Gandalf - the white
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[Gandalf - the white] [A história de um Vampiro ATUALIZADO]
galera, ta meio confuso por enquanto, essa e so uma parte, to continuando escrever...e baseado em um livro q eu li da anne rice, q chama Vittorio - o vampiro.....por favor dêem sugestões. principalmente de titulos!
Penso que aos mortais, já sou considerado morto; pois deixei o mundo mortal aos 15 anos, na minha plena, e agora eterna juventude.
Hoje completo 368 anos, e só agora tenho coragem o bastante para contar-lhes minha estória. Vocês irão ver e logo sentirão o conflito que existiu nela, entre o sofrimento, a paixão, a dor, e o ódio. Mas antes de começar, gostaria de transmitir-lhes, que tenho raiva do que sou hoje, mas ao mesmo tempo admiro-me por ser respeitado por minha raça, e considerado por muitos, superior aos que um dia existiram e foram massacrados por essas mãos que hoje apenas escrevem esta estória. Agora, a respeito da raiva, vocês irão saber o motivo, ao longo da estória.
Aos 14 anos, eu era considerado por muitos, um adulto, pois era alto, forte, e movia-me como um guerreiro da guarda de meu pai. Tinha cabelos loiros e longos, que caiam aos meus ombros, olhos azuis como água pura e cristalina. Morava com meu Blade, um homem forte e belo, e de um ar imponente, e com minha mãe Eleanor, que ra singela, doce, meiga e completamente apaixonada pelo meu pai.
Meses antes de meu aniversário, nasceu meu irmão Richard, que era também de uma beleza extrema. No dia em que eu completaria 15 anos, acordei assustado, pois tivera um sonho estranho, onde criaturas aladas nos atacavam à noite, destruindo completamente nosso castelo, e levando consigo, meu irmão aos prantos. Minha mãe, com toda a sua meiguice veio ao meu encontro, abraçando-me e envolvendo-me com aquele perfume suave, que misturava-se com a sua pele macia e levava quem quer que fosse à pensar em coisas belas, em campos floridos, e que agora me trazia alegria e consolo pela última vez. Conversamos durante alguns minutos, até que fôssemos interrompidos com os gritos assustados de meu irmão. Não consegui dormir de novo, levantei-me, e fui ao encontro de meu pai, para passarmos juntos o dia. Cavalgamos e conversamos sobre o nosso futuro, o qual pensávamos que seria brilhante. Ao passarmos pelas aldeias que ficavam abaixo de nossos muros, percebemos que estavam todas vazias, e a maioria das casas destruídas.
Meu pai e eu voltamos para nossas terras, pois já estava escurecendo. Ao chegarmos no castelo, todos esperavam-nos, então tomamos um rápido banho, e voltamos para a sala de jantar, onde haviam dezenas de pessoas sentadas ao redor de uma imensa mesa, esperando-nos para começar a reunião que discutiria os últimos acontecimentos relacionados às aldeias abandonadas.
Como sempre, meu pai sentou-se à cabeceira, com minha mãe ao seu lado esquerdo, e ao seu lado direito eu, com toda a minha curiosidade, para saber onde chegaria aquela discussão. Passaram-se poucos minutos depois das 18:00hs, já estava bem escuro lá fora, quando um soldado da guarda de meu pai entrou e pediu-lhe permissão para falar-lhe. Meu pai consentiu com um gesto, e logo o soldado veio ao seu ouvido e falou tão baixo, que nem mesmo eu, que estava ali ao lado, conseguira escutar. Mas não parecia ser boa coisa, pois eu vi que o rosto do meu pai mudara completamente. Então levantou-se, pediu licença e foi junto ao guarda até o portão do castelo. Não perdi tempo, e retirei-me da mesa, seguindo meu pai, e nesse instante pude ouvir um estrondo e em seguida choro, e logo pensei em meu irmão Richard. Dei meia volta, senti meu sangue gelar, corri, subi as escadas como se fosse um pássaro, e abri a porta do quarto de Richard.
