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[L][Ephemera] [Lantaire]

Ephemera

Usuário
Postando aqui a primeira parte da história de Lantaire (Lantaire é um personagem do sexo masculino, protagonista da historia).
A historia é uma ficção mas baseada num mundo historico real, logo, os locais e datas que aparecem assim como alguns personagens são reais. Personagens e lugares reais terão destaque em itálico, lembrando que apenas o nome é de uma pessoa que real, os feitos dela nesta história são imaginários.

Parte I - O encontro

Dizem as lendas antigas que a séculos eles foram todos amaldiçoados e banidos do reino onde viviam... injustamente.

Mas como nenhuma maldição é completada com sucesso, muitos deles escaparam, jurando vingança aqueles que, injustamente, os haviam tirado de suas casas, os expulsado de seu reino. Estes então, prometeram se vingar, independentemente de quanto tempo levassem para isto.

Glastonbury, Inglaterra. Um dia de inverno do ano de 1191, reinado de Henry II. Um homem alto, magro e de pele muito, muito clara vinha caminhando lentamente pela rua quando seus olhos de um azul profundo encontram algo que fixaram com intensidade. Do outro lado da rua uma mulher de pele também muito clara, cabelos longos,ondulados e negros descendo-lhe pelas costas com finas tranças nas laterais. Um vestido fino de rendas vermelhas cobre seu pequeno corpo, as mangas compridas e rendadas do vestido cobriam-lhe as mãos e os sapatos também não eram visíveis devido ao comprimento do vestido. O tronco muito magro, mais magro ainda devido ao corpete por cima do vestido, que parecia quase prender sua respiração, dava a impressão de fragilidade total. Andava com elegância, seus pés quase não tocavam o chão, parecia sem rumo, lagrimas nos olhos escuros, totalmente inofensiva, era o que parecia.

Olhos fixos na mulher que andava sem rumo, o homem olha incrédulo para a figura a sua frente. Poderia ela ser... não, não seria, isto tudo deveria ser apenas sua imaginação misturada ao frio do inverno, ou ele deveria estar ficando louco. Tentou se aproximar um pouco mais da mulher, tentando se aquecer no sobretudo esverdeado que lhe caia até os pés.

O homem não acreditava que tudo aquilo era ilusão, aproximou-se da mulher até conseguir segurar sua delicada mão, ao sentir seu toque ela virou o rosto que ficou totalmente escondido. Ele empurra a renda do vestido para poder ver sua mão. As unhas pareciam feitas de vidro, ele então leva a outra mão até o rosto fino da mulher forçando-a a olhá-lo. Lágrimas de sangue lhe escorriam pelo rosto. Suas suspeitas haviam sido confirmadas, ela era sim, um dos seres pelos quais ele buscava incessantemente.
 
Uh... adoro estórias medievais....

Por enquanto pode-se falar pouco sobre a narrativa, vou esperar mais continuações. Parece ser bom. Por enquanto está bem narrado, com detalhes de datas e personagens.

Só uma pergunta: você disse que ela andava com elegância, mas sem rumo. Uma pessoa que parece desorientada andaria com elegância? Creio q quem anda com elegância anda com segurança e com porte altivo. (Mas tb eu posso estar viajando... :roll: )

Fiquei curioso. Espero ansiono pela continuação. :)
 
Também gostei e quero ver a continuação... Encarei essa primeira parte como um epílogo... Pq tá bastante corrido, mas sendo um epílogo não vejo problema na correria... Espero a continuação...
 
Só uma pergunta: você disse que ela andava com elegância, mas sem rumo. Uma pessoa que parece desorientada andaria com elegância? Creio q quem anda com elegância anda com segurança e com porte altivo. (Mas tb eu posso estar viajando... )

Eu não concordo muito com a sua visão, o personagem andava sim totalmente sem rumo mas com extrema elegância... uma coisa até meio 'gay' se você preferir :lol: (não sei se me entende)

Quanto a narrativa ser corrida, isto é verdade e ela se manterá mais ou menos assim, pois pretendo montar uma história com bastante conteúdo mas com poucas partes. É claro que haverão partes bem detalhadas, outras mais 'corridas'.

Continuação no proximo fim de semana (se Eru quiser!)
 
Legal a proposta de contos fantasiosos, eu tambem trabalho nesse tipo de projeto, por isso vou falar minha chata opinião! (lembrando sempre que eu só opino naquilo que eu acho que merece ser opinado!)

