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[L][cirdandooeste][Poemas originados e cantados pelos elfos em Arda]

CirdanDoOeste

Lord sobre Mithlond
I ai galera! Do Clube dos Bardos ou de qualquer outro clube!
Fiz esse tópico para nois postar pemas élficos das obras do JRRT. MEsmo que ja possa existir um tópico assim....
Tambem seria legal se conseguissem a tradução dos poemas...
conto com vcs.
Começo ai com o maior dos poemas, escrito em Quenya.....
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Alteriello Nainië Lóriendesse
(O lamento de Galadriel em Lórien)

Ai! laurië lantar lassi súrinen,
Yéni únótimë ve rámar aldaron!
Yéni ve lintë yuldar avánier
mi oromardi lissë-miruvóreva
Andúnë pella, Vardo tellumar
nu luini yassen tintilar i eleni
ómaryo airetári-lírinen.

Sí man i yulma nin enquantuva?

An sí Tintallë Varda Oiolossëo
ve fanyar máryat Elentári ortanë
ar ilyë tier undulávë lumbulë
ar sindanóriello caita mornië
i falmalinnar imbë met, ar hísië
untúpa Calaciryo míri oialë.
Sí vanwa ná, Rómello vanwa, Valimar!

Namárië! Nai hiruvalyë Valimar!
Nai elyë hiruva! Namárië!

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|Tradução|

Ah! Como ouro caem as folhas ao vento,
Longos anos inumeráveis como as asas das árvores!
Os longos anos se passaram como goles rápidos do doce hidromel
Em salões altos além do oeste,
Sob as abóbadas azuis de Varda
Onde as estrelas tremem na canção
De sua voz de Santa e Rainha.

Quem agora há de encher-me a taça outra vez?

Pois agora a Inflamadora, Varda, a Rainha das Estrelas,
do Monte Semprebranco, ergueu suas mãos como nuvens
E todos os caminhos mergulharam fundo nas trevas;
E de uma terra cinzenta a escuridão se deita
sobre as ondas espumantes entre nós
E a névoa cobre as jóias de Calacirya para sempre .
Agora perdida, perdida para aqueles do Leste está Valimar!

Adeus! Talvez hajas de encontrar Valimar.
Talvez tu mesmo hajas de encontrá-la. Adeus!
 
Última edição:
Re: Lamento de Galadriel...

Uma canção dedicada a Bilbo ápos a volta da grande aventura contra Smaug.

Seco está o dragão,
Seco ossos espalhados;
A armadura partida,
O esplendor humilhado!
Se em ferrugem morre a espada,
Coroa o trono perecem
Com a força e com o ouro
Que os homens favorecem,
Aqui as gramas vai crescendo,
As folhas se agitando,
A água clara correndo,
E os elfos vão cantando.
Venha! Tra-la-la-láli!
De volta para o vale!

Mais brilhantes que a gemas,
Muito mais, são as estrela,
A lua é bem mais branca
Do que a prata, venha vê-la;
Mais ilumina o fogo
Ao anoitecer no lar
Do que o ouro lavrado,
Então por que vagar?
Oh! Tra-la-la-láli!
De volta para o vale!

Ei1 Aonde você vai,
Tão tarde regressando?
O rio vai corredno,
E as estrelas queimando!
Aonde vai tão carregado,
Tão triste e deprimido?
Aqui os elfos e suas damas
Recebem o oprimido
Com Tra-la-la-láli!
De volta para o vale!
Tra-la-la-láli
Fa-la-la-láli
Fa-la!​
 
Re: As Árvores de Kortirion...