Foi uma coisa obscura que vi sobre o berço dele, quando entrei, a criatura virou-se e pude ver seus terríveis olhos amarelos, grandes e imensos dentes caninos, e um terror alucinante pairou sobre mim, não sei o que aconteceu-me, mas agarrei loucamente seu pescoço, apertando e gritando para que soltasse meu irmão. Minhas unhas penetraram seu pescoço, e ele gritou como eu nunca escutara antes, mas nesse exato momento, senti uma dor imensa nas costas, virei-me e vi uma criatura que ao mesmo tempo que era obscura, era também bela; de uma pele clara, de olhos cor de mel, cabelos cacheados, loiros e longos e uma boca vermelha, como se sangue ali tivesse se espalhado. Cai no chão, e logo essa criatura que parecia chamar-se Blone (eu tinha ouvido alguém gritando esse nome), chegou perto de mim e depositou ao meu lado as cabeças de meus pais, com os olhos piscando. Nunca irei esquecer aquela cena, ele agarrou meu irmão, que se encontrava nos braços da outra criatura contorcida no chão, e saiu pela janela dizendo coisas que para mim, naquele momento não significavam nada. Eram exatamente essas suas palavras:
- Um dia vocês se encontrarão Benjamim, e medirão suas forças, vencendo aquele que pensar apenas em aumenta-la.
Em meio aquele derrame de sangue pude sentir o cheiro suave do perfume da minha mãe. Chorei como nunca havia feito antes, e me perdi entre pensamentos, que me levavam para longe dali, para uma colina florida, maravilhosamente perfumada.
Acordei às 14:00hs da tarde, ali sozinho, em meio a muitas poças de sangue, e ao meu lado jaziam as cabeças de meu pai e minha mãe.
Chorei por alguns instantes pensando em minha vida, sem meu pai e minha mãe que jaziam mortos, e sem meu irmão, que eu não sabia onde se encontrava agora.
Quando parei de chorar, peguei as cabeças, coloquei-as no berço do meu irmão, e sobre elas jurei vingar a morte de meus pais e recuperar e salvar meu irmão onde quer que ele estivesse.
Desci para a sala de jantar, e lá encontravam-se vários corpos, de todas as pessoas que participaram do jantar na noite anterior. Não achei uma só alma que respirasse e então resolvi sair logo dali. Corri para meu quarto, tomei um rápido banho e vesti-me como um lorde inglês. Peguei algumas roupas, e algumas coisas que seriam úteis. Depois fui para a biblioteca de meu pai, onde eu sabia haver uma câmara secreta, onde ele guardava todas as suas armas, que eu usava muito bem, e todos os seus tesouros.
Peguei alguns sacos de ouro, algumas jóias que poderia vender, e peguei várias armas, que concerteza seriam usadas com grande utilidade. Entre essas armas, peguei a espada que meu pai usara em sua adolescência e coloquei-a em sua bainha bordada a ouro na minha cintura. Preparei uma bolsa com comidas, e enfim montei no meu cavalo. Este chamava-se Scufax, e era branco da cor da neve e altivo como um rei. Disse-lhe algumas palavras e com uma arrancada poderosa, ele pulou a frente e correu, e seus pés quase não encostavam no chão, como se esse pegasse fogo.
Galopamos a tarde toda, e ao pararmos, exatamente quando a lua chegava ao topo de seu reino, Scufax não demonstrava nenhum sinal de cansaço. Mesmo assim, achei melhor descansarmos aquela noite, para que no dia seguinte, pudéssemos procurar aquela criatura. Encostei-me em uma árvore, a beira da estrada, e Scufax parou ao meu lado, e ali ficou, altivo, sem um sinal de cansaço. Poucos minutos depois, eu já havia adormecido, e só acordei com o relinchar de Scufax. Era noite ainda.
- O que foi Scufax? Viu alguma coisa?