Primeiramente, acho que voce forçou demais a descrição no

Um homem alto, magro e de pele muito, muito clara vinha caminhando lentamente pela rua quando seus olhos de um azul profundo encontram algo que fixaram com intensidade.

acho que a "muito muito clara" poderia ser diferenciado. Porque? Claro é uma palavra levementexula e mal utilizada, por isso o texto perde o "valor das palavras". "Alvo, gélido, nórdico ou até branquio são termos que podem ser utilizados e que passam a mesma mensagem. "Muito muito" é uma aglutinação de termos que pode ser trocado por "demasiado", "muitissimo", "grandemente" (fica esquisito). Minha opinião.

Seria uma honra discutir mais contigo, meu msn é ailton_t_rodrigues@hotmail.com , sou extremamente chato pra textos, mas tento num ser tanto quando estou teclando com as pessoas. Espero que meu comentario não tenha te ofendido, não foi o motivo dele... Apenas acredito que estamos todos tentando melhorar e assim como gosto de ser corrigido , gosto tambem de tentar ajudar as pessoas para alcançar o "ideal" (pretencioso de minha parte neh?)
 
Adicionado.
Você não me ofendeu de forma algumoa com seu comentário. Criticas construtivas são sempre muito bem vindas.

Vou ver se consigo mandar a Parte II no final de semana que vem mas acho que vai ser complicado... a história nescessita de um pano de fundo histórico real e isso leva tempo, requer pesquisa e eu estou com a agenda meio cheia essa semana... pré vestibular...vocês sabem como que é.
 
nossa marina... n sabia q vc escrevia... n dah p dizer mto assim d antemao, por ser apenas um epilogo (ow algo q lembra mto um :lol: ). ms dah pra tr uma ideia d q vm algo bom pela frent. o "suspense" no final fiko mto bom! espero pela continuaçao!
 
Muito legal, vc escreve em português bonito e correto!! E um gênero sensacional, q é o medieval!! :amem:
 
Aqueles que não gostam de narrativas descritivas... talvez seja melhor não continuarem lendo... Esta parte é basicamente apenas descritiva. Mas finalmente ela saiu!
Obrigada aqueles que estão lendo e criticando!


Parte II – Dois nomes

Ele olhava profundamente para os olhos da mulher que ainda tentava esconder as lagrimas de sangue que lhe escorriam pelo rosto pálido. Soltando seu rosto ele segura firmemente uma de suas mãos e a puxa em direção a rua que cortava a rua onde estavam logo a frente.
- “Venha comigo.” Foram as únicas palavras que ele proferiu, e, apesar de sérias soaram doce aos ouvidos que as escutavam.

Eles seguiram em frente virando a esquerda na rua a frente. A rua levava até uma área aberta e de grande movimentação em tardes de clima agradável, mas nesta manhã de inverno a área se encontrava totalmente vazia, a cerca de cem metros a frente uma enorme catedral toda construída de pedra podia ser vista. Uma enorme torre se erguia, o portal ovalado e fechado parecia impedir a entrada. Logo acima do portal um vitral também ovalado e colorido podia ser visto com nitidez pelo lado de fora revelando imagens de momentos já esquecidos. A torre subia a muitos metros do chão e terminava em quatro bifurcações, uma cruz erguida em cada ponta bifurcada.

Tirando um lenço negro rendado de dentro do bolso do sobretudo esverdeado ele olha para a mulher uma vez mais lhe estendendo a mão com o lenço.
-“Venha comigo’– Ele repetiu novamente sério mas com voz doce – ‘Vamos entrar... e por favor... tire esta impressão de espanto de seu rosto, ele é muito delicado, não combina.”
Ele começou a puxá-la em direção ao portal da igreja quando mais uma vez virou-se dirigindo-lhe as palavras :
“E sim... eu sei o que você é... e sei que pode entrar aqui. E o lenço que lhe dei, cubra o rosto com ele, ou pare de chorar. Lágrimas de sangue não são coisa de meros mortais.”

Com estas palavras ele a puxou para a frente do portal e com um empurrão o abriu revelando o interior da catedral Saint John. O corredor principal levava a um altar de grande esplendor, muitos metros a frente. Nas laterais os assentos convidavam a sentar aqueles que desejavam orar ou apenas ter um momento de privacidade, como era o caso das duas pessoas que neste momento lá entravam.

