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[L][Calimbadil]A Saga do elfo negro.

Calimbadil Thálion

We eat the wounded ones
Vou começar essa fic tolkieniana para mandar para a Lothlórien.
Ela conta a história de Eöl, a partir do momento em que ele é jogado dos muros de Gondolin.

So que agora estou com sono, vou começar a escrever amanhã.
 
PRÓLOGO

Nuvens infindáveis, escarpas assomando-se em espirais, aves passavam rapidamente pelo corpo enquanto Eöl caía de Calagdûr, abandonado por sua família e por seu povo, remoendo seu ódio pelos noldor enquanto sua consciência se esvaia durante a queda, jamais temeu sua destruição.
Do alto de Caragdûr, Turgon observava o elfo negro cair, até que seu corpo passou pelas primeiras nuvens das Echoriath, "um infeliz a menos que caminha sobre a terra" diz à ele Ecthelion, "certamente será esquecido pelas gerações futuras como todos que daqui foram jogados", Turgon sai dali perturbado, a face do elfo parecia estar gravado em cada superfície irregular que encontrava, talvez ainda não fosse a hora de Eöl encontrar o juíz Námo em Mandos.
E de fato assim ocorreu, em seu furor, os elfos jogaram Eöl do penhasco sem despí-lo de seu manto e livrá-lo de sua armadura de galvorn. Eöl caiu num barranco menos íngreme e completou sua queda rolando até a base da montanha batendo em várias rochas no caminho. Tal queda seria fatal para qualquer homem ou elfo, de certo encontraria a morte se sua Armadura não o tivesse protegido das rochas e se seu desejo de vingança não fosse tão intenso a ponto de curá-lo de seus ferimentos.
Dois dias depois do auto em Caragdûr, Eöl acorda e se descobre vivo, tendo a seu lado Anguirel, sua espada e a seus pés um pequeno riacho, que certamente nascia na montanha; Tenta se mover, mas seu corpo, em demasia escoriado ainda não respondia totalmente a seus desígnios. Manteve-se consciente por mais algumas horas, tentando reorganizar os sentidos e então caiu num sono pesado e recheado de pesadelos.

Capítulo 1 - O andarilho das Echoriath.

Ao 3º dia, Eöl pôde se arrastar até o regato próximo, estava sedento. Sua língua inchada e suas gengivas cortadas fizeram do ato de beber um suplício, a água desceu como fogo pela garganta seca do elfo, mas se sentiu melhor depois, pois a necessidade de água era mais cáustica do que a dor de bebê-la. Sua vista ainda estava embaçada e suas pernasainda doíam demais para que ele as mexesse,seus pensamentos ainda estavam confusos, só se lembrava da queda, Caragdûr se afastando e diminuindo rapidamente e penas a sua volta, pássaros enormes... Eöl dirige um olhar vago para a claridade acima e adormece novamente.
Ao 5º dia, Eöl finalmente conseguiu se levantar, percebeu que seu poder de cura conseguira manter seus membros inteiros por dentro, nada havia sido quebrado, passou a mão pelo corpo e exibiu um esgar de felicidade irreprimível quando percebeu que estava com sua armadura, com certeza ela o salvara. Sentiu fome, conseguiu achar um pedaço de pão de viagem velho e duro em sua capa, comeu-o num frenesí animalesco e notou que a garganta já não doía, quando sua vista finalmente voltou a funcionar decentemente resolveu descobrir aonde estava, coxeou pelos arredores visando explorar a região.


Continua...
 