Ele levantou as patas dianteiras em direção há uma pequena mata do outro lado da pequena estrada. Olhei assustado, e bem ali, no meio das árvores, eu consegui ver um vulto, que ao perceber que foi visto, começou a vir em minha direção.
- Quem é você? E o que deseja? Porque perturba uma simples pessoa que deseja apenas descansar? – gritei sacando a espada.
- Uma simples pessoa? Ou um rico rapaz, que teve toda a sua família destruída e agora busca vingança? – falou o vulto, com uma voz alta, forte, e que parecia desejar que todos a escutassem.
Sem dizer mais nada, avancei sobre o vulto, com minha espada empunhada, mas nesse momento vi um claro reluzir em minha frente, que de tanta luz, deixava-me cego. Era a sua espada, que parecia não ser feita de ferro, mas sim de raios. Parei a poucos metros dele, que agora falava forte, mas baixo.
- Como ousa levantar uma arma em minha direção? Sabes quem sou, para tomar antes alguma decisão?
- Não sei quem você é, mas não por falta de perguntas, e sim por falta de respostas suas. Mas uma pessoa que sabe o que aconteceu-me, estava lá em minha casa na noite passada, e com isso julgo-lhe uma das criaturas repugnantes.
- Pois não julgue ninguém antes de saber ao certo porque o faz. Aqui meu nome é Mastema, e sou o guardião dos céus. Deus, aquele que a todos criou, é meu senhor e estou aqui apenas para ajudar-lhe.
- O que me trazes como ajuda? Por acaso sabes onde encontro aquela criatura que tomou minha família de mim? Pois se não for isso, não necessito de mais nenhum tipo de ajuda.
- Pois você se engana Benjamim. Porque você precisa de muito mais ajuda do que imagina. Talvez você encontre essa criatura que procura, e talvez você lute e a derrote. Mas mesmo tendo força o bastante para isso, você não tem a sabedoria necessária, pois você nem sequer sabe o que procuras. Por isso estou aqui, para ensinar-lhe sobre os VAMPIROS. Aqueles que você caça com tanta ferocidade, sem ao menos saber o que são capazes de fazer a você.
- Não tenho medo de nenhuma criatura que pisa sobre esse chão, ainda mais quando a mesma matou meus pais e roubou meu irmão. Não interessa o que são capazes de fazer-me, pois suportarei tudo, e matarei a todos com minhas próprias mãos. Se queres ajudar-me, não interrompa minha viagem, agora se continuares em meu caminho, lhe mandarei de volta para o lugar de onde viestes.
- Benjamim, você é tolo em suas palavras, pois fala com a raiva e não com o coração e amor que Deus lhe deu. Quanto a me enfrentar duvido que seria capaz de encostar um só dedo seu em mim, pois essa não é a vontade do Senhor.
- Se duvidas, então toma isso! – dizendo isso, parti para cima de Mastema, mas para minha surpresa, não consegui chegar perto dele, pois algo forte demais me barrava, e jogava meu corpo para longe.
- Te avisei Benjamim. Enquanto eu não desejar que aproxime-se de mim, tu nunca conseguirás tal ousadia.
- Está bem! Então, conte-me logo o que sabe, para que possa seguir meu caminho!
- Não agora! Primeiro precisamos sair daqui, pois estamos muito perto.......pegue Scufax, e vamos embora!
- Muito perto de que o guardião?
- Isso você saberá mais tarde. – disse-me Mastema, enquanto ia andando, e eu ao seu lado com Scufax.
- Então diga-me ao menos onde vamos.
Ele não me disse nada, apenas continuou andando, comigo ao seu lado, fazendo-lhe muitas perguntas, das quais nenhuma eu obtinha resposta.
Nos embrenhamos na floresta, e andamos uns 3 quilômetros, até que Mastema resolveu parar.
- É aqui! – disse ele, apontando para uma colina.
- O que é aqui? – perguntei-lhe apressado, sem saber onde estávamos.
- Não me faça mais perguntas Benjamim, apenas observe, e só quando estivermos totalmente seguros, poderemos conversar abertamente.