Comentário sobre o poema por Christopher Tolkien:

Eu deixo agora três textos do poema Kortirion entre as Árvores (mais tarde As Árvores de Kortirion). Os primeiros esboços (Novembro de 1915) deste poema são extensos,* e há muitos textos subsequentes. Uma grande revisão foi feita em 1937, e outra muito mais tarde; por esta altura era quase um poema diferente. Desde que o meu pai o mandou a Rayner Unwin em Fevereiro de 1962 como um possível candidato para a inclusão em As Aventuras de Tom Bombadil, parece certo que a versão final data desse tempo.**
Numa das primeiras cópias ostenta o título em Inglês Antigo: Cor Tirion péra béama on middes, e é "dedicado a Warwick"; mas noutro o segundo titulo é em Élfico (a segunda palavra não é totalmente legível): Narquelion la...... tu y aldalin Kortirionwen ("Outono (entre) as árvores de Kortirion").

* De acordo com as notas do meu pai, a composição original data de 21-28 de Novembro de 1915, e foi escrito em Warwick numa semana de licença do campo. Isto não é certo, pois sobreviveram cartas para a minha mãe que foram escritas do campo a 25 e 26 de Novembro, na segunda das quais ele diz que "escreveu uma cópia a lápis de "Kortirion"".
** Na sua carta o meu pai diz: "As Árvores é demasiado longo e demasiado ambicioso, e mesmo se considerado suficientemente bom iria provavelmente desequilibrar o barco."
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As Árvores de Kortirion

I
Alalminórë

Ó antiga cidade numa colina cercada!
Velhas sombras permanecem na tua porta quebrada,
As tuas pedras estão cinzentas, os teus velhos salões estão agora vazios,
As tuas torres silenciosas na névoa aguardam
O seu destroçado fim, enquanto que através dos altos olmos
O Rio Glinding deixa estes reinos interiores
E desliza por entre longos prados até ao mar,
Ainda descendo por represas e murmurantes quedas
Um dia e depois outro até ao mar;
E lentamente para aí há muitos dias que passa
Desde que os Edain primeiro construíram Kortirion.

Kortirion! Sobre a tua ilha colina
Com tortuosas ruas e becos à sombra das muralhas,
Onde mesmo agora os pavões se passeiam
Majestosos, safiras e esmeraldas,
Outrora à muito tempo por entre esta terra adormecida
De chuva prateada, onde ainda carregadas todo o ano se erguem,
Na inesquecível terra as enraizadas árvores
Que deitavam longas sombras no antigo meio-dia,
E murmuravam na rápida brisa passageira,
Outrora à muito tempo, Rainha da Terra dos Olmos,
Cidade Capital eras tu dos Reinos Interiores.

As tuas árvores no Verão ainda lembras:
O salgueiro na nascente, a faia na colina;
Os chorosos choupos e os carrancudos teixos
Dentro dos teus envelhecidos pátios que meditam
Na esplendorosa sombra todo o dia,
Até que a primeira estrela chega cintilando,
E o morcego passa com asas silenciosas;
Até que a branca Lua lentamente subindo vê,
Em campos de sombra, as adormecidas arvores encantadas
Envolvidas pela noite todas em cinzento prateado.
Alalminor! Aqui era a tua cidadela,
Antes das bandeiras do Verão caírem;
À tua volta estava disposta a tua hoste de olmos:
Verde era a sua armadura, altos e verdes os seus elmos,
Grandes senhores e capitães das arvores.
Mas o Verão desaparece. Olha, Kortirion!
Os olmos perderam todas as suas velas,
Preparados para os ventos, como mastros
De grandes navios que demasiado cedo, demasiado cedo, navegam
Para outros dias para além destes mares iluminados.

II
Narquelion

Alalminórë! Coração verde desta Ilha
Onde ainda permanecem as Fieis Companhias!
Ainda aqui com esperança eles lentamente percorrem
Solitários caminhos com solenes harmonias:
Os Belos, os primogénitos dos dias antigos,
Elfos Imortais, que cantando pelos seus caminhos
De felicidade e mágoa antiga, apesar dos homens esquecerem,
Passam como um vento por entre folhas esvoaçantes,
Uma onda na curvada erva, e os homens esquecem
As suas vozes chamando de um tempo que nós não conhecemos,
O seu cintilante cabelo como a antiga luz do sol.

