram seus argumentos esfarrapados? A sua intolerância é fruto da sua ignorância, garotinho.

Kaio
Quem você está chamando de ignorante? Quem você está chamando de garotinho? Sou mais velho que você!!!

Kinemara
Certo, certo. . . então por que está falando alto comigo? Por que está tremendo? Está com medo por causa daquele jato de fogo que saiu do meu dedo quando aquela onça estava prestes a te devorar? Eu salvei a sua vida deplorável; o mínimo que você poderia fazer era demonstrar algum respeito.

Kaio
Eu não respeito monstros!

Kinemara
Então eu sou o monstro que salvou todos vocês, ratinhos assustados. E você é o pior de todos, pois é o mais velho da turma; obrigou os outros a se embrenharem na floresta das fadas só para provar que não tem medo de nada. Daí, provocou aquela onça, jogando pedras nela, e depois fugiu para se esconder, deixando seus amiguinhos para trás.

Kaio
Mentira! Eu fui proteger minhas irmãs!

Kinemara
Você não passa de um garotinho fanfarrão e covarde, um moleque irritante e patético que precisa provar para si mesmo e para os outros uma coragem que nunca teve. E nem nunca vai ter.

Kaio
CALA ESSA BOCA!!!!

NARRADOR
As crianças começam a rir e escarnear de Kaio. Furioso, o garoto avança, disposto a dar uma surra naquela menina metida; só que ela apenas o encara com uma expressão severa, e não se mexe. E logo em seguida, Kaio também não.
Pela primeira vez ele olhou de verdade nos olhos penetrantes e brilhantes de Kinemara, olhos que parecem brilhar em ressonância com o forte Sol dessas terras que no céu fulgura; e pela primeira vez em seus treze anos de vida, sentiu um medo real de uma menina mais nova e menor que ele.
Só que, naquele instante, lhe pareceu que não estivesse olhando para olhos de criança, e sim para os olhos terríveis de algum senhor dragão antigo, poderoso e cruel. E devorador de gente.
O garoto soltou um grito e caiu para trás, e se arrastou como um animal apavorado até onde estavam suas irmãs; tomou-as pelas mãos e correu para longe de Kinemara, em direção à Vila Z'lake, o mais rápido que conseguiu. E nunca mais desafiou a menina novamente.
Em segundos, Kinemara estava sozinha na clareira da floresta, pois as demais crianças, assustadas, fugiram junto com Kaio e suas irmãs. E quando ninguém mais estava olhando, desfez a expressão severa em seu belo rosto. E duas lágrimas gêmeas tristes e lentas por ali desceram.
No céu, brilha o Sol.

E cai a noite.
A Vila Z'lake, na verdade um povoado minúsculo (para os padrões das demais vilas malgárias) onde cerca de 100 viv'almas estabeleceram suas simples moradias. Cultivam e plantam seu sustento, mas evitam caçar em demasia. Pois acreditam que isso irritaria as fadas da floresta.
Suas casas são cabanas rústicas (mas caprichadas) de palha; uma família inteira se acomoda num único cômodo. Os trajes malgários são mínimos: saiotes, tangas e mantos abertos enrolados no corpo, todos coloridos (embora sejam verdes em sua maioria); cordões de ossos adornam seus pescoços e pulsos. E as mulheres andam com os seios à mostra.


Kinemara
...e foi isso que aconteceu, mamãe.

Sylvara
Está chorando, minha filha?

Kinemara
Lógico que não! Uns imbecis daqueles não são dignos de minhas lágrimas...

Sylvara
Hihihihi... eu sou sua mãe; jamais conseguirá mentir para mim.