- Mas quando é que estaremos totalmente seguros?
- Ora, já não mandei você não fazer mais perguntas?
- Sim, é claro......apenas aguardarei. – eu respondi, quase explodindo de raiva.
Mas nesse instante, parei e comecei a observar, como ele tinha mandado, e pude ver que a colina estava abrindo uma parte sua, como se abrisse os braços. Então Mastema entrou e eu apenas segui ele, mas sempre com minha espada empunhada.Entramos na colina, e segundos depois de Scufax entrar , sendo ajudado por mim, foi como se fechassem a porta, a colina fechou-se e tudo la dentro estava escuro. Nesse momento, Mastema que estava em minha frente, começou a emanar uma forte luz branca, como se de seu corpo, brotasse energia. Fomos caminhando, até chegarmos a uma grande sala, que bem no fundo tinha uma luz fraca brilhando.
- Aquele Benjamim, é Raziel, seu anjo guardião – disse-me Mastema apontando, para a luz fraca.
- Mas eu não sabia que tinha um anjo guardião, e se tenho, porque ele nunca apareceu para mim, e porque na noite passada ele não me ajudou?
- Bem, as pessoas não conhecem seus anjos, e você só está tendo essa oportunidade, pelo fato de realmente estar precisando de ajuda. Quanto à noite passada, porque você acha que Raziel está tão fraco assim? Ontem ele estava lá, e lutou com todas as suas forças para te proteger.
Então fixei meu olhar na luz fraca, e pude ver uma criatura de rosto meigo, olhos azuis, cabelos cacheados e loiros, que desciam-lhe até os ombros. A criatura estava muito machucada, e seu rosto meigo, trazia uma expressão de dor, a qual era justificada pelo enorme ferimento em sua barriga.
- Ele vai morrer?- perguntei a Mastema que agora estava mais próximo ao anjo.
- Isso eu não sei Benjamim. Raziel agora está nas mãos de nosso Senhor, que decidirá se vai ou não deixar Raziel continuar sua missão. Agora, cabe a nós esperar, e enquanto o fazemos, irei responder suas perguntas.
Sentamos então em duas pedras, que pareciam ser feitas a medida para acomodar-nos.
- Bem acho que a primeira coisa que quero saber, é o que eram aquelas criaturas, e porque atacaram minha família?
- Uma de cada vez. As criaturas, são vampiros, ou seja, mortos vivos, que se alimentam de sangue de outras pessoas. Acho que isso é o que você precisa saber por enquanto. Agora o motivo pelo qual atacaram sua família nós não sabemos, mas pensamos ser alguma coisa relacionada com você e seu irmão. Achamos que vocês têm algum poder escondido, que interessa á corte vampírica. Pois não sei se você lembra, mas quando suas mãos perfuraram o pescoço de uma das criaturas, ela contorceu-se e rapidamente morreu. Por isso eu e Raziel estamos aqui, pois iremos lhe ajudar a desenvolver esse poder escondido, para que você possa recuperar seu irmão antes que o pior aconteça.
- O que é o pior Mastema? – perguntei desesperado.
- O pior é seu irmão tornar-se um deles. Pois ele também tem uma grande poder, e se passar a ser um deles, será um grande problema para nós.
- Mas como irão me ajudar? Raziel está machucado. E você sabe onde encontro meu irmão?
- Benjamim, não sabemos onde encontra-se seu irmão, mas sabemos que seguindo as criaturas, chegaremos ao senhor das trevas Blone, que provavelmente aprisiona seu irmão. E quanto a Raziel, ele realmente está muito machucado, e não sei se ele aguentará esse sofrimento. Agora só nos resta esperar, e enquanto o fazemos, é melhor que você deixe Scufax ali no canto, coma alguma coisa, e depois durma, enquanto eu preciso resolver alguns assuntos com Ele. – disse-me Mastema apontando o dedo para o alto.
