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[L] [Ka Bral][Decassílabos Heróicos e Heróicos Quebrados...]

Ka Bral, Ka Bral, Ka bral...
Um ano atrás quando me cadastrei na Valinor, lembro-me de ter visto uma foto sua em algum lugar, naquele momento pensei "Ka Bral, o negro, senhor supremo do extremo Harad; legal..."
Agora, lendo seus poemas e principalmente me identificando com eles (pela negra tez que me envolve) um sentimento me escapa...
...é aquele grito interno que se tem vontade de soltar, ao perceber a condição dos seus iguais. A poesia sempre foi um modo eficaz (e primoroso) de atingir os corações!
Estudo Artes na UFMG, meu último trabalho consistia na declamação de poemas sob projeções de desenhos, se tivesse conhecido seus trabalhos antes, certamente "Duendes" teria seu lugar no trabalho (com sua salva, é claro). A dualidade temporal deste poema é muito boa!
Adoro Macbeth, e a passagem do quarto ato da peça é muito boa! Tenho uma pergunta: Qual o seu sobrenome (supondo que você se chama Cabral...) ?
 
Ele se chama Fábio Cabral e é um ótimo poeta realmente, Marendûr. Preciso concordar contigo e bater palmas daqui.
 
Agradeço o elogio e o apoio de todos, tanto dos que postaram aqui quanto dos que pessoalmente me congratularam.


Elfo das Trevas

I – O Mundo Subterrâneo


Total escuridão.
Por todo o solo o lodo imundo e pútrido.
Doentia lassidão
De vermes e besouros no chão lúbrico...

Um corredor imundo
Que para as profundezas torpes leva...
Que fedor nauseabundo
Que exala desta lama, desta treva!

Descomunal complexo
De túneis, de cavernas, de misérias!...
Um caldeirão perplexo
De monstros, de vampiros, de bactérias!...

Trágicos predadores
Vagueiam pelos túneis, nus e errádicos,
Caçam nos corredores,
Satisfazendo seus prazeres sádicos!...

Há fungos repulsivos
Que exalam fluorescências venenosas;
Vomitam, convulsivos,
Esporos e substâncias asquerosas...

Espíritos malignos
Lamentam seus fracassos com gemidos;
Luxuriosos signos
De seres desgraçados e perdidos...

Há larvas sanguinárias,
Imensas, violentas, gigantescas,
Que vagam, solitárias,
E babam de suas bocarras grotescas!

Fervilham poças sórdidas
De duendes deformados e risonhos!
Mil ninhos de hordas mórbidas
Desses duendes trágicos, medonhos!

O Mundo Subterrâneo!
Buraco putrefato, vil, maldito!...
O oco e podre crânio
Dum Continente maltratado e aflito!...

O Mundo Subterrâneo,
Entranhas carcomidas desta Terra,
Que assoma simultâneo
Às podres crias que em seu colo encerra...
 
Maglor disse:
Ele se chama Fábio Cabral e é um ótimo poeta realmente, Marendûr. Preciso concordar contigo e bater palmas daqui.

Grato pelo esclarecimento!

A métrica desse novo poema é diferente, né?
 
Marendûr disse:
A métrica desse novo poema é diferente, né?
hexassílabos mais decassílabos.

Como por mim dito no primeiro post deste tópico:
Ka Bral o Negro disse:
Tenho como passatempo a criação de poemas decassílabos heróicos (ou seja, acentuação essensial na 6ª sílaba) e heróicos quebrados (hexassílabos).

Ou seja, esse poema corresponde ao nome deste tópico. :mrpurple:
 
voce escreve ouvindo musica? é so uma curiosidade, por quê quando eu escrevo, normalmente acabo escrevendo ouvindo musica, e o texto fica meio enfluenciado pelas musicas.
realmente voce escreve muito bem, voce fala de algumas coisas "pesadas"(tristes), num tom leve. realmente muito bom.
 

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