Foi para oeste, em poucas horas atingiu um enorme precipício, talvez os riachos da montanha corressem por lá para chegar ao Mindeb, ou tomasse outros rumos para desaguar no rio seco. amaldiçoou Ulmo e seu protegido Turgon ao pé do riacho sabendo que de alguma maneira a mensagem atingiria o oceano através do Sirion.
Depois foi para o norte,até onde as echoriath o impediram de prosseguir, escalou uma montanha menos hostil e avistou ao longe os pântanos de Serech e a Gigantesca planície de ard-galen, mal sabia que uma grande batalha ali se travaria muito em breve, mas naquele momento só pôde observar o negrume consumidor ao norte, pôde perceber que afinal, Maedhros estava certo, os Sindar jamais poderiam lutar sozinhos contra as aberrações vindas das Thangorodrim. Olhou ressentido para trás buscando algum vestígio de Caragdûr, mas, como sempre, só viu nuvens infindáveis e montanhas cinzentas; Voltou desolado ao riacho onde acordara.
Eöl sobrevivera a uma queda inimaginável, contudo, sabia que morreria de fome em breve, aquele lugar estéril só tinha rochas e algumas plantas obstinadas e intragáveis; Pensou que talvez houvesse um vale fértil depois do abismo, mas não conseguiria descer pois não tinha equipamento nenhum e nem força suficiente.
Jogou-se perto do riacho, pedindo perdão a Ulmo por sua ofensa. Não queria que um de seus últimos atos fosse amaldiçoar um Vala poderoso. Também lamentou por Aredhel e Maeglin, separados de si vergonhosamente e por fim chorou ao se ver impotente para salvar sua vida após escapar da morte certa.
Olhou de lado para Anguirel, talvez um fim rápido fosse conveniente, contudo logo desistiu dessa idéia, pois seria um fim demasiado indigno para si, além de um desperdício de suas últimas forças. As aves de rapina não demoraram a percebê-lo definhante, sobrevoavam o elfo em círculos, esperando que seu fëa abandonasse seu hröa para ir a Mandos.
O último pensamento de Eöl antes de apagar foi de um urubu gigantesco vindo com suas garras abertas em sua direção. Se obrigou a um último esgar, devido à ironia da situação.



CApítulo III - Crissaegrim

Eöl acordou assustado, não podia conceber como ainda estava naquele lugar, naquele mesmo hröa! O céu e as montanhas eram os mesmos que vira quando estava nas montanhas! Não era certo, ele deveria estar morto, não era natural alguém escapar da morte com essa freqüencia.
Ou era um protegido de algum ser superior ou estes o queriam acorrentado àquela existência, longe de Aman - pensou consigo.


continua...
 
levantou-se e arriscou um olhar a sua volta, estava em um platô, nos picos das Echoriath, o chão era estranho, um emaranhado disforme de lascas enormes de troncos secos, mesmo assim era rijo e não cederia a seu peso mesmo que pulasse. Ouviu um barulho de asas colossais batendo e virou-se rapidamente para o céu. Viu uma águia gigante pousar na borda do ninho, agora sabia onde estava, não gostou.
Levantou-se sobressaltado, surpreso por ter conseguido, mas ainda assustado com aquela situação, Eöl procurou por Anguirel, mas não a encontrou em lugar nenhum. Não teve tempo de procurar uma rota de fuga pois a águia soltou o gamo que trazia na boca e foi embora.
Eöl se sentiu um pouco mais aliviado quando descobriu que ele não seria o almoço do "pequeno" filhote de águia, que era do tamanho de um Troll. Pensou novamente na localização de Anguirel, provavelmente ficara no vale quando as Águias o trouxerampara o ninho.
Andou de um lado para o outro tentando não pensar nos barulhos que o filhote fazia destroçando o gamo, só se acalmou quando lembrou que ainda estava de armadura, o filhote teria muita dificuldade em comê-lo de sobremesa, riu-se.
Então uma águia ainda maior do que a primeira pousou no centro do ninho, Eöl nunca vira um ser daquele tamanho, era simplesmente gigantesco, suas penas cinzentas eram do tamanho do próprio elfo, e seus olhos cor de âmbar do tamanho de escudos. Tentou se esconder atrás de uma rocha que se apontava no meio do ninho mas a águia o notou e chamou por ele.
-Não se esconda e não tema mestre elfo. Eu trouxe sua espada!
E soutou Anguirel de seu bico Nacarado. A espada fincou-se até o cabo em um dos troncos do ninho, Eöl pegou-a sem dificuldade e a pôs na bainha.
- O-o-obrigado - gaguejou sem jeito. Sua voz estava estranhamente rouca.
-Eu sou Thorondor, senhor das águias de Manwë súlimo, e este é meu ninho.
Você está em Crissaegrim, muito alto nas Echoriath.
-Me chamo Eöl, senhor das águias, Eöl o elfo negro.
-Não é um epíteto muito agradável, mas isso não convém.
-não os escolho, mas também não reclamo.
-que seja. Nunca te vi andar por esta terra mestre elfo, por acaso és muito jovem?
-Não, mas não costumo deixar minha floresta de dia.
-Pois bem, arranje um canto confortável para dormir e euvou buscar algo para você comer.
Assim Thorondor deixou o ninho, suas asas magníficas batendo, em direçaõ ao vale dos riachos. Eöl ficou novamente só, ou melhor, com o filhote, que agora o encarava, Eöl olhou constrangido para a águiazinha e tocou o punho da espada, para o caso de uma emergência.

Continua.
 

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