Já faz tempo que eu prometo postar meu conto aqui, então dessa vez resolvi dar mais uma revisada nele e cumprir a promessa.
Tem alguns pontos que acho importante deixar claro a respeito do mesmo:
Inicialmente esse conto foi escrito a cerca de dois anos atrás para outra comunidade Tolkieniana, que já não existe mais. Lá, cada membro deveria bolar sua história, como se ele fosse um personagem dentro do mundo de Tolkien. Assim, como meu nick era Fëanor, o nome do meu personagem deveria ser Fëanor. Mas isso obviamente acarrateva num problema, por já existir um personagem com esse nome na obra. Então dei ao personagem principal o nome de Lustion, mas na história ele ganha o "apelido" de Fëanor, por se parecer muito com o personagem original. Ah sim, Lustion é o meu nome em quenya. 
Outros personagens contidos na obra, como Glaurion e Fëaruin, eram também membros da tal comunidade, e decidimos criar as histórias de modo que houvesse uma interação entre os nossos personagens, a fim de tornar a ambientação mais realística e elaborada.
Eu planejo escrever outros contos acerca de Lustion, mas nada planejado para muito breve.
Qualquer opinião acerca do Conto será bem vinda, assim como qualquer sugestão. 
Ok, vamos lá então:
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Esse é o primeiro relato da vida de Lustion, de autoria anônima e encontrado nas páginas do Parma Vanwë Nyaron, O Livro dos Contos Perdidos.
Capítulo I: Do nascimento e da resolução de Lustion
Grande foi a felicidade dos Noldor quando se deu o nascimento de Lustion. Naquela época as duas árvores ainda vingavam sobre Ezellohar, e a felicidade dos Eldar era impoluta. Recebeu esse nome, que significa “vazio”, pois a ele seus olhos assimilavam-se, profundos e escuros, parecendo absorver tudo ao seu redor, e ao mesmo tempo transparecendo a grandiosidade de seu espírito. E seu pai Meldan era querido por muitos, pois era um dos grandes senhores dos Noldor em seu tempo, e o nascimento de seu filho foi jubilado por muitos.
Porém, quando ainda era muito novo, Lustion presenciou o mais negro de todos os fatos daquele tempo. Viu Melkor e Ungoliant prostrarem Valinor sob um véu de sombras nunca antes visto, matando as Duas Árvores. Aquelas imagens jamais se apagariam de sua memória, pois amava muito as Duas Árvores, que exerciam nele enorme fascínio e admiração. Então, quando Fëanor filho de Finwë proferiu seu juramento, Meldan decidiu com ele seguir. Mas seu coração estava dúbio e pesaroso por ter que se separar daquele que ele mais estimava, seu filho. E apesar de tudo, não poderia deixar de ajudar àquele que agora era senhor de seu povo, e pelo qual sentia muita compaixão pelas desgraças sofridas. Assim, Lustion despediu-se de seu pai, sem saber se algum dia retornaria a vê-lo.
De fato, os anos passaram-se depressa, e agora já brilhavam tanto Anar quanto Isil sobre o firmamento, e as Árvores eram uma triste lembrança de um passado que não retornaria. Lustion desenvolvera de modo majestoso seus talentos inatos como artífice e navegador, e tornou-se admirado e querido por muitos. Revelava-se nele um espírito incansável e ardente, tal como o líder de seu povo, que perecera além Mar. E sua mente começava a inquietar-se mais do que o comum, pensando em seu pai, e ansiando conhecer novas terras, pois era ávido por novidades e o ócio nunca lhe seduzira.
De seu pai não tivera mais notícias, e sabendo do que ocorrera no episódio do Fratricídio de Alqualondë, julgou que seu pai estava ligado a um negro destino, que acompanhava todos àqueles que partiram com Fëanor no dia de seu nefasto juramento. E seu coração desejou ir em busca de seu pai, que ele amava mais que qualquer coisa. Mas ele não teria a permissão dos Valar para abandonar a Terra Abençoada, tal como seus antepassados fizeram. Porém mesmo assim ele tentou conseguir tal permissão, indo falar com Manwë e Varda em Ilmarin. E Manwe lhe negou, conforme previsto, tal pedido:
- Ó Lustion filho de Meldan, sabemos que o destino de seu pai é negro, mas não permita que tal destino acometa-se sobre ti também. Pois foi decisão dele seguir esse caminho, e ele não permitiria que seu amado filho partilhasse de tal sina.
- E que espécie de filho poderei me considerar, sem nem ao menos tentar salvar àquele a quem mais estimo nesse mundo? Não serei feliz de qualquer modo vivendo aqui, sabendo que nesse instante meu pai pode estar passando por momentos difíceis, em alguma missão desesperada e derradeira. Infelizmente eu terei que partir, com ou sem vossa permissão.
- Se assim diz, assim será. Partilhará das dores e sofrimentos daqueles que outrora abandonaram este reino, e antes do final te arrependerás de ter contrariado minha decisão e meus conselhos. Pois, se decides partir atrás daqueles que se dispuseram a seguir Fëanor, como um deles será considerado, e sobre ti a mesma sina pesará. Meu coração se entristece ao saber de tua escolha, mas não posso impedi-lo à força.
- Como no passado foi dito: tentarei, através do sofrimento, conquistar a felicidade – disse por final Lustion.
