Aldamar
Creating a shining future...
Autor: Guilherme Stangler (Aldamar)
Gênero: Ficção
Título: Guardians
(Bom, aí está o texto super reformulado, se gostarem eu continuo postando)
Meu nome é Khiroshao, eu sou um guerreiro divino. Você poderia dizer que é muita pretensão considerar-me um guerreiro divino, mas tenho certeza de que mudará sua opinião após ouvir o que será relatado a seguir. Uma história cujo propósito principal é mostrar como o bem e o mal são relativos e quão estreita é a barreira que os separa.
O sol caía no norte, olhando para baixo vejo milhões de pessoas caminhando pelas ruas, apenas vivendo suas vidas, criando seus filhos, educando-os. Quem me dera pudesse ser uma dessas pessoas, mas não era o meu destino.
Quis o destino que eu fosse um dos “escolhidos”, um participante do grupo de aventureiros mais célebres que este mundo já viu, os Guardians. O grupo alcançou fama e renome mundial após realizar feitos que deixariam os maiores guerreiros do mundo de cabelo em pé, e outros não tão grandiosos, mas nem por isso menos importantes.
Eu era o único representante da raça élfica dentro dos Guardians. Os elfos são um povo agora esquecido e temido pela maioria dos povos humanos que vivem no continente. Os humanos antigos, ignorantes como eram, temiam a chamada “magia” dos meus ancestrais, nunca se aproximando das áreas habitadas por meu povo.
Mas devo dizer que os elfos também não tinham pena alguma dos humanos, tratavam-os como animais, pouco mais do que bestas sem sentimentos. Esse orgulho racial permanece, ainda que escondido, em todos os membros da raça élfica, e infelizmente eu mesmo já demonstrei esse desprezo, ainda que eu tenha me arrependido.
Tudo começou quando eu era jovem, pertencia a uma das mais ricas e conhecidas famílias do reino e logicamente era treinado pelos melhores tutores disponíveis. Aprendi como combater com todos os quase todos os tipos de armas, mas sempre preferi o sabre cerimonial e a espada longa, sendo um exímio praticante do combate com ambas.
Fui treinado também nas artes mágicas, que eu sabia dominar relativamente bem graças ao esforço dos meus tutores, alguns dos melhores magos no mundo inteiro. Desenvolvi meus poderes no caminho do fogo, o mais imprevisível dos elementos, embora muitas vezes as magias se descontrolassem e causassem alguns acidentes.
Lancei-me às aventuras, percorrendo sozinho muitas masmorras, desvendando segredos antigos e desenvolvendo minhas habilidades. Mas um dia eu cansei disso tudo, pois não importa quantos monstros eu matasse, quantas donzelas salvasse, isso não salvaria o mundo, não me salvaria das próprias garras do tempo, que embora mais lentas, agiam sobre o meu povo tanto quanto sobre qualquer outro.
Certa noite em minhas andanças encontrei uma casa de aparência abandonada, a maioria de sua estrutura estava destruída, mas ainda assim era fascinante. Adentrei suas portas inexistentes e meu olhar foi atraído imediatamente para um ponto no chão, a lua penetrava por um buraco no teto e incidia exatamente em um pequeno objeto metálico no chão. Avancei e examinei o objeto.
Era um amuleto com o mesmo símbolo que havia em meu braço, uma estrela envolta por três círculos de diferentes tamanhos.
Suponho que deva explicar melhor sobre o símbolo em meu pulso. Era uma marca de nascença que poucas pessoas realmente sabiam o que significava, apenas um dos meus tutores, após muito pesquisar, conseguiu descobrir que aquele era o símbolo dos “marcados”, mencionados em alguma lenda como os únicos salvadores de nosso mundo. É claro, me senti muito importante e passei a treinar mais, pois se eu iria salvar o mundo era melhor estar preparado.
Já tinha praticamente me esquecido dessa lenda, mas agora o símbolo voltava à minha mente tão nitidamente quanto antes. Olhei para o meu braço apenas para me certificar que os dois eram realmente iguais, e percebi que o símbolo em meu braço emitia uma fraca luz vermelha. Estranho, pois ele normalmente era negro. Sem entender o sentido disso tudo, apenas saí daquele lugar e decidi voltar para casa, talvez algum dos sábios na cidade pudesse me auxiliar a resolver este enigma.
Na minha volta para casa encontrei-me com um velho humano sentado na beira da estrada, ele levantou seus olhos para mim e me surpreendi pela segunda vez naquele dia, pois seus olhos eram vermelhos, com fendas brilhantes no lugar das pupilas, dando um ar misterioso e etéreo à sua aparência.
- Então, finalmente você o encontrou – disse o velho.
- O quê? Eu conheço você? – Perguntei, assustado pela austeridade no olhar do velho.
- Certamente que não. – O velho sorriu, desviando o olhar – Meu nome é Hynnalar, vim até aqui para falar com você Khiroshao, eu sei mais do que você pensa que sei sobre suas dúvidas e seus problemas. Você deve seguir seu coração se quiser descobrir a verdade por trás do símbolo que você carrega.
- Mas do quê você está falando, aquela lenda é apenas uma lenda – Falei irritado, as memórias que eu tinha de meu mestre voltavam à minha mente em um turbilhão de idéias.
- Nenhuma lenda foi criada sem um dia ser verdade, jovem – Hynallar olhou para mim longamente, seus olhos faiscando – Vou ser claro e curto com você pequeno, aquela casa que você visitou pertenceu ao último dos antigos Guardians que permaneceu vivo, embora ele tenha morrido mais de mil anos atrás.
- Guardians, mas o que ele são? – Estava perdendo a paciência com o velho, eu odiava ser chamado de pequeno, principalmente pelo fato de que eu era muito alto para os padrões da minha raça, mas o velho era mais, provavelmente pertence aos antigos povos do norte.
- Procure pela praia e acharás as respostas que procura.
O velho ergueu as mãos e desapareceu em meio a uma rajada de chamas vindas do chão. O maldito era um mago! Dos poderosos por sinal, a magia de teleportação não podia ser realizada por um mago iniciante, muitos dos maiores magos do mundo morreram após usarem a magia e aparecerem duzentos metros acima do chão.
Retornando para casa resolvi seguir o conselho do velho, parei em uma praia e observei, não sei quanto tempo fiquei ali, como se esperasse algo acontecer, e de fato aconteceu. O mar se agitou e de dentro de suas águas saiu um homem inteiramente vestido de branco, com olhos verdes frios e distantes, ele veio em minha direção e parou a uns seis metros de onde eu estava.
Rapidamente saquei minha espada e assumi posição defensiva, lançando para ele um sorriso, mas ele apenas continuou caminhando. Notei que, por onde ele passava, uma fina camada de gelo se formava, cobrindo o chão com essas pequenas películas.
Ele continuou vindo em minha direção e apontou para o meu punho, onde havia a marca da estrela e dos círculos. Agora sim eu tinha certeza que o velho estava correto, talvez ele até mesmo estivesse por trás do nosso encontro.
Subitamente a marca começou a brilhar muito forte, brilhava mesmo através da minha roupa, e ao ver que a minha marca queimava como brasa, o homem levantou a manga de sua roupa e lá estava outra marca igual, brilhando forte como a minha mas em diferentes matizes azuladas.
Olhei para ele assustado, mas depois assumi um olhar de confiança. Eu não sabia porquê, mas eu sentia que estávamos destinados a nos encontrar. Porém nossos sentimentos podem nos enganar, então eu fechei a guarda e bradei:
- Quem é você e o que quer comigo?
- Meu nome é Letarn. Eu vim de Gastlix procurar algo nessa terra – Respondeu o forasteiro, que pelo jeito não se mostrava disposto a conversar muito.
- Procurar o quê? Pensei que os humanos não vinham até aqui, não depois do que aconteceu entre nossos povos. Vocês realmente não aprendem, vou ter que ensinar você a respeitar nosso poder... – Com um sorriso no rosto concentrei-me e invoquei duas pequenas bestas vermelhas para me auxiliar em batalha.
- Não se dê ao trabalho – E com uma mão ele congelou as duas bestas, que caíram no chão, espatifando-se na areia molhada.