Um vento na erva! O passar do ano.
Um arrepio nos juncos ao lado do ribeiro,
Um sussurro nas árvores – eles ouvem ao longe,
Penetrando o coração do enredado sonho do Verão,
Fria musica que um arauto flautista toca
Prevendo o Inverno e os dias sem folhas.
As tardias flores tremendo nas arruinadas muralhas
Já caem para ouvir essa flauta élfica.
Através das solarengas passagens dos bosques e salões sustentados por árvores,
Serpenteando por entre o verde com clara e fria nota
Como um fino fio de vidro prateado longínquo.

As altas marés, o ano em breve acabará;
E todas as tuas árvores, Kortirion, lamentam.
De manhã a pedra de amolar tocava com a lamina,
De tarde a erva e as douradas flores eram deitadas
Para secar, e os prados ficavam nus.
Agora já enfraquecida chega a tardia aurora,
Pálidos os dedos do Sol correm através da relva.
Os dias passam. Vão-se como traças as noites
Quando brancas asas flutuam dançando como satélites
À volta de candeias no ar parado.
Lammas* passou. A Lua Ceifeira** desvaneceu-se.
O Verão está morrendo, ele que tão brevemente reinou.
Agora os orgulhosos olmos por fim começam a encolher-se,
As suas folhas incontáveis tremem e empalidecem,
Vendo ao longe as geladas lanças
Do Inverno a marchar para batalhar com o Sol.
Quando o brilhante dia de Todos os Santos se apaga, o seu dia acabou,
E levadas por asas de âmbar elas voam
Em surdos ventos debaixo do triste céu,
E caem como pássaros a morrer sobre os lagos.

*O 1º dia de Agosto, antigamente festa da colheita.
**Harvest-moon: a lua cheia mais próxima do equinócio do Outono

III
Hrívion

Ai de mim! Kortirion, Rainha dos Olmos, ai de mim!
Esta estação é a que melhor assenta na tua antiga cidade,
Com tristes vozes ecoantes que lentamente passam,
Circulando com pálida musica descendo
Os caminhos cheios de névoa. Ó desaparecido tempo,
Quando a manhã se erguia tarde toda branca com geada,
E sombras matinais cobriam os bosques distantes!
Invisíveis os Elfos passam, o seu brilhante cabelo
Eles cobrem de crepúsculo sob secretos capuzes
Cinzentos, os seus mantos de azul crepuscular cintados com cintos
De luz estrelar gelada cosidos por mãos de prata.

De noite eles dançam debaixo do desabrigado céu,
Quando olmos nus entrançam com ramos
As Sete Estrelas, e através dos galhos o olho
Olha para baixo com um brilho frio na alta cara da Lua.
Ó Família mais Velha, belo e imortal povo!
Vós cantais agora antigas canções que outrora acordaram
Sob as primeiras estrelas antes da Alvorada;
Vós dançais como cintilantes sombras no vento,
Como outrora vós haveis dançado sobre a brilhante relva
Da Terra Élfica, antes de nós existirmos, antes
De vocês terem atravessado largos mares para esta costa mortal.

Agora são as tuas arvores, velha e cinzenta Kortirion,
Através da pálida névoa vistas elevando-se altas e desvanecidas,
Como vagos navios que lentamente derivam para longe,
Para mares vazios para além da barra
De nublados portos abandonados;
Deixando para trás, para sempre, portos ruidosos,
Onde as suas tripulações, por um tempo, deram grandes festas
Com alivio senhorial, eles agora como fantasmas ventosos
São empurrados por frios ares para costas inimigas,
E silenciosamente com a maré são trazidos.
Nu se tornou o teu reino, Kortirion,
Despido da sua vestimenta, e o seu esplendor desapareceu.
Como candeias acesas num templo escurecido
As velas funerárias da Carroça de Prata
Agora flamejam acima do ano caído.
O Inverno chegou. Debaixo do estéril céu
Os Elfos estão silenciosos. Mas eles não morrem!
Aqui esperando eles suportam o frio Inverno
E o silencio. Aqui também eu vou viver;
Kortirion, eu vou encontrar o Inverno aqui.

