Athos
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[Athos] [Homens de Pecado]
Nota: É o primeiro texto que eu to mandando pra cá. To começando a escrever como uma história linear, e é mais pra me habituar a escrever e fazer coisas melhores no futuro.
Queria o máximo de críticas não só ao conteúdo, mas quanto à escrita mesmo. O que tá confuso, o que tá claro... o que tá chato de ler e o que tá bom... erro de gramatica, semântica, o que for.
Primeira parte vai ser curta, e com o tempo, eu vou pegando mais o jeito.
Valeu
Homens de Pecado - Parte I
O ônibus diminuiu a velocidade, enquanto, na janela à esquerda, já se via a precária rodoviária da cidade. Uma a uma as pessoas levantavam de seus assentos, mas Vítor permanecia sentado. Via todos passando e descendo do ônibus, parecendo que iria cair dormindo a qualquer momento. Ostentava olheiras de um insône, que traziam desconforto àqueles que notavam seu olhar, como um garoto no auge da puberdade, que dava seu último passo descendo do veículo com pressa, e finalmente deixando o ônibus vazio.
- Ei moço! Tem que descer aqui! - disse o motorista, já meio estressado pela exaustão do dia de trabalho. Era fim de tarde.
- Tudo bem. - Vítor respondeu baixo, com a empolgação de alguém que não dorme a mais de uma semana.
Se levantou. Não trazia consigo qualquer bagagem, apenas a calça jeans que usava, e a camisa preta. Estava descalço, embora ninguém no ônibus tenha notado. O cabelo negro e liso estava despenteado. Conforme começou a andar em direção à rua, enfiou a mão direita no bolso, e deixou a esquerda solta. Nela, havia uma pequena queimadura. Andava sem pressa, e curvado, corcunda. Caminhava sob a luz do crepúsculo, agora já nas calçadas daquele pequeno município, o qual ele sequer se deu ao trabalho de lembrar do nome. Sabia apenas quem tinha que encontrar.
As ruas aos poucos ficavam mais vazias. Haviam poucos postes de luz, e o asfalto era antigo e gasto. Quando tudo ficou escuro, viam-se poucos carros passando, e nenhuma pessoa andando.
Vítor se aproximou de um carro estacionado que vira. Olhou por alguns simples segundos antes de decidir socar o vidro. O carro antigo não soou qualquer alarme, e ele usou sua mão, levemente cortada, para abrir a porta do carro por dentro. Sentou-se sobre os cacos, e fitou o volante. Ali ficou por mais algum tempo, até dizer pra si mesmo:
- M.erda. Não sei dirigir.
Ele desceu do carro, e voltou a andar, ignorando o sangue que manchava o interior do seu bolso direito. Se contentou em ir a pé, caminhando por alguns minutos. Acendeu um cigarro quando se viu chegando perto de uma praça. Ela seguia o padrão das cidades pequenas, com estabelecimentos comerciais por todo o redor, e diversos bancos e jardins no centro, além de uma Igreja. Após urinar em suas paredes, Vítor foi até o outro lado da praça, longe dela. Passou os olhos rapidamente pelos bancos vazios de lá, até encontrar quem procurava.
Sentada, estava uma moça jovem, dificilmente passando dos 20 anos. Seus cabelos eram volumosos, muito escuros, e iam até o meio das costas. Os olhos castanhos e profundos analizavam, pedaço a pedaço, o corpo de Vítor. Se levantou de maneira insinuante, quase fazendo o rapaz demonstrar-se desnorteado. Suas curvas pouco escondidas causariam olhares invejosos até mesmo de uma ninfa. O decote do vestido azul parecia vivo conforme ela caminhava contra Vítor, revelando parte de seus seios de pele clara e macia, porém, ao mesmo tempo, parecendo provocar de forma proposital o olhar que discretamente procurava uma brecha no pano.
Quando Vítor se deu conta, a jovem já estava tocando seu queixo delicadamente, um toque quente, e, apesar de simples, sedutor. A mão conduziu os olhos de Vítor até os olhos da jovem.
- E então? Que achou do vestido? - disse ela, com um sorriso que soava como um convite, mas tão seguro e sensual que intimidaria o mais auto-confiante dos homens.
- ... muito azul. - Vítor ainda falava de modo vazio, sem expressar qualquer emoção.
A garota deslizou sua mão pelo rosto de Vítor, e passou um dedo sobre seus lábios, tirando-lhes o cigarro, que já se encontrava solto devido ao quanto Vítor ia ficando, subitamente, boquiaberto e pasmo. Impulsivamente, ele a abraçou com seu braço direito, enquanto o esquerdo agarrava sua coxa de modo bruto, subindo por dentro de seu vestido. Passava também sua língua pelo dedo em sua boca. E tão subitamente quanto começou, ele parou. Em sua frente, a jovem ainda sorria do mesmo jeito, como se Vítor nada tivesse feito.
- Aprenda a controlar suas vontades, Vítor. - Disse ela, triunfante, colocando novamente o cigarro entre os lábios dele. - Vamos... temos trabalho.
E saiu andando, do mesmo modo sedutor, o qual Vítor fitou embasbacado por mais alguns instantes. Então se virou de costas, e pegou uma lata de lixo, a qual violentamente arremessou contra um poste de luz. O conteúdo se espalhou pelo chão, e a lata caiu amassada, após o estrondo do impacto. Ignorando o resultado de seu vandalismo, Vítor apagou o cigarro na própria pele, onde havia a queimadura de sua mão esquerda. Depois, apenas passou a seguir a sedutora figura, enquanto resmungava:
- Vagabunda.
