• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

[L] [Alcalimë Alassë][Noite de quinta-feira]

[Alcalimë Alassë][Noite de quinta-feira]

Texto que acabei de escrever, baseado em fatos que ocorreram ontem a noite. Narradas em primeira pessoa. É a primeira vez que posto um texto aqui, espero que gostem! Opinem e critiquem, por favor!


Sem título ainda, "Noite de quinta-feira" é provisório.

Eu tinha acabado de sair de um maravilhoso banho na banheira dos meus pais. O que não acontecia muitas vezes. Mas aquele dia havia sido muito cansativo. Passei pelo corredor escuro, indo em direção ao meu quarto, que estava igualmente escuro. Não era um escuro assustador, muito menos aquele escuro de filmes de suspense. Apenas escuro suficiente para aquela hora da noite.

Devia ser um pouco mais de onze horas. Não sabia ao certo. Afinal, nem lembrava quanto tempo ficara na banheira. O banho tinha sido muito relaxante e agora eu imaginava se não teria adormecido por alguns instantes.
Passei pelo meu pai, que agora descia do escritório e ia a direção ao seu quarto.
- Boa noite pai. Olha só, amanhã não me acorda cedo? Quero dormir até ficar enjoada da cama.
- Pode deixar. Não acordo. Boa noite! – falou com um tom irônico, ele adorava me acordar cedo, mesmo durante as férias. – Não esquece de escovar os dentes!
Lancei um olhar de inconformação para ele, ele adorava falar coisas óbvias, porque sabia que isso me tirava do sério, e o objetivo dele fora alcançado. Então recebi um olhar contentamento de volta, junto com uma risada. Por mais que isso acontecesse diariamente, nunca nos cansávamos. Eu o provocava, ele me provocava, e ambos tentavam superar um ao outro com piadas sarcásticas e inteligentes, na esperança de deixar o outro encurralado e sem resposta.

Dirigi-me ao meu banheiro, na ação rotineira de escovar os dentes olhando os meus esquilos, correndo de um lado para o outro dentro do pequeno aquário, na esperança de achar uma saída para a liberdade. Eles eram engraçados, neuróticos, e tinham a capacidade de deixar qualquer um hipnotizado durante minutos com suas atitudes engraçadinhas.

De repente, um barulho, um estampido, um estouro. Estranho. O primeiro pensamento que me veio à cabeça foi o de alguém detonando fogos de artifício. Mas àquela hora? Que fanático estaria fazendo isso a essa hora da noite? Aproximava-se da meia noite, e aquele dia não ocorrera nenhum jogo. Pelo menos era o que eu pensava. Mais estouros, dez estouros seguidos. Aquilo não podia ser comemoração. A única coisa que poderia ser então... Mas não. Não era possível! Não no meu bairro, não na minha rua.

Ainda com a escova na boca, percebi que meus pais, que eu pensava já terem se recolhido para o quarto, estavam indo para o meu quarto e já abriam as janelas. Coloquei os óculos para ver melhor, e então vi. Vi alguém se distanciando rua abaixo e algo estendido no chão, parecia um cachorro. Aproximei-me da janela e cheguei a me inclinar para fora. Forcei meus olhos na esperança de ver melhor a cena. A rua estava escura. Escura e deserta, como de costume, mas o cachorro não se mexia. Quando minha visão clareou e o véu que parecia cobrir meus olhos caiu, eu vi. Um homem morto à queima-roupa no meio da rua.

O que aconteceu a partir daí não importava tanto. Eu percebia tudo, mas minha mente estava ocupada demais tentando decifrar o que aquilo significava. Havia gastado tanto tempo vendo programas policiais e coisas assim, achando o máximo. Via no noticiário mortes, chacinas e tiroteios imaginando: será que algum dia vou me mudar para um lugar assim?
Não seria necessário eu me mudar. A violência alcançaria o lugar que eu moro. Como esta noite.

Minutos depois a chuva veio. Eu me deitei tentando esquecer que um traficante tinha sido morto quase em frente a minha casa. A chuva passou e levou embora o ocorrido. Dormi em profunda e estranha tranqüilidade. Continuava não entendendo o que aquilo significava. Logo o fato seria esquecido, assim como aquele rapaz que morrera, aos 19 anos.
 
Hm, eu curti, apesar de sentir falta de um pouquinho de ação Alasse... Fora isso, ta bem escrita e tudo mais, o único problema é o seguinte:

"esquilos e aquário" :eek:

Seria massa pra um delírio, mas fica meio estranho aqui pq remete direto a peixes :think:
 
Skylink disse:
Hm, eu curti, apesar de sentir falta de um pouquinho de ação Alasse... Fora isso, ta bem escrita e tudo mais, o único problema é o seguinte:

"esquilos e aquário" :eek:

Seria massa pra um delírio, mas fica meio estranho aqui pq remete direto a peixes :think:

:lol:
Sim. É um pouco estranho. mas é exatamente isso. Eu tenho uma espécie de esquilos (gerbils) que têm o tamanho de hamsters e vivem em aquários.

Mas obrigada pelo comentário. É muito bem vindo.
 
Gostei, Alcalimë! Realmente, não tem mta ação, mas parece um texto mais... P/ fazer pensar, não é? E está mto bem descrito! :clap:
Mas isso aconteceu de verdade? 8O
E eu estou sentindo falta dos seus poemas...
 
Tá de parabéns, tá legal mesmo... E mesmo com a falta de ação ficou legal, por que ficou algo mais natural, passou rápido e tal... Mas eu gostei sim...

Aconteceu mesmo isso? Que bosta né...
 
olha super 10, mais seria legal descrever mais assim fica mais facil de imaginar :grinlove:

Mais ta show mesmo, parabens :wink:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo