Skylink
Squirrle!
Skylink parou por breves momentos enquanto pondereva o curso provavelmente sinistro que a situação tomaria... Após alguns segundos, rompeu seu consternado silêncio
-Vamos pra taverna beber! - disse numa súbita decisão que espantou a todos.
-Seu tolo idiota, isso é hora de pensar nisso? - esbravejou Anakruss, aparentemente indignado.
-Ei, ei... Tem coisa melhor pra resolver os problemas, meu amigo? - continuou Skylink, agora demonstrando claramente ainda estar meio alterado pelos eventos ocorridos anteriormente - Vamos beber e continuar alegres!
Melkor interrompeu o que haveria de logo se tornar uma grande discussão:
-Ora, pode ser essa uma boa idéia. Além de ser um local inusitado para nos procurarem, é realmente uma opção que tenho em meu própio caminho. As mágoas da vida as vezes podem ser depostas sobre porções pequenas de prazeres terrenos e não há nada melhor do que isso nas poucas vezes em que a filosofia não chega nem a um ano-luz do ponto desejado e...
-Certo, já chega Melkor meu amigo fofo- disse Skylink com um sorriso de bebâdo no rosto. -Vamos andando para a taverna! concluiu enquanto rodava uma estrela e por algum motivo obscuro não se estarrachava no chão. Talvez ele ainda estivesse com uma parte sua mente sóbria, embora em estado desacelerado.
Só restava uma expressão estapafurdía no rosto de Anakruss após a equivocada decisão, como há de se ver, além de algumas exclamações ocasionais de aiai, que provocavam risos do alegre elfo de gorro verde. Melkor seguia junto, como sempre falando pouco, num estado quase catatônico de concentração voltada ao eu interior, embora continuasse atento a tudo ao seu redor.
Assim eles foram, num passo hora lento, hora apressado, fosse pelo desejo de bebida do elfo, fosse pela necessidade de abrigo, a variação se dava num processo pouco usual. E o céu se tornava inexplicavelmente limpo e ameno, como se desejasse que a viagem dos itinerantes tivesse logo o seu final. E transcorreram-se as horas, enquanto Melkor pediu informações à primeira pessoa que viu, para logo depois chegarem a uma velha e solitária cidade.
Era um local inóspito, de aspecto totalmente sombrio e com uma melancolia velada. As casas eram de uma madeira escura, bastante rara, mas que parecia estar por todos os objetos, casas ou bancos, ainda também nas poucas árvores que existiam por ali. O brilhou do sol se tornava opaco, enquanto o céu lentamente se tingia de cinza com suas gigantescas nuvens. Era claramente um péssimo local, mas todos seguiram, atraídos pela alegria enebriante do elfo bobo que parecia estar sempre feliz.
E eles encontraram, quase que por acaso, uma grande taverna. Mas o local estava completamente vazio. Não havia som algum além da própia respiração entrecortada que os três passaram a ter, meio que por instinto. A poeira parecia quieta, como se não desejasse pertubar ninguém nos últimos dias. E o pouco de luz que entrava parecia se tornar escura por ali.
Todos deixaram de se atentar para qualquer detalhe, assim que Skylink trouxe um grande barril de vinho. Até o pobre Anakruss que esteve atemorizado se esbaldava em prazeres até então desconhecidos para o pobre garoto que estava num mundo normal até outro dia atrás (embora vinho não fosse algo difícil de se conseguir). Melkor bebia, como sempre, em seu prazer direcionado a si própio, mas hoje ele não conseguia se embebedar, talvez por algum motivo que inspirasse um temor oculto em seu espírito.
Skylink parou, após um tempo, e fez com que a Anakruss fizesse o mesmo. A tranqüilidade exagerada do elfo e de Melkor se perdia, enquanto a verdadeira noção de um grande perigo entrava em suas mentes. Anakruss pouco compreendia, deixando-se voltar a pegar uma garrafa de vinho pra levar junto, enquanto seguia para ver o que os outros dois pretendiam.
E eis que após explorarem um pouco da taverna, entre tropeços e alguns barulhos inevitáveis, apesar de que mais do que evitados, eles encontraram algo realmente inusitado. O perigo estava ali, mas não se fazia mais presente como antes. O céu ou a pessoa que os guiara até ali foram apenas fruto de uma poderosa vontade. Mas uma vontade completamente nublada e impotente, que nem ao menos tinha consciência do que fazia. E eles viram, por entre uma pequena fresta num cômodo interno, aquilo que procuravam. O fruto de loucura e inconsciência que os trouxe até a cidade estava ali, sobre a forma de uma Etuerpe completamente alcoolizada, possivelmente em coma.