NARRADOR
A menina agora estava em sua casa, auxiliando sua mãe no preparo do jantar. O cheiro adocicado das ervas fumegando no calderião de barro preenchem a cabana. Há utensílios de cozinha, duas camas de feno e vasos barro; mas também há rolos de folhas, penduricalhos, cordões e talismãs e outros apetrechos que evidenciem que uma bruxa mora neste local.
E uma belíssima bruxa era a mulher de nome Sylvara: curvilínea, de longos cabelos encaracolados, olhos castanhos escuros e pele numa tonalidade marrom claro.
Mãe e filha trajam apenas saias de corte aberto e colares de penas e ossos; mas Sylvara possui mais, e uma pintura colorida no rosto e nos seios.


Sylvara
Então, pela primeira vez, você manifestou os poderes; e pelo visto, herdou os poderes de seu pai, e não os meus. Estranho...

Kinemara
A senhora nunca me esclareceu porque papai possui poderes tão diferentes dos seus. E as pessoas dessa vila me irritam! Me olham feito bicho desde que nasci, no mínimo!

Sylvara
Calma, minha filha; não é sábio se enfurecer por tão pouco. Infelizmente, as pessoas são assim: temem aquilo que desconhecem. E os habitantes dessa vila são almas simples; mesmo para eles, meus poderes de bruxa, comuns entre aqueles da Tribo Malgária, causam certa estranheza para aqueles que não sabem como manipular o Poder.
Durante gerações, nasceram crianças com uma mesma aparência básica; e de repente me aparece seu pai, um dalressano, muito ferido e quase morto nas cercanias da Floresta do Esquecimento. Nos amamos, e então nasce você, que herda basicamente a aparência dele (embora tenha meus cabelos) e agora, os poderes dele. Se isso me deixou um tanto quanto apreensiva, imagina as pessoas dessa vila? Elas desconfiam imensamente dos dalressanos, porque eles canalizam o Poder através do sangue de seus ancestrais dragões; por isso, são os feiticeiros mais poderosos e temíveis de todo o Continente.

Kinemara
Ora; que as pessoas são estúpidas por não saberem lidar com o diferente, e que desconfiam de mim e de meu pai por nosso sangue estrangeiro, isso eu já sabia...

Sylvara
Não fale assim das pessoas, minha filha.

Kinemara
...ou eu não noto seus olhares de recriminação, receio e censura? As crianças, ao menos, são mais sinceras, ao me chamarem de monstro na minha cara.
Agora, a forma pela qual a senhora conheceu o papai nunca me foi revelada. E nem detalhes sobre os poderes dele, que tanto se fala.

Sylvara
Você tem razão. Então...

Kinemara
...será que tem algo a ver com aqueles sonhos fantásticos que comecei a ter durante a noite?

Sylvara
deixe sua mãe falar! Muito bem, os poderes do seu pai são...

continua..
 
Puxa Ka Bral, terminar essa parte assim é tortura! :mrpurple: Quero saber sobre os poderes do pai da Kinemara quase tanto quanto ela :mrgreen: ! Elfa curiosa eu né?

Mas eu gostei muito! A história está boa, e bem criativa. Consegui formar em minha cabeça a imagem dos personagens perfeitamente bem. Gostei muito da Kinemara. E do Tell'Arin, um personagem muito bem feito ele, me parece que vc se dedicou muito a ele, certo? Se bem me lembro vc postou num topico q eu fiz, dizendo que Tell'Arin era um dos seus favoritos. Realmente gostei muito dele, é obscuro e misterioso, estou muito curiosa para ver o q acontece com ele!

Sobre o narrador... bem, eu não tenho grande experiencia em escrever e talvez eu não esteja vendo as coisas da mesma maneira que a maioria do pessoal aqui, mas não vejo problemas com o narrador. Se fosse eu a escrever um texto neste estilo(teatral, certo?), também colocaria um narrador assim. Acho que ele é necessário para descrever as coisas e pessoas, e no inicio eu até o via como um personagem da história que estivesse contando-a para outra pessoa ou pelo menos se lembrando de memorias antigas... Me desculpe se falei besteira, eu ainda tenho muito o que melhorar.

