Eru- o Ilúvatar
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[Eru, o Ilúvatar][O Destino dos Homens do Leste]
Uma nova era se ergue após o caos. Eram passados anos desde a batalha que selou o destino dos povos e desfigurou o mundo. Morgoth era apenas uma triste lembrança, mas muito do que havia de belo também se perdera com o afundamento de Beleriand. Os eldar, os mais sábios, começavam a abandonar o que sobrou do mundo rumo a Terra Abençada para onde pés mortais nunca deverão ir. E aqueles que testemunharam seu legado e esplendor partem agora também rumo ao ocidente, dizem relatos, para receber dos valar uma dádiva em gratidão a sua lealdade. O conhecimento declina, e mesmo sem a presença do senhor do mal a sombra parece se abater, a sombra do esquecimento, a sombra do declínio, pela partida dos eldar, pela partida dos grandes entre os edain. Aqueles que não lutaram, alheios a tudo, protegidos pelas imponentes Ered Luin, seja do explendor dos senhores do ocidente em seu apogeu, seja da nefanda ação do senhor do escuro, chegaram para testemunhar a organização de um novo mundo, um mundo de retalhos, uma pálida lembrança do que já foi. Anelavam para ocidente, do qual pouco sabiam senão por terceiros, mas parece que o próprio ocidente agora chegava até eles, não pelas palavras sábias e alentadoras dos que não pereciam, mas pelo avanço dos mares trazidos pela força da grande batalha que marcara o fim de uma era. Os mais afortunados dos edain, a hoste de Elros, partiram para longe, e agora eram separados dos homens do oriente não só por um oceano mas também por uma vida mais longa, e pela amizade dos eldar, usufruíam da bem aventurança que olhos mortais do leste não podiam imaginar.
Esses homens, que recusaram igualmente ao chamamento dos Valar e de Morgoth, que vagueavam por terras sem lei e não cultivadas, passariam a viver agora sob a sombra de medo lançada pelos pérfidos homens que se aliaram a Morgoth, e que conseguiram escapar no fim da guerra que mudou o mundo. E muitos deles se fizeram reis entre esses homens, o que levou os Valar a abandona-los a própria sorte, nas trevas, sobre e terror das criaturas que haviam sido criadas por Morgoth e permaneciam como marca do seu legado.
E foi nesse meio de desolação que nasceu Brangir, filho de um velho herbalista coxo, de nome Hangir. Era ele o filho varão, o sétimo homem, e seus irmãos, adultos, já haviam sido arregimentados pelo rei para proteger as fronteiras. Mais do que um reino, aquela região era um amontoado de homens que viviam as margens de um rio corrente, ao sul das montanhas da Floresta Verde, e que por três gerações foram governados por descendentes de antigos servidores de Belgurth. Esse, com mão de ferro, mandava cortar árvores em grande quantidade para construir fortificações, e ordenava a caça indiscriminada de animais para sustentar os banquetes opulentos que oferecia a sua família e melhores homens. E vivia em constantes guerras contra outros povos dos arredores, motivadas por finalidade clara de expansão de fronteiras.
continua...
Uma nova era se ergue após o caos. Eram passados anos desde a batalha que selou o destino dos povos e desfigurou o mundo. Morgoth era apenas uma triste lembrança, mas muito do que havia de belo também se perdera com o afundamento de Beleriand. Os eldar, os mais sábios, começavam a abandonar o que sobrou do mundo rumo a Terra Abençada para onde pés mortais nunca deverão ir. E aqueles que testemunharam seu legado e esplendor partem agora também rumo ao ocidente, dizem relatos, para receber dos valar uma dádiva em gratidão a sua lealdade. O conhecimento declina, e mesmo sem a presença do senhor do mal a sombra parece se abater, a sombra do esquecimento, a sombra do declínio, pela partida dos eldar, pela partida dos grandes entre os edain. Aqueles que não lutaram, alheios a tudo, protegidos pelas imponentes Ered Luin, seja do explendor dos senhores do ocidente em seu apogeu, seja da nefanda ação do senhor do escuro, chegaram para testemunhar a organização de um novo mundo, um mundo de retalhos, uma pálida lembrança do que já foi. Anelavam para ocidente, do qual pouco sabiam senão por terceiros, mas parece que o próprio ocidente agora chegava até eles, não pelas palavras sábias e alentadoras dos que não pereciam, mas pelo avanço dos mares trazidos pela força da grande batalha que marcara o fim de uma era. Os mais afortunados dos edain, a hoste de Elros, partiram para longe, e agora eram separados dos homens do oriente não só por um oceano mas também por uma vida mais longa, e pela amizade dos eldar, usufruíam da bem aventurança que olhos mortais do leste não podiam imaginar.
Esses homens, que recusaram igualmente ao chamamento dos Valar e de Morgoth, que vagueavam por terras sem lei e não cultivadas, passariam a viver agora sob a sombra de medo lançada pelos pérfidos homens que se aliaram a Morgoth, e que conseguiram escapar no fim da guerra que mudou o mundo. E muitos deles se fizeram reis entre esses homens, o que levou os Valar a abandona-los a própria sorte, nas trevas, sobre e terror das criaturas que haviam sido criadas por Morgoth e permaneciam como marca do seu legado.
E foi nesse meio de desolação que nasceu Brangir, filho de um velho herbalista coxo, de nome Hangir. Era ele o filho varão, o sétimo homem, e seus irmãos, adultos, já haviam sido arregimentados pelo rei para proteger as fronteiras. Mais do que um reino, aquela região era um amontoado de homens que viviam as margens de um rio corrente, ao sul das montanhas da Floresta Verde, e que por três gerações foram governados por descendentes de antigos servidores de Belgurth. Esse, com mão de ferro, mandava cortar árvores em grande quantidade para construir fortificações, e ordenava a caça indiscriminada de animais para sustentar os banquetes opulentos que oferecia a sua família e melhores homens. E vivia em constantes guerras contra outros povos dos arredores, motivadas por finalidade clara de expansão de fronteiras.
continua...