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Caraca... acho que exagerei...
-Vamos pra taverna beber! - disse numa súbita decisão que espantou a todos.
-Seu tolo idiota, isso é hora de pensar nisso? - esbravejou Anakruss, aparentemente indignado.
-Ei, ei... Tem coisa melhor pra resolver os problemas, meu amigo? - continuou Skylink, agora demonstrando claramente ainda estar meio alterado pelos eventos ocorridos anteriormente - Vamos beber e continuar alegres!
Melkor interrompeu o que haveria de logo se tornar uma grande discussão:
-Ora, pode ser essa uma boa idéia. Além de ser um local inusitado para nos procurarem, é realmente uma opção que tenho em meu própio caminho. As mágoas da vida as vezes podem ser depostas sobre porções pequenas de prazeres terrenos e não há nada melhor do que isso nas poucas vezes em que a filosofia não chega nem a um ano-luz do ponto desejado e...
-Certo, já chega Melkor meu amigo fofo- disse Skylink com um sorriso de bebâdo no rosto. -Vamos andando para a taverna! concluiu enquanto rodava uma estrela e por algum motivo obscuro não se estarrachava no chão. Talvez ele ainda estivesse com uma parte sua mente sóbria, embora em estado desacelerado.
Só restava uma expressão estapafurdía no rosto de Anakruss após a equivocada decisão, como há de se ver, além de algumas exclamações ocasionais de aiai, que provocavam risos do alegre elfo de gorro verde. Melkor seguia junto, como sempre falando pouco, num estado quase catatônico de concentração voltada ao eu interior, embora continuasse atento a tudo ao seu redor.
Assim eles foram, num passo hora lento, hora apressado, fosse pelo desejo de bebida do elfo, fosse pela necessidade de abrigo, a variação se dava num processo pouco usual. E o céu se tornava inexplicavelmente limpo e ameno, como se desejasse que a viagem dos itinerantes tivesse logo o seu final. E transcorreram-se as horas, enquanto Melkor pediu informações à primeira pessoa que viu, para logo depois chegarem a uma velha e solitária cidade.
Era um local inóspito, de aspecto totalmente sombrio e com uma melancolia velada. As casas eram de uma madeira escura, bastante rara, mas que parecia estar por todos os objetos, casas ou bancos, ainda também nas poucas árvores que existiam por ali. O brilhou do sol se tornava opaco, enquanto o céu lentamente se tingia de cinza com suas gigantescas nuvens. Era claramente um péssimo local, mas todos seguiram, atraídos pela alegria enebriante do elfo bobo que parecia estar sempre feliz.
E eles encontraram, quase que por acaso, uma grande taverna. Mas o local estava completamente vazio. Não havia som algum além da própia respiração entrecortada que os três passaram a ter, meio que por instinto. A poeira parecia quieta, como se não desejasse pertubar ninguém nos últimos dias. E o pouco de luz que entrava parecia se tornar escura por ali.
Todos deixaram de se atentar para qualquer detalhe, assim que Skylink trouxe um grande barril de vinho. Até o pobre Anakruss que esteve atemorizado se esbaldava em prazeres até então desconhecidos para o pobre garoto que estava num mundo normal até outro dia atrás (embora vinho não fosse algo difícil de se conseguir). Melkor bebia, como sempre, em seu prazer direcionado a si própio, mas hoje ele não conseguia se embebedar, talvez por algum motivo que inspirasse um temor oculto em seu espírito.
Skylink parou, após um tempo, e fez com que a Anakruss fizesse o mesmo. A tranqüilidade exagerada do elfo e de Melkor se perdia, enquanto a verdadeira noção de um grande perigo entrava em suas mentes. Anakruss pouco compreendia, deixando-se voltar a pegar uma garrafa de vinho pra levar junto, enquanto seguia para ver o que os outros dois pretendiam.
E eis que após explorarem um pouco da taverna, entre tropeços e alguns barulhos inevitáveis, apesar de que mais do que evitados, eles encontraram algo realmente inusitado. O perigo estava ali, mas não se fazia mais presente como antes. O céu ou a pessoa que os guiara até ali foram apenas fruto de uma poderosa vontade. Mas uma vontade completamente nublada e impotente, que nem ao menos tinha consciência do que fazia. E eles viram, por entre uma pequena fresta num cômodo interno, aquilo que procuravam. O fruto de loucura e inconsciência que os trouxe até a cidade estava ali, sobre a forma de uma Etuerpe completamente alcoolizada, possivelmente em coma.
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Caraca... acho que exagerei...