Só tem uma coisa q eu não gostei muito. Nos diferentes capitulos vc apresentou diferentes personagens q ao meu ver não tem nenhuma relaçao, pelo menos não uma muito proxima. Aí vc pulou de personagem em personagem, uma hora eles aparecem e depois já está sendo falado de outro, aí fica um pouco confuso, pelo menos pra mim. Mas parece que esse é só o inicio da historia, entao pode ser q isso seja só agora. É só uma impressao minha, talvez eu esteja falando besteira... :mrgreen:

Mas a historia esta realmente boa, continue assim.

Estou esperando a continuação, muuuuuito curiosa para saber sobre o pai de Kinemara, e ansiosa para ver Tell'Arin! :D
 
ATENÇÃO!!!!
Eu editei o início do Relato 3, com mais falas entre Zaldorza e Zallas, e explicada brevemente sua relação com Zuron. Releiam.
:wink:

Eldarwen disse:
Puxa Ka Bral, terminar essa parte assim é tortura! :mrpurple: Quero saber sobre os poderes do pai da Kinemara quase tanto quanto ela :mrgreen: ! Elfa curiosa eu né?
A idéia é manter todos vcs curiosos, minha flor 8-)

Eldarwen disse:
Mas eu gostei muito! A história está boa, e bem criativa. Consegui formar em minha cabeça a imagem dos personagens perfeitamente bem.
Obrigado. Então estou atingindo meus objetivos, pelo visto 8-)

Eldarwen disse:
Gostei muito da Kinemara.
Acredito qeu gostará ainda mais dela mais adiante. :D

Eldarwen disse:
E do Tell'Arin, um personagem muito bem feito ele, me parece que vc se dedicou muito a ele, certo? Se bem me lembro vc postou num topico q eu fiz, dizendo que Tell'Arin era um dos seus favoritos. Realmente gostei muito dele, é obscuro e misterioso, estou muito curiosa para ver o q acontece com ele!
Posso dizer que ele aparece no próximo capítulo; será que continuará gostando dele? :roll:

Eldarwen disse:
Sobre o narrador... bem, eu não tenho grande experiencia em escrever e talvez eu não esteja vendo as coisas da mesma maneira que a maioria do pessoal aqui, mas não vejo problemas com o narrador. Se fosse eu a escrever um texto neste estilo(teatral, certo?), também colocaria um narrador assim. Acho que ele é necessário para descrever as coisas e pessoas, e no inicio eu até o via como um personagem da história que estivesse contando-a para outra pessoa ou pelo menos se lembrando de memorias antigas... Me desculpe se falei besteira, eu ainda tenho muito o que melhorar.
Haverá mais equilíbrio entre personagens/narrador daqui por diante.

Texto teatral? Quem sabe... :roll:

Eldarwen disse:
Só tem uma coisa q eu não gostei muito. Nos diferentes capitulos vc apresentou diferentes personagens q ao meu ver não tem nenhuma relaçao, pelo menos não uma muito proxima. Aí vc pulou de personagem em personagem, uma hora eles aparecem e depois já está sendo falado de outro, aí fica um pouco confuso, pelo menos pra mim. Mas parece que esse é só o inicio da historia, entao pode ser q isso seja só agora. É só uma impressao minha, talvez eu esteja falando besteira... :mrgreen:
Pode criticar sem medo; pois é por isso que estou expondo essa história diante de todos vcs. 8-)
Outras pessoas também me falaram isso; mas essa apresentação dos personagens é necessária, neste início.

Em breve, eles... :roll:

Eldarwen disse:
Mas a historia esta realmente boa, continue assim.
A idéia é aumentar sempre o nível da narrativa. 8-)

Eldarwen disse:
Estou esperando a continuação, muuuuuito curiosa para saber sobre o pai de Kinemara, e ansiosa para ver Tell'Arin! :D
Talvez amanhã :D

Obrigado :mrpurple:
 
Era para terminar o Relato 3 hoje, mas infelizmente não foi possível; aqui vai mais um trecho:

continuando...

