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[L][Cervus][Eterno & Infinito]

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[L][Cervus][Donatella]

Donatella é um pequeno conto curto que eu comecei a fazer com a intenção de ser o primeiro capítulo de um livro sobre a máfia. Don Corleone faz e suas influências... :mrgreen:


Donatella
Primeira perte


Enrico Copaghini alisou seus cabelos sebosos na tentativa de obter uma aparência melhor. À luz do Théatre D’France ele não passava de um velho gordo que desejava mais do que tudo a robustez que há muito havia perdido. Velhos assim eram uma das engrenagens que faziam a sociedade continuar viva e em pleno estado de funcionamento, alimentando-a com dinheiro e boas oportunidades comerciais, e Enrico sabia bem disso.

Despidos de todo o encanto da juventude, os senis milionários desses tempos antigos revestiam-se de um dos únicos atrativos que ainda lhes restava: o dinheiro. Com essa mais que encantadora capa lhes anulando todos os empecilhos e contratempos da velhice, os renovados senhores ricos da meia e terceira-idade saíam à caça de jovens moças e oportunidades todas as noites, infestando as casas de jogos e bordéis das cidades onde moravam. Absolutamente, Enrico Copaghini não fugia dessas regras – era o tipo de avô que dedicava mais do que tempo e carinho fraterno a suas jovens netas.

Naquela noite vaporosa e fatídica de maio, enquanto esperava sua mais nova paixão em frente ao teatro onde ela se apresentava, o qual de tanto ostentar luxo e grandeza havia sido reduzido a um sujo cabaré suburbano, graças às voltas que o mundo dá, Enrico pensava solitariamente no que a vida havia lhe preparado para o dia seguinte.

Para após as costumeiras reuniões de negócios, incrivelmente tediosas e desgastantes, Enrico havia marcado um encontro informal e estranhamente curioso para um homem na sua posição. Às sete horas da noite, quando todos os seus companheiros de escritório fossem embora e ele pudesse ter à sua inteira disposição o andar da diretoria de sua fábrica, Enrico receberia ali um homem dúbio: Paolo Lauricella, notório fora-da-lei de New Union City, o qual, mesmo sendo reconhecido publicamente como “um famigerado bandido”, como diziam os jornais, nunca fora preso.
 
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