• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

[L][Ingnard_Bullinart] Coisas do pensamento.

Ingnard_Bullinart

mago verde
Abri este topico pra compartilhar as minhas "poesias" com as pessoas do clube dos bardos e de todo o Valinor.

Ai vai a primeira.

Lago negro

Apenas refletem
com incognita calma.
Mas não tem luz propria
Simples espelhos d'alma.

Transparecem o exterior.
Qual olhos de Narciso
de si nada sabem,
inseguro e impreciso.

Tem formas que nada são
nem mesmo abstrata.
São poços de languido veneno
que embriaga e mata.

Se são duros ou maleáveis
já nem sei.
Sei apenas que são os olhos
do que tanto sonhei.


Autora: Ilziane Vale.
 
Esse daqui, escrevi em homenagem a um sonho que eu tive, um não varios, eu sempre sonho com a mesma pessoa, só que sonhos diferentes. Acordei um dia de madrugada e começei a escrever. Espero que todos gostem.

Releitura.

Não derramarei lágrimas que não tenho
e, quando pude, nunca chorei.
Não ouvirei o grito que não gritara
E que, se gritasse, não conteria pormenores.
Minha vida é a magoa.
Nunca senti essa tal alegria:
Se o riso corre os lábios em madrugada,
é por que a loucura trouxe e nem avisa,
quem sabe lucidez. Talvez divisa?!

Quem sabe? O ódio em nós se transmite,
é tão espesso e amargo, tão estranho,
que se apossa de mim que o macerava.
O ódio suposto é nele nobre e estranho,
estranho e nobre,
pois quando maleável deixa de ser pobre.
Talvez nem seja ódio aquilo que se odeia.

Não era morte aquilo que morria;
ou morre, agora quando já se foi?
Que ódio se sabe ódio e não se extingue?
(Não clamarei aos céus: que ele se vingue
de meu tormento, nesta rocha).

Que pensamento tive é já prospera
cravando em nós força necessária
para refutar a inútil espera
do que vive para a morte?
Que já estará morto: é o eterno pranto
Tecido em trevas o encanto,
da frívola assombração que vem do corte
esvai do pulso e de quando em quando vem do ventre
ajustando em mim terno balbucio lamuriento.
Não há pranto, já sei que toda vida
ao acaso sorvida
em um divã, em serpes olhos vejo a lua.

Enredada em serpentes, esta duvida
sanarei, em veneno embebido,
vendo a fina chuva que surpreende
ou atrai quando cai, bem mas nobre
que o atroz sarcasmo de sua alegria.
Estranho, estranho e nobre,
feito os recados que nunca li
do que tanto sonhei e não hei amado
a sentimentos mortais.

Ò aniquilamento subforçado
pelo ato de ser.
Ò transtorno ruim, no meu tormento,
Comungado, completo, nefasta
Opressão do ardor que me transcende.
O rosto prateado que me iluda
Com um sorrir-se a espera.
Não nasce à luz. E com malícia,
Ardilosamente dorme,
Sob mogno estranho, que sonhe e acorde.
A lembrar de deslizes, agora amenos,
Que outrora vivemos
Deitados, sublimes mortuários
sem remorso;
a sorte dos tortos; a rarefeita
ondulação de vestes e vestuários,
essa nudez, assim, além de esforços,
a mordiscar o ventre sombrio
da alma que, agora calma, lhe envolve.


Ilziane vale
 
Gostei dos dois. O primeiro, a pesar do título sombrio, me faz lembrar estranhamente de um dia quente de verão e de pessoas felizes dançando.
O segundo foi o que eu menos gostei, talvez por apresentar uma estrutura que mordisca nosso cérebro para ele relacionar os fatos, o que o torna enfadonho. Você deveria escrever mais, e procurar formas métricas para fazê-lo (embora eu não goste delas...) no resto, boa sorte.

Namárie.
 
Cervus disse:
Gostei dos dois. O primeiro, a pesar do título sombrio, me faz lembrar estranhamente de um dia quente de verão e de pessoas felizes dançando.
O segundo foi o que eu menos gostei, talvez por apresentar uma estrutura que mordisca nosso cérebro para ele relacionar os fatos, o que o torna enfadonho. Você deveria escrever mais, e procurar formas métricas para fazê-lo (embora eu não goste delas...) no resto, boa sorte.

Namárie.

O segundo tem mesmo essa de fazer você pensar, eu quis isso quando começei a escrever.
Eu não gosto de métrica, gosto de me sentir livre para expor minhas emoções.
Com relação ao primeiro o titulo não é sombrio, é apenas forte.
Mas valeu por comentar. :joy:
 
Sentimentos Violentos

Meu corpo dói à sentimentos violentos.
Sinto ódio do amor que tenho
Sorrindo, de agonia revolvo,
à lucidez de um sonho.

Sinto a falta de sentir
e o gosto da solidão.
Tenho asas a sorrir,
vôo de pés no chão.
E a verdade em mentir
seus sentimentos ocultarão.

Ser lúcida me enlouquece
talvez a loucura me lucide.
Pois fui e serei Lucíola,
Perla, Lelia, Matilde...

E você diz que não sente
a violência muda.
Enchente de sentimentos
água fria que inunda
Meus sentimentos violentos.


Autora: Ilziane Vale.
 
Liberdade em cela.

A fragilidade me facina
São corações e mentes
E ingenuidades pequeninas

E os olhos do que é velho
Brilham de saudade,
Dos que se vêem em espelho
E em face se despede

Ele foge ao brilho e luz
Do sorriso infantil
Da criança inocente
Que de seu leito sumiu

E a liberdade era dela
E a vida era dele
E o amor era a cela.


Autora: Ilziane Vale
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.734,79
Termina em:
Back
Topo