- Mas...... – Não terminei de dizer, pois Mastema já tinha desaparecido. (continua)
galera, ta meio confuso por enquanto, essa e so uma parte, to continuando escrever...e baseado em um livro q eu li da anne rice, q chama Vittorio - o vampiro.....por favor dêem sugestões. principalmente de titulos!
Penso que aos mortais, já sou considerado morto; pois deixei o mundo mortal aos 15 anos, na minha plena, e agora eterna juventude.
Hoje completo 368 anos, e só agora tenho coragem o bastante para contar-lhes minha estória. Vocês irão ver e logo sentirão o conflito que existiu nela, entre o sofrimento, a paixão, a dor, e o ódio. Mas antes de começar, gostaria de transmitir-lhes, que tenho raiva do que sou hoje, mas ao mesmo tempo admiro-me por ser respeitado por minha raça, e considerado por muitos, superior aos que um dia existiram e foram massacrados por essas mãos que hoje apenas escrevem esta estória. Agora, a respeito da raiva, vocês irão saber o motivo, ao longo da estória.
Aos 14 anos, eu era considerado por muitos, um adulto, pois era alto, forte, e movia-me como um guerreiro da guarda de meu pai. Tinha cabelos loiros e longos, que caiam aos meus ombros, olhos azuis como água pura e cristalina. Morava com meu Blade, um homem forte e belo, e de um ar imponente, e com minha mãe Eleanor, que ra singela, doce, meiga e completamente apaixonada pelo meu pai.
Meses antes de meu aniversário, nasceu meu irmão Richard, que era também de uma beleza extrema. No dia em que eu completaria 15 anos, acordei assustado, pois tivera um sonho estranho, onde criaturas aladas nos atacavam à noite, destruindo completamente nosso castelo, e levando consigo, meu irmão aos prantos. Minha mãe, com toda a sua meiguice veio ao meu encontro, abraçando-me e envolvendo-me com aquele perfume suave, que misturava-se com a sua pele macia e levava quem quer que fosse à pensar em coisas belas, em campos floridos, e que agora me trazia alegria e consolo pela última vez. Conversamos durante alguns minutos, até que fôssemos interrompidos com os gritos assustados de meu irmão. Não consegui dormir de novo, levantei-me, e fui ao encontro de meu pai, para passarmos juntos o dia. Cavalgamos e conversamos sobre o nosso futuro, o qual pensávamos que seria brilhante. Ao passarmos pelas aldeias que ficavam abaixo de nossos muros, percebemos que estavam todas vazias, e a maioria das casas destruídas.
Meu pai e eu voltamos para nossas terras, pois já estava escurecendo. Ao chegarmos no castelo, todos esperavam-nos, então tomamos um rápido banho, e voltamos para a sala de jantar, onde haviam dezenas de pessoas sentadas ao redor de uma imensa mesa, esperando-nos para começar a reunião que discutiria os últimos acontecimentos relacionados às aldeias abandonadas.
Como sempre, meu pai sentou-se à cabeceira, com minha mãe ao seu lado esquerdo, e ao seu lado direito eu, com toda a minha curiosidade, para saber onde chegaria aquela discussão. Passaram-se poucos minutos depois das 18:00hs, já estava bem escuro lá fora, quando um soldado da guarda de meu pai entrou e pediu-lhe permissão para falar-lhe. Meu pai consentiu com um gesto, e logo o soldado veio ao seu ouvido e falou tão baixo, que nem mesmo eu, que estava ali ao lado, conseguira escutar. Mas não parecia ser boa coisa, pois eu vi que o rosto do meu pai mudara completamente. Então levantou-se, pediu licença e foi junto ao guarda até o portão do castelo. Não perdi tempo, e retirei-me da mesa, seguindo meu pai, e nesse instante pude ouvir um estrondo e em seguida choro, e logo pensei em meu irmão Richard. Dei meia volta, senti meu sangue gelar, corri, subi as escadas como se fosse um pássaro, e abri a porta do quarto de Richard.