Ainda segurando-a pela mão magra ele assentou-se levando-a consigo. Olhando-a nos olhos ele sussurrou:
-“Lantaire.”
Ela a olhou com olhos perdidos em dúvida.
-“Lantaire’ – Ele repetiu – ‘Este é meu nome, poderia me dizer o seu?”
Após alguns segundos de total silêncio ela resolveu se pronunciar, sua voz soava triste ou mesmo espantada.
-“O que quer de mim? Como... como sabe o que sou... você...”
Interrompendo a mulher ele disse olhando profundamente em seus olhos:
-“Seu nome. Apenas o nome desta mulher adorável.”
-“Sharon” – Ela sussurrou desta vez, desviando os olhos dos dele que a olhavam com firmeza.

____________________
Prometo que a proxima parte terá menos descrições e mais ações, por hora é isto.
 
O que ela é, então? 8O
Fiquei curiosa. :)
Ah, sim, eu gosto de partes descritivas, não sinto assim tanta falta da "ação". E essa parte ficou mto bem descrita, na minha opinião.
 
Muito pró --- !!! :P
Vc usa bem a descrição, é mais ou menos como eu escrevo ...
Por isso, gostei demais.
 
Gostei e fiquei curioso. Sua estória me convenceu mais ainda que descrições detalhadas são excenciais para um bom texto.

Está ficando bom. Esperamos mais!
 
Estou assombradíssima!!!!!!!!!!!!!!!!

a-d-o-r-e-i incrivel e outra coisa aprendi muito agora como se escreve perfeito como vc ,obrigada por me ensinar..........

Estou curiosa!continue...........

o que ela é então?pq estava sozinha e pq estava chorando ......

não me deixe na dúvida hein.......continue!
 
Denethor II disse:
Primeiramente, acho que voce forçou demais a descrição no

Um homem alto, magro e de pele muito, muito clara vinha caminhando lentamente pela rua quando seus olhos de um azul profundo encontram algo que fixaram com intensidade.
Ao invés de mudar os adjetivos, eu faria uma comparação meio q metafórica, com algo q tivesse a ver com aqule cenário, ñ sei: as luzes, as nuvens, ou algo mais mirabolante!!
Comparações enriquecem o q o Denethor chamou de "valor das palavras"
 
Valeu todo mundo que está lendo e comentando...

Eu estou na metade da terceira parte agora...no final de semana que vem eu posto ela aqui.

P.S. Etuerpe assim que eu tiver um tempo vago eu leio sua historia e comento lá...
 
Unh.. puxa, puxa! Só agora que pude ler com calma, estou adorando! Como a Gaerwen falou, descrições são partes muito importantes, gosto delas tb.... *Curiosidade.... :roll: *
Afinal, o que está acontecendo?
Unh.... histórias assim são boas... prendem a atenção! :obiggraz:
 
Finalmente a terceira parte com algumas revelações...so pra não matar vcs....
*até parece*


Parte III – Imortalidade revelada

-“Sharon” – Ele repetiu para si mesmo e depois em voz audível para ela – “Não imaginas a quanto tempo busco por um de vocês, para que minhas suspeitas pudessem ser confirmadas. Suspeitas que tiveram início na França a alguns anos atrás. Já deve ter percebido que venho desta região pelo leve sotaque que ainda carrego, mas tento me desfazer dele... Meu pai era Francês, ele já é falecido, minha mãe é inglesa, mas após se casar com meu pai contra a vontade de seus pais, se mudou para a França e lá eu nas...” – Ele parou fitando a mulher que arrumava o lenço preto que lhe cobria os olhos ainda manchados de sangue – “Estou lhe incomodando? Sim, eu sei, eu falo demais.” Ela neste momento lhe escutava com atenção, quase encantada.

-“Não, de forma alguma, não está me incomodando. Vivi confinada por tantos anos que nem me lembrava de como era respirar o ar daqui de fora, suas historias me fazem sentir livre.”

Ele escutava a cada palavra sua como se tentasse decifrar um enigma. Ele já sabia que ela não era humana e sim uma vampira, nenhuma outra criatura poderia ter as unhas como vidro e chorar lágrimas de sangue, a não ser vampiros. Lantaire era fanático por histórias, e por mais absurdas que elas soassem sempre acreditava que elas pudessem ter algum fundo de verdade. Tudo que lhe contavam era motivo de pesquisa e por isso tinha saído da França e ido até a Inglaterra, por causa de uma antiga lenda sobre uma certa maldição envolvendo homens, vampiros e conflitos entre reinos.

-“Como... como você chegou até aqui?” Perguntou Lantaire olhando firmemente para os olhos da vampira.
-“Não vês que posso me locomover? Tenho pernas oras, vim andando” Retrucou a vampira começando a sentir-se incomodada pelas perguntas do humano.
-“Andando, isto é obvio, assim como a existência de suas pernas, tão humanas quanto as minhas, ao contrário de suas unhas. E estas lágrimas. Mas minha pergunta é: quem deixou que viesse até aqui, você não tem um mestre? Deve ter, todos os vampiros tem um mestre, todos eles seguem alguém, e este alguém geralmente é muito rigoroso neste tipo de questão, não deixaria você vagar por aí, além do que você não faz muitos esforços para disfarçar que não é uma mera mortal. E também....”
-“Chega! De fato você fala demais!” Disse Sharon interrompendo-o “E parece falar de coisas que entende profundamente, o que não creio ser verdade, já esteve com outros de minha raça antes?”
-“Não.”
-“Então como faz afirmativas deste modo?” Ela pergunta quase indignada.
-“Eu sou um historiador, eu amo história, vivo disto.”
-“Historiadores vivem de histórias reais, como quem são os reis de hoje, quem foram os reis do passado, estudam as batalhas que já ocorreram e...”
-“E eu tenho uma vampira a minha frente me dizendo que vampiros são mera fantasia.”

Ela parou por um momento sem saber o que responder, ele tinha razão mais uma vez, alimentar aquela idéia de que vampiros não existiam dentro de sua própria mente a levava a acreditar nesta mentira e agora parecia que ele revelava a ela sua própria origem.

-“Vocês tentam esconder, sempre tentaram...’ ele continuou ‘mas a história sempre deixa pistas para aqueles que realmente querem saber, para aqueles que realmente procuram. E eu, eu simplesmente as achei, achei as pistas, e sei que vocês existiram e ainda existem mas não mais como antes. Antigamente vocês dividiam as mesmas terras com os humanos, hoje não mais. Hoje vocês vivem escondidos, escondendo de si mesmos a sua própria existência. Tudo bem, estou me baseando em pistas que talvez não sejam muito confiáveis, mas com você ao meu lado talvez eu possa desvendar as partes que ainda são obscuras, aquelas que eu apenas supuz....”
-“O que quer que eu faça?’ seu olhar revelava um misto de espanto e raiva ‘quer que eu lhe conte histórias que meu povo tenta esconder, e esquecer a milênios?”
-“Eu apenas quero entender, eu posso lhe mostrar tanta coisa sobre seu povo que talvez nem mesmo você saiba, eu sei, você é jovem, aposto que não tem mais que vinte anos.”

A mulher ao ouvir esta última suposição soltou uma risada que poderíamos caracterizar como malévola, mas era meramente debochada.

-“Você estava levando suas suposições muito bem, mas depois desta você acaba de destruir sua reputação de bom historiador.”
-“Por que diz isto?”
-“Vinte anos?’ ela perguntou franzindo as sobrancelhas ‘vinte anos, esta é boa, você acaba de errar por alguns milênios...”

Agora foi a vez de Lantaire olhar espantado para Sharon, fitando seus olhos em desespero. Por mais que lendas pudessem contar que vampiros eram criaturas imortais, esta foi uma das partes que ele nunca acreditou, imortalidade era uma coisa que ia muito além de história, envolvia muito mais que batalhas e criaturas ditas ‘diferentes’, ele poderia encarar o fato de ver um vampiro, mas não poderia suportar a idéia de imortalidade.

Neste momento varias pessoas vestindo roupas claras entraram na igreja seguindo um padre que vinha a frente segurando em suas mãos a corrente que por sua vez segurava um incensário que balançava como um pêndulo deixando uma névoa perfumada no ar. O padre vestido com roupas marrons, na cintura um cordão bege amarrado, nas costas a estampa negra de uma cruz, seguia cantando em latim: “O mi jesu, demitte nobis debita nostra, salva nos ab igne inferiori, perduc in caelum...”

-“Vamos sair daqui, este não é o meu lugar” Sharon disse já levantando-se do banco e puxando a mão de Lantaire. Este por sua vez, ao ver que a garota não fazia objeção a deixar a igreja em sua companhia, preferiu seguí-la enquanto ainda era aceito.
 
vampiros! 8O

vampiros são um bom tema para histórias, se a história for bem escrita. o que, até agora, parece que é o seu caso. :mrgreen: mto bom!
 

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