- Mas o que você procura afinal? – Disse eu, sorrindo.
- Você.
Gênero: Ficção
Título: Guardians
(Bom, aí está o texto super reformulado, se gostarem eu continuo postando)
Meu nome é Khiroshao, eu sou um guerreiro divino. Você poderia dizer que é muita pretensão considerar-me um guerreiro divino, mas tenho certeza de que mudará sua opinião após ouvir o que será relatado a seguir. Uma história cujo propósito principal é mostrar como o bem e o mal são relativos e quão estreita é a barreira que os separa.
O sol caía no norte, olhando para baixo vejo milhões de pessoas caminhando pelas ruas, apenas vivendo suas vidas, criando seus filhos, educando-os. Quem me dera pudesse ser uma dessas pessoas, mas não era o meu destino.
Quis o destino que eu fosse um dos “escolhidos”, um participante do grupo de aventureiros mais célebres que este mundo já viu, os Guardians. O grupo alcançou fama e renome mundial após realizar feitos que deixariam os maiores guerreiros do mundo de cabelo em pé, e outros não tão grandiosos, mas nem por isso menos importantes.
Eu era o único representante da raça élfica dentro dos Guardians. Os elfos são um povo agora esquecido e temido pela maioria dos povos humanos que vivem no continente. Os humanos antigos, ignorantes como eram, temiam a chamada “magia” dos meus ancestrais, nunca se aproximando das áreas habitadas por meu povo.
Mas devo dizer que os elfos também não tinham pena alguma dos humanos, tratavam-os como animais, pouco mais do que bestas sem sentimentos. Esse orgulho racial permanece, ainda que escondido, em todos os membros da raça élfica, e infelizmente eu mesmo já demonstrei esse desprezo, ainda que eu tenha me arrependido.
Tudo começou quando eu era jovem, pertencia a uma das mais ricas e conhecidas famílias do reino e logicamente era treinado pelos melhores tutores disponíveis. Aprendi como combater com todos os quase todos os tipos de armas, mas sempre preferi o sabre cerimonial e a espada longa, sendo um exímio praticante do combate com ambas.
Fui treinado também nas artes mágicas, que eu sabia dominar relativamente bem graças ao esforço dos meus tutores, alguns dos melhores magos no mundo inteiro. Desenvolvi meus poderes no caminho do fogo, o mais imprevisível dos elementos, embora muitas vezes as magias se descontrolassem e causassem alguns acidentes.
Lancei-me às aventuras, percorrendo sozinho muitas masmorras, desvendando segredos antigos e desenvolvendo minhas habilidades. Mas um dia eu cansei disso tudo, pois não importa quantos monstros eu matasse, quantas donzelas salvasse, isso não salvaria o mundo, não me salvaria das próprias garras do tempo, que embora mais lentas, agiam sobre o meu povo tanto quanto sobre qualquer outro.
Certa noite em minhas andanças encontrei uma casa de aparência abandonada, a maioria de sua estrutura estava destruída, mas ainda assim era fascinante. Adentrei suas portas inexistentes e meu olhar foi atraído imediatamente para um ponto no chão, a lua penetrava por um buraco no teto e incidia exatamente em um pequeno objeto metálico no chão. Avancei e examinei o objeto.
Era um amuleto com o mesmo símbolo que havia em meu braço, uma estrela envolta por três círculos de diferentes tamanhos.
Suponho que deva explicar melhor sobre o símbolo em meu pulso. Era uma marca de nascença que poucas pessoas realmente sabiam o que significava, apenas um dos meus tutores, após muito pesquisar, conseguiu descobrir que aquele era o símbolo dos “marcados”, mencionados em alguma lenda como os únicos salvadores de nosso mundo. É claro, me senti muito importante e passei a treinar mais, pois se eu iria salvar o mundo era melhor estar preparado.
Já tinha praticamente me esquecido dessa lenda, mas agora o símbolo voltava à minha mente tão nitidamente quanto antes. Olhei para o meu braço apenas para me certificar que os dois eram realmente iguais, e percebi que o símbolo em meu braço emitia uma fraca luz vermelha. Estranho, pois ele normalmente era negro. Sem entender o sentido disso tudo, apenas saí daquele lugar e decidi voltar para casa, talvez algum dos sábios na cidade pudesse me auxiliar a resolver este enigma.