Foi uma coisa obscura que vi sobre o berço dele, quando entrei, a criatura virou-se e pude ver seus terríveis olhos amarelos, grandes e imensos dentes caninos, e um terror alucinante pairou sobre mim, não sei o que aconteceu-me, mas agarrei loucamente seu pescoço, apertando e gritando para que soltasse meu irmão. Minhas unhas penetraram seu pescoço, e ele gritou como eu nunca escutara antes, mas nesse exato momento, senti uma dor imensa nas costas, virei-me e vi uma criatura que ao mesmo tempo que era obscura, era também bela; de uma pele clara, de olhos cor de mel, cabelos cacheados, loiros e longos e uma boca vermelha, como se sangue ali tivesse se espalhado. Cai no chão, e logo essa criatura que parecia chamar-se Blone (eu tinha ouvido alguém gritando esse nome), chegou perto de mim e depositou ao meu lado as cabeças de meus pais, com os olhos piscando. Nunca irei esquecer aquela cena, ele agarrou meu irmão, que se encontrava nos braços da outra criatura contorcida no chão, e saiu pela janela dizendo coisas que para mim, naquele momento não significavam nada. Eram exatamente essas suas palavras:
- Um dia vocês se encontrarão Benjamim, e medirão suas forças, vencendo aquele que pensar apenas em aumenta-la.
Em meio aquele derrame de sangue pude sentir o cheiro suave do perfume da minha mãe. Chorei como nunca havia feito antes, e me perdi entre pensamentos, que me levavam para longe dali, para uma colina florida, maravilhosamente perfumada.
Acordei às 14:00hs da tarde, ali sozinho, em meio a muitas poças de sangue, e ao meu lado jaziam as cabeças de meu pai e minha mãe.
Chorei por alguns instantes pensando em minha vida, sem meu pai e minha mãe que jaziam mortos, e sem meu irmão, que eu não sabia onde se encontrava agora.
Quando parei de chorar, peguei as cabeças, coloquei-as no berço do meu irmão, e sobre elas jurei vingar a morte de meus pais e recuperar e salvar meu irmão onde quer que ele estivesse.
Desci para a sala de jantar, e lá encontravam-se vários corpos, de todas as pessoas que participaram do jantar na noite anterior. Não achei uma só alma que respirasse e então resolvi sair logo dali. Corri para meu quarto, tomei um rápido banho e vesti-me como um lorde inglês. Peguei algumas roupas, e algumas coisas que seriam úteis. Depois fui para a biblioteca de meu pai, onde eu sabia haver uma câmara secreta, onde ele guardava todas as suas armas, que eu usava muito bem, e todos os seus tesouros.
Peguei alguns sacos de ouro, algumas jóias que poderia vender, e peguei várias armas, que concerteza seriam usadas com grande utilidade. Entre essas armas, peguei a espada que meu pai usara em sua adolescência e coloquei-a em sua bainha bordada a ouro na minha cintura. Preparei uma bolsa com comidas, e enfim montei no meu cavalo. Este chamava-se Scufax, e era branco da cor da neve e altivo como um rei. Disse-lhe algumas palavras e com uma arrancada poderosa, ele pulou a frente e correu, e seus pés quase não encostavam no chão, como se esse pegasse fogo.
Galopamos a tarde toda, e ao pararmos, exatamente quando a lua chegava ao topo de seu reino, Scufax não demonstrava nenhum sinal de cansaço. Mesmo assim, achei melhor descansarmos aquela noite, para que no dia seguinte, pudéssemos procurar aquela criatura. Encostei-me em uma árvore, a beira da estrada, e Scufax parou ao meu lado, e ali ficou, altivo, sem um sinal de cansaço. Poucos minutos depois, eu já havia adormecido, e só acordei com o relinchar de Scufax. Era noite ainda.
- O que foi Scufax? Viu alguma coisa?
Ele levantou as patas dianteiras em direção há uma pequena mata do outro lado da pequena estrada. Olhei assustado, e bem ali, no meio das árvores, eu consegui ver um vulto, que ao perceber que foi visto, começou a vir em minha direção.