IV
Mettanyë

Eu não encontraria as ardentes cúpulas e areias
Onde reina o Sol, nem desafiaria as neves mortais,
Nem procuraria em montanhas escuras as terras escondidas
De homens à muito perdidos para quem nenhum caminho leva;
Eu não ouço nenhum chamamento de um sino que toca
Com voz de ferro nas torres dos reis terrenos.
Aqui nas pedras e árvores jaz um feitiço
De inesquecível perda, de uma memoria mais abençoada
Que a riqueza mortal. Aqui invencível vive
O Povo Imortal sob secos olmos,
Alalminórë outrora em antigos reinos.​

.........................................................
Alalminórë ----- "Terra dos Olmos"

Narquelion ----- Narquelië– "Desvanecimento do Sol", nome do décimo mês em Quenya.

Hrívion ----- Hríve – "Inverno"

Mettanyë ----- contem "metta" – "fim", como em "Ambar-metta", o fim do mundo.
 
A história de Tinúviel uma elfa nascida da união de uma Maia e um Elfo. Essa história em forma de poema foi cantada por Aragorn no livro A Sociedade do Anel, p. 198,199,200.

# Essa é uma canção no estilo ann-thennath entre os elfos. Que por ser dificiu ser cantada Lingua Geral, o que está aqui é apenas como Aragorn falou, " um eco rude dela" .

História de Lúthien Tinúviel

As folhas longas, verde a grama,
Esguia é da cicuta a umbela;
No prado há luz que se derrama
De um céu de estrelas a fulgir.
Tinúviel dançando bela,
Ao som que flauta oculta inflama;
Há estrelas nos cabelos dela
E no seu manto a reluzir

E Beren vem dos montes frios,
Perdido esteve entre a ramagem,
Seguindo o som de élficos rios,
Andou sozinho em seu sofrer.
Por entre as falhas da folhagem
Vê flores de ouro de atavios
Que ela traz sobre roupagem
E no cabelo há anoitecer.

Seus pés curados peor magia
De sue cansaço da jornada;
E forte e lépido seguia
Pegando raios de luar.
E leve em fuga baila a fada
Por bosques, de elfos moradia;
De novo só na caminhada,
Ele em silencio a espreitar.

Ouvia o som da fugitiva
Com pés de tília por leveza;
Do chão saía música viva,
De valos fundos um trilar.
Já a cicuta perde beleza
E uma a uma pensativas
Da faia as folhas com tristeza
No chão do inverno vão rolar.

Seguindo sempre, longe andou,
Dos anos folhas viu caindo;
Com lua e estrela ele avançou,
O céu gelado viu bramir.
O manto dela à luz luzindo,
Quando num topo ela parou
Dançando e assim com seu pé lindo
Névoa de prata fez fremir.

No fim do inverno ela retorna,
Sua voz desata a primavera
Qual cotovia ou chuva mona
Qual água nova a borbulhar.
Viu ele flores de elfos e era
O pé da ninfa; em nova forma,
Com ela quis dançar, quisera
Por sobre a grama namorar.

Mas ela vai, quando ele vem.
Tinúviel! Tinúviel!
Com o nome dela ele a detém,
Pois ela pára para ouvir.
A voz prende Tinúviel,
Beren avança, Beren vem,
Sobre ela a sina então desceu!
Nos braços dele vai cair.

Seus olhos fitam seu olhar
Por entre a sombra dos cabelos;
A luz que treme do luar
Viu dentro dela reluzir.
Tinúviel detém apelos,
Imortal fada de cantar;
Envolve o amor com seus cabelos
E braços brancos de luzir.

Foi longa a estrada de sua sorte,
Por pedras, frio e meia-luz;
Em férreos halls com porta forte,
Em mata escura e sem aurora,
O Mar que afasta se introduz,
Mais uma vez sorri a sorte;
Na mata canta o par, só luz,
Que há muitos anos foi-se embora.​
 

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