Na minha volta para casa encontrei-me com um velho humano sentado na beira da estrada, ele levantou seus olhos para mim e me surpreendi pela segunda vez naquele dia, pois seus olhos eram vermelhos, com fendas brilhantes no lugar das pupilas, dando um ar misterioso e etéreo à sua aparência.
- Então, finalmente você o encontrou – disse o velho.
- O quê? Eu conheço você? – Perguntei, assustado pela austeridade no olhar do velho.
- Certamente que não. – O velho sorriu, desviando o olhar – Meu nome é Hynnalar, vim até aqui para falar com você Khiroshao, eu sei mais do que você pensa que sei sobre suas dúvidas e seus problemas. Você deve seguir seu coração se quiser descobrir a verdade por trás do símbolo que você carrega.
- Mas do quê você está falando, aquela lenda é apenas uma lenda – Falei irritado, as memórias que eu tinha de meu mestre voltavam à minha mente em um turbilhão de idéias.
- Nenhuma lenda foi criada sem um dia ser verdade, jovem – Hynallar olhou para mim longamente, seus olhos faiscando – Vou ser claro e curto com você pequeno, aquela casa que você visitou pertenceu ao último dos antigos Guardians que permaneceu vivo, embora ele tenha morrido mais de mil anos atrás.
- Guardians, mas o que ele são? – Estava perdendo a paciência com o velho, eu odiava ser chamado de pequeno, principalmente pelo fato de que eu era muito alto para os padrões da minha raça, mas o velho era mais, provavelmente pertence aos antigos povos do norte.
- Procure pela praia e acharás as respostas que procura.
O velho ergueu as mãos e desapareceu em meio a uma rajada de chamas vindas do chão. O maldito era um mago! Dos poderosos por sinal, a magia de teleportação não podia ser realizada por um mago iniciante, muitos dos maiores magos do mundo morreram após usarem a magia e aparecerem duzentos metros acima do chão.
Retornando para casa resolvi seguir o conselho do velho, parei em uma praia e observei, não sei quanto tempo fiquei ali, como se esperasse algo acontecer, e de fato aconteceu. O mar se agitou e de dentro de suas águas saiu um homem inteiramente vestido de branco, com olhos verdes frios e distantes, ele veio em minha direção e parou a uns seis metros de onde eu estava.
Rapidamente saquei minha espada e assumi posição defensiva, lançando para ele um sorriso, mas ele apenas continuou caminhando. Notei que, por onde ele passava, uma fina camada de gelo se formava, cobrindo o chão com essas pequenas películas.
Ele continuou vindo em minha direção e apontou para o meu punho, onde havia a marca da estrela e dos círculos. Agora sim eu tinha certeza que o velho estava correto, talvez ele até mesmo estivesse por trás do nosso encontro.
Subitamente a marca começou a brilhar muito forte, brilhava mesmo através da minha roupa, e ao ver que a minha marca queimava como brasa, o homem levantou a manga de sua roupa e lá estava outra marca igual, brilhando forte como a minha mas em diferentes matizes azuladas.
Olhei para ele assustado, mas depois assumi um olhar de confiança. Eu não sabia porquê, mas eu sentia que estávamos destinados a nos encontrar. Porém nossos sentimentos podem nos enganar, então eu fechei a guarda e bradei:
- Quem é você e o que quer comigo?
- Meu nome é Letarn. Eu vim de Gastlix procurar algo nessa terra – Respondeu o forasteiro, que pelo jeito não se mostrava disposto a conversar muito.
- Procurar o quê? Pensei que os humanos não vinham até aqui, não depois do que aconteceu entre nossos povos. Vocês realmente não aprendem, vou ter que ensinar você a respeitar nosso poder... – Com um sorriso no rosto concentrei-me e invoquei duas pequenas bestas vermelhas para me auxiliar em batalha.
- Não se dê ao trabalho – E com uma mão ele congelou as duas bestas, que caíram no chão, espatifando-se na areia molhada.
- Mas o que você procura afinal? – Disse eu, sorrindo.
- Você.