- Quem é você? E o que deseja? Porque perturba uma simples pessoa que deseja apenas descansar? – gritei sacando a espada.
- Uma simples pessoa? Ou um rico rapaz, que teve toda a sua família destruída e agora busca vingança? – falou o vulto, com uma voz alta, forte, e que parecia desejar que todos a escutassem.
Sem dizer mais nada, avancei sobre o vulto, com minha espada empunhada, mas nesse momento vi um claro reluzir em minha frente, que de tanta luz, deixava-me cego. Era a sua espada, que parecia não ser feita de ferro, mas sim de raios. Parei a poucos metros dele, que agora falava forte, mas baixo.
- Como ousa levantar uma arma em minha direção? Sabes quem sou, para tomar antes alguma decisão?
- Não sei quem você é, mas não por falta de perguntas, e sim por falta de respostas suas. Mas uma pessoa que sabe o que aconteceu-me, estava lá em minha casa na noite passada, e com isso julgo-lhe uma das criaturas repugnantes.
- Pois não julgue ninguém antes de saber ao certo porque o faz. Aqui meu nome é Mastema, e sou o guardião dos céus. Deus, aquele que a todos criou, é meu senhor e estou aqui apenas para ajudar-lhe.
- O que me trazes como ajuda? Por acaso sabes onde encontro aquela criatura que tomou minha família de mim? Pois se não for isso, não necessito de mais nenhum tipo de ajuda.
- Pois você se engana Benjamim. Porque você precisa de muito mais ajuda do que imagina. Talvez você encontre essa criatura que procura, e talvez você lute e a derrote. Mas mesmo tendo força o bastante para isso, você não tem a sabedoria necessária, pois você nem sequer sabe o que procuras. Por isso estou aqui, para ensinar-lhe sobre os VAMPIROS. Aqueles que você caça com tanta ferocidade, sem ao menos saber o que são capazes de fazer a você.
- Não tenho medo de nenhuma criatura que pisa sobre esse chão, ainda mais quando a mesma matou meus pais e roubou meu irmão. Não interessa o que são capazes de fazer-me, pois suportarei tudo, e matarei a todos com minhas próprias mãos. Se queres ajudar-me, não interrompa minha viagem, agora se continuares em meu caminho, lhe mandarei de volta para o lugar de onde viestes.
- Benjamim, você é tolo em suas palavras, pois fala com a raiva e não com o coração e amor que Deus lhe deu. Quanto a me enfrentar duvido que seria capaz de encostar um só dedo seu em mim, pois essa não é a vontade do Senhor.
- Se duvidas, então toma isso! – dizendo isso, parti para cima de Mastema, mas para minha surpresa, não consegui chegar perto dele, pois algo forte demais me barrava, e jogava meu corpo para longe.
- Te avisei Benjamim. Enquanto eu não desejar que aproxime-se de mim, tu nunca conseguirás tal ousadia.
- Está bem! Então, conte-me logo o que sabe, para que possa seguir meu caminho!
- Não agora! Primeiro precisamos sair daqui, pois estamos muito perto.......pegue Scufax, e vamos embora!
- Muito perto de que o guardião?
- Isso você saberá mais tarde. – disse-me Mastema, enquanto ia andando, e eu ao seu lado com Scufax.
- Então diga-me ao menos onde vamos.
Ele não me disse nada, apenas continuou andando, comigo ao seu lado, fazendo-lhe muitas perguntas, das quais nenhuma eu obtinha resposta.
Nos embrenhamos na floresta, e andamos uns 3 quilômetros, até que Mastema resolveu parar.
- É aqui! – disse ele, apontando para uma colina.
- O que é aqui? – perguntei-lhe apressado, sem saber onde estávamos.
- Não me faça mais perguntas Benjamim, apenas observe, e só quando estivermos totalmente seguros, poderemos conversar abertamente.