Nota: É o primeiro texto que eu to mandando pra cá. To começando a escrever como uma história linear, e é mais pra me habituar a escrever e fazer coisas melhores no futuro.
Queria o máximo de críticas não só ao conteúdo, mas quanto à escrita mesmo. O que tá confuso, o que tá claro... o que tá chato de ler e o que tá bom... erro de gramatica, semântica, o que for.
Primeira parte vai ser curta, e com o tempo, eu vou pegando mais o jeito.
Valeu

Homens de Pecado - Parte I
O ônibus diminuiu a velocidade, enquanto, na janela à esquerda, já se via a precária rodoviária da cidade. Uma a uma as pessoas levantavam de seus assentos, mas Vítor permanecia sentado. Via todos passando e descendo do ônibus, parecendo que iria cair dormindo a qualquer momento. Ostentava olheiras de um insône, que traziam desconforto àqueles que notavam seu olhar, como um garoto no auge da puberdade, que dava seu último passo descendo do veículo com pressa, e finalmente deixando o ônibus vazio.
- Ei moço! Tem que descer aqui! - disse o motorista, já meio estressado pela exaustão do dia de trabalho. Era fim de tarde.
- Tudo bem. - Vítor respondeu baixo, com a empolgação de alguém que não dorme a mais de uma semana.
Se levantou. Não trazia consigo qualquer bagagem, apenas a calça jeans que usava, e a camisa preta. Estava descalço, embora ninguém no ônibus tenha notado. O cabelo negro e liso estava despenteado. Conforme começou a andar em direção à rua, enfiou a mão direita no bolso, e deixou a esquerda solta. Nela, havia uma pequena queimadura. Andava sem pressa, e curvado, corcunda. Caminhava sob a luz do crepúsculo, agora já nas calçadas daquele pequeno município, o qual ele sequer se deu ao trabalho de lembrar do nome. Sabia apenas quem tinha que encontrar.
As ruas aos poucos ficavam mais vazias. Haviam poucos postes de luz, e o asfalto era antigo e gasto. Quando tudo ficou escuro, viam-se poucos carros passando, e nenhuma pessoa andando.
Vítor se aproximou de um carro estacionado que vira. Olhou por alguns simples segundos antes de decidir socar o vidro. O carro antigo não soou qualquer alarme, e ele usou sua mão, levemente cortada, para abrir a porta do carro por dentro. Sentou-se sobre os cacos, e fitou o volante. Ali ficou por mais algum tempo, até dizer pra si mesmo:
- M.erda. Não sei dirigir.
Ele desceu do carro, e voltou a andar, ignorando o sangue que manchava o interior do seu bolso direito. Se contentou em ir a pé, caminhando por alguns minutos. Acendeu um cigarro quando se viu chegando perto de uma praça. Ela seguia o padrão das cidades pequenas, com estabelecimentos comerciais por todo o redor, e diversos bancos e jardins no centro, além de uma Igreja. Após urinar em suas paredes, Vítor foi até o outro lado da praça, longe dela. Passou os olhos rapidamente pelos bancos vazios de lá, até encontrar quem procurava.
Sentada, estava uma moça jovem, dificilmente passando dos 20 anos. Seus cabelos eram volumosos, muito escuros, e iam até o meio das costas. Os olhos castanhos e profundos analizavam, pedaço a pedaço, o corpo de Vítor. Se levantou de maneira insinuante, quase fazendo o rapaz demonstrar-se desnorteado. Suas curvas pouco escondidas causariam olhares invejosos até mesmo de uma ninfa. O decote do vestido azul parecia vivo conforme ela caminhava contra Vítor, revelando parte de seus seios de pele clara e macia, porém, ao mesmo tempo, parecendo provocar de forma proposital o olhar que discretamente procurava uma brecha no pano.
Quando Vítor se deu conta, a jovem já estava tocando seu queixo delicadamente, um toque quente, e, apesar de simples, sedutor. A mão conduziu os olhos de Vítor até os olhos da jovem.
- E então? Que achou do vestido? - disse ela, com um sorriso que soava como um convite, mas tão seguro e sensual que intimidaria o mais auto-confiante dos homens.
- ... muito azul. - Vítor ainda falava de modo vazio, sem expressar qualquer emoção.
A garota deslizou sua mão pelo rosto de Vítor, e passou um dedo sobre seus lábios, tirando-lhes o cigarro, que já se encontrava solto devido ao quanto Vítor ia ficando, subitamente, boquiaberto e pasmo. Impulsivamente, ele a abraçou com seu braço direito, enquanto o esquerdo agarrava sua coxa de modo bruto, subindo por dentro de seu vestido. Passava também sua língua pelo dedo em sua boca. E tão subitamente quanto começou, ele parou. Em sua frente, a jovem ainda sorria do mesmo jeito, como se Vítor nada tivesse feito.
- Aprenda a controlar suas vontades, Vítor. - Disse ela, triunfante, colocando novamente o cigarro entre os lábios dele. - Vamos... temos trabalho.
E saiu andando, do mesmo modo sedutor, o qual Vítor fitou embasbacado por mais alguns instantes. Então se virou de costas, e pegou uma lata de lixo, a qual violentamente arremessou contra um poste de luz. O conteúdo se espalhou pelo chão, e a lata caiu amassada, após o estrondo do impacto. Ignorando o resultado de seu vandalismo, Vítor apagou o cigarro na própria pele, onde havia a queimadura de sua mão esquerda. Depois, apenas passou a seguir a sedutora figura, enquanto resmungava:
- Vagabunda.