Zerumor
Essa conversa ficará para depois; Sylvara temos de nos apressar.

NARRADOR
Uma voz grave e em tom de urgência, vinda do homem parado junto à entrada da cabana. Haviam, ao mesmo tempo, ferocidade e altivez em seus olhos cor de cobre, que pareciam brilhar na penumbra da noite escura e sem lua.
Um homem careca e alto, e com corpo de guerreiro: torso musculoso, punhos maciços, pernas torneadas, braços fortes e longos. Sua pele era tão escura quanto azeviche; e mesmo em meio ao sangue de suas feridas, é possível notar as tatuagens de dragões vermelhos brilhantes. Um simples saiote escarlate é o que veste, e um colar de ossos enfeita seu pescoço. Não parece se incomodar com as muitas escoriações em seu corpo.


Kinemara
Papai!

Sylvara
Sua energia mystica está muito baixa, querido - e foi por isso que eu não senti sua presença, ao se aproximar. Embora tente disfarçar, sua respiração está ofegante, e quase posso sentir algo próximo a medo em sua voz. O que de tão grave ocorreu a ponto de aterrorizar até mesmo Zerumor de Dalressânia?

Zerumor
Um perigo terrível se aproxima desta vila, e virão para destruir tudo e todos; os que não aceitarem a escravidão serão mortos. Tentei adverter os habitantes, mas como de costume não estão acreditando em mim. Não posso fazer mais nada por esses tolos. Não quero que o pior aconteça a Kinemara. Vamos partir agora deste lugar.

Kinemara
Mas que perigo terrível é esse?

Sylvara
São eles, não são? Também tentei avisar às pessoas, mas ninguém acredita; você emboscou um bando deles sozinho outra vez, querido?

Zerumor
Sim; mas desta vez, eram muitos, e bem armados: roupas metálicas brilhantes e espadas aguçadas. Consegui derrubar cerca de vinte do bando que se aproxima usando meus poderes, mas o que realmente consumiu minha energia foi o confronto com sua líder; uma mulher alta e pálida, cruel e terrível. Possui grandes poderes mysticos, e quase me liquidou.

Sylvara
Isso é verdade? Que horror!

Kinemara
Será que alguém se dignaria a me explicar o que está acontecendo?

Sylvara
Então os homens pálidos não apenas manifestam como sabem controlar o poder mystico que possuem...

Zerumor
Não todos; do bando que eu ataquei, por exemplo, acredito que apenas a líder seja capaz de tal proeza. E, infelizmente, é extremamente habilidosa no que faz: consegue canalizar o Poder Mystico de seu corpo afim de aumentar sua força e velocidade a níveis incríveis. E também consegue transferir o Poder para as armas que empunha, aumentando imensamente o perigo da lâmina.

Sylvara
É difícil acreditar, se não viesse de você; pois esta mulher parece possuir treinamento semelhantes ao dos guerreiros mysticos do Reino de Zandara!

Kinemara
Oh que incrível; mas agora eu gostaria...

Sylvara
Mas nem suas chamas puderam detê-la?

Kinemara
...de agradecer à atenção a mim dispensada...

Zerumor
Não fui páreo para ela porque esta mulher possui a capacidade de criar fortes barreiras de energia mystica; conseguiu conter minhas chamas com apenas uma das mãos.

Sylvara
Pela Deusa... uma inimiga terrível...

Zerumor
Sim; além disso, ela...

Kinemara
Hoje de tarde eu disparei uma rajada de fogo pelas mãos.

Zerumor
!!!

Sylvara
Ah é; eu ia lhe contar, querido...

Kinemara
Oh, que bom que se lembraram que eu existo!

Kerumor
Esse não é o momento mais apropriado para ironia infantil, minha filha! Estamos passando por tempos sinistros, e os Homens do Litoral correm o risco de serem todos escravizados (ou mortos). Conte-me rapidamente como e quando manifestou o Poder.