E Manwë nada mais disse. Ele sabia que nada agora impediria a partida de Lustion. E este construiu um barco para si, a fim de cruzar a longa distância que o separava das terras mortais. Branco ele era, com velas douradas, e tão logo Lustion partiu, percebeu que os Valar não lhe impediriam de fato, já que o vento soprava favoravelmente, e o mar não se agitava mais do que o suficiente. Ulmo e Ossë não teriam interesse em impedir aquela pequena embarcação de atingir as costas de Beleriand, seguindo seu destino, qual fosse ele.
Tem alguns pontos que acho importante deixar claro a respeito do mesmo:






Ok, vamos lá então:
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Esse é o primeiro relato da vida de Lustion, de autoria anônima e encontrado nas páginas do Parma Vanwë Nyaron, O Livro dos Contos Perdidos.
Capítulo I: Do nascimento e da resolução de Lustion
Grande foi a felicidade dos Noldor quando se deu o nascimento de Lustion. Naquela época as duas árvores ainda vingavam sobre Ezellohar, e a felicidade dos Eldar era impoluta. Recebeu esse nome, que significa “vazio”, pois a ele seus olhos assimilavam-se, profundos e escuros, parecendo absorver tudo ao seu redor, e ao mesmo tempo transparecendo a grandiosidade de seu espírito. E seu pai Meldan era querido por muitos, pois era um dos grandes senhores dos Noldor em seu tempo, e o nascimento de seu filho foi jubilado por muitos.
Porém, quando ainda era muito novo, Lustion presenciou o mais negro de todos os fatos daquele tempo. Viu Melkor e Ungoliant prostrarem Valinor sob um véu de sombras nunca antes visto, matando as Duas Árvores. Aquelas imagens jamais se apagariam de sua memória, pois amava muito as Duas Árvores, que exerciam nele enorme fascínio e admiração. Então, quando Fëanor filho de Finwë proferiu seu juramento, Meldan decidiu com ele seguir. Mas seu coração estava dúbio e pesaroso por ter que se separar daquele que ele mais estimava, seu filho. E apesar de tudo, não poderia deixar de ajudar àquele que agora era senhor de seu povo, e pelo qual sentia muita compaixão pelas desgraças sofridas. Assim, Lustion despediu-se de seu pai, sem saber se algum dia retornaria a vê-lo.
De fato, os anos passaram-se depressa, e agora já brilhavam tanto Anar quanto Isil sobre o firmamento, e as Árvores eram uma triste lembrança de um passado que não retornaria. Lustion desenvolvera de modo majestoso seus talentos inatos como artífice e navegador, e tornou-se admirado e querido por muitos. Revelava-se nele um espírito incansável e ardente, tal como o líder de seu povo, que perecera além Mar. E sua mente começava a inquietar-se mais do que o comum, pensando em seu pai, e ansiando conhecer novas terras, pois era ávido por novidades e o ócio nunca lhe seduzira.
De seu pai não tivera mais notícias, e sabendo do que ocorrera no episódio do Fratricídio de Alqualondë, julgou que seu pai estava ligado a um negro destino, que acompanhava todos àqueles que partiram com Fëanor no dia de seu nefasto juramento. E seu coração desejou ir em busca de seu pai, que ele amava mais que qualquer coisa. Mas ele não teria a permissão dos Valar para abandonar a Terra Abençoada, tal como seus antepassados fizeram. Porém mesmo assim ele tentou conseguir tal permissão, indo falar com Manwë e Varda em Ilmarin. E Manwe lhe negou, conforme previsto, tal pedido:
- Ó Lustion filho de Meldan, sabemos que o destino de seu pai é negro, mas não permita que tal destino acometa-se sobre ti também. Pois foi decisão dele seguir esse caminho, e ele não permitiria que seu amado filho partilhasse de tal sina.
- E que espécie de filho poderei me considerar, sem nem ao menos tentar salvar àquele a quem mais estimo nesse mundo? Não serei feliz de qualquer modo vivendo aqui, sabendo que nesse instante meu pai pode estar passando por momentos difíceis, em alguma missão desesperada e derradeira. Infelizmente eu terei que partir, com ou sem vossa permissão.
- Se assim diz, assim será. Partilhará das dores e sofrimentos daqueles que outrora abandonaram este reino, e antes do final te arrependerás de ter contrariado minha decisão e meus conselhos. Pois, se decides partir atrás daqueles que se dispuseram a seguir Fëanor, como um deles será considerado, e sobre ti a mesma sina pesará. Meu coração se entristece ao saber de tua escolha, mas não posso impedi-lo à força.
- Como no passado foi dito: tentarei, através do sofrimento, conquistar a felicidade – disse por final Lustion.
E Manwë nada mais disse. Ele sabia que nada agora impediria a partida de Lustion. E este construiu um barco para si, a fim de cruzar a longa distância que o separava das terras mortais. Branco ele era, com velas douradas, e tão logo Lustion partiu, percebeu que os Valar não lhe impediriam de fato, já que o vento soprava favoravelmente, e o mar não se agitava mais do que o suficiente. Ulmo e Ossë não teriam interesse em impedir aquela pequena embarcação de atingir as costas de Beleriand, seguindo seu destino, qual fosse ele.
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