- Mas quando é que estaremos totalmente seguros?
- Ora, já não mandei você não fazer mais perguntas?
- Sim, é claro......apenas aguardarei. – eu respondi, quase explodindo de raiva.
Mas nesse instante, parei e comecei a observar, como ele tinha mandado, e pude ver que a colina estava abrindo uma parte sua, como se abrisse os braços. Então Mastema entrou e eu apenas segui ele, mas sempre com minha espada empunhada.Entramos na colina, e segundos depois de Scufax entrar , sendo ajudado por mim, foi como se fechassem a porta, a colina fechou-se e tudo la dentro estava escuro. Nesse momento, Mastema que estava em minha frente, começou a emanar uma forte luz branca, como se de seu corpo, brotasse energia. Fomos caminhando, até chegarmos a uma grande sala, que bem no fundo tinha uma luz fraca brilhando.
- Aquele Benjamim, é Raziel, seu anjo guardião – disse-me Mastema apontando, para a luz fraca.
- Mas eu não sabia que tinha um anjo guardião, e se tenho, porque ele nunca apareceu para mim, e porque na noite passada ele não me ajudou?
- Bem, as pessoas não conhecem seus anjos, e você só está tendo essa oportunidade, pelo fato de realmente estar precisando de ajuda. Quanto à noite passada, porque você acha que Raziel está tão fraco assim? Ontem ele estava lá, e lutou com todas as suas forças para te proteger.
Então fixei meu olhar na luz fraca, e pude ver uma criatura de rosto meigo, olhos azuis, cabelos cacheados e loiros, que desciam-lhe até os ombros. A criatura estava muito machucada, e seu rosto meigo, trazia uma expressão de dor, a qual era justificada pelo enorme ferimento em sua barriga.
- Ele vai morrer?- perguntei a Mastema que agora estava mais próximo ao anjo.
- Isso eu não sei Benjamim. Raziel agora está nas mãos de nosso Senhor, que decidirá se vai ou não deixar Raziel continuar sua missão. Agora, cabe a nós esperar, e enquanto o fazemos, irei responder suas perguntas.
Sentamos então em duas pedras, que pareciam ser feitas a medida para acomodar-nos.
- Bem acho que a primeira coisa que quero saber, é o que eram aquelas criaturas, e porque atacaram minha família?
- Uma de cada vez. As criaturas, são vampiros, ou seja, mortos vivos, que se alimentam de sangue de outras pessoas. Acho que isso é o que você precisa saber por enquanto. Agora o motivo pelo qual atacaram sua família nós não sabemos, mas pensamos ser alguma coisa relacionada com você e seu irmão. Achamos que vocês têm algum poder escondido, que interessa á corte vampírica. Pois não sei se você lembra, mas quando suas mãos perfuraram o pescoço de uma das criaturas, ela contorceu-se e rapidamente morreu. Por isso eu e Raziel estamos aqui, pois iremos lhe ajudar a desenvolver esse poder escondido, para que você possa recuperar seu irmão antes que o pior aconteça.
- O que é o pior Mastema? – perguntei desesperado.
- O pior é seu irmão tornar-se um deles. Pois ele também tem uma grande poder, e se passar a ser um deles, será um grande problema para nós.
- Mas como irão me ajudar? Raziel está machucado. E você sabe onde encontro meu irmão?
- Benjamim, não sabemos onde encontra-se seu irmão, mas sabemos que seguindo as criaturas, chegaremos ao senhor das trevas Blone, que provavelmente aprisiona seu irmão. E quanto a Raziel, ele realmente está muito machucado, e não sei se ele aguentará esse sofrimento. Agora só nos resta esperar, e enquanto o fazemos, é melhor que você deixe Scufax ali no canto, coma alguma coisa, e depois durma, enquanto eu preciso resolver alguns assuntos com Ele. – disse-me Mastema apontando o dedo para o alto.
- Mas...... – Não terminei de dizer, pois Mastema já tinha desaparecido. (continua)