Kinemara
B-bom, é que estava eu e essas crianças imbecis dessa nossa simplória vila, e...

Sylvara
Não fale assim do lugar onde nasceu e das crianças com quem cresceu!

Kinemara
Mas estou mentindo? Essas crianças me odeiam, e desconfiam de mim só por causa da origem de meu pai. E esse lugar é terrivlemente entediante!

Zerumor
Basta! Em breve, minha filha, não haverá tédio aqui, e sim uma carnificina; ou você ainda não percebeu que eu não estou para brincadeiras?

Kinemara
Perdão, meu pai. Então, como eu estava dizendo, estávamos na floresta quando uma grande onça nos atacou (porque o estúpido do Kaio provocou o bichinho jogando-lhe pedras na cabeça, mas tudo bem); e ela avançou justo para cima de mim. Foi que naquele momento de tensão senti um calor intenso no meu corpo, uma espécie de chama queimando com força; e sem pensar e nem saber bem o pôrque eu estiquei meu braço esquerdo, e da palma se espiralaram chamas vermelhas vermelhas brilhantes que acertaram a onça em cheio! Foi horrível ouvir seus gritos de dor enquanto era consumida pelo fogo; eu não desejava machucá-la. Sinto mais pela morte de animais selvagens do que os habitantes infelizes dessa vila infeliz.

Sylvara
Temo que brevemente você se lembrará bem dessas últimas palavras.

Kinemara
Humpf...

Zerumor
É o suficiente por hoje; pelo visto, você herdou meus poderes, ao invés dos poderes de bruxa de sua mãe. Só que mais tarde descobrirá que o poder daqueles que possuem o sangue dos dalressanos, o Povo do Dragão, é muito do que simplesmente soltar fogo pelas mãos; pretendo lhe contar sobre a força incrível que existe dentro de nós, de como despertá-la, e o que significa os sonhos estranhos que tem lhe afligem todas as noites. Mas, não agora; como eu havia dito anteriormente, temos de partir agora!

Sylvara
Não, não vamos, não agora; pois você, meu querido, não está em condições de enfrentar uma longa viagem, não importa quanta urgência haja nisso tudo. Além de ferido, sua energia mystica está muito baixa, precisa se recuperar.

Zerumor
Posso me recuperar durante o caominho. E ainda tenho de tentar uma vez mais avisar esses tolos dessa vila...

Sylvara
Está vendo? Você não consegue abandoná-los à sua própria sorte, mesmo que eles não gostando nem confiando em você. Além disso, precisa dormir pelo menos algumas horas para recuperar um mínimo de energia mystica. Ou você deseja que eu o proteja durante o caminho? Eles estarão aqui ao entardecer, segundo disse. Por isso, se acalme.

Zerumor
Está bem. Na verdade, estou bem exausto; mas serão apenas quatro horas de sono. Partiremos antes da aurora.

KinemaraAh não! Eu quero saber mais! Me conta o que eu sou capaz de fazer!

Zerumor
Já disse que hoje não! Vá para a cama, Kinemara!

Kinemara
Humpf...

NARRADOR
Sem vontade alguma, Kinemara vai para a cama de palha. Em segundos, fecha os olhos, pois também estava cansada.

...continua...
 
Ok, antes de mais nada: é um texto para teatro mesmo?

Os textos que você fazia como poemas épicos soavam melhores. Esse negócio do nome do personagem/fala/narrador/fala ainda está quebrando um pouco o ritmo.

Talvez fosse melhor exercitar a descrição da cena como uma prosa comum mesmo, sem o artifício do narrador. Nesse caso, as falas das personagens seriam indicadas ao longo da narração, como aqueles típicos "Sarcasticamente, disse Zerumor:"

Isso seria bom porque até ajudaria a entender melhor as emoções das personagens ao longo da história, dando ainda mais substância. :think:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo