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[L][Dr. Estranho] [Estranhas Crônicas]

Estranho

Dancer
Começando...



Resolvi, sem compromisso nenhum, a não ser com a minha própria inspiração, começar um tópico com as minhas crônicas(não que eu tenha nenhuma pronta, apenas uma ou outra idéia). "Pô, até aí, legal" penso eu "mas eu não experiência nenhuma no assunto, não tenho nem idéia de como começar a escrever". Eis que, ao começar a escrever o que seria o texto introdutório para a minha primeira crônica, eis que descubro, esse texto será a primeira crônica!
O trabalho já começa na escolha do nome do tópico, mas esse, foi até fácil: "Estranhas Crônicas", parece interessante, misterioso...ou então é uma baita frescura, mas vamos ver no que dá.
Agora vem o título desta primeira crônica. Talvez "Um Bom começo". Não, muito comum, e parece um tanto arrogante. "Um começo
razoável". Hm, não empolga. "Um começo", hm, não tá bom ainda! Vou resolver isso depois.
Farei agora, uma crônica metalinguística, sobre como o prazer de escrever envolve as pessoas, inclusive, este que vos escreve:
...
...
Ok, desisto. Não nasci para isso, textos sérios não funcionam
comigo (não assim, pelo menos). Talvez se eu tentasse utilizar meu humor nonsense, contando uma piada e desenvolvendo algo sobre ela depois.
...
...
Minhas piadas são muito ruins, ou muito manjadas, não vai funcionar.
Esse tipo de momento é muito ruim, se fosse numa conversa ao vivo seria algo como:
[Eu] Então...
[Você] É...
[Eu] Pois é...
[Você] Tenho que sair (Que cara medonho!)
[Eu] Falou Então...
Nesse momento você, leitor, estaria correndo para o mais longe possível deste ser bizarro que tentava puxar papo, e eu, provavelmente estaria pensando num assunto perfeito para conversar, mas não poderia fazê-lo pois você já foi. É mais ou menos o que ocorre comigo quando tento escrever. No momento que desligar o computador, surgirá um texto pronto na minha mente, mas que se dissolverá no tempo de pegar um papel e caneta, ou religar o PC.
Escrever é assim mesmo, como ir numa exposição de carros de luxo, as idéias estão em todos os lado, e o escritor fica olhando pra elas e pensando "ah se eu tivesse uma..."
Certo, meus caros leitores, vocês serão minhas "cobaias" como escritor, então espero receber comentários, críticas, qualquer coisa para que eu possa escrever decentemente.


Obrigado.
 
Ótimo texto, envolve bem o sentimento da dificuldade de escrever que todos sentimos, aquele sentimento estranho (^^), que até mesmo se parece com tolice, mas no geral está muito bom o texto, só não gostei de como foi montada a parte dos diálogos, mas no mais tá td certo, continue :D
 
Nossa, que coisa mais Machadiana modernética. :lol: Me lembrou o Bentinho do Dom Casmurro o jeito que tu se expressa, embora a linguagem seja diferente, obviamente.

Agora... Estou esperando pra ser uma cobaia mais efetiva! Então, escreva! ^^
 
Realmente, tem uma clara influência Machadiana no texto. Ficou bom, bom mesmo! :D

Esperamos por mais textos!
 
Singelo e sutil como uma barata radiotiva

É uma simples questão de emissão de mensagem contendo informação.
A mensagem estava confusa demais e a informação, se é que havia alguma, perdeu-se.

Tente novamente, agora sério.
 
Lord Seth disse:
Singelo e sutil como uma barata radiotiva

É uma simples questão de emissão de mensagem contendo informação.
A mensagem estava confusa demais e a informação, se é que havia alguma, perdeu-se.

Tente novamente, agora sério.

Simples questão de interpretação para perceber a denotação da sua mensagem, e eu não vou deta... ahn... ok, ok; baratas não são sutis nem singelas, o radiotiva gera um paradoxo proposital

O curioso, porém, é que nós consideramos a mesma coisa. A diferença é apenas a forma que emitimos a mesmíssima opinião:

Aonde está a crônica, afinal?

Agora... Estou esperando pra ser uma cobaia mais efetiva! Então, escreva! ^^
 
Simples questão de interpretação para perceber a denotação da sua mensagem, e eu não vou deta... ahn... ok, ok; baratas não são sutis nem singelas, o radiotiva gera um paradoxo proposital

Ainda assim seu texto não tinha sentido.
Escreva a sério.

O curioso, porém, é que nós consideramos a mesma coisa. A diferença é apenas a forma que emitimos a mesmíssima opinião:

Eu não sou bom com essas "sutilezas" de cobaias disso e daquilo.
Sou um homem simples e prático.

Deixe de lado sua empáfia defensiva e solte seu verbo.

Todo mundo quer ser cobaia de alguém.

Difícil é sermos nós mesmos.

Seja você mesmo e deixe de onda.
 
Hehe, o começo foi bom.

Agora parem de discutir aqui e deixem o Bubba postar os textos, ora! Hhaha
 
Deixando de lado possíveis discussões no tópico, finalmente, depois de algum tempo, aí vem outra Crônica:

Novelas



Sempre vi muita TV, desde muito pequeno, e isso inclui as tão faladas novelas. Depois de uns dez anos, novelas ficam previsíveis, o tipo de situação que você assiste e pensa:"eu tinha certeza que ele ia dizer isso", ou "eu sabia que ela ia ficar grávida", e por aí vai. Pensando assim, você começa a visualizar as cenas que NÃO acontecem em novelas, essas muito melhores e mais engraçadas, como:

[Padre] E eu vos declaro...
[Ex da noiva] Eu tenho algo contra!
[Todos na Igreja] Hm???
[Padre] Filho, você chegou atrasado, essa parte foi há 15 minutos.
[Ex da noiva, indo embora] Eu podia ter parado em fila dupla, mas não, tinha que procurar vaga...

Outra

[Alto executivo, chega em casa] Antonieta, me faz um chá de erva cidreira, com duas gotas de limão.
[Antonieta] Mas senhor, você só bebe Uísque doze anos quando chega do trabalho!
[Executivo] Aparentemente faz mal pra saúde, não sabia dessa, li na Veja. Ah, e jogue fora meus charutos...
[Antonieta] O quê?!?!?!?
[Executivo] É, também faz mal. Vi no Fantástico...Se quiser, leve pro seu marido, mas eu não recomendo...

E morre o ricaço importante da novela:

Reação um:

[personagem 1] Ih, o cara morreu.
[personagem 2] Que merda hein?
[personagem 1] Que nada, morreu, morreu, antes ele do que eu!

Reação dois:

[detetive 1] O que você acha?
[detetive 2] Coronel Mostarda, com o Castiçal. Certeza.
[detetive 1] Eu diria Sr. Marinho, com a chave inglesa.
[detetive 2] Mas quem se importa? Apenas fique de olho no Black, ele me dá arrepios.
[Ambos em uníssono] Hahahahahahhahahahahahahahahah
[detetive 1] eu pago a cerva...


Isso é tudo caros leitores, uma pena que nunca verão essas cenas numa novela. Eu acho...
 
Última edição:
Se novelas fossem tão legais assim eu até assistiria. xD

E meu irmão é profissional nessa area, quando era pequeno e estava vendo novela, nas cenas romanticas ele dizia:
- Mãe, essa daí vai casar com o outro, não com esse!
- Mas como vc sabe, meu filho?
- Por causa da música.

:]
 
Uma crônica que escrevi num dia em que tive de trabalhar, mas havia pouco movimento. Primeira de uma série.

Crônicas surreais parte 1: "There's someone in my head"

Lá estava eu, caro leitor, à caça das idéias perdidas, dentro da minha própria mente. Um ambiente completamente escuro, sem paredes, ou árvore, ou céu, ou sons, ou ecos. Bem, na verdade eu só tenho ceretza de que o chão estava lá porque eu podia pisar nele.E só tinha certeza que eu
estava lá porque... bom, essa certeza eu não tenho. Essas coisas de presença onírica me confudem. Bem, voltando à minha narrativa, eu estava lá, e havia algo perto, ou pelo menos eu achava que havia. Seria uma idéia? Ou seria apenas a minha imaginação? Na dúvida, comecei a correr como se
minha vida dependesse disso(e talvez dependesse mesmo) até que cheguei a um parque de diversões. Quer dizer, eu acho que era um parque de diversões, mas não tinha barracas, ou brinquedos, ou pessoas, ou... bem, acho que você, leitor, já entendeu o espírito da coisa. Na verdade, eu só
tive a impressão de ser um parque graças às milhares de luzes flutuantes e multicoloridas. Luzes no formato de montanhas russas, e rodas giantes, barracas, etc. Eu me senti no "Mundo das idéias" de Platão, mas ao contrário. As idéias(o interessante é que eram mesmo idéias) eram apenas a sombra, ou luz, da realidade. Foi nesse momento que entendi onde estava, num lugar obscuro entre as minha memórias infantis. Cheguei ali acidentalmente, enquanto caçava idéias. Lembranças se tornam idéias, então aquele era um bom lugar para procurá-las.
Ouvi então um rugido, muito forte. Virei-me e me deparei com um leão, dos grandes, talvez ele que estivesse por perto quando comecei a correr. Rapidamente cheguei à conclusão que ele era
resultado de um passeio ao Simba Safari, alguns circos e muitas sessões de "Rei Leão"(o leão realmente se parecia com o Scar). Acho que eu já expliquei sobre como lembranças viram idéias né? Ele rugiu de novo e me encarou, e eu acabei encarando de volta. Avisei a ele que aquela era minha
mente, e que estava caçando idéias ali, logo, eu deveria caçá-lo. Ele me desafiou para jogar Jo-Ken-Pô, pelo direito de caçar o outro. Aceitei. Eu pus pedra, e ele papel. Leões sempre foram malandros, e exímios jogadores de Jo-Ken-Pô.
Novamente eu estava correndo pela minha mente, como se minha vida dependesse disso. E dessa vez ela realmente dependia. Correndo, pude ver, bem longe, milhares de balões coloridos. Balões de lógica. A lógica poderia me salvar naquele momento. Pulei, agarrei um dos balões e apertei-o até que estourasse. Inalei então os gases lógicos, que tinham um cheiro que lembrava muito algodão-doce. A solução brotou na minha cabeça: o leão é imaginário, criado por MIM, logo eu tenho poder sobre ele. Parei, virei-me e encarei a besta. Descobri de uma maneira bem ruim, que lógica não combina muito com psicologia. O leão estava em cima de mim, bem pesado para um leão imaginário, pronto pra me matar, quando resolvo desafiá-lo a uma nova partida de Jo-Ken-Pô. Ele começou a analisar se isso podia ser feito, avaliando seus códigos de honra. Enquanto isso, eu vou correndo pela terceira vez. E eu odeio correr. Eis que percebo que corri demais. Cheguei ao abismo do Esquecimento, um lugar maldito na minha mente. O lugar para onde vão as lembranças ruins, as fórmulas de Física, a localização das chaves de casa e os nomes dos parentes. Ou seja, nada que caísse ali poderia ser lembrado depois. Estava encurralado pelo leão. Cair ali seria me condenar à eterna amnésia, ficar seria ser devorado por uma lembrança infantil, um fim assaz patético. Resolvi então pular. O leão, bem mais sábio do que eu, achou minha atitude completamente idiota e foi embora.
Eu estava "quase conformado" com o meu fim. Quase conformado porque os gritos de desespero que saíam da minha boca não deixavam eu me concentrar o suficiente para me conformar. Mas então, o milagre aconteceu. Fui salvo por um ser estranho, que cheirava terrivelmente à peixe. Esse ser me agarrou (apesar de não ter braços, só barbatanas) e me levou voando pelo céu, iluminado pela luz da lua. Tomei coragem e perguntei:
- O que raios é você?- e a resposta veio numa voz rouca, mas agradável.
- Sou uma barracuda.
Essa tinha sido uma resposta um tanto estranha, mas eu me controlei e perguntei, como quem não quer nada:
- E pra onde estamos indo?
- Para os campos de Tomilho.




Continua na próxima crônica: "Barracuda nos campos de Tomilho."
 
A coisa mais interessante dessa crônica é que a original foi escrita atraz de uma embalagem de caixas de malboro. Tinha uma foto de um rato e uma barata mortos no outro lado.
...Uhm. Gostei do surrealismo do texto. Das referências à lembranças. Mas embora seja um sonho, os acontecimentos ainda estão muito lineares e simples. Sonhos são mais rechonchudos....yupi
 
Depois de muito tempo(eu avisei logo no começo que não ia cumprir prazos ou algo assim), aqui está a continuação... Tentarei escrever
mais, mas não prometo muita coisa...

Crônicas Surreais Pt 2: Barracuda nos Campos de Tomilho

Onde eu estava? Ah sim, estava sendo carregado pela barracuda. É, leitor, uma barracuda, um peixe gigante estava voando e me carregando pra longe daquele abismo. Olha, eu tava dentro da minha mente, as coisas não fazem exatamente sentido lá... Será que você pode parar de reclamar para que eu continue meu conto? Obrigado...
Então, a barracuda disse que me levava para os Campos de Tomilho. "O que raios é um tomilho?" e "Porque cazzo eu tava sendo levado pra lá?" eram as perguntas que me ocorriam. Decidi fazer a segunda:
-Então, dona barracuda, o que é esse campo de tomilho?
-É o quartel-general de um dos batalhões de sentinelas da mente.
-Ah... Hm... Desde quando mente tem sentinelas?
-Porque você acha que nunca ficou louco? -Bom, eu to dentro da minha cabeça agora, não tô?
-Tá, antes disso.
-Ahn... Porque não havia motivo?
-Você que pensa...
Desisti de fazer perguntas, diacho de bicho enigmático, e notei que estávamos chegando. Era um belo lugar, um grande campo, de uma plantação que parecia muito com um milharal, com uma grande casa de fazenda estilo americano, com um celeiro vermelho, silos, um rio ao fundo, etc. Tudo bem ao estilo Hollywood. O céu tinha cor de entardecer e o tempo era agradável.
-Belo céu.
-Sorte a nossa, aqui o céu é o tempo todo assim.
-Como? -Nem idéia, só sei que o céu aqui, é sempre esse entardecer vermelho. Talvez algum sangue tenha sido derramado em algum lugar.
-Quê?
-Esquece.
Começamos a descida e decidi fazer a primeira pergunta que tinha me ocorrido:
-Hm... E o que é tomilho?
-Aquela planta ali, ela cobre esse campo todo...
-E por que tomilho?
-Você não sabe? É a sua mente! Você que deveria saber...
-Num humilha pô...
-É que eu esperava que você pudesse responder. Na verdade, o batalhão todo esperava, sabe. Tem até bolão pra ver quem acerta essa. Se você visse as respostas que aparecem...
-E qual a sua aposta?
-Que você ouviu essa palavra da boca de algum maluco, achou ela extremamente tosca e fica pensando nela de vez em quando. E ele só tem essa forma porque algum outro maluco disse que tomilho deveria ser a mistura de tomate com milho.
-Hm, Agora que você menc...
-Chegamos!
Naquele momento, aterrissamos bem em frente à porta da casa. De lá saiu um cara imenso, de óculos escuros, jaqueta de couro, escopeta na mão (apontada pra minha cara, diga-se de passagem), cigarro na boca e gritando pra mim:
-Quem raios você pensa que engana com esse disfarce malfeito seu bosta?
-Calma chefe, calma! Ele é o cara! Não é disfarce não.
-E o que um soldadinho raso de merda que nem você acha que sabe?
-Recebi transmissão direta do General. Ele me mandou voar pro abismo do Esquecimento, pra salvar o cara.
O cara grandão ficou visivelmente abalado e constrangido:
-Ah, é, desculpe, ahn, você quer beber algo, entre, por favor- e eu mal tive tempo de responder, pois a barracuda me interrompeu:
-Não, não chefe. O General mandou reunir reforços e ir direto pra corte.
-E por que raios você não fez isso ainda?!?!?
-Porque a gente acab...
-Não importa!- o cara, que posteriormente identifiquei como sendo uma memória remanescente de algum filme de ação B, puxou um radio do bolso e começou a falar
- Quero todos os operativos fora de missão de volta à base, todos, sem exceção, em formação na minha frente. AGORA!
-Como que ele pode exigir todos assim tão rápido?- Perguntei pra barracuda.
-Espera um pouquinho que você já vai ent... Ele não pôde terminar de falar, pois o barulho que se seguiu o interrompeu. E a cena que se seguiu foi ainda mais incrível. Eram oito águias, enormes. Sentadas deviam ter uns 2,5 metros.
-É com eles que você vai- disse o grandalhão com jeito de chefe.
-Ah, claro. Pra onde?
-Você vai pra capital, filho, e de ponte aérea...
 
Do caralho.

Douglas Adams fez bem pra sua cabeça, chapa.

Lapida essa predisposição que pode servir pra alguma coisa além de tirar sarro. (Mas não para de tirar sarro é bem dai que vem o bagulho).
 

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